Diário de uma Bruxa

  • Finalizada
  • Tenshiii
  • Capitulos 23
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 3 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 5

    Outros como eu?

    - Eu não estou triste, é só que... Se ele fizer algo com você , eu não sei o que faria entende? - Ele disse calmo, com aqule olhar de súplica, que não consigo ignorar

    - Olha, eu sei que você é meu irmão, mas eu tenho a minha vida agora, fique tranquilo... E olha o Eduardo é legal, e tem umas amigas bonitas, se você quiser...

    - Sabe muito bem que eu não me envolvo com humanas. - Ele era , tão... Tão tradicional. Tradicional era a palavra correta.

    - Mas e a tal?

    - Que tal?

    - Aquela do seu sonho.

    - Maryenee você estava bisbilhotando! - Droga pra que eu fui falar.

    - Ah eu estava curiosa desculpa, me perdoa! - Eu fiz beicinho.

    - Era só um sonho Mary.

    - Mas se um dia você gostar de uma humana, você vai ficar com ela?

    - Não sei Mary, que pergunta! - Ele estava estranho comigo. - E como foi a ida ao cinema?

    - Foi legal.

    - E como o tal se comportou?

    - De novo Guga?

    - Calma! É só uma pergunta... - Ele queria saber demais.

    - Ele foi legal.

    - Só isso?

    - Tá, ele tentou me beijar... - Eu não conseguia esconder nada dele.

    - O QUE!? Você deixou?

    - Não né? Está louco?

    - O que você fez?

    - Eu fui embora, sabe que não posso me envolver com ele.

    - Eu sei, pode deixar, minha mãe não vai saber disso.

    - Obrigado - Beijei o topo de sua testa e fui dar uma volta. - Guga, eu vou caminhar tá? Talvez eu vá para o lago.

    - Tudo bem, mas não demora, amanhã tem aula.

    - Ok.

    Fui caminhando em direção ao lago, senti o vulto novamente e então apertei o passo, chegando no lago fiquei na margem. Senti novamente o vulto, havia alguém ali,agora eu tinha certeza.

    - QUEM É VOCÊ? REVELE-SE!

    - Ora ora, a bruxinha é esperta.

    - Co... Como você sabe que eu... Sou uma bruxa? - Gaguejei

    - Eu sou Terry. - Ele era branco, olhos claros e de cabelos escuros.

    - O que você quer?

    - Nada ainda, mas não farei mal à você, também sou bruxo. - Eu não conhecia nenhum outro bruxo.

    - Então o que quer?

    - Só estou observando. Como você consegue lidar com humanos? - Eu estava com medo, mas achei que poderia confiar nele.

    - Eu apenas tento agir normalmente.

    - Os humanos não gostam de mim.

    - Eu sei como é, eu também já passei por isso. - Conversamos horas, Terry vinha de uma linhagem de bruxos sobreviventes, sua família também fora morta por serem bruxos. Ele tinha 98 anos com aparência de 17 como eu. Estava de passagem, viu outros bruxos e ficou curioso, foi o que ele me contou.

    - Tenho que ir. - Eu disse, já passava das 1h da manhã.

    - Já?!

    - Amanhã tenho aula, tchau Terry.

    - Tchau, Mary.

    Cheguei em casa, fui para o quarto, estava tão cansada... Fui dormir, tive pesadelos, como sempre acordei com o gustavo me sacudindo.

    - Desculpa gustavo.

    - Não gosto quando você acorda assim.- Eu odiava meus pesadelos.

    - Estou bem vai dormir, ainda são três da manhã.

    - Eu fico aqui até você dormir - Ele ficou ao meu lado até eu dormir de novo. Quando eu era mais nova, ele fazia isso. Às vezes eu não tinha pesadelos com meu irmão ali comigo.

    No dia seguinte levantei, o Gustavo já estava se arrumando, eu corri pra me arrumar (poxa ninguém me acordou!). Fui tomar café, o Gustavo me olhou, com cara de susto.

    - Por que ninguém me acordou? - Minha tia me olhava.

    - Pensei que você não fosse hoje... - Disse gustavo.

    - Por que? - Perguntei.

    - Achei que você estava cansada.

    - Eu estou bem, vamos?

    - Vamos. - Fomos para o carro e eu teria de contar sobre o que aconteceu, no lago.

    - Guga... - Comecei com jeitinho, para não ter briga.

    - Fala.

    - Eu conheci um bruxo, ontem. - Ele me olhou, sua expressão mudara quando pronunciei a palavra bruxo, mas contei tudo, depois ele me repreendeu com as seguintes palavras:

    - Você confia em qualquer um ein! - Lá vem ele, logo pensei.

    - Eu só conversei com ele, ele queria saber sobre os humanos.

    - Não confie tanto, Mary. - Chegando na escola, eu desci e o Gustavo veio comigo, fomos como de costume para nossas salas.

    Depois de alguns dias, que por sinal ocorreram calmos, eu já estava enturmada, conhecia todos, mas fiquei mais amiga dos amigos do Eduardo. A Cristina tinha uma quedinha pelo meu irmão (eu não gostava disso, ela não era lá grande coisa, ele merecia algo melhor) eu e o Edu viramos amigos depois da tentativa frustrada dele no cinema. No intervalo ficávamos todos juntos inclusive meu irmão, e a tarada da Cristina.

    Carlos deu a ideia de um acampamento no final de semana.

    - Podemos? Temos treinamento, lembra?

    - Eu sei.

    - Desculpa gente não vai dar, vamos viajar esse final de semana.- Eu tive que mentir.

    - Não tem como ir outro dia? - Perguntou o Edu.

    - Não, nós vamos para casa de uns parentes-disse meu irmão, me cortando, com a voz dura.

    - Foi mal, fica para a próxima. - Eu disse tentando ser gentil.

    - "Perdeu Eduardo" - Pensou Alexandre.

    - "Esse irmão não sai da cola dela!" - Pensou Edu

    - Então divirtam-se! - Eu disse, o Eduardo ainda gostava de mim... Amor impossivel. - Depois da aula chegamos em casa, tudo estava calmo.


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