Voava pelo os céus, não existia muitas missões que o Hokage ia em pessoa, mas meu caso era diferente, afinal eu tinha a vovó Tsunade para cuidar das coisas burocráticas para mim, enquanto ela tinha a Shizune para cuidar de tudo por ela, isso me dava o luxo de ir pessoalmente averiguar coisas que me deixava intrigado. Era apenas meu segundo dia como Hokage e eu tinha recebido um relatório sobre uma Relíquia Shinobi, relíquia perdida na Guerra, sabia que todos os Kages haviam mandando seus melhores shinobis para encontrar a relíquia, era um fato que estávamos em paz, mas as coisas haviam voltado a normal, shinobis da Areia já havia se confrontado com shinobis da Nuvem, pois ambos haviam sido contratados por lados opostos, esse era o mundo shinobi, a paz real só existia quando existisse uma única nação, e isso é muito utópico.
Que tipo de relíquia?? Kurana perguntou.
?Um grande machado de guerra? a respondi ?Diz a lenda que a força do ataque aumenta ou diminui com o tamanho do chackra do usuário?
Essa arma seria perfeita para você ?- Son Goku dizia.
?Para mim e para qualquer outro Jinchuuriki? respondi com sinceridade ?Não é qualquer arma?
Será que é... hum não pode ser!? falou Kurama
Aumentava a velocidade do voou, amava voar em alta velocidade, senti o vento contra o rosto, voar mais rápido que qualquer pássaro, atravessar nuvens e percorrer vários quilômetros em poucos segundos, a liberdade de voar era algo indescritível para mim, às vezes me perguntava como consegui ficar tanto tempo preso ao chão ? Já era fim da tarde e o céu ficava com uma cor meio alaranjada, sobrevoava uma grande floresta, me concentrava para ver se sentia alguma energia diferente, mas simplesmente não sentia nada.
Logo a noite caiu e eu simplesmente não podia ver nada além da escuridão, continuei voando tentando encontrar algum lugar para ficar, não estava usando minha capa de Hokage, na realidade me vestia normal, como sempre havia me vestido, laranja e preto, aquela era minha missão secreta no qual ninguém de Konoha além da vovó Tsunade sabiam da existência, então não poderia sair por ai escrito Rokudaime Hokage nas costas ? Após algumas horas voando na mais profunda escuridão eu finalmente encontrei luzes, abaixei a altitude e vi que era um pequeno vilarejo, decidi aterrissar há vários metros da mesma para que nenhum morador me visse descendo dos céus, aterrissei no galho de uma grande arvore e saltei dela para o chão. Caminhei lentamente até chegar ao portão do vilarejo, uma baixa muralha de madeira fazia a proteção dele e o portão era a única entrada e saída, dois guardas com trajes enfarrapados e usando bastões de madeira como arma estavam de guarda, um típico vilarejo civil a onde shinobis era raridade, pelo menos era isso que eles tentavam mostrar a todos.
?Alto lá viajante? falou um dos guardas quando me viu aproximando. ?O que quer aqui??
Ero-Sannin havia me explicado muitas maneiras de enrolar esses guardas e entrar nesse tipo de vilarejo, ele amava visitar esses lugares e encontrar muitas mulheres para as suas pesquisas.
?Estou à procura de uma boa taverna a onde poderei jantar e dormir em um macio colchão com poucas pulgas de preferência? falei em um tom amistoso.
?Shinobis não são bem vindos aqui? o outro guarda falou em um tom temeroso.
?Ficarei uma única noite? falei ?Poderão dormir tranquilos eu só estou procurando uma boa refeição e um lugar para dormir?
Esperei pacientemente os dois guardas conversarem e decidirem se eu poderia ficar ou não, dois minutos depois eles chegaram a um acordo e me deixaram passar, entrei no vilarejo e vi que era ainda menor do que eu imaginava, uma única e cumprida rua, uma dúzia de casas feita de madeira e no fim da rua um o único edifício de alvenaria, um prédio feio de dois andares, a taverna.
Caminhei tranquilamente até ela, fazia uma noite fria então no momento que abri a porta da Taverna o vapor quente que saiu de lá foi um tanto quanto confortante, logo o som de musica invadiu o lugar e o cheiro forte de álcool também, todos pareciam tão animados, dançando, bebendo e comendo que nem notaram minha presença, andei até o balcão e puxei um banco alto, havia seis bancos no total e apenas aquele estava vazio, me sentei entre um homem que parecia um grande urso e outro que era magro como mulher.
?O que quer Shinobi?? perguntou o balconista, ele era velho como um dos conselheiros e tinha uma grande berruga no centro da testa.
?Um copo de leite? falei.
O balconista achou que era brincadeira e soltou uma gargalhada, logo o homem que parecia um urso também começou a gargalhar, o engraçado é que a gargalhada do imenso homem lembrava os gritos que os porcos davam antes de serem abatidos, era horripilante de uma maneira totalmente nojenta.
?Foi engraçado? o velho dizia tentando conter a crise de tossi que deu após a gargalhada ?Mais o que vai querer beber Shinobi??
?Cerveja? falei, era uma bebida bem mais fraca que o saquê ?Estão comemorando oque?? perguntei.
?O nascimento do meu filho? falou o homem urso.
?Parabéns? falei sorrindo para ele.
Observei o homem tirar uma grande caneca de dentro do balcão então levou a caneca até um barril velho, ele abriu uma pequena torneira feita de madeira e logo um liquida amarelo começou a jorrar para dentro da caneca, chegando ao fim uma espuma branca com a aparência de ser grossa cobria o top da caneca, confesso que parecia gostoso, ele logo voltou e colocou a caneca na minha frente.
?Kanpai? falei erguendo a caneca ?A seu filho?
?Kanpai? O urso e o magrelo falaram erguendo suas próprias canecas.
Curioso para saber o gosto eu a levei até boca e tomei um grande gole, a bebida era amarga mais tinha um gosto bom, acabei bebendo mais de um gole, na realidade estava com bastante sede então bebi metade da cerveja de uma só vez. Em seguida coloquei a caneca no balcão e fiquei em silêncio, apenas escutava as conversas, Ero-sannin ensinou que achamos o que procuramos a onde menos esperamos.
O tempo passou e eu já havia tomado umas cinco canecas e nada do ouvir alguma coisa, logo a taverna foi esvaziando e quando me dei conta estava eu, o velho barman e o homem urso, percebi que aquele era o momento perfeito para ver se conseguia alguma informação.
?Tio? falei ?Não sou o primeiro Shinobi que passa aqui nos últimos tempo, né?? perguntei.
?Com certeza não é? ele me respondeu ?Há um ano mais o menos todos os dias um ou dois shinobis passam por esse vilarejo, eles sempre perguntam sobre um grande Machado de Guerra?
?Você também procura o Machado?? o homem gigante perguntou, percebi que de uma hora para outra ele pareceu bem interessado na conversa.
?Hum...? refleti ?Talvez sim... talvez não? dei uma pausa para focar minha concentração, queria ver se sentia alguma intenção assassina ?Acabei de levar um tremendo fora da garota que sempre amei, quem sabe uma arma poderosa não me anime?
?Garoto corajoso? falou o velhote barman ?Vi shinobis mais duros perguntarem sobre o machado e no outro dia encontramos o corpo deles flutuando no rio?
?Que triste? falei ?Logo após uma guerra tão destrutiva ainda tem assassinos matando por causa de um machado?
?Não é um machado qualquer? falou o homem urso, aquilo me fazia suspeitar ainda mais dele ?Ninguém quis a guerra, e ela foi ha mais horrenda das guerras?
?E muitos covardes desertaram? falei em um tom frio.
O homem urso se levantou no momento que eu terminei de fechar minha boca, percebi que havia muito ódio naqueles grandes olhos castanhos, eu tinha acertado em cheio, ele era um covarde, um desertou que fugiu e deixou seus companheiros serem mortos, o fato dele não me conhecer significava que ele não era de Konoha ? O homem fechou o punho e bateu no balcão quase o partindo no meio, sabia o que estava por vim e também estava ciente que não teria volta, se o grandão confessasse que fugiu da guerra era meu dever mata-lo, era a lei, mesmo após a guerra nenhum desertor merecia viver, como Hokage não poderia ir contra a lei, não com testemunhas, então como ninguém me conhecia eu poderia apenas dar uma lição neles e tomar a arma.
?Não chamaria desertores de covarde nesse vilarejo? falou o velhote.
?Levante moleque? o grandão falou ?Vou te ensinar boas maneiras, mas lá fora?
?Isso é mesmo necessário?? perguntei ?Me deixa perguntar, vocês matam os shinobis que procuram pelo o Machado enquanto eles dormem? Ou pelo menos os acorda para uma luta justa??
?Nem um nem outro? o velho falou com um sorriso maléfico ?Prefiro envenenar a cerveja?
Engoli em seco, estava me sentindo meu sonso mais pensei que era por causa do efeito do álcool, mas pelo visto eu estava errado, era por causa do veneno, só estava em pé ainda por que passei os últimos dois anos fortalecendo minha resistência contra venenos, talvez isso faça eu sair vivo depois de tomar cinco canecas batizadas.
Vou usar meu chackra para queimar o veneno que corre em suas veias? Falou Son Goku em minha mente - Você foi muito descuidado.
Não escutei nenhum aviso vindo de vocês? falei mentalmente.
Não somos suas babas? falou Kurama em um tom irritado - Você é o humano mais poderoso do mundo, não precisamos vigiar cada um dos seus passos.
Não vai morrer? falou Son Goku - Queimei 90% do veneno, mas vai ter efeitos colaterais.
Levantei-me meio que cambaleando, estavam ali os efeitos colaterais, me sentia tonto e minha coordenação não estava muito boa, pensei em uma saída, mas não podia ir embora e deixar aqueles covardes desertores matar mais shinobis, se eles quisessem viver uma nova vida longe do mundo shinobi eu os deixaria em paz, mas eles estavam escondendo uma grande relíquia e matava todos que se aproximavam dela, e isso era imperdoável, tinha que lutar do jeito que estava mesmo.
?Vão se arrepender? falei.
?Deve ser alguém poderoso? o velho falou ?Tomou todo esse veneno e ainda vive, ainda consegue se mover e....?
Ninguém nunca vai saber o que ele teria dito, como eu não podia depender a vida inteira do manto da raposa para ser rápido como meu pai ou como Raikage, procurei em qualquer lugar algum pergaminho que falasse do Hiraishin no Jutsu, o jutso principal do meu pai, encontrei no Pergaminho Proibido de Konoha (aquele mesmo que roubei quando tinha onze anos), passei dois anos treinando a técnica, mas ainda não havia dominado ela de forma perfeita, demorava cerca de dois segundos a mais que meu pai, e isso em batalha era uma eternidade ? Havia marcado o balcão com o jutsu-shiki, demorei dois segundo para aparecer em cima do balcão, o velho não teve reação, enterrei uma kunai em sua garganta e escutei o baque dele caindo no piso de madeira, me virei para o homem urso já segurando uma Kunai de três pontas com o jutsu-shiki marcado nela, o homem estava enfurecido, ele rasgou a blusa que usava e bateu o punho em um selo tatuado em seu peito, no momento que vi uma luz aparecendo eu lancei a kunai nele e então me teletransportei para ela usando o Hiraishin no Jutsu, como não tinha domínio completo da técnica demorei quase três segundos para teletransportar para a Kunai em movimento, então quando a segurei com a mão direita um machado gigante já vinha na minha direção, iria me cortar ao meio, mas o chakra de cor laranja-avermelhado do Yonbi envolveu meu corpo e fez a lamina parar antes de mim cortar, mas a força do ataque fez eu sair voando e bater contra a parede com tudo a quebrando e caindo já na rua, eu senti como se tivesse quebrado todos os ossos do meu corpo.
Essa foi por pouco!? Dizia Son Goku em minha mente.
Obrigado? agradeci.
Cuidado Naruto? Falou Kuruma - Ele está usando o Grande Machado da Calamidade, e tem um chakra muito alto.
A parede da taverna brilhou e então explodiu em mil pedaços, o homem de quase três metros de altura saiu carregando o grande Marchado que nem era tão grande assim quando ele o segurava, os cabelos castanhos do homem estavam arrepiados em pura energia, me lembrou o Raikage quando quis me testar usando toda sua força.
?Vai pagar por isso? ele falou.
?Relaxa grandão? falei enquanto me levantava ?Você não quer destruir o seu vilarejo inteiro?
?Você vai morrer!? ele exclamava totalmente fora de si.
Logo a rua ficou lotado e eu vi que estava em trinta para um, o gigante devia ser o líder deles, pois eles mal sabiam o que estava acontecendo e já se posicionavam para me atacar, o veneno ainda fazia algum efeito e só por causa disso teria que me concentrar mais ? Fiz o selo Tigre e gritei: ?Kage Bunshin no Jutsu?, trinta clones meus apareceram em meio a fumaça, eles logo começaram a lutar contra a população da vila que era inteira de shinobis desertores, enquanto isso o homem urso corria na minha direção com o Machado da Calamidade nas mãos, a cada golpe que ele dava uma onda de chakra em forma de lamina saia do machado e vinha na minha direção, aquilo era rápido demais, me esforcei ao máximo para conseguir desviar, os efeitos do veneno me deixava mais lento que o normal, então desviava por pouco, ele atacou com filho e eu desviei, então o machado ficou preso no chão, aquele era o momento certo, corri até ele e saltei sobre o mesmo, abria minha mão e encostei a palma dela nas costas dele, tinha acabado de marca-lo com o jutsu-shiki, então voltei a tomar alguma distancia dele ? O Gigante tirou a lamina do chão e parou de se movimentar, ele segurou o machado acima de sua cabeça e soltou um grito de guerra, então o machado brilhou em uma luz azul quase cegam-te, em seguida ele apontou a lamina para mim e eu senti cada célula do meu corpo me alertar para o perigo, nesse exato momento os chakras da Kurama e do Son Goku saíram do meu corpo e tomavam forma de caldas, as nove caldas da Kurama e as quatro caldas do Son Goku, as caldas abraçaram meu corpo formando um casulo protetor, podia muito bem entrar no Modo Eremita ou usar o Manto da Raposa, mas não queria, meu desejo era vencer aquela luta em meu estado atual, mesmo o veneno diminuindo minha velocidade e reflexo eu queria vence-lo normal, era um grande teste.
O que ele vai fazer? ? perguntei via pensamento para eles.
Usar o ataque mais forte do Machado da Calamidade? falou Kuruma.
O chão inteiro tremeu, mais dentro do casulo de caldas eu não senti nada, apenas o calor daquele ataque e o chão tremer de forma mais intensa ? Enquanto isso preparava um Ōdama Rasengan com a ajuda de dois clones, logo a imensa esfera se forma, esperei a terra parar de tremer, usei o Hiraishin no Jutsu e três segundos depois estava nas costas do homem, ele não teve nem tempo para olhar para trás, afundei a grande esfera de chakra nas imensas costas dele e o fiz voar longe, só nesse momento que eu vi o tamanho da destruição, o vilarejo inteiro estava destruído, todas as pessoas estavam mortas, o homem urso usou seu ataque mais poderoso para me derrotar, mais acabou criando uma explosão tão poderosa que havia destruído todos os seus aliados, senti-me culpado por não ter destruído ele logo, o usei para testar minha força e acabei deixando-o criar toda aquela destruição.
Ele procurou por isso, humanos são naturalmente destruidores? falou Son Goku.
Aproximei do homem e o encontrei ainda respirando, mais estava com um buraco transpassava o corpo, com certeza iria morrer, e aqui, o machado estava jogado ao seu lado bem distante de sua mão, respirei fundo lamentando tamanha destruição e me ajoelhei ao lado do homem para ouvir suas ultimas palavras.
?Não...mat...mate...? ele começou a falar e então cuspiu sangue ?Meu...meu...filho?
O pobre infeliz morreu, eu vi muita culpa em seus olhos, ele mesmo não sabia que seu ataque seria tão destrutivo, parecia que ele não tinha total conhecimento da força daquela relíquia shinobi e isso matou todos os seus amigos ? Levantei e fui até o machado o pegando, era muito mais pesado do que eu pensei, no momento que eu o segurei eu senti ele sugando meu chakra.
Essa arma se alimenta de charka o tempo inteiro, seu ataque principal transforma todo o chakra que ela sugou em um raio de destruição? falou Son Goku em minha mente.
Era uma arma perigosa e eu sabia que não poderia ficar nas mãos de qualquer um, tinha que mantê-la comigo e se eu mesmo não conseguisse controla-la eu iria sela-la para mais ninguém perder sua vida por ela, só de segura-la eu podia sentir o tanto de almas ela já havia ceifado e o tanto de energia negativa que habitava nela, ela era uma receptora de tudo de ruim, e lógico que senti que Kurana amava aquela arma, podia sentir isso dela se ela precisar dizer nada.
Pensei em uma maneira de carrega-la então me lembrei do selo que o homem usava em seu próprio corpo, virei o corpo do imenso homem o olhei o selo o estudando, era bem simples e podia ser modificado para extrair a arma com maior velocidade, me concentrei no chackra de Son Goku, ele tinha dois tipos de Katon (fogo) e Doton (terra), e conseguia combinar os dois criando o tipo Youton (lava), eu já conseguia manipular os três tipos como se fossem meu próprio chackra, mas naquele momento eu queria apenas o Katon, logo o chackra Katon que tinha cor de fogo se manifestou na ponta do meu dedo indicador, rasguei a manga esquerda da minha jaqueta e então encostei o meu dedo no braço esquerdo e senti o ardor dele se queimando, respirei fundo controlando a dor e comecei a desenhar o selo a fogo em meu braço, tentei ser o mais rápido possível para evitar prolongar aquela dor, mas no fim demorei mais de cinco minutos até terminar o selo ? Sorri ao ver o trabalho finalizado, era uma tatuagem até bonita, coloquei a palma direita em cima dela e senti a pele ainda quente, ativei o selo e ele brilhou, então peguei o Machado da Calamidade e enfiei selo a dentro, após isso eu desativei o selo e ele parou de brilhar, agora o Machado estaria sempre comigo.
Sempre sugando um pouco do seu chackra? Falou Son Goku, em suas mãos ele poderá destruir vilas inteiras.
Eu sei? falei para ele - Por isso tomarei bastante cuidado.
Não tinha muita esperança, mas antes de ir decidi procurar para ver se encontrava alguém vivo, saí procurando em toda aquela destruição, usava todos meus sentidos para encontrar, mas tudo que via era destruição, foi ai que escutei um som vindo de uma das casas destruídas, corri até os escombros e comecei a tirar as lascas de madeira com bastante cuidado para não machuca quem estava preso, no momento que tirei uma grande viga eu vi uma mulher, ela estava deitada em concha, só ai percebi que ela estava protegendo um bebê que chorava bem baixinho, havia usado seu corpo para protege-lo, ela ainda estava viva, mas não por muito tempo era jovem demais, se tivesse muito era uns dessente anos, tinha belos cabelos negros como a noite e olhos azuis como o céu que brilhavam como se tivessem vida própria, era tão belos que chegavam a serem assustadores, mesmo toda machucada seu corpo era esbelto.
?Você está bem?? perguntei.
?Não? ela falou em um tom fraco, lagrimas escorriam por sua face ?Vou morrer?
Eu não era um médico, mas seus machucados eram sérios demais, ela realmente iria morrer e eu não poderia fazer nada para mudar isso, esse fato me deixou ainda mais triste, lagrimas escorriam por minha face enquanto limpava o sangue do belo rosto dela.
?O que quer que eu faça por você?? perguntei.
?Promete cuidar do meu filho?? ela perguntou ?Cuide dele como se ele fosse seu filho, não o deixe crescer sem pai e sem mãe?
?Juro pelo meu jeito shinobi de ser? falei ?A partir de hoje ele é meu filho?
Ela pareceu se esforçar ao máximo para esticar seus braços e me entregar o bebê, ele era um garoto forte, mesmo sendo um recém-nascido, no momento que o peguei em meus braços eu pude sentir seu intenso e volumoso chackra, havia puxado isso do seu alto e forte pai, assim como puxou o cabelo castanho ? A mãe tossiu sangue e eu percebi que ela estava perto da morte, fiz um clone e entreguei o bebê para ele, então com cuidado peguei a garota no colo e subir até o céu, seus olhos brilharam enquanto voava, observei o céu se iluminar e posicionei em um lugar perfeito para vemos o dia nascer.
?É lindo? ela falou.
?O lugar que você vai será muito mais bonito? falei em um tom triste ?Me perdoa??
?Você prometeu cuidar do meu filho e me mostrou essa vista linda? ela dizia naquele tom fraco ?Eu te perdoou e serei sempre grata, pois não são os atos ruins que definem uma pessoa, o que define é a capacidade de fazer o bem?
Então ela ficou em silêncio, senti a respiração dela acelerar e então começou a desacelerar rapidamente, e logo senti seu ultimo suspiro, seu rosto caiu sobre meu ombro e finalmente ela foi para um lugar melhor, e eu me entreguei e comecei a chorar, pois no fim ela me lembrava minha mãe.
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Demorei vários minutos para enterra-la, em seguida deixei vários clones meus para enterrar os outros que morreram naquela noite, então peguei o bebê em meus braços e subi aos céus, tinha que voltar a Konoha, e voltaria diferente, havia tido uma grande lição, uma que não esquecerei jamais, e sabia que tudo que tinha acontecido serviria para a formação no novo Naruto, do Naruto Hokage.
Além disso, meu clã havia ganhado mais um membro, aquele bebê seria meu filho e eu iria me esforçar para passar para ele tudo que o mundo me ensinou, ele seria minha maior responsabilidade, pois a partir daquele momento eu era um pai.