Suzerain

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    Suzerain

    Eu, um grande suzerano no outro lado na minha de cama de morte estou preso em um denso nevoeiro. Um nevoeiro cinza escuro que brotava do fogo ardente, o castelo do grande suzerano está tomado pelas chamas. Meus servos obscuros travam batalhas em meu nome no interior do castelo, meu coração foi exilado a escuridão. Nada faço para ajuda-los, sou seu suzerano, por que deveria?

    Não quero esse destino, me apresso sem restrições. Da janela avisto uma carruagem negra, puxada por seis garanhões que se fundiam a penumbra da noite, tinham o vermelho do fogo refletido na pelagem, se arrastavam na esteira de mortos. Afundavam e lutavam para chegar ao castelo em chamas de seu suzerano. Sentado no sofá vermelho de meus aposentos eu esperava, sentindo o calor do fogo. Com uma taça de cristal em uma das mãos, eu brindava a derrota de meu ego, do grande vampiro.

    Posso ouvir os gritos de meus servos e dos que lutam contra eles, ninguém ousa vir aqui. Sinto o calor do fogo tomar meu castelo. Meu majestoso castelo. Meu coração foi exilado para a escuridão. As duras paredes de pedra estão quentes, vermelhas, tomada pelas ardidas chamas. Meus servos obscuros travam batalhas em meu nome, a carruagem se aproxima. Vejo meu pequeno império ruir aos poucos, homem a homem, pedra a pedra ele se vai. Não me arrependo, eu sou alguém interessado em sangue, que não derrama coisas como lágrimas. Como um suzerano deve ser, firme em suas escolhas, firme em sua derrota não abaixarei minha cabeça diante do inimigo.

    A carruagem negra chega.

    Me levanto, sem olhar para trás ou lamentar a perda eu vou embora. Desço as escadas, as rosas choram. A noite é minha fiel companheira, meus dois melhores cavaleiros me protegem. Vejo o corpo de uma das damas do castelo caído e coberto por sangue, meu coração foi exilado para a escuridão. Vejo a feiticeira do meu pequeno império amaldiçoar um a um dos inimigos, a feiticeira púrpura, a rosa roxa. Serviram até ao fim seu suzerano, as cinzas da morte que pousam sobre mim estão agora indo embora. Deixo o castelo em chamas. Não serei perdoado pelo o que fiz, não quero o destino.

    Agora, deixando para trás o castelo tomado pelas chamas não olharei para o passado. Em meus olhos azuis as chamas dançantes refletem. A carruagem negra cruza a ponte feita de cadáveres, as sombras negras que correm pelo cemitério tremem. Deixo para trás meu majestoso castelo. Se apresse! Os cascos dos cavalos afundam na esteira humana à diante. Dentro da carruagem negra abandonei meu passado, eu sou alguém interessado em sangue, que não derrama coisas como lágrimas.

    Deixando para trás o castelo tomado pelas chamas, a carruagem negra se desfaz e some no calor crescente. A chuva negra e o céu vermelho desmoronam nas saudosas paredes do castelo.


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