Diário de uma Bruxa

  • Finalizada
  • Tenshiii
  • Capitulos 23
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 3 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 6

    Dias tranquilos

    - Tia ! - Gritei, parecia não haver ninguém.

    - Cadê ela?

    - Não sei.

    - O que o livro faz no chão? Está aberto! - Gustavo foi vasculhar a casa.

    - Mary corre aqui!

    - O que foi ? ...! Tia acorda, tia!! - Minha tia estava no chão desmaiada.

    - Leva ela para o quarto e tenta acordá-la! - Peguei o livro e fui buscar álcool. Aquele troço deveria acordá-la, peguei algodão subi correndo, e coloquei no nariz dela para ela acordar.

    - Ela está acordando!

    - Tia você está bem?

    - Sim... Querida o livro, onde ele está?

    - Aqui!

    - Mas o que houve?

    - Dois bruxos tentaram levar o livro das eras, mas eu não deixei. Eles me deixaram desacordada e não me lembro de mais nada.

    - Espera... Então por que o livro, ainda está aqui?

    - Talvez, eles não conseguiram encontrar o que procuravam. - Que estranho.

    - Tia conte tudo o que sabe, agora! - Exigi.

    - Ok, você sabe que é única... Eles querem usá-la para conseguir poder.

    - Eles quem?

    - E Érdekében (ordem em português). Eles são bruxos da Inglaterra, que querem poder e para isso querem um exército, e você é uma Harpia meu bem, é valiosa para eles. Querem você no exército e seu irmão também.

    - E o livro?

    - Ele contém feitiços de séculos, é valioso para eles. Acho que não o levaram por que só o escolhido pode utilizar o poder do livro.

    - E quem é esse escolhido?

    - Eu não sei meu bem, mas se prepare eles vão voltar...

    Abracei o Gustavo eu estava em prantos, isso era culpa minha. A ordem voltaria, eles me queriam. Eu era culpada, minha tia havia sido ferida por minha causa, eu não podia deixar isso assim. Eles não iriam me transformar em uma reles marionete, eu lutaria contra qualquer um que se atrevesse a machucar minha família.

    - Calma Mary vai dar tudo certo. - Ele me dizia algo que nem ele acreditava.

    - Eu sinto muito foi minha culpa, como meus pais morreram, pra me defender, minha tia foi ferida por minha causa também.

    - Por que você está falando isso? Não foi culpa sua, eles é que são loucos.

    - Você não entende se eu tivesse morrido com meus pais você poderia ter uma... Vida normal. Sem minha presença para atrapalhar.

    - Não fala besteira Mary... - Como não? Era minha culpa, e ninguém tiraria isso da minha cabeça.

    - Você está nervosa.

    - Vamos ter que tomar mais cuidado é só. - Parei de discutir. O Gustavo jamais iria admitir que a culpa era minha, ele era muito super protetor.

    Fiquei o final de semana inteiro cuidando da minha tia, o Gustavo também ajudou com os remédios. Minha tia estava em idade avançada até mesmo para os bruxos.

    Na segunda eu me arrumei como de costume, minha tia estava bem , e insistiu para que eu fosse para a escola. Eu disse que iria mas qualquer coisa me chamasse então o Gustavo ficou com ela, ele não estava bem para ir à escola. Peguei o carro dele e fui, cheguei e encontrei os meus amigos.

    - E aí galera e o acampamento?

    - Foi legal, só tinha muito mosquito. - Disse Amanda

    - É, o Eduardo falava de você direto. - Hã? Como assim?

    - Cala boca! - Disse Edu para Carlos.

    - É zoação Mary. - Disse Alexandre

    - Eu sei gente calma.- Eu disse tentando disfarçar o entusiasmo que sentia ao saber que ele ainda estava pensando em mim.

    - É... Vamos para aula gente. Daqui a pouco a inspetora, vem dar bronca. - O sinal bateu e fomos, cada um as suas salas, como de costume.

    No final da aula, encontrei o pessoal no almoço. Amanda queria falar comigo sua mente estava uma bagunça, ela me chamou a um canto, queria falar sobre o Eduardo.

    - Mary me tire uma dúvida. - Ela disse.

    - Diga.

    - Você gosta do Eduardo? - Que pergunta! Será que estava... Tão na cara?! - Eu sinceramente... Não sei o que responder.

    - Diga a verdade!

    - Acho que sim, mas é complicado. - Era mesmo.

    - Ele está sofrendo sabia?!

    - Por causa de mim?

    - Claro né! Ele gosta de você. Eu nunca o vi dessa forma, você mexeu com ele.

    - Olha Amanda é complicado. Foi ele que pediu para você vir aqui? - Eu estava nervosa.

    - Não, ele não sabe que estou aqui, e nem deve saber. Não conte a ele. Eu vim aqui falar com você porque, ele é meu amigo desde criança e eu odeio vê-lo assim, compreende? - Amanda era uma garota simples, cuidava do Eduardo como uma irmã mais velha apesar de terem a mesma idade. Era uma boa pessoa.

    - Entendo, eu vou falar com ele e resolver essa história. - Ela ficara feliz com minha resposta.

    - Ahh obrigado Mary, mas não conte a ele que eu falei com você.

    - Tudo bem. - Voltamos depois da nossa conversa, os outros me olhavam estranho.

    - "Mary é tão esquisita! O Eduardo é um gato e ela o esnoba!" - Eu detesto a Cristina, ainda dou um soco nela.

    - Mary, esse final de semana nós vamos para a cachoeira, quer vir...? - Pensei primeiro em minha tinha mas eles irem sozinhos para uma floresta era perigoso. Os bruxos da ordem não estavam para brincadeira.

    - Vou pensar... Caramba mal começou as aulas e vocês já estão pensando no final de semana?

    - Essa é a melhor parte de ser jovem. - Disse Alexandre. Jovem... Eu poderia ser bisavó deles, eu ri com o pensamento.

    Ao final da aula fui pra casa, pensava na minha tia como será que ela estava? Chegando em casa, subi e fui vê-la. Ela estava pálida mas bem.

    - Tia?

    - Entre, querida.

    - Você está melhor?

    - Sim seu irmão está cuidando de mim, muito bem por sinal. - Gustavo estava cansado, pedi que ele fosse dormir, ele foi, eu fiquei lá com minha tia.

    - O que foi querida? - Ela me perguntou. Nossa, não dava pra esconder nada dela!

    - O Gustavo me falou, e agora eu percebi porque ele está preocupado.

    - Tia, é só um garoto nada demais... - Eu tentava esconder o que sentia, mas ela me conhecia muito bem.

    - Não creio que seja apenas isso, você está diferente. - Nossa ela era boa nisso!

    - Eu já sou bem grandinha e, sei o que é bom pra mim. - A essa altura , eu não sabia mais de nada.

    - Eu , sei mas... Depois de tudo que aconteceu, estou preocupada... Seja cautelosa querida.

    - Tia ele é apenas um humano, fique tranquila! - Eu queria ter essa tranquilidade.

    Fiquei lá, acabamos conversando sobre outras coisas. Ouvia o ronco do Gustavo, realmente ele estava cansado, mas eu tinha que falar sobre os garotos da escola que estavam pensando em ir na cachoeira o que é perigoso, por causa dos bruxos que estavam rondando a floresta. Do nada tive uma "epifânia", lembrei do Terry. Como não tinha pensado isso antes? Foi ele quem feriu minha tia...! Ele deve ser um espião, ou sei lá o que.

    - Fala.

    - Eu queria conversar com você... Soube que você e a Amanda tiveram uma conversa.

    - É melhor não falarmos isso por telefone.

    - Podemos nos ver hoje?

    - Hoje não dá minha tia está doente, amanhã na aula conversamos sobre isso tá?!

    - Tudo bem. Tchau mary. - Ele desligou e eu fiquei pensando no que diabos iria falar para ele. " Ei não podemos ficar juntos por que eu sou uma...BRUXA!"

    Subi as escadas e fui para meu quarto. Por que eu não podia seguir a tradição e me apaixonar por alguém como eu?! Peguei meu violão e começei a tocar, mas não adiantava, então decidi dormir. Da forma que eu me encontrava com certeza teria pesadelos, então fui fazer a lição, quando terminei me deparo com Gustavo na minha porta.


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