Capítulo 1
Prólogo
Uma equipe de arqueólogos examina uma ilha vulcânica no pacifico sul da Ásia. Separada do grupo Tânia se perde na mata alta prendendo a trança longa e loira nos galhos das arvores mais baixas, ela logo vê seu marido Marcos, que aparece por uma cabeleira ruiva difícil de esconder na mata verde, logo que eles saem da mata densa encontram uma gruta com marcas de luta e vários desenhos na parede.
Tânia se assusta.
Tânia - Pelos desenhos parece-me que realizavam sacrifícios humanos. Os desenhos mostravam pedras perfeitamente esféricas sendo cravadas nos crânios de cinco pessoas idosas, aparentemente sendo sacrificadas. Marcos, veja... *ela passa a mão nos símbolos da parede* ... são os cinco elementos.
A parede começa a brilhar e um tremor de terra os assusta
Marcos ? *Marcos grita*. Temos que sair daqui, esta caverna tem muitas estalactites, é perigoso.
Tânia vê algo que a paralisa, um fantasma sai da parede e sorri para ela no mesmo momento que insere uma energia azul em seu ventre.
Tânia - Eu conheço! você é...
Marcos a puxa com toda a força para fora da gruta antes que seja soterrada. Quando a encontram, ela esta a alguns centímetros de uma parede de pedras recém mexida, sozinha.
No hospital Tânia não se lembra de muitas coisas, apenas dos desenhos na gruta, ela se senta na cama com dificuldade e muita dor na cabeça, uma enfermeira entra no quarto.
Enfermeira - A senhora está com alguma dor?
A enfermeira checa o soro e aplica uma injeção no tubo.
Tânia - Onde está o meu marido? Ele me trouxe ao hospital? O que aconteceu?
O olhar da enfermeira se entristece.
Enfermeira - O marido da senhora foi soterrado e não conseguiram tira-lo com vida.
A enfermeira sai deixando-a sozinha, sua lágrimas começam a aflorar sem entender o que realmente aconteceu.
A energia que se encontra em seu ventre começa a brilhar, ela levanta o rosto e em sua frente, esfumaçado, está um pequeno dragão chinês azulado, tão pequeno que coube entre as mãos de Tânia, o dragão estica os bracinhos e encosta os chifres em sua cabeça. Em sua memória ela vê que seu marido a salvou e se lembra da manhã em que foram para escavação.
No hotel, no começo da manhã seu marido passa a mão em seu ventre e faz um pedido a sua mulher.
Marcos ? Espero que seja uma menina, que se pareça com aquelas bonecas de porcelana antiga e seus olhos sejam da cor desse mar, um azul que não sabemos onde o oceano vira céu.
Ele irradia felicidade por saber da gravidez de Tânia.
Tânia - Como você pode pedir algo impossível!
Ela segura no rosto de Marcos. Agindo como você, eu ficarei muito feliz. Eles encostam a testa.
Os olhos azuis do dragão é a primeira coisa que vê quando volta a si e uma voz ecoa em sua cabeça. Que o desejo de seu marido seja realidade. A luz retorna ao seu ventre.
Tânia - Obrigada.
Tânia coloca as mãos em seu ventre e chora sabendo que a filha terá muitas batalhas em sua vida.
