Filho de uma Akatsuki!

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    10
    Capítulos:

    Capítulo 15

    Confiança, acima de tudo

    Linguagem Imprópria

    O albino nada disse, deu um sorriso de canto de boca e continuou andando. Kakuzu não resistiu e o provocou: "Se você pudesse ver como sua cara está vermelha agora..."

    "Mamma? Mammammamma? Ua... Aua..." Tobi puxava Konan pela manga da túnica, estava com sede.

    "Claro, Tobi, mamãe vai trazer sua água, fique aqui sentadinho...", disse Konan, dando um beijinho nos cabelos do bebê e indo à cozinha encher uma mamadeira de água fresca.

    Tobi assistia atentamente a um desenho em que o personagem principal era homenageado em uma festa de aniversário. O bebê estava tão maravilhado com a cena que até deixou cair a chupeta lentamente da boca. O personagem estava perto de um bolo enorme com velinhas no topo, cercado dos amigos; Tobi começou a bater palminhas quando a música de aniversário começou: "Parabéns pra você..."

    Konan chegou com a mamadeira de água e deu-a a Tobi, que ainda estava com os olhos grudados no desenho da tevê. "O que você está vendo, Tobi? Oh, você sabe o que é isso?", disse o anjo de cabelos azuis, sorrindo para o bebê, que segurava a mamadeira e ficava dançando sentado enquanto olhava para a cena de aniversário.

    Enquanto isso, na Vila Oculta da Névoa, Itachi e seu parceiro Kisame, sentados em uma grande rocha perto de uma estrada de terra, conversavam enquanto comiam o lanche do alforje que estavam carregando. Konan havia preparado kasutera na noite anterior, para quem quisesse levar.

    "Agora que olhei pro bolo eu lembrei, Itachi-san... Quando será o aniversário do Tobi? Que eu saiba, ele ficava sempre inventando um dia...", disse Kisame, ainda comendo.

    "Eu lembro disso... Tobi queria de todo jeito um bolo a cada mês...", disse Itachi, com um pequeno sorriso. "E era uma amolação..."

    Flashback de Itachi

    "Itachi-san, Itachi-saaaan!" Tobi entrou na sala gritando e pulando, interrompendo a leitura de Itachi.

    "Sim, Tobi?", disse o calmo Uchiha, suspirando e fechando seu livro de haiku.

    "Qual é o mês do seu aniversário?" O rapaz mascarado se aproximou de Itachi e sentou-se no braço do sofá.

    "Ora, é junho... Por que você está me perguntando isso?"

    "Junho? Junho, Itachi-san? Banzai!", Tobi estava alegre, levantando os braços. "Tobi também faz aniversário em junho!"

    "Eu... Eu não sabia disso, Tobi..." Itachi estava admirado. Parecia que Tobi sorria por trás da máscara laranja.

    Deidara entrou na sala e sentou-se ao lado de Itachi, brincando com um pouco de argila. "O que é que o Tobi está aprontando agora, hmm?"

    "Ele acabou de dizer que o..." Itachi ia continuar, mas foi interrompido.

    "Senpaaaaai! Deidara-senpaaaai!" Gritou Tobi, pulando no colo de Deidara, que ficou nervoso.

    "TOBI, SAIA DE CIMA DE MIM AGORA, HMM!" O loiro estava prestes a fazer o fatal selo com as mãos, o que fez Tobi sair imediatamente de seu colo e se sentar ao seu lado.

    "Assim é melhor, hmm. Que é que você quer?"

    "Senpai! Qual é o mês do seu aniversário? Qual é, Deidara-senpai? Qual?" Tobi pulava no sofá, ansioso.

    "Maio, baka... Maio! Que pergunta mais estúpida! Hmm!" O jovem artista estava a ponto de explodir, enquanto Itachi voltava à sua leitura.

    "Sugoi! Que coincidência, Deidara-senpai! O aniversário de Tobi também é em maio!" Essa resposta de Tobi fez Itachi tirar os olhos de seu livro e olhar para Deidara, contrariado.

    "Mas ele tinha me falado que o aniversário dele era em junho..."

    "Não ligue, Itachi, hmm... É só uma idiotice dele...", respondeu Deidara, com a mão na testa e fazendo cara de cansado.

    "Ei, seu bando de pagãos do c*****o, dá pra ouvir a gritaria do meu quarto..." Hidan entrou na sala, segurando seu rosário Jashinista. "Eu queria terminar a p***a da prece, calem essa maldita boca!"

    "Hidan-san! Hidan-saaaan!" Tobi gritou, andando na direção do zangado albino. "Diga, Hidan-san, em que mês você faz aniversário?"

    "Eh? Aniversário?" Hidan foi pego de surpresa mas logo recobrou o "jeito Hidan de ser". "Que m***a de pergunta é essa, sua peste laranja?"

    "Hai, Hidan-san, aniversário! Você sabe! Bolo, presentes, 'parabéns pra você', presentes, suco, docinhos, presentes, salgadinhos, música, presentes..." Tobi foi contando tudo nos dedos.

    "FOI ESTE MÊS, P**A QUE O PARIU! Já se esqueceu da festa e da bebedeira, eu cantando no videokê, o Itachi dançando 'macarena', o Deidara vomitando no..."

    "Hidan, poupe-nos das lembranças, por favor, hmm..." O loiro interrompeu, corado, escondendo o rosto no ombro de um também vermelho Uchiha.

    "Yatta! Tobi também faz aniversário em abril!" O mascarado fez uma dancinha em volta de Hidan. "Vai ter festa e presentes pra Tobi?"

    Deidara e Itachi se entreolharam. Assim era demais!

    "Não vai ter p***a nenhuma, Tobi.", decidiu Hidan. "Pode tirar o cavalinho da chuva.", disse o Jashinista, cruzando os braços e franzindo a testa de uma maneira quase humorística.

    "Mas Tobi já guardou a vassoura na área de serviço, Hidan-san!"

    "Teme..." Hidan deu um tapa na própria testa. "Tch... Tá bom, Tobi, eu trouxe seu presente.", disse, mais calmo, mexendo num bolso em sua túnica. O rapaz de máscara laranja pulou o mais alto que pôde de tanta alegria.

    "Obaa! Presente pra Tobi? Banzaaai!" Tobi pulava e estendia as mãos para receber o tal presente.

    "Aqui está... Feliz aniversário, seu mala sem alça..." Hidan colocou quatro balas de hortelã nas mãos de Tobi e se virou para Itachi e Deidara. "Já estavam no meu bolso desde o mês passado... AAARGH-AHAHA!" Levou um susto quando Tobi o abraçou pela cintura.

    "Arigatou, Hidan-saaaan! Você fez Tobi muito feliz, é o primeiro aniversário em que Tobi recebe um presente!" E o rapaz mascarado largou Hidan e saiu, saltitando e cantarolando até o seu quarto, feliz da vida com as balas meladas, deixando seus três amigos com uma expressão confusa.

    "Primeiro aniversário?" Disseram os três, em uníssono, antes de caírem na risada, afundados no sofá.

    Konan olhou atentamente para o bebê, que estava tranquilo, terminando de beber sua água. "Você queria um aniversário, né, Tobi?" Disse, acariciando os cabelos do bebê. "A gente vai fazer um pra você qualquer dia, é só todos estarem aqui, papai e os titios..."

    Tobi deu um sorriso desdentado e largou a mamadeira para bater palmas e abraçar o rosto de sua "mamãe". "Eeeeh!"

    Zetsu, que tinha a capacidade de se comunicar com o restante dos membros da Akatsuki ? porque se locomovia rapidamente por debaixo da terra ?, encontrou-se com todos e deu os devidos recados para Pein, assim que soube que as missões de todos estavam sendo cumpridas.

    "Obrigado, Zetsu, já não é preciso você ficar de prontidão, pode voltar para casa.", disse Pein, calmamente, enquanto se sentava numa escadaria e olhava para o céu.

    "Que legal, vou poder ajudar a Konan com o Tobi!" Zetsu Branco estava alegre.

    "Que graça tem ficar com o bebê se a gente não pode dar uma mordida nele?" Zetsu Preto reclamou.

    "Certo, certo...", assentiu Leader-sama. Assim que Zetsu desapareceu, Pein voltou a contemplar o azul do céu, até a hora em que ele acordou do transe.

    "ZETSU VAI TOMAR CONTA DE TOBI?" E a preocupação foi tanta que Pein usou urgentemente seus poderes telepáticos para se comunicar com os membros da Akatsuki que estavam em meio a suas missões.

    Na Vila Oculta da Nuvem, Deidara estava desenhando um novo mapa ? porque uma de suas explosões arruinou o mapa anterior ? com a ajuda de Sasori, até que ouviram a voz de Pein.

    "Pessoal... Só para avisar que Zetsu está voltando para casa, e que... ele quer tomar conta do bebê.", disse Pein, telepaticamente.

    "C-como? E agora, o que será do Tobi? Hmm...", disse o loiro, preocupado.

    "Não se preocupem, Konan está lá, e vocês sabem como as mães são protetoras..." Sasori estava tranquilo.

    "Eu conheço Zetsu... Que eu sei, ele não vai deixar que nada de mal aconteça com o bebê. Ele sempre protegeu o Tobi, né?" Kisame se juntou à conversa.

    "Não podemos ter preocupações, não neste momento. Assim como demos um voto de confiança a Hidan, temos que fazer o mesmo com Zetsu.", respondeu Itachi, tão calmo quanto Sasori.

    "Valeu, Itachi-chan...", agradeceu Hidan, que ainda estava com Kakuzu na Vila Oculta da Fumaça. "O c*****o é que ainda me preocupo pelo pestinha, que vai ficar com aquela samambaia esquizofrênica..."

    "Hidan, Itachi está certo, Zetsu é responsável. E depois, não dá pra voltarmos agora, vamos encontrar um lugar pra descansar.", disse Kakuzu, que já estava esgotado.

    "Alôôô... Já estou chegando em casa, turma...", disse Zetsu Branco, também telepaticamente. "E, Hidan, você sabe muito bem que não sou uma samambaia.", acrescentou, chateado.

    "P***a, Zetsu, foi mal, nada pessoal...", disse o albino.

    "Eu sou esquizofrênico e você é bipolar, seu branquelo azedo!", provocou Zetsu Preto.

    "VAI TOMAR NO C*, SEU REPOLHO BOLORENTO!" Hidan começou a discussão infantil.

    "Pessoal, vamos parar..." Pein interveio. "Zetsu e Hidan, controlem-se um pouco. Não quero saber de inimizades na organização."

    "Aah, tá bom... Desculpe, repolho...", disse Hidan.

    "Desculpa aí, branquelo...", respondeu Zetsu Preto, querendo evitar um clima tenso.

    "Bom. Cuidem-se, todos vocês." Pein riu enquanto terminava a transmissão e todos voltavam a suas atividades, cada qual em um território. Enquanto isso, Zetsu ressurgia do chão do quartel-general da Akatsuki, para ser recebido alegremente pelo bebê e por Konan.

    "Jeshu! Jeshujeshujeshuuuu!" Tobi desceu do sofá e foi caminhando vagarosamente até seu amigo; Zetsu abaixou-se para pegá-lo no colo e abraçá-lo.

    "Olá, Tobi! Não nos vemos desde que você voltou da feira... Descansou bem?", perguntou Zetsu Branco.

    "Abaaba! Aga! Guguga!", respondeu Tobi, conversando animadamente com seu amigo.

    "Só sei que eu não vou descansar... O porquinho está pesado.", retrucou Zetsu Preto.

    "Ora, admita que você gosta dele...", disse Zetsu Branco.

    "Eu gosto de bebês... com batatas, hehehehe... Aiii..." Zetsu Preto havia acabado de levar um puxão de orelha dado por Konan. "Larga minha orelha, Konan..."

    "Só se o senhor prometer que não vai ser grosseiro com o bebê e que não vai tentar comê-lo." O anjo de cabelos azuis nunca falou tão sério.

    "Eu prometo, aiii... Prometo!", disse Zetsu Preto, fazendo uma careta. Konan largou a orelha delicadamente e sorriu para o bebê.

    "Tobi, mostre pro titio Zetsu o que mamãe ensinou pra você..."

    Tobi pôs a mão gordinha na boca e soprou um beijinho para Konan; Zetsu se encantou.

    "Que bonitinho!", sorriu Zetsu Branco. O bebê ficou corado e rindo. "Aww, o bom menino é acanhado..." Colocou Tobi no chão e deu-lhe o ursinho de pelúcia. "Agora fique brincando aqui, vou me lavar no lago e já volto."

    "Guu!" Tobi obedeceu e ficou quietinho, abraçado a seu ursinho. De vez em quando Konan dava uma espiada para ver se estava tudo bem; o bebê ficava sossegado ao saber que sua "mamãe" estava por perto. Deitou-se no chão, largou o bicho de pelúcia de lado e ficou mordendo o próprio pé; estava assim, concentrado em seu exercício típico de bebês, quando percebeu que o seu ursinho se levantou devagar e foi caminhando em direção à entrada de ventilação. Tobi, que pensou que o boneco estivesse vivo, levantou-se e seguiu-o, caminhando, alegre.

    "Kuma-tan... Kuma-taaan..." Foi chamando-o, enquanto andava cuidadosamente. Quando olhou para cima, viu que a grade da entrada de ventilação havia sido removida e o urso estava ali perto, pendurado, seguro por uma misteriosa e pálida mão, que balançava o brinquedo e chamava Tobi com uma voz rouca e gentil.

    "Tobiiiii... Venha cá, Tobizinho... Você quer o urso? Chegue mais perto..." O bebê riu e esticou um bracinho para poder alcançar a perna do ursinho. A voz continuava a chamá-lo.

    "Isso, Tobi, um pouquinho mais perto, só mais um pouc... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARGHHHH!!!!! NÃO!! ME SOLTA, AAAAAAIII!!!" De repente, a calma voz explodiu em gritos, o que assustou Tobi a ponto de fazê-lo cair sentado no chão. Havia um barulho infernal na tubulação e os gritos continuavam. Konan veio correndo da cozinha para ver o que estava acontecendo.

    "Mmmbuááááááááá, mammaaaaa..." O bebê chorava copiosamente e estendia os braços para que Konan o pegasse no colo.

    "AAAARGH MINHA BUNDA! SOLTA, SOLTA, AAAAARGH, KABUTOOOO! CADÊ VOCÊ???" E o barulho foi sumindo, até que... Zetsu apareceu de dentro da tubulação e caiu de pé no chão da sala, em frente a Konan, que estava tentando confortar o bebê.

    "Orochimaru tentou levar o Tobi, mas eu o peguei de jeito quando voltei do banho...", disse Zetsu Branco, segurando o ursinho de pelúcia, que estava com um braço arrebentado.

    "Mandei uma mordida tão forte na bunda dele que ele saiu que nem um foguete..." Zetsu Preto deu uma risada malvada. E não era mentira: havia pedaços da calça e da cueca de Orochimaru pendurados nos apêndices de planta carnívora de Zetsu. "Vou guardar pra mostrar pros rapazes depois, hehehehe..."

    "Pronto, Tobi, o pior já passou..." Konan embalava o bebê, que ainda chorava de susto. O homem-planta ficou triste em ver Tobi nesse estado e o tomou delicadamente dos braços de Konan.

    "Venha com o titio Zetsu..." Zetsu Branco percebeu que o bebê havia se molhado de tanto medo, além de chorar de constrangimento. "Aww, não foi nada, não foi nada... Vou lhe dar um banho e, depois, vamos jantar, certo?"

    "Jantar, é? Falou agora a palavra mágica.", disse Zetsu Preto. "Não chore mais, Tobi, já mandei a cobra pra longe."

    Enquanto isso, na Vila Oculta da Fumaça, Hidan estava impaciente, querendo logo uma cama confortável para dormir. Kakuzu estava quieto, observando o albino, que ficou animado de repente.

    "P**a que o pariu, Kakuzu, olhe aquela pousada ali, parece boa e limpa, tem até um restaurante!" Disse, apontando para uma simples mas bela edificação. "Podemos ficar nessa? Eh? Podemos? Por favor!"

    O tesoureiro da Akatsuki simplesmente disse: "Sim."

    "Também eu não queria mesmo, p***a!", retrucou Hidan, sem perceber que, na verdade, Kakuzu havia dito "sim". "Er... Nan da tou?"

    Kakuzu fez cara de cansado e repetiu: "Eu disse que sim, podemos ficar, baka. Acho que você merece, depois de ter cuidado tão bem do moleque. Não esqueceu nem do talquinho!" E deu uma risadinha abafada pela máscara.

    "Aww, Kakuzu-chan, no fundo você é um cara legal..." O Jashinista sorriu, para depois ficar irritado e corado. "Aaaaah, não enche!!"

    Hidan entrou na pousada, cutucando seu parceiro com o cotovelo. "Oi, Kakuzu, vou ver se consigo dar uma cantada na dona daqui pra gente jantar de graça..." O albino pegou seu rosário, fez uma prece a Jashin e ensaiou o mais belo dos seus sorrisos, o que fez com que todos os olhares femininos ? e, por que não, masculinos também ? voltassem para ele. Ninguém mais enxergava nem túnica da Akatsuki nem foice. Só se via um verdadeiro deus platinado de olhos sedutores e sorriso irresistível, debruçado languidamente no balcão da recepção para conversar com a dona da pousada, enquanto Kakuzu pagava pela estadia, satisfeito pela possibilidade de conseguirem comida sem ter que gastar mais algum ryou. Isso era música para seus ouvidos.

    Tobi, que já estava mais tranquilo depois do banho, brincava com um mordedor de borracha enquanto seu amigo Zetsu terminava a tarefa de trocar-lhe a fralda.

    "Abubububububu..." Zetsu Branco fazia caretas para o bebê risonho, enquanto vestia-lhe o pijama. "Quem é o 'goidinho' da Akatsuki? Quem?"

    "Quem é que vai ficar com hiperglicemia? Quem?", disse Zetsu Preto, enjoado. Konan riu.

    "Muito bom trabalho, Zetsu! Como prêmio, preparei um pedaço de lombo de porco assado só pra você." E disse, levando Tobi: "Hora da sua papinha também, meu amor..."

    Depois do jantar, Konan sugeriu que Zetsu fosse à sala com Tobi para distraí-lo, ela cuidaria da louça facilmente; sabia que o bebê apreciava a companhia de Zetsu tanto quanto a de seus outros "titios".

    "Muito bem, Tobi, o que você quer fazer?" Perguntou Zetsu Branco, sentado no sofá com o bebê no colo. "Brincar? Andar um pouco? Quer que eu pegue alguns brinquedos?"

    "Jeshu... Kuma-tan ua?" Tobi olhava para todos os lados, procurando o ursinho de pelúcia que tinha sido um presente de Kakuzu. Zetsu o havia guardado no baú de roupinhas, não queria que Tobi ficasse triste pelo boneco, que estava com um dos bracinhos arruinado por Orochimaru. Kakuzu poderia costurá-lo no dia seguinte, quando chegasse da missão com Hidan.

    "Er... Kuma-tan foi passear, Tobi... Que tal se eu contasse uma história pra você?" Disse Zetsu Branco, fazendo um carinho nos cabelos de Tobi e colocando-lhe a chupeta na boca.

    "Eeeh! Agagababaabaa..." O bebê gostou da ideia e recostou-se no peito de Zetsu, aguardando a história.

    (Nota da Autora: A fala de Zetsu Preto estará em negrito.)

    "O bom menino conhece a história de Rapunzel?"

    "Heheheheh... Rapunzel? Hahahaha... Eu conheço... Hihihi..."

    "Por que você está rindo? Pensou em alguém, por acaso?"

    "Eeeeeeeu? Imagine... Não pensei em ninguém, não... Hihihihihi..."

    Enquanto isso, num pequeno quarto de hotel na Vila Oculta da Nuvem...

    "AAAAAAAAATCHIIIMMMM!!" Deidara espirrou violentamente na tigela de sopa que estava tomando e olhou para um Sasori todo molhado de misoshiru bem na sua frente. "D-desculpe, Danna... Hmm..."

    "Saúde, Deidara...", disse o ruivo, enxugando o rosto com um guardanapo.

    Zetsu Branco tentava ainda distrair Tobi, que continuava quietinho em seu colo, na expectativa.

    "Muito bem, sabichão, em vez de rir, por que não me ajuda a contar uma história pro Tobi?"

    "Demorou, hein? Pode deixar, eu ajudo..."

    "Certo... Era uma vez, numa grande floresta, uma princesa que tinha a pele branca como a neve..."

    "Aaahahahahahaha! Ela tinha cabelos prateados e vivia carregando uma foice na mão, para..."

    "...colher flores. Isso! Colher flores e... esculpir troncos de árvores. Cara, você não está ajudando..."

    "Não posso evitar, hahahaha, eu nasci malvado assim!"

    Enquanto isso, no quarto da pousada da Vila Oculta da Fumaça, Kakuzu perde a conta do seu dinheiro por culpa de um monstruoso espirro inesperado de Hidan.

    "Foi mal, Kakuzu-chan...", disse o albino, para um exausto Kakuzu, que resmungou um "Não foi nada..." e começou de novo a empilhar as cédulas.

    "Argh, eu sou uma negação para contar histórias... Tudo que sei é fazer isto..." E Zetsu Branco fechou as folhas, escondendo seu rosto. "Cadê o titio Zetsu, Tobi? Cadê?"

    Tobi, o bobinho de sempre, começou a olhar para todos os lados, tentando encontrar Zetsu, até que ele abriu as folhas de novo.

    "ACHOOOOOOOU!" Disse o homem-planta, sorrindo e ganhando uma risada do bebê. O rosto redondo e gorducho de Tobi era cheio de covinhas. Zetsu cutucou a bochecha do bebê e, de brincadeira, disse: "Quem foi que furou o seu rosto, Tobi?"

    Konan sentou-se ao lado de Zetsu e disse, fazendo um carinho no bebê:

    "Tobi estava assistindo a uma cena de aniversário na tevê, ficou tão alegre..."

    "A gente inventa um aniversário pra ele, tenho certeza de que ele não se importa, não é, Tobi?", disse Zetsu Branco, sorrindo para o bebê.

    "Agaguu!" Tobi agitava os bracinhos, contente. Zetsu Preto chamou-o.

    "Ei, Tobi!" E cantou: "Parabéns pra você, parabéns para o Toooobiiiiii..." O bebê começou a bater palminhas e a pular.

    Enquanto isso, na Vila Oculta da Névoa, Kisame e Itachi, depois do encontro com um informante e de adquirirem os documentos secretos que foram incumbidos de resgatar, resolveram parar em uma humilde barraca de artesanato que abria à noite.

    "Já que Tobi ainda não pode ir conosco nas missões, talvez devêssemos levar uma lembrança para ele...", disse Itachi, examinando alguns brinquedos. O Uchiha, que conviveu com um irmãozinho, era cuidadoso ao escolher presentes que fossem próprios para um bebê como Tobi.

    "É uma boa ideia, Itachi-san. Embora a gente não saiba o aniversário dele, pelo menos sabemos que ele não irá recusar um presente.", riu Kisame.

    O espirituoso Zetsu Preto continuava a tagarelar para Konan e Tobi, para cansaço de Zetsu Branco.

    "Ei, Konan, quantos membros da Akatsuki são necessários para trocar uma lâmpada?"

    "Oh, tenha dó..." Zetsu Branco estava impaciente, mas viu que Tobi também estava prestando atenção na pergunta.

    "Não sei...", disse Konan, rindo. "Quantos são necessários, Zetsu?"

    "Nove... Para poderem convencer o Kakuzu a comprar uma lâmpada! Hahahahahaha..."

    Todos, incluindo Tobi, riram; o bebê começou a esfregar os olhos, com sono.

    "Aww, hora da 'naninha', né, Tobi?", disse Zetsu Branco. Konan levou o bebê até seu quarto, colocou-o sobre a cama e, como sempre, cercou-o com travesseiros.

    "Ele havia caído da cama hoje de manhã... O coitadinho deve ter pesadelos com aquela serpente horrível..." Konan estava preocupada.

    "Depois da mordida que dei no Orochimaru, o desgraçado não vai voltar tão cedo...", disse Zetsu Preto.

    "Assim espero. Mas vamos ficar de olho, nunca se sabe quando ele vai voltar." Zetsu Branco se abaixou para dar um beijinho na testa de Tobi, que já estava roncando. "Boa-noite, Tobi..."

    A noite estava calma, interrompida apenas por um distante uivo de coiote... Pelo menos era o que parecia...

    "Ai, ai, uuuuui... Auuuuuuuuu... Vocês me pagam, eu ainda vou levar esse bebê, nem que tenha que perder uma língua!" Era Orochimaru, no seu esconderijo, com o traseiro mergulhado numa bacia de água com gelo e sal. "Kabuto, pare de rir ou vou confiscar seus óculos!"


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