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Era um dia frio como qualquer outro,estava voltando para casa depois de um dia cansativo então fui surpreendida por um misterioso vulto que passou em minha frente, desde aquele dia a minha monótona vida mudou drasticamente.

Me chamo Catherine Altenburg tenho 16 anos, estou no 2° ano do ensino médio,sou pouco sociável pela minha natureza tímida,amo ler e talvez por isso minha mente sempre esteja no mundo da lua.

Naquela tarde como de costume estava esperando minha melhor amiga Verônica para irmos a escola juntas, Verônica é muito bonita, tem a pele clara,cabelos ruivos e olhos castanhos, é uma garota espontânea e muito sarcástica nos conhecemos desde o ensino fundamental por algum motivo somos amigas ate hoje, mesmo que nossas personalidades sejam tão opostas.

? Cathy! Caaathy! Terra chamando Cathy! - Disse Verônica.

- Ah, desculpe Ve! Estava distraída.

? Como sempre neh. Então,pensou naquele nosso assunto? - Que assunto? Ah, aquilo. Não estou interessada,Obrigada! - Disse enquanto pegava minha mochila.

? Ah, vamos.. o que tem demais? - Disse Verônica fazendo cara de emburrada.

? Você sempre com estes assuntos, já disse não preciso de nenhum namorado ou coisas semelhantes.

? Precisa sim, e eu já tenho uma lista de pretendentes. - Verônica olhava para a folha com muitas expectativas

? Ve! Ja disse que não me importo com estas coisas, além do mais sou muito atrapalhada e tímida, nunca conseguiria me aproximar de um garoto. - Disse revirando os olhos.

? É por isso que vamos selecionar antes. - Ela estava com certeza mais se divertindo do que preocupada em me arrumar um namorado.

? Não,obrigada! Agora vamos, nós vamos perder o ônibus deste jeito.

Dito e feito, acabamos chegando no 2° período e ainda ganhamos punição pelo atraso,nossa escola era muito rígida e exigia total responsabilidade com o horário de entrada, acabamos ficando depois da aula arrumando a sala. Já era tarde a hora que nós acabamos de arrumar tudo, então nos despedimos e cada uma foi para um lado estava andando calmamente para casa, quando algo me chamou atenção e me deixou em estado de choque.

Um vulto estranho passou por mim, na hora pensei que fosse apenas minha imaginação e continuei em frente mas o vulto apareceu denovo e desta vez ficou parado na minha frente parecia estar me encarando ou talvez me analisando como já era noite e as luzes perto de casa eram fracas pouco enxerguei,era uma pessoa tenho certeza, mas tinha alguma coisa de diferente. Seus olhos eram vermelhos cor de sangue e isso me fez entrar em pânico, não conseguia me mexer e ?ele? começou a se aproximar,não conseguia ver direito seu rosto mas sentia seus olhos me penetrarem eu queria correr e milhares de coisas passaram em minha mente:

? O que ele é? um humano? um monstro? um pedófilo? vou ser estuprada? EU PRECISO CORRE!?

Fui desperta de meus pensamentos quando senti uma sensação estranha em minha bochecha, ele havia me lambido.

?ELE ME LAMBEU!! Não posso acreditar nisso?

Me arrepiei totalmente e isso fez nascer um medo terrível dentro de mim que me estimulou a correr, a ?pessoa? não me seguiu ele ficou lá parado me vendo correr desesperadamente eu pensei ter visto um sorriso malicioso em seu rosto mas talvez tenha sido apenas minha imaginação. Quando já estava longe resolvi olhar para trás isso foi uma péssima idéia, já que eu não vi que tinha uma pedra e acabei caindo.

? Aii! Mas que droga, o que isso faz aqui? Sua pedra idiota.

? Ah, legal! Agora estou brigando com uma pedra, se acalme se acalme tente pensar ... ele já não esta atrás de mim.. ele ta longe .. ta tudo bem.?

Me levantei e voltei a correr entrei em casa e corri para o quarto e lá eu fiquei,olhei para baixo e notei que o meu joelho estava sangrando, peguei um curativo e o coloquei,deitei em minha cama com o coração a mil por hora sem conseguir pensar em uma forma eficiente de me acalmar.

De alguma forma eu acabei pegando no sono e em meu sonho eu via o vulto daquela pessoa estranha me encarando e sorrindo maliciosamente,este sonho me deixou tão perturbada que eu acho que senti alguém me tocar, senti alguém me lamber denovo. Acordei num salto e olhei em volta em pânico não havia ninguém no quarto apenas eu,minha janela estava aberta fui ate ela e a fechei antes disso olhei para fora e nada encontrei então resolvi checar meu joelho que foi o lugar onde eu senti a sensação de ser lambida meu curativo não estava ali e nem o machucado, olhei em total perplexidade para meu joelho já não conseguia formular uma resposta lógica para tudo isso.

- Vamos ver, eu deparei com uma pessoa estranha de olhos vermelhos apavorantes que parecia que ia me devorar, fui lambida na bochecha e alguém entrou em meu quarto e lambeu meu joelho que supostamente antes estava machucado e agora não esta mais. ISSO NÃO FAZ SENTIDOO! - pensei em voz alta.

No outro dia eu estava como de costume esperando Verônica para irmos a escola mas o que havia acontecido no dia anterior não me saia da cabeça, ficava aquela cena se repetindo e repetindo eu não podia estar louca, será que estava? Não, foi real.

? Oi Cathy! - Disse Verônica

? Oi. - respondi

? Nossa, que oi mais sem graça. Aconteceu alguma coisa?

? Será que eu conto pra ela tudo o que aconteceu? Mas ela provavelmente vai me achar uma louca.?? pensei

? Não, estou perfeitamente bem! Apenas não dormi direito a noite.

? Hm, então ta.. ve se dorme mais cedo hoje!

Continuamos andando meio em silencio o resto do percurso ate a escola, comentando uma coisinha ou outra e rindo de algum comentário que Verônica fazia sobre algum garoto que passava. Chegamos em nossa sala de aula e vimos que todas as garotas da sala estavam na janela isso despertou nosso interesse e curiosidade, então fomos ate a janela e vimos três belos rapazes andando pelo pátio da escola rumo a entrada do prédio principal, o professor chegou na sala e mandou todos se sentarem que ele ia anunciar a chegada de um aluno transferido fiquei me perguntando qual dos três seria, eu nunca os havia visto na escola então só podia ser um dos três.

? Turma, todos sentados! Irei anunciar agora o nome de nosso novo colega que acaba de chegar, seu nome é Dylan Klein.

Logo após anunciar seu nome o professor o mandou entrar,as meninas só faltavam pular e rasgar as roupas do garoto chegava a me dar medo de olhar para elas, se bem que olhando bem o tal Dylan era muito atraente.

? Noooossa Cathy, olha este gato! oh meu deus, eu quero ele em minha casa! - Disse Verônica baixinho.

? Ve, não diga besteiras. - respondi em tom de repreensão.

? Ah, mas olha aquele deus e me diz se você não quer ele na sua casa também?! - Ela me olhava com um olhar pervertido e desafiador.

? C-claro que não eu nunca iria querer uma coisa destas - Respondi rapidamente.

? Você esta tão interessada nele quanto eu, mas não se preocupe o que me chamou atenção mesmo foi o gato mais alto que estava com o aluno novo. - Ve, estava realmente interessada no ?gato mais alto? pelo seu olhar eu tinha certeza.

? Não estou interessada nele! - Afirmei.

? Claro claro. - respondeu sem acreditar em minhas palavras.

O professor mandou o aluno novo se sentar,tinha uma mesa atrás de mim e ele seguiu rumo a ela, notei que ele me encarava e quando se sentou atrás de mim senti um arrepio estranho e familiar. Não ousei olhar para trás, mas notei que todas as garotas olhavam em direção a minha fileira ate que o professor mandou todos se virarem e prestarem atenção na aula super interessante de matemática.

? Ah, enfim terminou! Matemática é um saco, agora vamos para o intervalo eu preciso achar o meu amado! - Disse Verônica em voz meio melódica.

? Amado? Um dos Três rapazes que estava no pátio mais cedo?

? Não, meu amado bebedouro de água - respondeu sarcasticamente.

? Ta bom ta bom, já entendi .. Vamos procurar o tal ?amado?.

Quando estávamos saindo da sala ousei olhar para trás uma única vez e o aluno novo me encarava ainda e sorriu, eu corei imediatamente e puxei Verônica porta a fora.

? Calma, calma menina! Vai arrancar meu braço assim, o que ouve? - Ve me olhava com uma expressão de preocupação.

? N-nada, apenas pensei que se não fossemos rápido não conseguiríamos achar o seu ?amado?. - respondi de improviso.

? AAH, falando nele olha ele lá! Corre Cathy! - Disse e disparou em direção ao garoto.

?mesmo que me diga para correr, você não me deu tempo para tal coisa?? pensei.

Quando finalmente alcancei a doida, ela já estava de papo com o seu ?amado? e pareciam estar se entendendo bem,então resolvi dar meia volta e voltar a sala. Chegando na sala, estava exausta de correr em vão e me sentei direto em minha cadeira sem olhar em volta,algo assoprou meu pescoço e eu dei um salto da cadeira e me virei espantada.

? Você se assusta muito fácil, sabia? - Disse Dylan me encarando com divertimento.

? O que você pensa que esta fazendo? - Falei indignada.

? Assoprando seu pescoço?! - Disse zoando com minha cara.

? Por que você fez isso? - O encarei séria.

Quando fiz esta pergunta ele se inclinou um pouco sobre sua mesa e ficou cara a cara comigo, eu comecei a corar.

? Por que gosto de suas reações Catherine Altenburg. - Falou me encarando com um sorrido de malícia.

? Como ele sabe meu nome? Meu nome todo ainda, o professor não me chamou pelo nome completo.?? pensei meio atordoada.

Quando abri a boca para fazer minhas perguntas bateu o sinal e ele se ajeitou em sua cadeira me olhando com total divertimento eu o encarei e me virei atordoada em pensar por que o achava familiar e por que ele sabia meu nome completo.

Já estavamos no ultimo período queria que acabasse a aula logo para ir para casa, estava muito cansada,quando finalmente bateu o sinal disparei em direção a porta e bati em alguem:

? Ai! Nossa, aonde vai com tanta pressa garota?

? Ah, me desculpe eu não olhei.. por .. onde .. - Me interrompi pois quando olhei para cima notei que esbarrei no "amado" de Verônica.

? Que isso, não se preocupe eu estou inteiro... viu?! - Ele deu uma voltinha para me mostrar o quanto estava bem.

? A propósito meu nome é Allan, sou irmão mais velho do Dylan que esta na mesma turma que você. - Falou sorrindo.

? Prazer, me chamo Catherine. - sorri em retribuição.

Notei que Dylan e Allan eram muito parecidos ambos tinham cabelos escuros mas Dylan tinha o cabelo um pouco mais comprido na altura dos ombros quase, os olhos eram de cores diferentes Dylan tinha olhos negros e Allan olhos azuis, mas alguma coisa nesses irmãos era muito parecida talvez a forma de sorrir.

? Aaah, se não é o Allan. - Disse alegremente Verônica surgindo do nada ao meu lado.

? Oi Verônica, tudo bem? - Ele sorriu.

? Tudo sim. - Disse melosamente.

Ela estava totalmente gamada no Allan, se bem que não a culpo ele me parecia calmo e atlético pela roupa que carregava no braço acho que é do time de basquete da escola alem de ser muito bonito.

? Então Ve e Allan, se me derem licença eu já vou indo. Tchau! - Abanei para os dois e segui pelo corredor ate a escada.

Quando comecei a descer as escadas resvalei em um degrau e quando eu fechei os olhos me preparando para a queda, notei que eu não sentia dor.

? O que você pensa que esta fazendo? É maluca? Ta tentando se mata? Por que quase conseguiu!

Olhei para cima e um garoto que eu não conhecia estava me segurando em seus braços, ambos caidos no chão, me levantei e falei:

? O-obrigada! Você me salvou de uma queda terrível e me desculpe. - Falei envergonhada pela minha falta de atenção.

? Não se preocupe, não me machuquei mas você esta bem? - Ele me olhava com preocupação.

? Sim, estou ótima graças a você. - Sorri e agradeci.

? Qual seu nome garota?

? Me chamo Catherine e você?

? Me chamo Elliot, muito prazer Catherine. - Logo após falar isso ele me deu um beijo na mão imediatamente corei.

Ouvi uma voz no alto da escada gritar o nome de Elliot e quando me virei vi Dylan nos olhando com um olhar um tanto furioso.

? Elliot, quantas vezes ja lhe disse para ficar longe de minhas presas?!

? Irmão, não seja mesquinho esta bela jovem é muito para você! - Após dizer estas palavras lançou um olhar desafiador a Dylan e piscou para mim.

Elliot era mais novo que Dylan mas tinha bastante atitude e audacia, diferente de Dylan e Allan, Elliot tinha cabelos loiros meio puxado para o castanho e olhos verdes.Fiquei sem entender nada, Presa? Como assim? Eles ficaram um bom tempo se encarando,e depois Dylan me pegou pelo braço e me levou escada abaixo.

? Eiii, o que pensa que esta fazendo?? Me solte agora! - Disse brava.

Ele não me respondeu e não me olhou apenas me puxava, paramos de andar por um momento e notei que estavamos em frente a sala de informática Dylan me fez entrar dentro da sala e depois de entrar tambem,me pôs contra a porta.

? Eii, me solt- Fui interrompida no meio de meu protésto pois Dylan colocou sua mão em minha boca fiquei olhando para ele furiosa.

? Você não deveria se aproximar de Elliot, me prometa ficar longe dele - Sua expressão mudou de brava, para preocupada.Ele tirou sua mão devagar de minha boca para que eu pudesse responder.

? Por que eu deveria prometer? Elliot não me parece uma pessoa ruim, alem do mais ele é seu irmão certo? E você não tem nada haver com o que eu faço ou deixo de fazer.

? Sim, ele é meu irmão mais novo, mas não é flor que se cheire me prometa que ficara longe dele.

? Não irei prometer nada, você não manda em mim - Depois que falei isso notei que eu pareci uma criança mas era verdade ele não mandava em mim.

? Isso é verdade, não mando em você mas...

? Mas o que?

? Se você não me prometer não podera sair desta sala, e nós dois vamos passar a noite trancados na escola. - Ele ficou me olhando como se estivesse com a vitória garantida e me parecendo gostar da ideia de passar a noite na escola.

" Realmente, ele é mais forte que eu e não quero passar a noite na escola presa com esta pessoa perigosa."? pensei

? Ok, eu prometo.. agora o senhor poderia por favor tirar suas patinhas de cima de mim e abrir a porta? - Falei brava e sarcasticamente.

? Sim senhora, agora podera sair desta sala... mas é uma pena. - Disse meio tristonho.

? O que é uma pena?

? Gostaria tanto de passar a noite com esta bela jovem! - Disse me olhando de forma maliciosa e se aproximando, nossas bocas ficaram a poucos centimetros.Fiquei totalmente corada,empurrei ele,abri a porta e sai correndo..

"Ele estava muito perto, muito muito perto"? pensei enquanto corria.