Filho de uma Akatsuki!

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    10
    Capítulos:

    Capítulo 14

    Um imortal e um bebê

    Linguagem Imprópria

    O dia foi inesquecível para todos, principalmente para Deidara e Sakura. Por outro lado, Naruto lutava para esquecê-lo. Felizmente para ele, o estômago falava mais alto que o coração.

    Antes de pôr Tobi na cama, Konan achou melhor dar-lhe um banho; o bebê, que não gostou muito da ideia de ter que acordar, começou a choramingar. "Mmmhhh... Mammaaaa..." Konan conversava com Tobi, enquanto o despia.

    "Eu sei, eu sei que o meu bebê está cansado e quer dormir... Mas não vai escapar do banho." Tobi ia se conformando pouco a pouco; afinal, adorava brincar com água. Enquanto isso, na cozinha, durante o jantar...

    "Aah, dinheiro, amado dinheiro... Deidara, parabéns." Kakuzu estava satisfeito com o dinheiro que o loiro havia trazido. Hidan sacudia a cabeça enquanto abria sua caixa de chocolates antes de jantar.

    "A m***a do dinheiro... É tudo em que você consegue pensar, Kakuzu?", disse o albino, enfiando um bombom enorme na boca e chupando os dedos.

    "Acontece, Hidan, que é a 'm***a do dinheiro' que paga pelas coisas que você quer... E, pelo amor de Kami, veja se come mais devagar!"

    "Mas eu estou comendo devagar, p***a!" Hidan abocanhou dois bombons de uma vez, ou para provocar Kakuzu, ou para fazê-lo rir e se descontrair um pouco.

    "Alguém notou que o Deidara está mais quieto, mais pensativo?", disse Pein, cutucando Itachi com o cotovelo e olhando para o loiro, que estava comendo em silêncio.

    "Não tenha vergonha, Deidara...", disse Itachi, calmamente. "Você deve ter conhecido alguém na feira..."

    "Escondendo o jogo, né, seu danado?", perguntou Kisame. "Era bonita? Conte pra gente!" Deidara deu um sorriso encabulado.

    "Era linda... Hmm... Olhos verdes como duas pedras de jade... Os cabelos eram cor-de-rosa, hmm... Acredita nisso, Kisame no Danna?"

    "Claro que acredito, você está falando com alguém de pele azul!" Kisame riu e fez Hidan engasgar de rir também.

    "Hahahahaha! E olha só a cor dos olhos do Kakuzu... E eu, que tenho cabelos prateados, olhos magenta..."

    "...e uma boca muito grande...", disse Kakuzu, enquanto comia seu bife de fígado.

    "Exatamente, eu tenho...", concordou Hidan, até ele se tocar. "Ei! Que c*****o é esse de boca grande?" O albino perguntou, indignado, enfiando mais dois bombons na boca, enquanto todos riam.

    "Você acabou de responder...", retrucou Kakuzu, sem tirar os olhos do prato, com um pequeno sorriso, antes que Hidan fosse à pia para lavar as mãos sujas de chocolate.

    "Eu quis dizer que ela era perfeita, hmm... E tinha tanta doçura no olhar..." Deidara deu um suspiro. "Foi bom conhecê-la, hmm."

    "Vai haver outras feiras, Deidara.", sorriu Sasori, dando um tapinha no ombro de seu parceiro. "Outras pessoas com quem conversar... Outras formas de arte..." Zetsu Branco concordou.

    "Sasori tem razão. E a gente não deve desperdiçar oportunidades enquanto é jovem!"

    "Por isso, manda ver!", disse Zetsu Preto.

    "Quando eu tinha onze anos, fui a essa feira para paquerar.", disse Itachi, que estava sentado ao lado de Kisame. "Era divertido." Deu um pequeno sorriso.

    "Ah sim, Itachi-san disse que levava o pequeno Sasuke com ele, as garotas se derretem por meninos que cuidam dos irmãozinhos, vá entender...", disse Kisame, rindo.

    "Eu sei disso, hmm!" O jovem artista riu também. "Era só eu ficar carregando o Tobi pela feira e havia sempre alguém falando..." E fez uma cara engraçada e pôs as mãos no rosto. "...'awwwww, kawaii'... Hmm!"

    "Konan fala assim também!", Pein notou. Nisso, entrou o anjo de cabelos azuis na cozinha e se sentou à mesa, ao lado de seu amado.

    "Está falando o que de mim, hein?" Konan perguntou, em tom de brincadeira, puxando a orelha de Pein. E disse, fazendo seu prato: "O bebê já está dormindo... Do jeito que Tobi está cansado, acho que ele vai dormir por mais de oito horas..."

    Algum tempo depois o jantar acabava, e, antes que todos fossem a seus quartos, Pein fez a costumeira reunião para determinar as missões do dia seguinte; todos sairiam cedo. Konan ficaria em casa com o bebê e Hidan poderia dormir um pouco mais, ele só iria se juntar a Kakuzu ? que iria à Vila Oculta da Fumaça ? pela tarde.

    "Hidan, que tal me ajudar com o Tobi amanhã de manhã enquanto não for se encontrar com o Kakuzu?", disse Konan, enxugando os pratos que Kisame lavava. O Jashinista fez cara de cansado.

    "Mas, Konan, c*****o, logo eu? Por que não deixa esse trabalho pro senpai dele?"

    "Porque Tobi acha você engraçado, Hidan, hmm.", disse Deidara. "Ele dá risada até quando você fica brigando com o ralo entupido... Além disso, temos uma missão amanhã, certo, Danna? Hmm..."

    "Isso mesmo. E você sempre foge quando é hora de trocar o nenê ou de dar banho nele, Hidan...", afirmou Sasori. "Você vai aprender a cuidar dele."

    "Kakuzu, você não precisa mesmo que eu o acompanhe mais cedo?" Hidan praticamente implorava, ignorando tudo o que já lhe haviam dito. "Diga que sim, Kakuzu-chan, por favor!"

    "Hidan, quer calar a boca?" O tesoureiro da Akatsuki levantou-se e deu um tapinha no braço do albino. "Vai dar tudo certo e você nem vai precisar oferecer o moleque em sacrifício ao seu querido Jashin-sama. Mas, se fizer isso, juro que o mato."

    Hidan retrucou: "Eu não vou fazer isso! Traidor... Até amanhã, então..." E, resmungando, saiu para se preparar para ir dormir. Pein questionou a proposta de Konan.

    "Querida, você acha mesmo que a gente pode confiar um bebê para o Hidan? Nada pessoal, mas... Ele é tão fácil de perder a cabeça por qualquer coisa.

    "Literalmente!", disse Kakuzu, o que fez Kisame rir e quase derrubar o prato que estava enxugando.

    "Mas, amor, eu vou estar por perto, e sei que, no fundo, Hidan gosta do Tobi...", respondeu Konan, passando os pratos lavados para o ainda risonho Kisame.

    "Pein, já viu como ele é perto do bebê? Ele muda completamente..." Itachi tentou convencer Leader-sama.

    "Desculpe, Itachi, mas ele não muda perto do Tobi...", disse Zetsu Branco.

    "Ele fala os mesmos palavrões de sempre!", complementou Zetsu Preto.

    Itachi continuou. "Certo, ele... muda um pouco. Tobi gosta de atenção e Hidan gosta de conversar; eles parecem se entender muito bem..."

    Pein nada dizia; afinal, ele tinha o direito de se preocupar, ele era o "papai" de Tobi.

    "Não dá para julgar os outros pelo temperamento, hmm... Que eu saiba, eu nunca quis explodir o bebê com minhas criações.", disse Deidara.

    "Mas já fez isso várias vezes com o Tobi adulto...", provocou Sasori, com um sorrisinho, indo para seu quarto consertar suas marionetes.

    "Danna, você sabe muito bem o que quero dizer, hmm!" Deidara estava perto de explodir.

    Logo todos iam se despedindo e indo para seus respectivos quartos. Zetsu foi para uma gruta no meio da floresta; segundo ele, o lugar perfeito para dormir.

    No dia seguinte, bem cedo, lá estava Pein na cozinha, preparando o café para todos. Konan levantou-se minutos depois e se aproximou, abraçando-o por trás.

    "Que kawaii, você fazendo a comida..." E deu-lhe um beijo na nuca. Pein virou-se para dar-lhe um beijinho na testa.

    "Ainda bem que ninguém reclama de omelete queimada...", disse, terminando de cozinhar. Logo todos (exceto Hidan e Tobi, que ainda dormiam) já estavam chegando.

    "Bom-dia, turma!" Acenou Kisame enquanto se sentava. Itachi sentou-se ao seu lado e encheu um copo de chá.

    Kakuzu se sentou, também, segurando uma pequena agenda; Deidara, faminto, já estava se servindo.

    "Bem que eu queria estar aqui pra ver o Hidan se virando com o Tobi, hmm...", o loiro disse, com uma risadinha malvada e de boca cheia.

    "É só por algumas horas, Dei, à tarde ele vai se encontrar com Kakuzu... Mas iria ser divertido deixá-lo cuidando do bebê por um dia inteiro...", riu Konan.

    "Não dá pra imaginar o Hidan de babá em tempo integral. E nem quero imaginar...", disse Kakuzu, enchendo uma xícara de café.

    "Kakuzu... Dê um voto de confiança ao seu parceiro.", respondeu Itachi, comendo um onigiri.

    Sasori foi ao quarto de Tobi para ver se estava tudo bem. Sorriu ao vê-lo roncando, todo aconchegado em seu macacão laranja felpudo; ajeitou o cobertor sobre ele e colocou-lhe a chupeta na boca. "Está tudo bem, nenê..." Disse, acariciando os cabelos de Tobi.

    Zetsu estava no jardim, esperando o sol sair, para realizar sua costumeira fotossíntese, o que chateou sua metade preta.

    "Veja se não espera tanto desta vez, eu tô morrendo de fome!", disse Zetsu Preto, impaciente.

    "Os incomodados que se mudem...", respondeu Zetsu Branco.

    "Deixa disso! Você sabe muito bem que isso é impossível!", reclamou Zetsu Preto, sem um pingo de senso de humor.

    Terminado o café, todos foram se despedindo em voz baixa, para não acordar o bebê. Kakuzu, antes de rumar para sua missão de caçador de recompensas, abriu a porta do quarto de Hidan e puxou o albino por uma perna, suspendendo-o.

    "O café vai esfriar, imbecil, chega de preguiça." Hidan acordou de sobressalto, agitando-se todo, descabelado e com os olhos semicerrados.

    "Aah? O quê? Onde? Quando? Aaah, é você, seu filho duma p**a... Me deixa em paz!" Kakuzu deu de ombros e largou o parceiro sobre a cama.

    "Cale a boca... A gente se vê à tarde." E foi embora, fechando a porta do quarto.

    "Uaahh... Vai... Zzzzz... tomar no c*... Kakuz...Zzzzzzzz..." Hidan pôs o travesseiro sobre a cabeça e dormiu de novo.

    Duas horas mais tarde, o Jashinista resolveu se levantar para ir ao banheiro; estava usando uma calça preta larga de pijama, não se importava muito com o que vestia dentro do quartel-general, a menos que fosse exigido o uniforme: Hidan vestia o que encontrava primeiro no guarda-roupa. O cabelo, claro, era prioridade; o gel não poderia faltar nunca.

    Konan estava dobrando algumas roupas de Tobi na sala, enquanto o albino ia para a cozinha. "Bom-dia, Hidan! Guardei a comida na geladeira para você."

    "Tá... Tem café, ainda? Vou precisar..." Disse Hidan, acenando e indo pegar a comida, para pôr no micro-ondas. "O pestinha já acordou?"

    "Não, o coitadinho ficou muito cansado depois do passeio de ontem..." Konan sentou-se à mesa também, e os dois ficaram conversando enquanto Hidan tomava seu café.

    "Tobi vai ficar contente em ver você...", disse o anjo de cabelos azuis, fazendo um bicho de origami com um guardanapo.

    "Bebês são o inferno...", respondeu Hidan, com a boca cheia. "Babam, c***m, m***m, gritam..."

    "Pensei que você gostasse do Tobi..." Konan olhou para o albino, um pouco espantada. No fundo, sabia que Hidan falava certas coisas da boca para fora.

    "Eu não gosto dele. Eu..." O discurso de Hidan foi interrompido por um ruído forte de alguém caindo ao chão e, logo depois, pelo choro de Tobi. "Que p***a foi essa?" Hidan se levantou e foi ao quarto de Tobi. Konan foi logo em seguida.

    "BUÁÁÁÁÁÁÁ... UH! UH! UÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ..." O bebê estava caído de bruços no chão, o queixo estava ferido (provavelmente caiu de cabeça) e ele estava esperneando, com as mãozinhas fechadas enxugando os olhos lacrimosos. O Jashinista imediatamente o pegou no colo e pôs-lhe a chupeta na boca.

    "Aww, Pestinha-chan caiu da cama... Shh... Shh... Não chore, eu já caí também... E não morri por isso, morri?" Hidan embalava Tobi e enxugava suas lágrimas. O bebê ficou mais tranquilo em ver seu amigo, mas ainda soluçava. Devia ter sido um pesadelo e tanto.

    "Uááá... Sniff! Ina-a-a-aaan..." O albino só pôde rir e imitá-lo:

    "Que fo-o-o-oooii, Pestinha-cha-a-a-aaan?" Tobi deu uma risada em meio às lágrimas e tossiu um pouco, a garganta estava meio irritada de tanto chorar.

    Konan foi buscar um antisséptico que estava guardado no armário do banheiro e uma bolinha de algodão e voltou logo ao quarto do bebê.

    "Tobi, mamãe trouxe isto para curar seu 'dodói'..." E mostrou o frasco para o pequeno, que ficou com medo e escondeu o rosto no ombro de Hidan.

    "Naaah, mammaa!" Não adiantou protestar; Hidan pôs o bebê sobre a cama e segurou delicadamente a cabeça dele enquanto Konan passou o algodão embebido em antisséptico na ferida do queixo. Tobi estava começando a choramingar (porque ardeu um pouco), quando sua "mamãe" disse para o albino:

    "Hidan, pensava que este remédio não ardia! Vou ter que testar em você..." E piscou para Hidan, com cumplicidade. O Jashinista entendeu a mensagem e piscou de volta.

    "Sério? C*****o!" Fingiu estar espantado. "Passa então na minha mão..." E estendeu o braço, sob o olhar curioso do bebê.

    Assim que Konan passou o algodão em sua mão, Hidan sacudiu o braço, gritando: "OOH, ITEI-ITEI-ITEI..." Tobi gargalhou de repente, não esperava essa reação do albino.

    "GAHAHAHAHAHAAA!" Hidan fingia estar ofendido e olhava para o bebê com uma sobrancelha erguida.

    "Nan da tou?! Eu aqui morrendo de dor e você ri, Pestinha-chan? Só por isso eu vou..." Konan passou o algodão na mão de Hidan, de novo. "OOH, ITEI-ITEI-ITEI..."

    Tobi caiu para trás de tanto rir; ficava segurando a barriga, como se os músculos estivessem doloridos; Hidan e Konan riam junto com ele.

    Enquanto isso, nos arredores da Vila Oculta da Chuva, Pein andava por um grande templo enquanto pensava em Tobi e também em como ele próprio deve ter dado mancada ao permitir que Hidan ficasse cuidando dele. Pensou em sua impaciência, em sua foice tripla, em seus rituais de sacrifício... "Diabos... O que eu tinha na cabeça pra deixar isso acontecer?" Não que ele não confiasse no Jashinista, mas... Hidan não parecia ser alguém qualificado para cuidar de um bebê... Ou parecia?

    "Hora do banho, meu bem...", disse Konan, beijando o bebê, que ainda estava deitado na cama e olhando para os dois atentamente, à espera de uma brincadeira.

    "Mas primeiro a gente precisa checar se você tem alguma costela fraturada...", disse Hidan, que sorriu e começou a fazer cócegas na barriga de Tobi. "Nada aqui... Aqui também não... Pare de rir, Pestinha-chan! Nada quebrado aqui..." O bebê estava gargalhando e tentando se proteger do ataque.

    "AHAGAGAHAHA, INAAAN, NAAAH! NAAH INAAAN! GAHAHAHAHAHAHAHAA!"

    Agora era mais do que claro que todas as dúvidas que Pein poderia ter já estavam sanadas. Seu "filhinho" estava se divertindo muito.

    "Algo me diz que você seria um péssimo ninja médico..." Konan disse, observando a cena ternamente. Hidan, brincando, mostrou a língua para ela e parou um pouco de amolar Tobi, que ainda estava no meio de um acesso de riso.

    "Mas sou um ótimo ninja sádico." E disse, segurando os pés do bebê: "Eu gosto de fazer o pestinha sofrer!"

    "GAHAHAHAHAHA!" Tobi continuou rindo; o albino pegou-o no colo e o pôs em pé no chão. Konan, antes de ir preparar a banheira para Tobi, disse, aliviada:

    "Como eu havia dito, Hidan... Pensei que você gostasse do Tobi..."

    "Konan, você deve se lembrar do que falei." Hidan ficou sério por um instante. "Eu não gosto dele." E abriu o sorrisão irresistível e cômico. "Eu o adoro." Konan sorriu, sacudiu a cabeça e levou o sabonete e a toalha para o banheiro, enquanto o albino ia em seguida, levando Tobi pela mão. "Você vai andar agora, seu folgado."

    Enquanto isso, na Vila Oculta da Nuvem, Deidara e Sasori pararam em uma área florestal para descansar à sombra de uma grande árvore.

    "Sasori no Danna, eu estava pensando, hmm..." Deidara estava com um capim na boca, olhando distraidamente em volta.

    "Verdade? Que milagre!", disse Sasori, fazendo o loiro bufar e ficar vermelho. "Quantas vezes, Deidara, eu tenho que falar pra você que estou brincando?"

    "Bom. Hmm." E Deidara continuou seu pensamento. "Você nunca mostrou Hiruko para o bebê, certo? Hmm..."

    "Não... Eu lembrei que o Tobi adulto nunca gostou daquela marionete.", riu Sasori. "E não vou agora assustar o nenê..."

    "Falando em assustar, como será que aquele cabeça-quente do Hidan está se saindo com Tobi, hmm?"

    "Está tudo bem, o nenê está acostumado com as mudanças de humor da gente..." Sasori deu de ombros e Deidara preparou-se para cochilar.

    "AAATCHIMM!" Hidan estava molhado da cabeça aos pés, ao sair do banheiro segurando Tobi, que estava embrulhado numa toalha. "Ah, c*****o, agora eu sei como o Kisame se sente..." E passou o bebê para Konan, pegou umas roupas e uma toalha e entrou no banheiro novamente. "Vou aproveitar pra terminar o banho, já volto."

    Quando voltou, viu que Konan já havia enxugado Tobi, que estava sobre a cama, agitando as pernas e os braços rechonchudos.

    "Hahaha, você tem mais dobrinhas que um nikuman..." Hidan riu para o bebê, que parou a agitação para olhar curiosamente para o albino. "Que foi?" Hidan estava com os cabelos desgrenhados e soltos. "Sou eu, Pestinha-chan!" E afastou os cabelos, revelando seus olhos.

    "Agaga-gugugu... Inan!" O bebê voltou a se agitar alegremente, enquanto Hidan limpava-o e colocava-lhe a fralda, com a ajuda de Konan.

    Na Vila Oculta da Fumaça, Kakuzu estava com um mapa na mão e sentado sobre uma pedra enorme; estava meio desconcentrado. "É bom o Hidan se comportar e cuidar bem do moleque, ou eu juro que vou matá-lo... Ah, o que eu estou falando? Ele não morre nunca..." Deu uma risadinha abafada e voltou a estudar o mapa.

    Na cozinha, Hidan, já com seu típico cabelo penteado, dava a comida para o bebê, que estava nos braços de Konan.

    "Isso, Tobi, coma para ser um forte e valente shinobi...", sorriu Konan para o bebê, enquanto Hidan dava a Tobi uma colherada de carne com batata amassada.

    "Ou, na pior das hipóteses, um lutador de sumô.", disse o albino, antes de se virar para o lado e espirrar. "AAATCHIMM! Ah, acho que o Kakuzu já está me xingando..."

    Hidan passou a tigela para Konan terminar de dar a comida a Tobi. "Vou me encontrar com o muquirana agora, ele vai ficar p**o da vida se eu me atrasar!" Quando viu o albino amarrando a bandana no pescoço e vestindo a túnica da Akatsuki, o pequeno cruzou os bracinhos, fez um bico enorme e choramingou, cabisbaixo. "Mmmmmmmmmh..." Tobi realmente queria que Hidan ficasse.

    "Aah, que m***a, quanto drama, Tobi!" Hidan levantou os braços e falou um pouco alto, irritado. "A gente volta amanhã, que saco!" Notou que Tobi estava tentando bravamente segurar o choro, ainda mais depois de ter sido chamado pelo nome. "Gomen, Pestinha-chan, foi sem querer... Oi, oi, olhe aqui pro titio...", disse o Jashinista, arrependido, tentando chamar a atenção do bebê, que desviava os olhos lacrimosos dele e fazia beicinho. "Aww, não seja assim..."

    "Bata no titio Hidan, Tobi, deste jeito..." E Konan, brincando, pegou a mãozinha de Tobi para dar um tapinha no ombro de Hidan.

    "OOH, ITEI-ITEI-ITEI..." O albino pôs a mão no ombro, fingindo que o tapinha tinha doído, o que fez o bebê dar uma bela risada, mas ainda olhando para o chão. "Venha cá, seu..." Hidan pegou Tobi no colo e soprou-lhe a barriga, fazendo um barulho engraçado. Tobi gargalhou e Hidan sorriu para ele. O albino passou o bebê para Konan novamente, pegou sua foice tripla e saiu, acenando para os dois sem se virar.

    "Jaa na!" E desapareceu no meio da floresta. O anjo de cabelos azuis levou o bebê para dentro do quartel-general, ligou a tevê e ficou com Tobi no sofá, assistindo a desenhos. Era algo que não era muito fácil de se fazer quando a turma monopolizava a televisão: Pein curtia filmes de ação, Kakuzu gostava de assistir às notícias sobre a cotação da bolsa, Itachi preferia ver os canais culinários, Kisame assistia a comédias, Deidara gostava do canal de artes e variedades, Sasori assistia à Vila Sésamo, Hidan era louco por filmes de terror, Zetsu gostava de ficção científica e Konan realmente não se importava tanto com o que passava na tevê.

    Tobi nunca mudou, na verdade; mesmo o adulto gostava de assistir a desenhos, para desgosto dos outros.

    "Tobi...", suspirou Itachi, desapontado. "Sailormoon, de novo?" O bom menino estava passando uma tigelona de pipoca para ele.

    "Aww, é que hoje é maratona da série, Itachi-saaan! Treze horas seguidas de romance e magia, yatta!"

    "Hn..." Itachi preferiu encher a boca de pipoca diante da excitação de Tobi. "Nossa, estou tão emocionado..." E fez cara de tédio.

    Nisso, Hidan chegou, pegou o controle-remoto e mudou para o canal de terror. "Vai se f***r, Tobi, hoje eu quero ver Ringu."

    "Iie, Hidan-san, Tobi vai ter pesadelos!" E o bom menino mudou novamente para o canal de desenhos, cantando. "Não sei por que não posso ser sin-ce-ra..."

    "Alguém faça esse maluco parar..." Itachi apertou os olhos e tapou os ouvidos com duas pipocas.

    "Eu quero ver Ringu!" Hidan começou a discutir com Tobi.

    "Eu quero ver Sailormoon, Hidan-san yo!" O mascarado agitava os braços, contrariado.

    "Ringu!"

    "Sailormoon!"

    O Jashinista, finalmente irritado, com uma veia estilo mangá pipocando em sua testa, ameaçou: "Tobi, eu quero assistir ao meu filme de terror, e se você não for um bom menino e mudar o canal agora... VOU CASTIGAR VOCÊ EM NOME DE JASHIN-SAMA!"

    "Ringu...", disse Tobi, amedrontado, mudando para o canal preferido de Hidan. Perguntou, timidamente: "Mas não era em nome da Lua, Hidan-san?"

    "URUSEI! Passa a pipoca, Itachi!"

    Graças a suas proezas acrobáticas e velocidade ? além do físico portentoso (na minha humilde opinião) ?, Hidan chegou logo ao lugar em que Kakuzu o estava esperando pacientemente, como havia sido combinado, num clarão na Vila Oculta da Fumaça.

    "Está atrasado, Hidan..." Kakuzu tirou os olhos do mapa para cumprimentar o parceiro. Hidan foi irônico.

    "Desculpe pelo c*****o do atraso, eu acho que me perdi no p**o caminho da vida..."

    "Eu já ouvi isso não sei de quem, mas sem os palavrões...", disse Kakuzu, erguendo uma sobrancelha.

    "Ah, deixe pra lá... Sentiu minha falta, Kakuzu-chan?" O Jashinista deu um sorriso largo e descansou a foice sobre o ombro, fazendo pose. "Não fique parado aí, p***a, a missão nos espera!" E foram andando. No caminho, Kakuzu não pôde deixar de notar:

    "Hidan, é impressão minha ou você está cheirando a talco de bebê?"

    O albino nada disse, deu um sorriso de canto de boca e continuou andando. Kakuzu não resistiu e o provocou: "Se você pudesse ver como sua cara está vermelha agora..."


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