Come on!! We have to save this magic!

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    Capítulo 2

    O livro, o colar e o guardião.

    A luz entrava com dificuldade no quarto. Era final de tarde. Amy jogada na cama desesperada e um garoto imóvel em sua frente. Amy era uma garota de estatura mediana, olhos verdes, cabelos pretos longos com uma franja delicada. A expressão de medo era visível em seus olhos.

    - Seu pervertido. Quando você entrou aqui? - disse a garota arremessando o pequeno livro preto contra o garoto.

    Com sua mão direita o garoto segura o livro.

    - Sempre estive aqui - respondeu o garoto abrindo livro.

    - Se explique - disse Amy com um travesseiro na mão.

    - Não sei como, mas já faz algum tempo que estou aqui - continuou o garoto.

    - Quem é você? - continuou a garota furiosa.

    - Me chamo James, sou um mago - completou o garoto sorrindo.

    - Magia não existe. Você é drogado? Está alucinado? - disse Amy com um tom irônico.

    - Permita-me explicar. Em uma luta há 500 anos o inimigo estava com dificuldades para me vencer, então fui selado nesse pequeno livro. Muitos responderam a pergunta, mas apenas quem tem magia dentro de si poderia me libertar - disse James sentando-se na cama.

    - Eu tenho magia? - disse a garota com um olhar curioso.

    - Sim - respondeu James com um sorriso meigo.

    - Entendi - disse a garota levantando e indo em direção à porta do quarto.

    - Que bom - disse o garoto.

    - Você me distrai falando loucuras enquanto o resto da gangue rouba a casa - disse Amy abrindo a porta e indo para o corredor.

    - Não. Você não entendeu. Se você me libertou, precisamos nós unir e encontrar os decentes do mago que me selou, e descobrir se há algo de errado - disse James seguindo Amy.

    Amy desceu lentamente para o primeiro andar, passou pela sala e foi à cozinha. E logo atrás James a seguia calado. Na cozinha completamente organizada, com algumas cortinas lilás desenhadas alguns pratos e frutas, combinando perfeitamente com o papel de parede. Aproximando-se de um pequeno armário de madeira maciça a garota examinou uma gaveta e encontrou uma faca, com muita dificuldade apontou a mesma para James.

    - Mais um passo e você morre. Se você quer dinheiro para se drogar, vá trabalhar - disse a garota tremula encostando-se conta o armário.

    - Ok. Vamos supor que eu seja um assassino ou um drogado. Por que eu ainda estaria lhe falando sobre magia? Se eu quisesse lhe matar ou fazer coisas horríveis com você, eu já teria feito, e sem dificuldade alguma - disse James olhando-a fixamente nos olhos.

    Amy ouve o barulho da porta se abrindo. Eram seus pais e seu irmão chegando. Antes mesmo de reagir, a garota olha para os lados e nota que aquela figura masculina já tinha deixado o local. Ikuto chega com uma enorme caixa de presente rosa com algumas fitas vermelhas.

    - Me desculpe. Aceite isso como minhas sinceras desculpas - disse Ikuto ajoelhando-se.

    Amy abraça seu irmão. A garota sobe a escada com dificuldade carregando a caixa, ao chegar a seu quarto caixa preta está fechada novamente. Agora está sobre o criado mudo. A garota coloca o presente sobre a cama. Quando vai abri-lo, a figura masculina surge novamente causando um enorme susto, fazendo com que Amy se desequilibrasse e quase caísse da cama.

    - O que tem ai dentro? - diz James saindo debaixo da cama.

    - O que você faz aqui ainda? - gritou a garota jogando o travesseiro sobre o garoto.

    - Devo segui-la, como me libertou. E sou guardião da magia suprema que está guardada. E há um mapa que fica na última página do livro, para encontrá-la e protegê-la - completou James tirando o travesseiro de cima de si.

    - Alucinado. Não tem mapa nesse livro - disse Amy abrindo o livro na ultima pagina.

    James morde seu próprio dedo, e com o sangue que saiu do pequeno ferimento, escreve seu nome no pequeno livro. Após isso sussurrou algumas palavras que Amy não conseguiu ouvir. E sobre todo o pequeno livro surgiu conteúdos, vários mapas, fotos, biografias, magias e aquele pequeno livro agora parecida uma enciclopédia.

    - Entendi, eu não devo ter quebrado apenas o braço. Sim, eu bati a cabeça. A alucinada aqui sou eu - disse Amy andando de um lado para o outro.

    - Aceita essa missão? Vamos proteger essa magia, para que não caia em mãos erradas? - disse James sorrindo.

    - Oh, quanta honra. Obrigada, mas não vou ajudar nada, o problema é seu. Se vira. Foi um prazer conhecê-lo. Agora voe e seja feliz bem longe de mim - disse Amy abrindo a janela e empurrando o garoto para próximo à mesma.

    - Certo, eu vou, mas quando souberem que você me libertou com certeza vão tentar te torturarem para saber minha localização, mas como você me expulsou vão achar que está mentindo e vão tentar até mesmo te matar  - disse o garoto pegando a pequena caixa e o livro.

    - Eu não vou contar nada para ninguém sobre sua existência, sobre tudo o que aconteceu, eu não me importo - disse a garota levantando de sua cama e fitando o garoto – Apenas suma! Não tem como seja lá quer for me perseguir – finalizou a garota com um tom irônico.

    - Amy atividade mágica deixa rastro, entenda, principalmente em um lugar onde não há muitas pessoas com poderes mágicos, localizar qualquer tipo de atividade desse tipo é extremamente fácil – disse James colocando as mãos nos ombros de Amy  - Entenda, eu só quero seu bem – disse o garoto olhando fixamente dentro dos olhos da garota.

    - Obrigada. Mas eu tenho um spray de pimenta - disse a garota colocando a mão dentro de sua bolsa que estava jogada sobre sua cama.

    James aproximou-se de Amy tirou o colar que estava em seu pescoço e caminhou à janela.

    - Me devolve esse colar - disse a garota nervosa e avançando sobre o garoto.

    - Me desculpe, mas não poderei deixar o colar que pertenceu a minha amada, com alguém tão imprudente e chata como você - disse James saltando para a cerejeira.

    - Isso mesmo vá embora seu pervertido, drogado, alucinado e delinquente - Amy gritou olhando pela janela.

    Após o alvoroço a garota fitou a cerejeira e suas flores que saíram voando com o impacto do salto de James. Depois de alguns minutos ela fechou a janela. Jogou sua bolsa no armário. Deitou-se com cuidado na cama e olhou para o teto perdida em seus pensamentos.

    - Eu devo ter batido a cabeça - sussurrou sozinha.


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