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Quando Elena acordou já era de manhã e ela estava em cima de Acnologia pousando em um lugar desconhecido. No dia anterior os dois tinham partido para uma missão com o objetivo de repreender alguns dragões pequenos que andavam utilizando os humanos como alimento, oque já tinha sido proibido há muito tempo. Ela tinha dormido toda a viagem e quando abriu os olhos estavam em um vale onde a sua volta várias pequenas criaturas que pareciam grandes lagartos voavam e na maioria das vezes paravam e encaravam Acnologia com medo. Já era de se esperar já que Acnologia tinha o triplo dos seus tamanhos.
-Bem Vinda ao Vale dos Dragões. ?Acnologia a apresentou o lugar.
-Nossa, que nome original! ?Elena ironizou enquanto espreguiçava
Os dois não sabiam, mas Zeref tinha os seguido. Ele descobrira aonde iriam e foi de trem até a estação mais próxima e depois foi andando até o mesmo vale. Ele não queria ficar sozinho mesmo que por só dois dias, ele tinha sido abandonado na infância e tinha uma espécie de trauma quanto a isso então resolveu acompanha-los mesmo que eles não soubessem.
O grande dragão negro e a garota andaram por todo o vale sendo seguidos por olhares curiosos, Acnologia disse que procuravam uma colina que tinha um formato de gancho, pois de baixo dela devia estar o líder daquela região.
-Temos de ir logo. ?Elena olhou para o céu que reunia grandes nuvens carregadas.- Logo irá chover.
Já estava anoitecendo até que eles finalmente acharam o tal lugar. Abaixo dessa colina bizarra com formato de gancho, um dragão com escamas prateadas por todo o corpo ,que não era tão grande como o dragão negro mas também nem tão pequeno como os outros, repousava. Ao chegarmos ele se levantou, abriu seus grandes olhos amarelos e logo sorriu deixando a amostra os seus dentes afiados.
- É uma honra recebe-los. Já estávamos os esperando! -O dragão falou e depois olhou diretamente para mim. ? Suponho que está seja o humano que esteja treinando que nos falaram que traria. - ele falou lambendo o beiço oque incomodou os dois.
- Eu vim apenas para deixar um recado a todos os dragões deste vale, que insistem em desobedecer as regras. Se boatos surgirem novamente de que vocês andam se alimentando de humanos não posso nem prever oque os superiores poderão fazer.
-Eu gostaria de dar a minha opinião quanto a essa regra. ?O dragão prateado disse.- Eu a acho mais inútil que os próprios humanos. Não consigo entender como vocês não veem essas criaturas tão inferiores e fracas como mais que alimento.
-Quanto a esta regra vá reclamar aos superiores, entretanto duvido que lhes deem ouvidos.
-Ah claro, já começamos a nossa reclamação ,mas iremos reclamar de um jeito mais digamos... radical.
-Oque?
De repente de cima das várias colinas que estavam acima de onde os dois estavam, montes de dragões saíram e começaram a ataca-los. Eles eram menores e menos poderosos que Acnologia, mas ter um monte deles tinha deixado o dragão negro em desvantagem. Ele acabou ficando sem poder se mover com tantos bichos a sua volta.Já Elena foi levada pelos dragões.
-ME SOLTEEM! ?Elena se remexia tentando soltar seus braços que estavam presos nas garras de um dragão.
-Ora, não faremos nada demais com você queridinha. Apenas teremos uma refeição de luxo hoje ? Aquele dragão prateado riu e logo seguiu o dragão que a levava.
Zeref, por trás de uma das colinas, estava paralisado. Seus olhos encharcados de lágrimas ao ver tal cena. Sua nova família estava sendo destruída, ele não podia deixar assim queria fazer algo, mas os seus pés não queriam se mover de medo.
Faça alguma coisa seu inútil! ?Ele gritou consigo mesmo
Ele foi até Acnologia.
-VAMOS LOGO SALVA-LA!!!!!- Ele gritou para o dragão negro que tinha acabado de rugir e destruir boa parte dos dragões que o atacara.
- ZEREF? Oque você está fazendo aqui? ?O Dragão se levantou. ? Onde está Elena?
-ELES A LEVARAM! ?O garoto falou chorando ?TEMOS QUE SALVA-LA
-Suba em minhas costas e me fale a direção! ?O dragão falou com um olhar preocupado.
Os dois seguiram voando até verem fumaça saindo de uma grande fogueira onde estavam todos os dragões que viviam naquele vale.
-Hoje é o começo de uma revolta .? O líder de escamas prateadas começou a falar.- Quem aqueles dragões pensam que são para nos dar ordens ? Só porque são maiores acham que tem poder sobre nós? Nós iremos comer oque quisermos não importando oque eles acham! Começaremos nossa revolta comendo um desses prestigiados Dragon Slayers. ?Ele apontou para Elena que estava amarrada em um toco de madeira. Ela devia estar desacordada pois a sua cabeça pendia.
-Será que uma Dragon Slayer tem um gosto melhor que os outros humanos? ?Um dos dragões perguntou.
-Já já iremos descobrir haha ?Outro respondeu
De repente aquelas grandes nuvens que tinham no céu começaram a se juntar em um formato estranho e começou a chover. Ela cada vez aumentava mais oque fez a fogueira se apagar.
-Hum... Pelo jeito teremos de comer cru. Eu não me importo. Bem comecemos!
O Dragão prateado foi até a garota que começou a literalmente brilhar. Sua pele ficou cintilante e seu corpo mais pálido e frágil.
-O..O que é isso??- Todos eles se perguntavam.
Nessa hora o dragão negro e o garoto pousaram causando grande impacto na terra.
-OQUE VOCÊS FIZERAM A ELA? ?O Dragão perguntou furioso
-N..Nada! Ela começou a brilhar assim de repente!!
-Mentirosos!!! ? Zeref desceu rápido do dragão e foi correndo em direção a menina.
O grande Dragão negro reuniu forças e soltou um grande rugido negro que afetou a maior parte dos dragões.
-VOCÊS ? O dragão prateado se dirigiu a um grupo de dragões. ?IMPESSAM AQUELE GAROTO!
Zeref corria o mais rápido que podia , mas logo cerca de 5 dragões que deveriam ser novos mas tinham mais de 2 metros o alcançaram.
-Saiam daqui desgraçados!- Ele fez seus braços ficarem em chamas negras e depois as atirou em forma de chicote nos repteis oque destruiu metade deles. Os outros continuaram avançando e o atacando. Ele reuniu magia negra em sua boca e rugiu o que destruiu os outros.
-Incompetentes!!!! ? O líder exclamou enquanto tentava se defender dos ataques do grande dragão negro furioso.
O mago negro subiu no toco de madeira e a desamarrou.
-Z..Zeref? ?Ela perguntou com dificuldade abrindo os seus olhos.
-Sim!! ?O garoto a segurou em seus braços e não pode evitar de deixar lágrimas escorrerem ?Aguente firme, por favor!!
Aos poucos a menina ia ficando mais pálida e transparente. Seus olhos verdes esmeralda que sempre foram tão vivos não tinham mais aquele mesmo olhar de antes.
-Não.. Não me abandone! ? Ele soluçava. ?Você não pode!!! Você prometeu!!
A menina começou a flutuar, com suas últimas forças forçou um sorriso e desapareceu em milhares de partículas que foram em direção ao imenso céu daquela tempestade tão estranha.
Neste momento todos os dragões já estavam mortos por Acnologia, ele tinha destruído tudo a sua volta, inclusive o dragão prateado que sangrava no chão. Ele viu Zeref e foi até onde ele, ajoelhado chorava. Já era óbvio que Elena não estava mais lá, a sua amada filha, tomada por outros dragões.
-É culpa sua.. ?O garoto balbuciou enquanto soluçava e chorava. - É tudo culpa sua!! Você a convidou a vir nessa missão mesmo sabendo que ela poderia estar em perigo!! Você não tem o direito de se chamar de pai daquela garota! VOCÊ A MATOU!
As pessoas sempre se perguntam o porquê de um dragão tão grande e poderoso como aquele responder aos comandos de um mago que tem menos de 1/8 do seu tamanho e poder. É como um tipo de punição a si mesmo, um castigo por ter sido um ?pai? ruim. O Dragão até a sua conversa com Naomi culpava a si próprio pela ?morte? da menina que na verdade não tinha morrido e sim sido levada a outro mundo, uma coisa que Zeref não sabe.
A imagem desta lembrança tremulou até que Zeref acordou. Ele estava encostado em uma árvore onde tinha adormecido. Ele se levantou e deu uma última olhada para aquele extenso campo verde que te trazia tantas lembranças e se levantou. Começou a andar para fora daquele bosque até que notou seus olhos cheios de lágrimas. Há anos ele se culpa pela morte de sua amada, afinal quem a tinha convencido a ir naquela perigosa missão? Então não tinha nada mais justo do que ele ser assombrado por essa lembrança como pagamento pelo seu ato pelo resto de sua vida imortal.
Continua o//