Contradições - Segundo Ato

Éden, 09 de Janeiro do Ano 1

Uriel, com suas lindas asas afiadas como sua lâmina, sobrevoava o céu de Éden, indo em direção sul, ao sexto paraíso, comandado pelo seu irmão, Azaziel, a procura de encontra-lo vivo. Quando se aproximara do Pátio dos Sábios, um lugar cercado por pinheiros e tabardos dos sete arcanjos, um lugar místico que apenas os 7 irmãos usavam para meditar, que ficara entre o Sexto e Sétimo Paraíso, Uriel, encontrara um anjo clamando por ajuda e então, o arcanjo aterrissa. Ao se aproximar do celestial, Uriel de depara com o anjo todo ensanguentado e coberto por flechas douradas, pasmo em ver aquela cena, o arcanjo logo começa a retirar as flechas e tratar de seus ferimentos.

Uriel: - Anjo, quem fizera esta barbárie com você? ? O arcanjo questionava o ferido, que gritava de dor a cada flecha retirada de seu corpo.

Anjo: - Senhor Uriel.... Ele é um dos generais... ? Mesmo sufocado pelo seu sangue, o anjo se esforçou para passar a informação para o arcanjo.

Após retirar as flechas, Uriel, logo começara com o tratamento do anjo ferido que perdera a consciência. Para o arcanjo, não era aceitável que um anjo, no cargo de general, fosse capaz de cometer tal infração. Generais eram escolhidos pelos próprios Arcanjos, e Uriel não se conformava que Azaquiel teria feito uma escolha errada.

Uriel: - Apareça, eu sei que você está aqui, Mel. ? O arcanjo deitou o corpo do anjo no chão, e se levantou.

Mel: - Peço desculpas pela minha falta de educação, Senhor Uriel. ? O anjo respondera ao arcanjo, com tom irônico.

Uriel: - Você viu quem atacou esse anjo? ? Uriel, mesmo sabendo da verdade, questiona o Mel, que demonstra estar calmo.

Mel: - Eram vários anjos com asas negras, meu Senhor, talvez eles sejam os Caídos, melhor tomar cuidado. ? Mel caminha em direção ao arcanjo.

Uriel: - Entendo, eu já eliminei os intrusos, então não há com oque se preocupar. ? Uriel fica de costas e se aproxima do anjo ferido.

Mel: - Como ?! Quero dizer... Tinha a certeza que o senhor fosse capaz de deter a invasão destes seres. ? O traidor fica nervoso e se afasta de Uriel.

Uriel: - Você parece nervoso, general. ? O arcanjo olha fixamente para Mel, que tenta desviar o seu olhar, e a cada segundo, o Arcanjo confirmara a informação sua filha lhe dera.

Mel: - Não é nada senhor, se me der licença, preciso patrulhar as outras áreas. ? O anjo se preparava parar voar, até que Uriel lhe impedira.

Numa investida violenta, Uriel prensou o anjo contra um dos pinheiros, que quebrara pelo poder do impacto, e conseguia ouvir os ossos do Mel se quebrando.

Mel: - Senhor, mas por quê?! ? Convicto de que, ainda ninguém soubera de sua identidade, o Mel questiona o Uriel pelo ataque.

Uriel: - Não se faça de tolo, eu sei que você trabalha para os infernais. ? O arcanjo saca a sua adaga, Presas da Luz, e pressiona contra o pescoço do anjo. ? Agora, diga-me, como eles criaram aqueles Caídos e onde estão os meus irmãos!

Mel: - Uriel, melhor não ficar tão confiante, eu não sou o único que traiu o Paraíso. ? O anjo começa a dar gargalhadas. ? E relaxe, você terá o mesmo destino que os outros miseráveis arcanjos, o fim do Paraíso, está próximo. ? Mel, aproxima o seu rosto contra o de Uriel e lambe a gota de sangue presente em seu rosto.

Uriel: - Vocês jamais saíram vitorioso, e pena que você não poderá acompanhar a derrota definitiva dos infernais. ? Com precisão, Uriel decapitou a cabeça do traidor.

Após matar o Mel, Uriel olhava fixamente para ser cadáver e o chão coberto pelo sangue do anjo, e começara a pensar, na época que o seu irmão, Lúcifer, trilhando o caminho da traição, desde então, vários anjos começaram a se rebelar contra Deus, nosso pai.

Uriel: - Pai, prometo a ti, que esta será a ultima batalha... Hm?! ? O arcanjo sentira algo atravessando as suas costas e quando se virou, lá estava o anjo que salvara, empunhando a lâmina.

Anjo: - O plano do Mel funcionou como previsto, me desculpe, senhor Uriel, haha. ? O anjo solta a lâmina encravada nas costas de Uriel e se afasta, enquanto zombava do arcanjo.

Uriel: - Tolo... Não subestime um arcanjo!! ? Uriel retirou a lâmina de suas costas e voou em direção ao anjo, e enfincou a espada em seu crânio, matando o na mesma hora. ? A que ponto nos chegamos...

O arcanjo crema os dois corpos dos anjos, e logo abre as suas asas brancas e segue em direção ao Sexto Paraíso.

Deserto de Amissus, 09 de Janeiro do Ano 1

Sobre o calor infernal de Amissus, os dois desertores, Diana e Miguel, caminhavam em direção ao distrito que ainda mantinha a crença religiosa, o Distrito 13, com esperança de que possam se manter lá e encontrar uma maneira de devolver a Graça ao arcanjo. Durante o percurso, Diana notara que havia algo os seguindo desde que deixara o Distrito 50. E sutilmente, ela deixa cair um pequeno lenço, onde ela escrevera sobre o ser. Miguel recebera o recado, mas já era tarde demais. Quando percebera, Cain, um dos primeiros demônios, ele estava com uma adaga sobre o pescoço de Diana, e sussurrara em seu ouvido: ?Carcerem tenebrarum?

Cain: - Olá Miguel, tinha sentido uma aura diferente da humana e resolvi seguir, e me dei bem no final. E quem diria, o mais orgulhoso dos arcanjos estar acompanhado de uma bela mulher. ? O demônio, mantinha a lâmina no pescoço de Diana, enquanto cheirava o seu cabelo e mordia a sua orelha levemente.

Miguel: - Verme, solte-a agora ou...

Cain: - Ou oque?! Oque você acha que pode fazer sem seus poderes? Você é só um mísero humano agora! ? O demônio interrompe o arcanjo. ? Se você quer salvar tanto esta mulher, venha comigo até ao submundo.

Após ouvir a proposta que Cain fizera ao Miguel, o arcanjo largou no chão, a espada que portava em sua cintura e foi caminhando em direção ao demônio.

Diana: - Não Miguel! Não faça isso, não tem razões pra me salvar! ? A mulher gritava ao Miguel que ignorou a completamente.

Miguel: - Eu te devo a minha vida, já lhe disso isso antes. Agora, Cain, solte a mulher agora. ? Miguel, de frente para Cain e Diana, se ajoelhou lentamente.

Cain: - Essa cena, um arcanjo se curvando, é a melhor cena do mundo. Mulher, que tal dar um showzinho a ele, antes de se despedir? ? O demônio, começa a passar a mão pelo corpo esbelto de Diana, chegando a apalpar os seus seios.

Diana: - Se-Seu nojento.. Pare com isso... ? A mulher tentara resistir, mas o feitiço impossibilitava a humana de escapar dos atos de luxuria de Cain.

Miguel se manteve fixo, enquanto ouvia os pedidos de socorro da ruiva.

Cain: - Está gostando de ver isso, a mulher que você tanto tentou proteger, estar numa situação como esta?! ? O demônio continuava a apalpar o corpo da mulher indefesa, e chegou ao ponto de colocar a sua mão, dentro de sua peça intima.

Diana: - N-Não.. Por favor... Não faça isso!!! ? A mulher estava trêmula, e tomada pelo medo, tentava em vão escapar do demônio. ? Miguel... Por favor.. Ajude-me.

Cain: - Já está perdendo a sanidade?! Um arcanjo nunca se importou com meros humanos! ? O demônio zombava do pedido de socorro de Diana, e mais e mais, passara a mão nas partes intimas do corpo da mulher.

Diana: - Miguel...

Miguel, sacara uma pequena lâmina escondida sobre as vestimentas e rapidamente perfura o olho esquerdo do demônio, que soltara a sua adaga no chão. Cain se manteve deitado e se contorcendo de dor, enquanto o arcanjo abraçava a Diana, para tentar acalmar ela.

Miguel: - Mulher, está tudo bem. ? O arcanjo, envolveu Diana em seus braços fortes e firmes, e começara a acariciar os seus longos cabelos ruivos.

Diana: - Obrigada... ? A mulher continuava trêmula, o medo de ter relações sexuais com um demônio, fez a entrar em choque.

O arcanjo, soltou a Diana, e pegou a lâmina do demônio que estava no chão, calmamente caminhou em direção ao Cain, e enfincou a adaga sobre o seu peito. O corpo de Cain, logo começara a se transformar em pó, se misturando com as areias do deserto. Após eliminar o demônio, Miguel caminhara em direção a Diana, e a carregou no colo, seguindo em direção ao Distrito 13.