Hard times of Nara Shikamaru

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    Capítulo 5

    capitulo 5

    Álcool, Sexo

    Tá certo que foi só um beijo no rosto, mas eu acho que nunca fiquei tão vermelho na minha vida. Ela começou a andar pelo meu quarto e tirar tudo do lugar, depois de meia hora olhando até onde não dava pra ver ela saiu, agradeceu por tudo de novo e foi pra casa dela, ela ia tentar resolver as coisas com o pai. Depois eu voltei pro meu quarto e vi a bagunça que ela tinha deixado. Sabe aquela vontade enorme que te dá de arrumar o quarto? Pois é, eu também não sei, então eu deitei na minha cama, reclamei da vida durante uns quinze minutos e percebi o quão meus sentimentos estavam divididos e depois eu dormi, não, dessa vez eu morri em cima da minha cama. Nem consegui sonhar, mas acho que acordei no meio da madrugada com aquele povão chegando e fazendo escândalos, e chorando, e desabando em lágrimas, pois é, traumas acontecem desse jeito. Eu me poupei o trabalho de ver que merda tava rolando lá embaixo e morri de novo.No dia seguinte eu acordei com a roupa do enterro, e pra minha sorte era sábado, ou seja, não tem aula, não tenho que ver professores insuportáveis, não tenho que ir para aquela merda de escola...

    ? Shikamaru, a sua diretora ligou, você tem que ir para a escola agora, não sei pra quê.

    Lá se vai minha felicidade. Qual a utilidade da escola ligar pra minha mãe só pra falar que eu tenho uma droga de aula, ou sabe-se lá o que seja, inútil. Aposto que os caras lá embaixo também tem. Pelo menos não vou me ferrar sozinho. Eu saí descendo as escadas, já tinha colocado o uniforme, que ficava estranho em mim, ainda mais no sábado. Eu achei o primeiro andar mais vazio que cemitério a meia noite em sexta feira treze. Não tinha uma alma viva naquele lugar. Eu achei que eles já estavam na escola então eu resolvi pegar um ônibus achando que eles estavam lá, aí eu voltava de carro. Se você nunca pegou um ônibus lotado, com gente até na roda do ônibus, meu conselho é não pegar. Eu entrei naquele veículo e passei a roleta, os bancos eram para duas pessoas, tinha uns com mais de cinco e com malas ainda por cima, o povão todo em pé, segurando onde podia e como podia. Eu me acomodei perto de uma senhora, e o ônibus saiu. A medida que ele ia parando, saia uma pessoa e entravam vinte. Certa hora chega um cara de camiseta, e para do meu lado (lê-se: Praticamente em cima de mim)e segura na barra de ferro superior do ônibus aí eu vejo aquele suvaco parecendo a mata atlântica do meu lado, tinha tanto suor que até escorria, e o cheiro parecia que um rato tinha morrido ali. E a bosta do ônibus saiu andando e todo mundo se esbarrando e talz. Depois de cinco minutos que pareceram três eternidades inteiras, o ônibus parou no ponto que eu ia descer e depois de mais trinta minutos driblando o pessoal eu consegui sair do ônibus. Minha sorte é que tem um ponto em frente a escola, e eu saí andando, coloquei a mochila nos ombros e entrei na escola, lá também não tinha uma alma viva, eu fui para a minha sala, e lá também não tinha ninguém, rodei a escola inteira procurando algum sinal de vida aí eu lembrei que quem tinha ligado era a diretora então eu fui para o elevador, só que ele estava desligado, então eu fui e subi seis lances de escada novamente e cheguei na diretoria, eu me pergunto, por que a diretoria não pode ser no primeiro andar? Por que a escola não pode ter só um andar? Por que o elevador não estava funcionando? Perguntas que só um ser superior pode responder. Vou perguntar pro zelador quando der. Eu cheguei no sexto andar suando mais que o suvaco do cara do ônibus e fui para a diretoria, cheguei lá só estava a diretora Tsunade me olhando. Ela olhava pra mim, eu olhava pra ela, ela olhava pra mim, eu olhava pra ela, ninguém piscava. Depois de dez minutos no silêncio mortal eu disse:

    ? Por que a senhora me chamou aqui?

    ? Pegadinha do malandro!! ? e ela caiu na risada, eu fiquei tão surpreso que não sabia se ficava com raiva e jogava ela pela janela, ou saia dali correndo e destruía tudo no meu caminho.

    ? Você não me fez vir aqui a toa né?

    ? Não, eu queria falar com você sobre o seu comportamento durante o teste de avaliação de conhecimentos com o professor Ebisu.

    ?O que eu fiz? ? será que ela descobriu que eu chamei ele de você lembra do quê e saí correndo?

    ? Você tirou a melhor nota de todas as turmas do primeiro ano! Meus parabéns eu te chamei aqui para dizer que você conseguiu dez pontos em cada matéria durante o primeiro bimestre, então você não tem que se esforçar tanto para estudar. Obrigado. È só isso pode ir embora agora.

    ? Só isso?

    ? É.

    ? Então por que você não disse pelo telefone?

    ? Por que você não vai embora e me deixa aqui?

    ? Me responda primeiro por favor?

    ? Eu não gosto de falar sobre assuntos tão importantes assim pelo telefone. ? importantes? ? E também eu queria te pedir um favor.

    ? Diga.

    ? Pega um pouquinho de água pra mim? ? pêra aí. O quê? Pegar água? Como assim? Será que ela não é capaz de se levantar e descer dois andares pra pegar água não? Ela tem até a chave pra ligar o elevador! Depois eu é que sou preguiçoso.

    ? Tá.

    Eu desci as escadas e peguei um copo de água e subi batendo o pé na escada com tanta força que se ela fosse um pouquinho mais fraca, a estrutura teria quebrado. Eu cheguei na diretoria coloquei o copo em cima da mesa, peguei minha mochila e saí dali andando que se ela falasse alguma coisa, eu juro que eu tiraria uma arma de algum lugar e dava um tiro nela. Eu antes de descer as escadas saí andando pra dar uma olhada no andar, eu dei uma volta inteira e no lado oposto do prédio, o local mais longe da diretoria naquele andar, tinha uma escada, ela levava para um sétimo andar, tinha um portão metálico lá mas não estava acorrentado e eu subi pra ver o que tinha lá, eu abri o portão e entrei, lá estava cheio de mesas e cadeiras velhas empilhadas, quadros quebrados, o lixo em geral, eu fui andando, o lugar era muito grande, e bem lá no fim tinha uma cabana, escondida no meio de tanta tralha, eu fui até lá, não tinha ninguém ali mesmo e abri, lá dentro havia muitas coisas, livros de todas as matérias de todos os anos, conjuntos de materiais escolares, um manual com várias formas de colar, que eu tive a coragem de colocar na minha mochila, várias revistas de carros, alguns porta-retratos, um saco de dormir de casal, velas, fósforos, um computador, uma televisão um frigobar e várias coisas de casa. Julgando pelo estado das coisas, seria um lugar ideal para matar aula, ou passar uma noite se precisasse. Eu saí dali apenas com o livrinho, de 180 páginas básicas de como colar. Saí daquele andar sem a diretora me ver, desci tudo e fui pra casa, resolvi ir a pé porque eu já não agüentava mais andar de ônibus na minha vida, e olha que aquela era a primeira vez que usava transporte público. Eu passei em frente ao parque que havia visto Ino dias atrás e resolvi entrar lá sabe-se lá por que. Eu fui até o banco onde ela estava sentada naquela vez e olhei para ele, como se houvesse uma pessoa ali, uma voz atrás de mim disse:

    ? O que está procurando aí? ? eu me virei e vi a loira de olhos azuis me olhando

    ? Nada. Só me lembrei de ontem

    ? Você me salvou ontem, meu pai resolveu parar de beber, e eu voltei pra casa. E eu devo tudo isso a você.

    ? Não foi nada.

    ? Foi sim, eu te conheci faz uma semana e nessa semana eu te atormentei como eu nunca havia atormentado ninguém na minha vida, e mesmo assim você me tirou daqui.

    ? Eu teria feito o mesmo por qualquer pessoa.

    ? Eu sei, mas por ser eu, me surpreendeu. Você não é um nerd.

    ? Sou sim.

    ? Claro que não é. Nerds são vingativos, se você fosse um, teria jogado ovos na minha cabeça, e riria de mim, pode falar a verdade, fora que no primeiro dia de aula seu amigo Sai não foi como um nerd então tem uma explicação para esclarecer esses fatos?

    ? Mas eu sou um nerd! ? Eu disse desviando o olhar e encarando o chão

    ? Bem se você não for um nerd e só estiver fingindo, seria melhor.

    ? Por que?

    ? Porque ser um nerd faz as pessoas se afastarem por naturalidade, sendo assim, se você não for um, faria muito mais amigos. E eu sei que você não é, não sei por que você e seus amigos fingem ser algo que não são.

    ? Porque as vezes cansamos de ser nós mesmos, as vezes nosso modo de agir cansa e isso é chato, então dessa forma fingimos ser algo que não somos para tentar mudar o que realmente somos.

    ? Bem, isso explica, mas segunda- feira eu não quero ver nenhum de vocês agindo assim, eu sei que vocês são muito melhores que isso. Então por que não se mostram quem são semana que vem? É uma boa idéia, e isso só vai fazer as pessoas se aproximarem de vocês.

    ? Tudo bem.

    ? Ok então.

    ? Tchau, até segunda.

    ? Até.

    Aquilo mexeu comigo, será que todo mundo já sabia que nós não éramos nerds? Estávamos sendo tão ridículos assim? Eu saí andando pensando nisso, e quando me dei conta já estava quase passando pela minha casa. Eu entrei e vi que todos já haviam acordado, os meninos me perguntaram onde eu tinha ido e eu disse que tinha ido na escola, eles riram da minha cara igual retardados e nem perguntaram o que eu fui fazer lá. Eu notei que havia uma pessoa diferente ali, Temari estava conversando com seu pai no canto da sala, quando eu cheguei, ela me viu e parou de conversar com ele e veio até mim. Ela me disse pra ir lá fora com ela que ela queria me falar uma coisa. Chegando lá ela começou dizendo:

    ? Eu vou me mudar para a casa do lado! Isso não é maravilhoso?

    ? Mas os velhinhos moram ali.

    ? Do outro lado, inteligência ? eu me lembrei que a casa estava a venda. ? eu, Kankurou moraremos ali a partir de hoje.

    ? Ah, legal. Mas pera ai, e sua mãe?

    ? Ah ela não tá nem aí pra gente mesmo, então foda-se ? Respondeu ela com um sorriso, não como o do Sai, o dela era mais verdadeiro.? Acho que você devia arrumar uma namorada.

    ? Meio difícil, um nerd não faz muito sucesso aqui.

    ? Todo mundo sabe que vocês não são nerds.

    ? Todo mundo?

    ? Tudo mundo.

    ? Todo mundo mesmo?

    ? Aham.

    ? Tá. Mesmo assim vai ser difícil eu achar um amor aqui, sabe?

    ? O amor pode estar em qualquer esquina.

    ? Então eu só ando em círculos.

    ? Sem querer ofender, ? quando uma pessoa começa uma frase com ? sem querer ofender ? pode apostar, ela vai te ofender- mas eu acho que você é que não procura direito.

    ? Ah, quer saber, deixa esse assunto pra lá. É muito problemático. Me empresta o celular?

    ? Pra quê?

    ? Jogo da cobrinha.

    ? Sério?

    ? Claro. Muita adrenalina quando a cobrinha ta gigante e não pode esbarrar nas paredes. Todo mundo desespera.

    ? Fato.

    ? E eu queria passar uns trotes também.

    ? A cobrar?

    ? Claro, né.

    ? Que bom.

    Ela me entregou o celular, e eu comecei a jogar o jogo da cobrinha, morri quando ela estava quase comendo a primeira frutinha. Ódio invadiu meu ser. Comecei a ligar a cobrar pras pessoas, sempre falava que as pessoas não tinham créditos suficientes pra atender minhas ligações. Odeio esse povo pobre que não tem crédito pra atender minhas ligações a cobrar. Minha mãe berrou do outro lado do mundo que já estava na hora do almoço. Eu entrei e percebi que Temari já estava lá, conversando com seu pai. Depois de meia hora com o povo brigando pra ver quem ficava aonde, acabei no meio de Naruto e Gaara. Não sei por qual causa, razão, motivo ou circunstância, mas minha mãe pegou meu prato e começou a servir minha comida. Ela colocou de tudo um pouco, e na salada, ela praticamente colocou tudo que tinha na mesa. Ela também não colocou o prato na minha frente, ela jogou, se a mesa fosse de vidro quebrava. Mas quando eu vi, tinha uma tonelada de salada pra cada grão de arroz. Eu virei pra ela e disse:

    ? Mãe eu não vou comer isso tudo de salada.

    ? Shikamaru, salada é bom.

    ? Se fosse bom tinha rodízio.

    ? Fecha essa boca e come. ? nada como frases contraditórias para alegrar meu dia. ? Você tem sorte de ter isso tudo pra comer. Tanta gente passando fome no mundo e você aí reclamando do que tem pra comer. ? Pois é, sou tão sortudo que se um dia chover sorvete o carrinho cai na minha cabeça.

    Eu fiquei vendo todo mundo comer a comida sem salada, enquanto meu prato mofava em cima da mesa, eu morrendo de fome, mas eu odeio salada, e de inveja daquele povo, porque minha colocou a salada toda no meu prato. Todo mundo acabou de almoçar e eu nem tinha mexido na comida, minha mãe disse que eu só is levantar da mesa quando eu acabasse de comer tudo, eu fiquei ali por umas duas horas até que ela desistiu e mandou eu sair da frente dela. Eu saí correndo e fui ver na minha mochila se tinha alguma bala ou algo do gênero pra eu poder comer, por que se minha mãe me visse saindo pra comer, a comida seria eu. Eu deitei na minha cama e fiquei lá olhando pro teto até meus olhos pesarem e eu dormir. Nada melhor do que um cochilo depois do almoço, até mesmo se você não tiver comido absolutamente nada e seu estômago dançar na sua barriga.


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