Uma semana e meia se passou desde que Liria chegou ao planeta Kion esperando aquele homem que ela ajudou acordar.
Liria estava na nave recebendo toda a pesquisa que Rind havia conseguiu do planeta Vegeta, havia demorado mais que o prazo que a nave havia dado a ela.
Enquanto no quarto do hospital...
- Majestade como esta? ? Perguntou o médico.
- Me sinto ótimo. ? Respondeu ele com sarcasmo. ? E louco para sair daqui.
- Isso é bom, pois estou lhe dando alta hoje.
- Até que fim eu sairei dessa joça. ? Ele falou imponente e começou a vestir sua armadura real.
- Realmente já tem um mês que o senhor está aqui, mas pelos seus ferimentos se recuperou rapidamente.
- Claro, eu sou um sayajin. ? Ele falou acabando de vestir e prosseguiu. ? Minha nave onde está.
- Lamento informar, mas ela ficou muito danificada, não decolara de forma nenhuma.
- O que? ? O rei falou não demonstrando surpresa.
- Ela esta muito danificada.
- Onde eu encontro um técnico para concerta-la. ? Ele falou já enfezado.
- Não encontra. ? O médico falou pacientemente.
- Como assim eu não encontro? ? O rei já pegou o médico pelo colarinho o erguendo um pouco do chão.
- Aqui neste planeta as pessoas vêm e vão e os poucos que moram aqui não entendem nada de tecnologia de outros planetas a pouca tecnologia que temos e para sustentar este hospital que abriga feridos de outros planetas atacados, ou destruídos por fenômenos naturais, muitas pessoas não ficam aqui. ? O medico falou pacientemente. ? Eles usam esse planeta como base só isso.
- Grsss. Maldição. ? Resmungou ele em voz alta e prosseguiu. ? Onde esta aquela garota que fica aqui sempre me amolando.
- Ela esta na nave dela. ? Respondeu a enfermeira. ? Todas as noites ela vai para lá.
- Onde está a nave dela? ? Perguntou o rei soltando o medico e andando ansioso de um lado para o outro.
- Trinta minutos do hospital, em uma das plataformas de lançamento. ? Falou calmamente e viu o sayajin sair voando pela janela.
- Ele é bem nervozinho e bem apressadinho também. ? Falou a enfermeira.
- Espero que o outro não nos de trabalho, pois ainda não acordou. ? Ele falou indo atender outros pacientes.
Em menos de meia hora o rei aparece diante da imensa nave, a porta da escotilha estava se abrindo e o vento esvoaçava seus cabelos em forma de fogo e sua capa vermelha e resplandecente também esvoaçava balançando de um lado pro outro o fazendo olhar admirado para aquela nave enorme.
Aos poucos uma figura feminina foi aparecendo, vestida com um colam negro com um leve decote no busto, uma saia no meio das cochas com vários babados em um tom azul, seus cabelos pratas voavam com o vento, uma tatuagem em forma de flores e ramos descia pelo seu braço esquerdo e seus olhos cinzas encaravam o homem que a olhava perplexo.
- Majestade, como me encontrou e por que esta aqui? ? Ela perguntou o olhando. ? Não devia estar no hospital?
- O medico me deu alta. ? Ele falou ainda a olhando descer as escadas e meio furioso. ? E a enfermeira me disse onde você estava.
- Que bom, eu estava mesmo indo vê-lo, mas já que veio ate aqui suba. ? Ela falou e voltou para dentro da nave sendo seguida por ele.
- O que descobriu? ? Rei Vegeta perguntou sem demonstrar ansiedade. ? Você disse uma semana e já tem uma semana e meia.
- Eu sei o que eu disse, mas como eu disse a inteligência artificial de Rind não é grande coisa. ? Liria sentou-se de frente ao painel de controle e prosseguiu. ? Rindo diga ao nosso hospede o que você encontrou.
- Sim senhorita. ? A voz robótica começou a mostrar em uma tela dados e prosseguiu. ? Planeta Vegeta região B4D10, destruído há quase duas semanas. O planeta foi totalmente explodido por um poder, ainda não descobri a origem. ? A nave simulava a explosão na tela.
- Sabe quem fez isso não é majestade?
- Freeza. ? Ele falou com uma irritação na voz e serrando os punhos
- Sim. ? Ela falou ainda olhando o painel e prosseguiu. ? Continue Rind.
- Sua espécie esta quase extinta, mas há alguns vivos, contado como você e o rapaz que encontramos da um total de nove sayajins.
- Aquele lagarto asqueroso. ? Falou serrando o punho.
- Um dos sayajins é um bebe esta dentro de uma nave indo em direção ao planeta azul.
- O filho de Bardock foi mandando pra conquistar a Terra.
- Meu Kami, vocês realmente tem gelo no lugar do coração de vocês, só não são piores que Freeza.
- Cale-se.
- Por que devo? ? Ela levantou nervosa. ? Você exila seu filho mais novo para um planeta qualquer sem um pai pra dar atenção, sem uma mãe para dar amor e carinho, deixa o outro a mercê de Freeza e ainda manda um bebe para um planeta que nem sabe o que tem lá para destruir as pessoas do planeta. ? Ela falou jogando tudo de uma vez.
- A Terra é um planeta onde os seres tem baixo poder de luta. ? falou o rei sem olhar. ? Ele foi pra lá para quando crescer tomar o planeta e entregar a Freeza, porém eu não sei como será o destino dele, nem o que acontecera. ? O rei falou em voz forte e nervosa encarando a moça.
- Espero que ele cresça como um homem de coração bom, por que vocês... ? Ela falou virando-se com raiva.
- Eu sei que... Erramos... ? O rei Vegeta se levantou e andou até ela com um sorriso malicioso nos lábios. ? Mas agora não podemos mudar o passado, porém temos que tirar Freeza do caminho. ? Ele a abraçou e a empurrou para a parede ficando bem próxima dela. ? E você não devia ficar sozinha com um homem em uma nave. ? Ele falou percorrendo o corpo dela com um olhar bem malicioso.
- Se eu fosse você eu não tentaria nada vossa majestade ou vai voltar para aquele hospital.
- Sabia que andar com essas roupas você pode ser confundida com uma prostituta, talvez você ate seja uma. ? Ele falou a prendendo mais na parede.
- Qualquer roupa que eu me vestir vão me confundir com uma vadia vossa majestade, porém isso não lhe de o direito de me comparar a uma. ? Disse ela fixando os olhos cinza nos negros dele sem medo algum. ? E se eu fosse o senhor me afastaria, pois eu não vou deixar que me toque. ? Ela o viu de aproximar para beija-la a força, quando sentiu todo seu corpo sendo paralisado e os olhos cinza dela permaneceram fixos alguns segundos o deixando totalmente paralisada ele só conseguia falar.
- O que você fez? - Ele perguntou com raiva.
- Eu só deixei o senhor paralisado por alguns minutos, afinal, eu não quero que volte aquela cama de hospital de novo seria muito injusto. - Ela sorriu e começou a caminhar.
- Me tire disso. ? Ele falou com raiva.
- Não se preocupe majestade vai passar em meia hora, enquanto isso pense nos seus atos. ? Ela sorria descendo as escadas.
- Sua maldita, volte aqui... Tire-me desse encanto. ? Grsssss. ? Eu o rei dos sayajins nem posso sair disso. Que poder será esse? ? Ele se perguntava.
- Poder de paralisação foi adquirido no planeta Kedon dois anos atrás, Liria tem um poder surpreendente e aprendeu muito enquanto viajava o universo. ? A voz robótica respondeu.
- Eu não te perguntei nada, maquina idiota. ? Ele tentava se soltar e muito irritado.
Quase quarenta minutos depois o rei consegue se mexer.
- Maldição, eu estou com cãibras graças aquela maldita. ? Ele falava se alongando dentro da nave e logo em seguida começou a ver como era a nave por dentro.
Ele foi aos dois quartos, na enfermaria, na copa, tinha dois banheiros, e a sala de comando.
- Que tecnologia incrível. ? Falava olhando o painel de controle. ? Será que essa nave decola? ? Ele falou em um monologo com um sorriso malicioso no rosto e já olhava onde dava a partida.
Olhou varias e varias vezes até que levou as mãos em alguns botões.
- Digital não identificada... Digital não identificada... Sistema de expulsão acionado, sistema de expulsão acionado... ? A voz robótica falava e expulsou o rei Vegeta para fora.
Liria voltava e o olha sabendo exatamente o que havia conhecido.
- Majestade, que bom vê-lo movimentando e pelo visto tentou roubar a minha nave. ? Ela falou e sorriu um sorriso zombeteiro.
- Você é experta, por isso me deixou lá e sabia que seu mexesse a nave ia fazer alguma coisa.
- Infelizmente majestade eu tive que implantar um sistema antirroubo na minha nave, ou eu ficaria sem ela, pois o senhor não é o primeiro a tentar, eu quase fiquei sem ela, se Rind não tivesse a inteligência artificial eu teria ficado a pé. ? Ela sorriu.
- Grsss. Você me paga. ? Ela o viu saindo possesso de raiva.
Liria entrou na nave disse:
- Bom trabalho Rind.
- Obrigada senhorita, mas esse homem e bem estranho.
- Para ser sincera eu acho que ele vira conosco e o outro também.
- Por quê?
- Temos um inimigo em comum, além do mais aquele rei mudou um pouco seu coração em breve ele volta. ? Ela sorriu. ? Vou sair e ver o que podemos aproveitar nesse planetinha minúsculo.
- Certo, senhorita.
- Sabe o que deve fazer. ? Ela saiu e deixou a nave ali.
Horas mais tarde o Rei Vegeta já tinha andado muito perguntando se ali tinha alguém que concertava naves e a resposta era sempre a mesma e mais uma vez ele chegou a um comercio local e perguntou;
- Onde eu posso encontrar alguém que concerte naves por aqui?
- Não temos ninguém senhor.
- Grsss. Como assim não tem?
- Aqui nesse planeta nossos conhecimentos e para área medicinal, sem falar que esse planeta e uma rota de pessoas feridas e machucadas que vem e vão, os poucos que ficam aqui viram médico, enfermeiros e comerciantes. ? Ele falou e prosseguiu. - Se quer realmente sair deste planeta terá que roubar uma nave ou pegar carona com alguém. ? Falou um jovem que vendia algumas peças de roupas.
- Se quiser eu posso te dar uma carona majestade. ? Uma voz doce estava atrás dele.
- Deu pra me seguir garota?
- Não, só estava dando uma olhada nos produtos. ? Ela sorriu e piscou pra ele.
- Grsss.
- Eu jamais andaria com você naquela lata velha. ? Ele falou irritado e sentiu seu estômago roncar.
- Majestade não fale assim de Rind. ? Ela flutuava sorrindo para ele. - Bom, se mudar de ideia a minha nave estará à disposição. ? Ela deu um largo sorriso e o olhou com um ar de que ela ia conseguir. - Assim que o homem que eu trouxe acordar, eu partirei. ? Ela falou e flutuou a frente dele. ? Se quiser mais tarde vou visita-lo quem sabe o senhor não o reconhece. ? Ela ainda pairava no ar. - Caso não tenha dinheiro pra comer ou dormir a minha nave tem quarto de hospedes e algumas guloseimas. ? Liria sumiu da frente dele.
- Que garota mais intrometida e como ela fez isso? ? Se perguntou ainda caminhando e olhando o vazio a sua frente.
Um pouco mais tarde o rei apareceu na frente da nave e novamente viu a escotilha abrir.
?Eu não acredito que estou me rebaixando a essa garota. Eu o rei dos sayajins tendo que depender de uma pirata espacial?. Ele pensava enquanto subia as escadas.
- Majestade, que bom revê-lo. ? Ela sorriu. ? Eu estava esperando o senhor.
- Grsss. ? Ele rosnou e viu a mesa posta com vários tipos de comida. ? Como conseguiu isso? ? Ele perguntou a vendo.
-Eu tenho meus segredos. ? Ela sorriu e prosseguiu. ? Pode comer a vontade. ? Ela falou virando-se ao painel de controle. ? Assim que terminar eu já paguei a sua estadia no hospital e em breve pagarei a do seu possível amigo.
- Por que esta fazendo isso e como?
- Eu disse que as pessoas merecem uma segunda chance menos Freeza, além do mais ele é nosso inimigo. ? Ela falou o vendo devorar a comida rapidamente.
- Não vai comer.
- Eu não como todos os dias, mas hoje eu lhe faço companhia. ? Ela sentou-se ao lado do rei.
- Não preciso disso. ? Ele falou imponente.
Ela sorriu e comeu um pouco, mas olhando um pouco assustada com o apetite do rei dos sayajins.
Após saciar seu estomago sem fundo. Liria olhou o quanto de louça suja sobrou para ela lavar, mas ela precisava ir ver aquele homem e estava na hora da visita.
- Majestade, quer ir ver o homem que veio comigo.
- Humpf. ? Ele ia saindo a frente dela.
- Que humor. ? Ela falou vendo ele um pouco mais a frente.
Logo eles chegaram a CTI e o rei viu o homem de cabelos espetados e uma cicatriz no rosto.
- Bardock... - Ele falou olhando ele.
-Então o conhece majestade?- Perguntou Liria delicada.
- Sim, ele era um dos nossos soldados, um terceira classe, pai do bebê indo pra Terra.
- Hum... - Ela falou o observando. ? Acha que ele ainda demora a acordar?
- Ele se feriu bastante. ? Rei falou ainda olhando. ? Mas como ele pode ter sobrevivido à explosão? Pela pesquisa que você fez o planeta deve ter sido atacado uns dois ou três dias antes de você passar por lá.
- O que parece e que vocês é uma raça bem resistente e forte.
- Pode ser, mas eu não sei quanto ele ainda permanecera assim. ? Ele falou imponente.
- Entendo.
- A hora da visita terminou. ? Falou a enfermeira.
- Bom, o senhor consegue voltar pra nave sozinho, não é?
- Sim, mas aquela nave não vai me expulsar de novo, vai?
- Só se o senhor tentar decolar. ? Ela sorriu.
- Aonde vai?
Ela sorriu a ele e sumiu de sua frente.
- Maldita garota. ? Ele saiu pisando alto indo para a nave.
Já estava escurecendo, aquele planeta escurecia cedo, toda a rotina começava a parar e bem longe da nave e invisível aos olhos dos alienígenas Liria estava em uma montanha treinando sua invisibilidade e alguns poderes que ela aprendeu só de olhar alguns daqueles moradores que sabia muita coisa.
?Não vou poder ficar muito tempo aqui, esse planeta não tem muitos recursos e logo começaram a desconfiar que as coisas estejam sumindo. Só espero que Bardock acorde logo.? Ela pensava enquanto treinava.
Já era tarde da noite quando finalmente ela volta à nave e encontra o rei dormindo no quarto de hospedes.
- Senhorita chegou tarde. ? Falou a voz robótica.
- Fale baixo Rind, tenho um hospede.
- Desculpe senhorita.
- Não poderemos ficar muito tempo mais.
- Por que senhorita?
- Planeta tem poucos recursos, só consigo mais mantimentos e remédios, recurso financeiro e muito pequeno, sem falar que esse planeta não tem tecnologia para você, só para hospitais.
- Entendo. ? A voz robótica diz baixo. ? Melhor a senhorita ir descansar um pouco.
- Obrigada por se preocupar. ? Ela saiu e foi para o quarto.
A nave trancou tudo e desligou os sistemas de luz e tudo mais.