No meio do caminho começou a chover. Estava chovendo muito. Tentava proteger o bebê o abraçando mais junto ao meu corpo. Pensei em voar por cima das nuvens e evitar a chuva, mas o bebê era novo demais, o frio seria intenso e ele poderia adoecer. A chuva era fria como se fossem gotas de gelo, senti meu corpo se arrepiar com aquilo e logo temi pela criança, se eu sentia o frio ela devia sentir o dobro. Eu não sabia nada sobre bebês, mas tinha dado minha palavra a mãe dele, iria protegê-lo e fazer dele meu filho, eu nunca iria esquecer o olhar da garota ao me pedir isso, o jeito que ela lutou para proteger seu filho, fazendo do seu corpo um escudo, isso me fez lembrar da minha própria mãe, me fez ver que aquele bebê tinha muitas coisas em comum, por isso jurei para a mãe dele, por isso jurei para mim mesmo que irei cria-lo como meu amado e precioso filho. Mas não sabia como fazer, sentia medo de não ser bom o bastante. O pequeno tremeu em meus braços, o apertei mais tentando lhe passar um pouco de calor, aumentei a velocidade que voava, tinha que chegar rápido ? Cheguei a Konoha e fui direto para o Prédio do Fogo, aterrissei na minha varanda particular senti o pequeno bebê tremer sem parar em meus braços, corri em desespero indo na direção do meu gabinete, sabia que Tsunade estaria lá, queria que ela fizesse um exame nele para ver se ele estava bem, queria que o fizesse parar de tremer. Abri a porta da sala e a encontrei atrás de uma papelada, ela se levantou pronta para me dar uma bronca por deixa-la cuidando das coisas chatas enquanto eu ia a uma missão rank SS, nesse instante ela viu o bebê nos meus braços, Tsunade deu a volta na mesa e correu na minha direção, com cuidado o tirou dos meus braços, em seguida começou a tirar os panos molhados que estavam em volta dele.
?Pegue algumas toalhas, Naruto? ela falou.
Corri e fui até o banheiro que ficava secretamente atrás da estante de livros. Voltei trazendo três grandes toalhas. Observei Tsunade enxugar o bebê com uma das toalhas, então o enrolava em outra, em seguida começou seu jutsu médico o examinando. Aqueles segundos pareceram não passar, queria logo saber se ele estava bem. Quando finalmente Tsunade terminou de examina-lo, ela o pegou nos braços de forma protetora e ficou o balançando.
?Ele está bem? Falou para meu alivio ?Precisa apenas de calor?
?Que bom? falei em um tom suspirante.
?De quem é essa criança?? ela perguntou.
?É meu? a respondi ?Meu filho, Uzumaki Jiraya?
?Como assim Naruto?? ela perguntou.
?A partir de agora ele é meu filho? falei com firmeza ?Não iremos falar sobre o passado desta criança antes de eu a encontra-la, eu prometi a mãe dele que eu seria o seu pai, e eu serei?
?Entendo? Tsunade dizia.
Percebi que ela entendeu rápido demais, que não quis fazer mais nenhuma pergunta. Apenas olhou para o rostinho do bebê e acariciou sua bochecha rosada. Ela deve ter percebido em meu tom de voz, deve ter percebido minha seriedade e meu comprometimento a aquela criança. Eu tinha me decidido que seria o pai que meu pai teria sido para mim se ele tivesse sobrevivido. E isso me deixou feliz, meu propósito de vida era me tornar Hokage, depois que eu consegui realizar esse propósito eu senti um vazio no peito, homens nasceram para perseguir seus sonhos e ideais, só assim verdadeiramente vivemos, agora eu tinha um novo propósito, um grande e belo propósito de vida e isso me deixava feliz.
?Você escolheu bem Naruto? Tsunade dizia com lágrimas nos olhos ?Jiraiya merece essa homenagem?
?Nunca irei esquecer aquele velho pervertido? falei sorrindo ?Foi um mestre, um amigo e um pai para mim?
?Eu também nunca irei esquecê-lo? Tsunade dizia ?Agora como vai criar essa criança sozinho??
?Não tenho ideia? falei com toda a sinceridade ?Mas darei um jeito?
?Precisa de ajuda Naruto? Tsunade dizia seriamente ?Precisamos de uma mãe de leite para o pequeno Jiraiya?
?Ele não pode tomar leite normal?? perguntei.
?Claro que não!? ela exclamou ?Inuzuka Hana deu a luz a uma linda e saudável criança? Tsunade deu uma pausa ?Eu a visitei ontem e ela tem leite que sobra, ela pode ser a mãe de leite do pequeno Jiraiya?
?Decidido então? falei ?Fale com ela vovó Tsunade?
?Eu?? ela perguntou sorrindo ?O filho é seu Naruto, eu cuido dele enquanto você fala com Hana e depois vai comprar roupas e fraudas, se apresse, pois ele parece estar com fome?
?Hum... ok? falei ?Cuide bem dele enquanto estou fora?
?Pode deixar?
Saí do meu gabinete deixando Tsunade e Jiraya lá. Caminhava pelo o corredor perdido em pensamentos, não tinha ideia a onde Hana e seu marido moravam, tinha que ir até a casa do Kiba e perguntar para ele ? Enquanto caminhava um filme passava pela a minha mente, a luta contra o verdadeiro pai do Jiraiya, o pedido da mãe dele, a tristeza que sentia por ela ter morrido em meus braços, tudo aquilo havia mexido comigo de uma forma intensa ? Uma conhecida voz me trouxe de volta ao mundo, parei de andar e me virei, Hinata estava atrás de mim, seu rosto estava completamente corado, isso a deixava ainda mais bonita. Ela não usava mais aquelas roupas frouxas, e isso a fez bem, mostrou o tanto que seu corpo era bonito, grande seios e fina cintura. Hinata usava uma blusa roxa clarinha bem colada ao corpo, uma calça preta também bem justa e calçava botas de cano alto. Simplesmente lindíssima.
?Oi? falei sorrindo para ela.
?Naruto-kun? ela naquele tom tímido ?Como vai?? perguntou.
Aquilo me pegou de surpresa, ela geralmente falava pouco comigo, às vezes saía só o Naruto-Kun e mais nada, vê-la disposta à conversa foi uma verdadeira mudança, mudança que eu gostei ? Sorri para ela, tinha muito tempo que não nos encontrávamos assim, a ultima vez foi quando eu respondi sua declaração, e eu nunca vou esquecer os olhos dela se enchendo de lágrimas e do seu esforço para sorrir e não chorar na minha frente.
?Vou bem? respondi ?E você como vai??
?Na mesma? ela respondia um tanto quanto animada.
Percebi que tinha sido difícil para ela se aproximar, difícil puxar assunto, agora estava mais fácil, por isso que ela pareceu animada. Eu sabia a pessoa que Hinata era, sabia que se meus sentimentos fossem o mesmo que os dela no passado hoje eu seria o cara mais feliz da vila, era um fato que ela era uma garota incrível. Hoje seria a mãe perfeita para o Jiraiya.
?Soube que você impediu meu casamento? ela dizia abaixando o olhar para o chão, sua face estava ainda mais corada.
Antes mesmo de me tornar Hokage eu tinha dado fim a loucura que o clã Hyuuga estava tentando fazer, Neji tinha me contado que Hiashi planejava casa-lo com Hinata, e que Hinata era contra. Não podia deixar aquela loucura continuar, fui pessoalmente falar com Hiashi e pedi para que ele mudasse de ideia, que o futuro Hokage de Konoha era contra ? Ele logo entendeu o que eu quis dizer e assegurou que deixaria Hinata casar com quem ela quisesse casar, fazia poucos dias que tinha recusado os sentimentos dela, então pedi para que minha intervenção não chegasse aos ouvidos dela. Demorou mais de um ano para ela descobrir.
?Nunca deixaria você casar obrigada? falei seriamente ?Você é especial demais para ter uma vida infeliz?
?Não tenho palavras para te agradecer? ela falou erguendo seu rosto para lhe olhar diretamente nos olhos ?Por você ser você que eu nunca vou deixar de te amar?
Engoli em seco ?Você ainda ama?? perguntei surpreso.
Hinata abriu um lindo sorriso ?O que sinto é eterno? ela falou com firmeza.
Não sabia o que dizer, demorei tanto para lhe dar uma primeira reposta por que realmente pensei a respeito, eu pensei em aceitar os sentimentos dela e pensei que eles me ajudaria a esquecer a Sakura, mas depois vi que não era justo para Hinata e para seu amor tão verdadeiro, por isso eu tinha a recusado. Agora todo aquele pensamento voltava, eu gostava da Hinata, não a amava, mas gostava, a achava linda, me sentia atraído por ela, se eu me desse uma chance para ser feliz.
?A gente devia ter se casado!? exclamei.
Hinata soltou uma bela e tímida risada, minha fala tinha a pego de surpresa, foi inevitável não sorrir com ela.
?Será? Acho que não teria dado certo? ela dizia ainda no tom sorridente ?Eu te amo Naruto, sempre vou te amar? ela deu uma pausa ?Mas nós dois nunca iriamos ficar juntos, pois assim como seu amor pela a Sakura, e o amor dela pelo o Sasuke, o meu por você é amor de infância, é primeiro amor? ela voltou a sorrir ?Nunca esqueceremos o nosso primeiro amor, mas nunca o viveremos, eu encontrei o caminho para ser feliz, e vim te agradecer por isso?
?Desejo toda a felicidade do mundo para você, você merece? falei com sinceridade.
?Você merece o dobro, é meu herói? ela disse ?Vai encontrar a pessoa certa, eu vou morrer de ciúmes quando te ver com ela, eu sempre vou me imaginar com você, pois além de ser meu primeiro amor, você é meu tipo? ela ficava vermelhinha após falar aquilo.
?E você é totalmente o meu? falei sorrindo ?Cada dia mais linda e sexy?
Pensei que ela iria desmaia como fazia quando éramos mais jovens, pois ela ficou completamente corada, aquilo fez meu sorriso abrir ainda mais, pois mesmo mais segura de si, ela ainda era a Hinata das minhas lembranças, a minha Hinata.
?Quer me fazer desmaiar?? ela perguntou em um falso tom irritado ?Como ousa falar essas coisas para uma garota comprometida?
?Viro teu amante? falei em tom de brincadeira.
?Pensarei no seu caso? ela respondia no mesmo tom.
Foi nesse momento que eu percebi que tinha perdido a noção do tempo, tinha que encontrar a mãe de leite do meu filho, ele provavelmente devia estar com fome agora. Dei-me conta que Hinata devia saber a onde Hana morava.
?Enquanto você pensa se me quer como seu amante fervoroso? dei uma pausa ao perceber que ela havia ficado ainda mais corada ?Vou mudar de assunto e te fazer uma pergunta importante. Você sabe a onde Inuzuka Hana está morando??
?Sei? ela dizia ?Conto se prometer me levar para tomar sorvete?
?Feito!? exclamei.
Em seguida ela me contou a onde Hana estava morando. Depois combinamos um dia em que eu e ela estávamos livres para sairmos juntos para tomar sorvete. Despedimo-nos e ela saiu andando para um lado enquanto eu fui para o outro. Me sentia verdadeiramente feliz por voltar a conversar com ela ? Corri pelo corredor e fui até encontrar uma janela grande o suficiente para poder pular dela, logo estava voando pelos céus, para minha felicidade a chuva tinha passado e o sol começava a aparecer, vi um arco-íris e o céu ficava tão bonito a cada segundo que logo pareceu ser um quadro pintado por um grande artista. Sorri com aquilo sentindo os raios me iluminar e me aquecer mandando os sentimentos frios da rejeição da Sakura embora ? Queria ficar apenas parado no céu apreciando aquela vista e me sentindo ser preenchido com bons sentimentos e novas energias, mas tinha que correr, meu filho sentia fome, então aumentei a velocidade e cortei o céu como se fosse um kunai, a alta velocidade me trazia uma deliciosa sensação de frio no estômago e me dava vontade de continuar aumentando até ver o máximo que eu chegaria.
Mas não deu tempo, logo cheguei a onde a Hinata falou que Hana morava, era fora da muralha de Konoha, de longe dava para ver uma bela casa dois andares feita de madeira avermelhada, ao lado da casa um grande curral, Hana era veterinária e parece que o marido dela também, era engraçado ver uma Kunoichi casada com um civil, pois geralmente Kunoichis se casavam com Shinobis ? Aterrissei na frente da porta principal, no momento que coloquei meu pé no chão ouvi os latidos dos cachorros da Hana, me apressei e bati na porta, não demorou muito para ela se abrir e um homem aparecer, ele era magro e tinha uma aparência fraca, cabelo ralo e até meio careca, mas seu rosto era gentil. No momento que ele me viu quase desmaiou.
?Ho..ho..ho? começou a falar.
?Fogo.... a onde?? Hana apareceu logo atrás dele, ela carregava um bebê ?Hokage-sama? falou em um tom respeitoso, curvando a cabeça para mim.
?Oi Hana? falei ?Esse deve ser seu marido? perguntei.
O homem se jogou as meus pés se curvando totalmente, praticamente encostando a testa no chão, levei um susto dando dois passos para trás.
?Calma homem!? falou Hana para o marido, então ela olhou para mim com uma expressão sem jeito ?Desculpe meu marido, é que ele morreu na explosão de Konoha, então você o trouxe de volta?
?Sou eternamente grato ao Senhor Hokage-sama? o marido dela dizia.
?Se levanta, por favor,? falei meio sem jeito ?Eu fiz o que tinha que fazer, e vim a vossa casa hoje pedir um favor a sua esposa?
O homem se levantou, então sorriu orgulhoso para Hana, percebi que ele sentia orgulho da esposa ser útil para mim. Ainda era estranho lidar com isso, estava me acostumado a lidar com a adoração e o respeito de todos, mas iria demorar um tempo para conviver com aquilo naturalmente.
?Estamos a vossa disposição Hokage-sama? Hana falou seriamente ?Estou de licença maternidade, mas nunca pensei em abandonar o caminho da Kunai, sempre serei uma Kunoichi de Konoha, leal a vossa digníssima e poderosa pessoa?
?Eu sei que sim, tenho muito respeito pelo o clã Inuzuka? falei.
?Minha mãe se sentirá nas nuvens quando eu contar para ela o que o senhor acabou de falar? ela dizia abrindo um largo sorriso ?Por favor, entre?
Entrei na casa deles e vi que era muito organizada. Caminhei com eles até a sala a onde me sentei em uma confortável poltrona, a decoração era rustica, bem típica de fazenda, mas era tudo muito bonito. Os cachorros da Hana vieram para me cumprimentar e se sentaram ao meu redor, cocei a debaixo da orelha deles enquanto o marido dela corria para a cozinha dizendo que iria fazer um chá. Percebi que ela olhava para ele com muito amor e sorria de forma carinhosa do jeito desajeitado dele ? Hana se sentou na poltrona ao meu lado, olhei para o bebezinho que estava no seu colo e percebi que era uma menina, pois ela tinha amarrado um lacinho na única mecha de cabelo castanho claro dela. O bebê dormia tranquilo nos braços da mãe.
?Qual o nome de sua filhinha?? perguntei.
?Yumi? ela respondeu com amor na voz ?Minha joia preciosa?
?Ela é linda? falei.
?Obrigada? Hana dizia sorrindo ?Então o que posso ser útil ao senhor? Hokage-sama?
?Eu descobri a pouco que sou pai? dei uma pausa ao notar a surpresa em seu olhar ?Tive uma missão solo ano passado e conheci uma linda garota? inventava a mentira na hora, pois na realidade eu ainda era virgem ?Acabou que perdi minha virgindade com ela e nunca mais a vi. Então essa semana recebi uma carta de uma conhecida dela dizendo que ela estava gravida de mim e que deu a luz a um menino? respirei fundo me lembrando da mãe do pequeno Jiraiya ?Mas infelizmente ela morreu no parto, e não tinha família, simplificando eu fui até a vila dela e busquei meu filho, afinal eu sou a única família que lhe restou?
?Que triste Hokage-sama? Hana dizia com os olhos cheios de lágrimas ?O que o senhor precisa eu faça??
?Preciso de uma mãe de leite para meu filho? falei ?Urgente?
?Seria a maior honra da minha vida? ela dizia ?Tenho leite que sobra, acho que deu para notar? ela sorria, era um fato que dava para notar, seus seios estavam enormes ?Irei imediatamente?
?Obrigado? falei realmente agradecido ?Outra coisa, sabe a onde compro coisas de bebê??
?Sei sim? ela dizia ?Vamos agora até seu filho, ele deve estar faminto, eu levo algumas fraudas da Yumi para servir por agora e depois te levo a loja que eu comprei tudo que precisava?
?Ok? falei ?Muito obrigado?
?É uma honra servi-lo?
₪ ₪ ₪
Hana levou sua filhinha Yumi também. Não queria correr o risco de voar segurando as duas, então pela primeira vez em muito tempo eu caminhei. O trajeto da casa da Hana até o Prédio do Fogo demorou cerca de trinta minutos. Enquanto caminhávamos eu sentia Kurama continuar a guardar seu chakra na imensa reserva que ela tinha feito. Iriamos precisar muito daquele chakra para realizar o jutsu que eu em conjunto com Kurama e Son Goku estávamos desenvolvendo há um ano ? Enquanto a observava concentrar chakra em meu interior eu conversava com Hana sobre as dificuldades de ter um bebê, ela ficava animada de imediato ao falar da filha, mesmo dizendo que fazia cerca de dois dias que não dormia.
Chegamos ao Prédio do Fogo e no momento que entramos no andar do Hokage já pude escutar o choro do meu filho, fiquei preocupado de imediato, mas Hana interpretou minha expressão de preocupação e logo me tranquilizou dizendo que era apenas fome ? Encontramos Jiraya e Tsunade em meu apartamento, Hana entregou a filha a Tsunade que entregou Jiraya a Hana, fiquei completamente corado no momento que Hana tirou o seio para fora do vestido, seu enorme seio parecia pesado e o mamilo inchado. Ela lutou com Jiraiya durante algum tempo para ele pegar o bico, mas logo a fome falou mais alto e o meu pequeno bebê abocanhou o bico com força.
?Ai? Hana reclamou baixinho ?Que fome hein!?
Sorri com aquilo. Fiquei observando meu filho ser alimentado durante vários minutos, depois a vi colocar ele para arrotar e por fim o alinhou em seus braços e o fez dormir. Estava realmente grato a Hana por ter aceitado ser a mãe de leite dele, principalmente por tratá-lo com tamanho carinho e cuidado, era como se ele fosse seu próprio filho ? Aproximei do meu filho e acariciei a bochecha rosada dele, seu cabelo alaranjado estava todo arrepiado, de noite achei que era castanho, mas agora de dia dava para ver que era laranja.
?Quer segura-lo?? Hana perguntou.
?Não, ele parece muito bem em seu colo? falei sorrindo ?Além disso eu preciso fazer algo, não vou demorar muito?
?Estou a sua disposição? Hana dizia ?Sei que Hokage deve ter uma vida bem agitada?
?Obrigado? falei ?Já volto?
Caminhei da sala até meu quarto, ele estava com todas as janelas fechadas e por isso estava bem escuro. Sentia que faltava pouco para atingir o nível de chakra necessário e tinha que conversar com Kurama e Son Goku. Caminhei até o fofo tapete laranja que ficava logo abaixo da imensa cama de casal, me sentei nele ficando na posição de meditação, juntei minhas mãos e respirei fundo em seguida fechei meus olhos me concentrando para entrar em meu interior, da escuridão total veio a luz, mergulhei na luz e me vi em meu interior grandes pilastras de pedra em todo lugar, o ambiente estava ainda mais amplo e não estava mergulhado naquela água escura que geralmente ficava quando ainda existia uma grande prisão para a Kurama ? Encontrei Kurama e Son-Goku em suas imensas formas, eles não ficavam presos em jaulas, viviam livremente em meu interior, quando discordavam com algo lutavam entre si, quando isso acontecia eu sentia uma dor de cabeça extrema. O ambiente era banhado em uma luz dourada ? Caminhei em meio a essa luz até chegar ao mais profundo do meu interior, Kurama e Son-Goku me acompanhavam de perto. Descia até uma área completamente vazia e imensa, nesse instante deixei de pisar na luz dourada e pisei em uma areia branquinha, ela era quente e entrava por entre os dedos dos meus pés me trazendo uma sensação diferente. Caminhei pela a areia branquinha até sentir uma energia aquecer meu rosto, brilhava em um vermelho vivo, cheguei mais próximo e observei um oceano de chakra vermelho, sim era um oceano sem fim, o chakra se movimentava criando grandes ondas, como se realmente fosse um mar, nunca tinha visto tanto chakra em toda minha vida.
Está completo ? Falou Kurama.
?Sim? respondi em voz alta ?Era essa quantidade que calculamos?
Levou um ano, três meses, doze dias, cinco horas e vinte um minutos para acumular todo esse chakra ? Kurama dizia.
Logo após o Naruto realizar o jutsu em você eu começarei a acumular o meu chakra ? Son-Goku dizia.
Meu desejo era que os dois acumulassem juntos, mas Son-Goku ficou com medo do meu corpo não aguentar e simplesmente explodir. Pois a quantidade de chakra era algo absurdo, tanto que levou tanto tempo para Kurama conseguir acumular aquilo tudo, e olha que ela tem um chakra praticamente ilimitado. Então para não ter nenhuma disputa para ver quem começava a acumular primeiro, Son-Goku disse para Kurama ser o primeiro e que depois que ele terminasse Son iria começar. Era engraçado, mas Son-Goku era um gorila bem honrado.
?Amanhã? falei olhando para a imensa Raposa de Nove Caldas ?Amanhã realizaremos o jutsu?
Pude sentir algo parecido com euforia vindo do Kurama, eu sabia que ela desejava aquilo mais que tudo no mundo, sabia que Kurama era um espirito livre e que mesmo depois de termos nós acertado ela ainda desejava a liberdade. E eu não podia culpa-lo, não imaginava passar uma vida trancado no interior de alguém. Kurama vivia assim há muito tempo, primeiro na Uzumaki Mito, depois em minha mãe Kushina e agora em mim.