O Casamento

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    Capítulos:

    Capítulo 6

    Capítulo V

    Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

    O CASAMENTO

    Chiisana Hana

    Capítulo V

    Mais cinco dias se passam. Agora é a vez de Ikki chegar à Mansão. Mesmo sentindo-se um pouco tonto, ele insiste em entrar lá andando. Não havia no mundo quem o fizesse sentar na cadeira de rodas. Shun estava a seu lado.

    Na sala, Hyoga, Shiryu, Shunrei e Saori esperam os dois. Todos se alegram ao vê-los entrar. Ikki parece distante, com o pensamento voando por outros lugares.

    (Shun) Vamos para o quarto, Ikki. Você precisa descansar. Pedi que arrumassem um quarto aqui embaixo porque você ainda não deve subir escadas.

    (Ikki, irritado) Você não devia ter feito isso! Eu estou ótimo!

    (Shun) Está nada! Quem sabe de sua saúde sou eu porque o médico conversou comigo! Nada de escadas porque você pode ter uma vertigem e cair.

    (Ikki) Até parece que eu morreria de uma quedinha.

    (Shun) Por que não? Tem tanta gente que morre por nada.

    (Ikki) Tá, tá. Faz o que você quiser. Não me importa. Ei, tem telefone nesse quarto aí que você mandou arrumarem?

    (Shun) Tem, mas para que você quer um telefone? Que eu saiba você não tem nenhum amigo.

    (Ikki) Não interessa para que eu quero o telefone, ok? (levantando-se do sofá) Não se meta na minha vida e não me ajude a ir para o quarto!

    (Shun, indo para o quarto ao lado de Ikki, mas sem tocá-lo) Está certo. Não vou insistir.

    (Ikki) Acho bom. (olhando pela janela) Que droga! Por que esse jardim é tão grande? Nem dá para ver a rua daqui!!

    (Shun, sem entender tanta preocupação com a rua) Ehr... vou deixar você sozinho. Se precisar de qualquer coisa é só me chamar!

    (Ikki) Obrigado, Shun. (pensando) Que saco.

    Assim que Shun sai, Ikki corre para o telefone, tira um papel do bolso e disca o número que está escrito nele.

    (Ikki) Alô? Hotel Takayuke? Eu quero falar com Pandora Heinstein. (segundos depois) Pandora! Achei que seria difícil falar contigo, mas tem um telefone no meu quarto.

    (Pandora) Eu estava mesmo esperando você ligar já que está difícil vê-lo.

    (Ikki) Eu não vou ficar muito tempo aqui. Assim que o tonto do Seiya sair do hospital eu caio fora! Tenho uns planos pra minha vida e eles incluem você. Não aceito um não como resposta.

    (Pandora) Não há a menor possibilidade de eu dizer não, meu querido. Sejam quais forem esses planos aí.

    (Ikki) Beleza! Mas me diz, por que é que estamos nos escondendo?

    (Pandora) Sei lá.

    (Ikki) Você tem que saber! Foi você que começou essa droga!

    (Pandora) Ah, é mesmo. Bom, acho que é porque tenho vergonha de olhar para a Srta. Kido.

    (Ikki) Só isso? Então vamos escancarar isso tudo logo de vez! Venha me visitar aqui!

    (Pandora) Não, na casa dela não.

    (Ikki) Pandora, não desligue. (para Tatsumi, que acabara de entrar no quarto) O que é que você quer, seu careca sem noção?

    (Tatsumi) Ehr... é que a Srta. Saori pediu que eu verificasse se você está precisando de alguma coisa.

    (Ikki) Deixa de ser mentiroso! Você está é xeretando! Não pense que eu esqueci aquela surra que você me deu na infância! Você ainda vai me pagar, viu? A minha vingança será maligna!

    (Tatsumi, saindo rapidinho) Ai, mamãe!

    (Ikki, voltando ao telefone) Pandora? Desculpa aí. Tive que resolver um assunto incômodo.

    (Pandora) Com quem você tava gritando?

    (Ikki) Ah, com o imbecil do mordomo da Saori. Ele adora encher meu saco e eu adoro ameaçar fazer churrasquinho dele.

    (Pandora) Tá, mas não seja muito malvado.

    (Ikki, irônico) Pode deixar.

    (Pandora) Vou desligar agora, ok?

    (Ikki) Já? A ligação é por conta da Fundação, pode gastar à vontade.

    (Pandora) Tenho que resolver algumas coisas.

    (Ikki) Tá bom. Assim que eu puder sair, dou uma passada aí no hotel.

    (Pandora) Vou esperar. Até logo, Ikki. (sussurrando) Eu amo você.

    (Ikki) Até logo! (desliga o telefone) Ela me ama, é? Pena que eu não possa dizer o mesmo. Meu amor já tem dona e ninguém nunca vai mudar isso. Mulher nenhuma vai apagar a lembrança de Esmeralda. Minha Esmeralda. Onde quer que você esteja, espero que não se importe por eu estar me envolvendo com outra pessoa. Preciso viver um pouco até o dia em que eu finalmente possa encontrá-la no outro mundo. Se é que eu vou pro mesmo lugar que você.

    Os telefonemas de Ikki para Pandora continuam. Depois, começam os encontros furtivos no jardim, onde os dois costumam trocar beijos e carícias ardentes. Enquanto todo mundo pensa que o 'pobrezinho' do Ikki passa as tardes andando solitário, ele está se divertindo com Pandora.

    Ela continua com seu visual meio 'vamp'. Raramente usa alguma peça de roupa que não seja preta. Para Ikki, pouco importa a roupa, desde que ela tire logo tudo...

    Tatsumi, que já estava uma fera, ficou ainda mais furioso com as constantes ameaças de Ikki. Ele tenta atormentar a vida dos cavaleiros de bronze, mas eles também não lhe dão moleza.

    (Ikki, na sala da mansão) Ô careca feio, vem cá! A Saori mandou você fazer tudo que a gente pedir, né?

    (Tatsumi, indiferente) A Srta. Saori mandou que eu os atendesse no que for preciso. (enfático) E careca feio é a sua avó.

    (Ikki) E daí? Eu não conheci a velha mesmo. Mal me lembro da puta que me pariu! E olha que mistura boa eu sou: filho de uma puta com um velho safado. Não podia dar boa coisa.

    (Shiryu e Hyoga, rindo) Ikki!!

    (Shun, bravo) Ikkiiiiiiiiiiii!

    (Tatsumi, irritado) Não fale assim do Sr. Kido!

    (Ikki, irônico) Sr. Kido! Sr. Kido! Bela porcaria ele era! Escuta, manda preparar um lanche reforçado para nós todos.

    (Tatsumi, muito irritado) Vou mandar!

    (Hyoga, rindo) E depois manda tirar aqueles tapetes do meu quarto. Estão me dando alergia.

    (Tatsumi, muito mais irritado) Vou mandar!

    (Ikki) E manda lavar meus trapos. Estou quase sem roupa limpa.

    (Tatsumi, ainda mais irritado) Vou mandar!

    (Ikki) Eu não me importaria de andar pelado, mas a Saori pode achar ruim.

    (Hyoga) O meu suco é sem açúcar e com muito gelo!

    (Ikki) Vai logo, Tatsumala! Está esperando o quê?

    (Tatsumi, muito, mas muito mais irritado) Estou indo. (resmungando baixinho) Moleques desgraçados. Como é que essas coisas podem ser filhos do Sr. Kido?

    (Shun, indignado) Que feio! Vocês deviam ter vergonha de fazer isso com ele. Tá certo que ele é chato, mas vocês não podem tratá-lo assim.

    (Hyoga) E por que não? Você mesmo deu umas cacetadas nele dias atrás, antes de irmos ao Santuário.

    (Shun) Foi por um motivo nobre!

    (Shiryu) Ah, pára de defender o Tatsumala, Shun! Ele sempre pintou o diabo com a gente!

    (Shun, mais indignado) Até você que eu pensava ser educado, equilibrado e gentil?

    (Shiryu) Eu sou, mas o Tatsumi faz por merecer o tratamento que recebe. Ele tem que pagar pela boca grande que tem. Por várias vezes eu peguei ele falando mal de todos nós... até da Shunrei.

    (Ikki) Está explicada a revolta dele. Mexeu com a Shunrei, se prepare!

    (Shun) Tudo bem, o amor é lindo, mas o Tatsumi é um coitado.

    (Shiryu, revoltado) Coitado? Aquele lá? Coitado sou eu que não tenho nem um centavo no bolso enquanto não for reconhecido filho do Kido!

    (Hyoga) E você acha que isso um dia vai acontecer?

    (Shiryu) Espero que sim! Não vejo a hora de pôr as mãos na grana!

    (Shun, assustado) Você? Preocupado com grana? Não acredito.

    (Shiryu) É que eu tenho umas idéias...

    (Shun, ainda assustado) Você devia procurar um médico. Bom, mas de qualquer forma, ainda acho que não devemos tratar o Tatsumi mal. Ele é o mordomo da Saori, o homem de confiança dela e...

    (Ikki) Ah, Shun, deixa de viadagem! A gente só está pagando na mesma moeda.

    (Shiryu) E os homens de confiança da Saori somos nós aqui, que caímos na porrada quando ela se mete em encrenca.

    (Ikki) Você devia ficar feliz porque eu podia querer arrancar a pele do Tatsumi para fazer um tapete! Se bem que ia ficar um tapete feio pra caramba. (divagando) Eu nunca vou esquecer a surra que ele me deu.

    (Shun) Você não tem jeito mesmo. E Shiryu, você está indo pelo mesmo caminho. Que pena. Eu vou para o orfanato, porque lá só tem gente pura como eu.

    Shiryu, Ikki e Hyoga dão gargalhadas.

    (Shun, saindo) Não sei do que vocês estão rindo.

    (Hyoga, ainda rindo) Espera, Shun! Eu vou com você! Também sou 'gente pura'...

    Shiryu e Ikki ficam a sós.

    (Shiryu) Mudando de assunto, Ikki, você teve uma recuperação milagrosa, não é?

    (Ikki) É impressão minha ou tem uma ponta de ironia nessa frase?

    (Shiryu, sorrindo) Ironia? Não, não.

    (Ikki) Quer saber o que houve?

    (Shiryu) Lógico.

    (Ikki) Então eu vou contar.

    Continua...


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