Filho de uma Akatsuki!

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    10
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    Capítulo 12

    A feira de arte

    Linguagem Imprópria

    Um certo alguém estava escutando a conversa, do lado de fora. "Konoha, hein?" Os olhos amarelos faiscaram e uma língua enorme molhou seus lábios. "É pra lá que vou..." E terminou dando uma risada malévola que evoluiu para um acesso de tosse. "Kabuto, traga o xarope..."

    "Tomem cuidado vocês dois, e divirtam-se.", despediu-se Konan, abraçada a Pein, acenando para Deidara e Tobi, que já estava no canguru, colado ao peito do jovem artista.

    "E não voltem tão tarde, ou Konan vai enlouquecer.", brincou Pein.

    "Obedeça o senpai direitinho, nenê, ele é bravo, você sabe.", riu Sasori.

    Deidara ficou vermelho e rangeu os dentes para o ruivo. "Isso não é verdade, Danna, hmm!"

    "Eu não disse?" Sasori piscou para o bebê.

    "Até logo, Deidara, Tobi!", disse Zetsu Branco.

    "Já vão tarde!", disse Zetsu Preto.

    Kakuzu também se despediu: "Bons negócios, Deidara! Faça sua arte valer bastante dinheiro, e não deixe o moleque comer muita porcaria das barracas."

    Hidan se virou para seu parceiro. "Porcaria... E você, que gosta de sashimi de fígado?" E disse para Tobi. "Pode comer, sim, Pestinha-chan! E, Deidara..."

    "Já sei, já sei, Hidan, você quer que eu traga doces, hmm."

    "Isso, Deidara-chan! Daqueles com bastante chocolate!" O albino estava com um sorriso largo (Quem resiste a esse sorriso? Só sei que eu não resistiria...). Itachi acenou e disse para Deidara e o bebê:

    "Não esqueçam de visitar a barraca de dango!"

    "GAHAHAHAHAHAAAA!" O pequeno começou a gargalhar e chacoalhar.

    "Tobi, pare de se mexer tanto, hmm..." Deidara tirou do bolso uma miniatura de pássaro que ele havia modelado, colocou no chão, fez os selos com as mãos e a figura ficou gigantesca; esse era o usual meio de transporte do jovem artista.

    Kisame acenou, também. "Boa sorte com sua arte, Deidara! E não vá se perder na feira, Tobi!"

    "Não se preocupem, ficaremos bem, hmm. Adeus!" O loiro subiu no pássaro, com Tobi a tiracolo. "Vamos voar um pouco e o resto do caminho faremos a pé, certo, Tobi? Hmm."

    "Aga!" O bom menino estava ansioso para voar; assim que o grande pássaro decolou, Tobi começou a dar gritos de alegria. O céu estava azul e claro, todo desenhado de nuvens de todos os formatos.

    "Está gostando, Tobi?" Deidara sorriu para o bebê, que ficava de boca aberta, apontando para tudo. Viajaram por aproximadamente vinte minutos, e então aterrissaram. Assim que Deidara desceu do pássaro com Tobi, o objeto desapareceu, em meio a fumaça.

    "Agora o trajeto é a pé, hmm... Está tudo bem?" O loiro percebeu que Tobi estava roncando e resolveu andar devagar, para não acordá-lo. Não muito tempo depois, passou por eles uma carroça puxada por bois, com um simpático casal.

    "Olá!", disse o homem sorridente que conduzia a carroça. "Vão para a feira de arte?"

    "Bom-dia.", Deidara cumprimentou polidamente os dois. "Sim! Não a perderíamos por nada, hmm!"

    "Vamos pegar o mesmo caminho para visitarmos meus pais... Querem uma carona? Subam, há lugar aqui...", disse uma mulher que parecia ser a esposa do condutor, que parou a carroça para que Deidara pudesse subir.

    "Obrigado!" O jovem artista sorriu amavelmente. A gentil mulher não deixou de notar o bebê que estava no canguru.

    "Que lindo bebê! Você é tão jovem para ser pai!"

    "Aah, não é meu filho... É meu... irmãozinho, hmm!" Deidara ria de nervoso. "E nem se parece comigo, hmm..."

    Vendo que Tobi estava acordando, Deidara o soltou um pouco do canguru. "Ei, seu dorminhoco, não vai cumprimentar nossos amigos?"

    O bebê acenou alegremente: "Aiooo!" O casal sorriu para Tobi; a mulher, que estava grávida, disse:

    "Nosso bebê está para chegar, espero que seja forte como seu irmão..." Tobi estava curioso, apontando para a barriga dela e olhando para Deidara.

    "Neneneneneneneneneneee?"

    "Sim, baka, é um nenê, igualzinho a você... Satisfeito?", disse o loiro, com uma gotinha anime de suor na testa. "Oh, já estamos chegando, hmm!"

    Deidara se despediu calorosamente do casal antes de descer da carroça. Tobi, de novo no canguru, sorria e também acenava.

    "Obrigado pela carona, hmm! Prazer em conhecê-los!"

    "Divirtam-se na feira, rapazes!", disse o condutor da carroça, acenando cordialmente.

    "Até algum dia!", disse a sua esposa, sorrindo.

    E, enquanto Deidara e o bebê se dirigiam à feira, o homem que conduzia a carroça lembrou-se de que havia esquecido de perguntar os seus nomes e até mesmo de se apresentarem.

    O lugar em que estava a feira de artes era como Itachi havia descrito, realmente. Enfeites para todos os lados, barracas coloridas e chamativas; havia muita gente, mas curiosamente não havia aquela aglomeração desagradável, todos estavam lá para passar um bom dia. As crianças iam para todos os lados, tão alegres quanto Tobi, que ainda estava colado a seu senpai.

    "Ten-pai? Abababa... Shashash..." O bebê fazia sinal de que queria ficar no chão.

    "Ah, você quer descer..." Deidara o tirou do canguru e o pôs com cuidado no chão. "Não saia de perto do senpai, nem corra, hmm." E tirou de sua sacola de pano uma caixa com quatro estatuetas de Buda que ele havia modelado e as mostrou para Tobi.

    "Ooooooooooohhhhhhh..." O bebê fazia uma cara engraçada de espanto. As peças eram realmente lindas e delicadas, pareciam de marfim. Deidara riu.

    "Bem, vamos esperar que os outros gostem tanto quanto você gostou, hmm..."

    Dito e feito. Deidara não precisou andar muito, algumas pessoas já estavam em volta dos dois.

    "Que lindas estatuetas, quanto custam? Minha esposa iria adorar ter uma!", disse um simpático senhor.

    "É você quem as faz?", perguntou uma jovem para Deidara. "São perfeitas... Iguais a você..." E piscou para o loiro, que imediatamente ficou mais vermelho que Hinata.

    "O-o-obrigado, hmm..."

    Uma senhorinha foi brincalhona. "Eu só compro se eu puder levar também o seu bebê, ele é lindo!" Deidara sorriu e olhou para Tobi, que estava agarrado à sua perna, rindo, todo tímido.

    Os negócios foram bem; em pouco tempo, todas as quatro peças de arte foram vendidas; Deidara não deixou de se lembrar de Kakuzu ao atribuir um bom preço a elas.

    Depois de trocar a fralda de Tobi e de dar-lhe a mamadeira, Deidara levou-o pela mão para passear entre os estandes de pintores, desenhistas e escultores. O agradável passeio o fez pensar que a arte também poderia ser eterna, como Sasori sempre diz. E ele gostou da apreciação por suas estátuas, afinal.

    "Olhe, Tobi, arte para todos os lados. Este é meu lugar, hmm!" Mas Tobi estava mais interessado no cheiro gostoso de comida que vinha de algumas barracas espalhadas por lá.

    Enquanto isso, no quartel-general da Akatsuki, Kakuzu conversava com um emburrado e reclamão albino.

    "Hidan, quer parar de encher o saco?"

    "Você não quer que Pestinha-chan se divirta, seu p**a mão-de-vaca..."

    "Quem disse que não quero? Eu..."

    "Pão-duro do c*****o..."

    "Que é isso, Hidan? Não é verdade, eu..."

    "Unha-de-fome filho duma..." O Jashinista foi calado pela mão de Kakuzu, que foi projetada de seu braço sem que ele se levantasse da cadeira.

    "Dá pra calar um pouco a boca e me deixar falar? Eu dei um dinheiro pro Deidara gastar com o moleque...", suspirou Kakuzu, pela lembrança do dinheiro.

    Assim que removeu a mão da boca de Hidan, este ficou com o rosto iluminado e sorridente.

    "Sério? Kakuzu-chaaaan..." E deu um soquinho de brincadeira no queixo do seu parceiro. "No fundo eu sei que nem sempre você é um filho da p**a..."

    Kakuzu parecia estar sorrindo um pouquinho por debaixo da máscara, mas tudo que Hidan pôde enxergar foi o rosto vermelho.

    "Se você pudesse ver sua cara agora, hi-hi-hi..." Provocou Hidan, rindo e apertando o passo.

    "Cale a boca, Hidan!" Kakuzu rugiu e levantou-se, correndo atrás do albino.

    Na feira, Deidara estava sentado num banquinho, comendo uns bolinhos de carne recheados com ovo cozido (bakudan, seu prato favorito) e Tobi estava ao seu lado, atacando uma bandejinha de takoyaki.

    "Não se esqueça de agradecer a Kakuzu pelo dinheiro da comida, Tobi, hmm."

    "AIATOU, GAGUDUU!" Tobi gritou, olhando para cima, com a boca cheia. Deidara riu da fofice.

    "Deixe para agradecer quando estivermos de volta, baka..."

    Enquanto isso... "AAATCHIM!" Kakuzu teve que parar a perseguição para espirrar.

    "Jashin te crie!", gritou Hidan, ainda rindo, de longe.

    "Eu te pego, seu..."

    Assim que Deidara terminou de comer, foi jogar o lixo num cesto, mas antes avisou o bebê: "Fique sentadinho aí, eu já volto, Tobi. Hmm."

    Tobi obedeceu, até a hora em que viu passar, na sua frente, um lindo balão laranja com um desenho parecido com o da máscara que ele usava quando adulto. Desceu do banquinho devagar e foi caminhando, atrás do objeto. Não via mais nada pela frente, tudo que ele queria era o balão.

    O loiro, já de volta, surtou ao ver que Tobi não estava no banquinho. "Tobi? TOBIII!" Saiu pela feira perguntando a todos se viram um bebê gordinho de cabelos pretos e macacão verde-escuro com sandálias pretas. E a resposta era sempre "não". Deidara estava desolado. "Tobi... Onde você está? Hmm..."

    "MMBUÁÁÁÁÁÁ... NAAAAH!" Tobi chorava, desesperado; estava com Orochimaru, que usava um disfarce que certamente não cobria seu rosto pálido e seus olhos amarelos.

    "Nunca foi tão fácil atrair um bobinho como você, Tobizinho..." O malvado segurava Tobi em um braço e, em outro, estava amarrado o balão laranja. "Um jovenzinho forte é tudo de que preciso para realizar o Fushi Tensei. Um perfeito hospedeiro... Pena que seja tão barulhento." Orochimaru já estava ficando irritado com a choradeira de Tobi. "Agora cale a boca, ou vou ter que lhe dar uns tapas, não pense que não sou capaz disso!"

    Tobi parou de chorar, mas só para morder-lhe o braço com todos os seus dentinhos. Orochimaru viu estrelas de dia, pode-se dizer.

    "AAAAAAAAAAAAAAAAAARGHHHHHHHH ! SEU ANIMAL, SOLTE MEU BRAÇO!" E arrancou Tobi de seu braço. Segurando o bebê pela gola do macacão, Orochimaru fechou o punho, pronto para bater em Tobi, até que levou bolsadas pesadas de uma vovó, que começou a fazer escândalo.

    "Seu imbecil, péssimo pai, batendo em bebês!", dizia a velhinha, entre uma bolsada e outra.

    "Isso mesmo, Chiyo-baasama, mostre para ele!", gritou um menininho. "Foi ele que pegou meu balão laranja!" Disse, olhando para o pai e apontando para Orochimaru.

    Depois das primeiras bolsadas, Tobi conseguiu se ver livre das garras do vilão, que já não se sentia tão poderoso no meio da multidão enfurecida.

    "Aah, roubando de criancinhas, hein?" Chiyo fez a cara mais brava do mundo depois da de Kakuzu.

    "Você não consegue me assustar, sua velha caduca!" Orochimaru provocou. A vovó fez os selos com as mãos e gritou:

    "Soushuujin!" Imediatamente uma barreira de kunai guiada por fios de chacra começou a atacar o vilão, que saiu correndo como o grande covarde que sempre foi. Todos aplaudiram Chiyo.

    "Eu não vou desistir... AI! ISSO DÓI! KABUTO, ONDE VOCÊ ESTÁ, QUE NUNCA APARECE PARA AJUDAR?"

    A resposta era fácil. Estava comendo um peixe grelhado em uma barraca meio distante da bagunça.

    Tobi seguiu caminhando vagarosamente e olhando para os lados, até bater contra a perna de alguém e cair de bumbum no chão. Ia começar a chorar, quando foi pego com todo o cuidado e ganhou um abraço.

    "Oh, bebê, desculpe... Também não vi você.", disse o rapaz de sorriso amigável que segurava Tobi e o acalmava com tapinhas leves nas costas. "Ei, qual é o seu nome?"

    "Eeeh..." Tobi se lembrou de já lhe tinham feito a mesma pergunta uma vez. Ficou corado, não sabia o que dizer. Lembrou que os "titios" lhe davam muitos apelidos.

    "O meu é Iruka Umino. Iru... ka.", disse o paciente shinobi, esperando que o bebê se sentisse mais seguro. E Tobi sorriu, confiante, pondo a mãozinha cuidadosamente sobre a curiosa cicatriz no nariz do rapaz.

    "Yuka!" Iruka riu da tentativa de Tobi de pronunciar seu nome e perguntou:

    "Onde estão papai e mamãe?" O bebê sacudiu a cabeça.

    "Nah... Ten-pai! Agaga..." Iruka o colocou sentado sobre seus ombros, passeando pela feira.

    "Ten-pai... Aah, senpai? Você está com o seu senpai? Não é muito novinho para ser um kouhai, bebê?" Tobi deu uma risada enquanto brincava com o rabo-de-cavalo de Iruka.

    "Muito bem, vamos então procurar seu senpai, que deve estar preocupado..."

    Preocupado era pouco; Deidara, já cansado de tanto procurar por Tobi, sentou-se de novo no mesmo banquinho, na esperança de que alguém pudesse vir com uma boa notícia. Estava a ponto de explodir; como ele iria explicar tudo para Konan e Pein? Ficou imóvel, olhando para o chão, até que ouviu uma vozinha familiar.

    "TEN-PAAAAAAI!" Seu rosto se iluminou; era Tobi, acenando para ele, sobre os ombros de um simpático shinobi. Iruka o pôs no chão, para que Tobi pudesse caminhar para seu querido senpai. Deidara o abraçou, sorrindo.

    "Tobi... Você me deixou tão preocupado, hmm..." E deu-lhe um beijo na bochecha, antes de lhe dar um sermão. "O que foi que eu lhe falei sobre ficar quietinho no lugar, hmm? Seu pequeno encrenqueiro..." Iruka não pôde resistir à cara de choro que Tobi fazia durante o sermão e se aproximou.

    "Você sabe como são os bebês, a gente não pode esperar que eles nos obedeçam sempre, né?"

    Deidara sorriu, com o bebê no colo. "Acho que não, hmm." E agradeceu ao shinobi. "Muito obrigado por tê-lo encontrado! Eu só pude pensar no pior, hmm..."

    "Ah, eu entendo, eu fico vinte e quatro horas por dia preocupado com meus alunos, cada dia é uma novidade.", disse Iruka, fazendo um carinho em Tobi. Estavam conversando, até que um grito estridente ecoou.

    "AWWWWWW, QUE BEBÊ MAIS KAWAII!"

    Duas garotas se aproximaram deles: a mais falante era loira de olhos azuis, e usava um penteado que lembrava um pouco aquele que Deidara costuma usar. A outra tinha cabelos cor-de-rosa e olhos verdes meio pensativos. Sorria amavelmente para todos.

    "Iruka-sensei, não encontramos as caixas para montar o teatro de marionetes para as crianças." A loira choramingou.

    "Ino porcona, por que não nos apresentamos primeiro?", disse a garota de cabelos cor-de-rosa, olhando para Deidara, que corou ao deparar com seus belos olhos. A kunoichi parecia também estar meio perdida no céu azul de seus olhos.

    "Não precisa me falar isso, Sakura testona!" E se virou para Deidara e Tobi, sorrindo cordialmente. "Olá! Eu sou Ino Yamanaka, e esta é minha amiga Sakura Haruno! Adorei seu cabelo, eu quero o segredo!" Ino piscou, brincalhona.

    Deidara sorriu; fez uma imagem mental de si próprio com uma irmã, e queria que ela fosse como Ino; ela era como ele, tagarela e agitada. "Prazer em conhecê-las, Ino-san e Sakura-san, hmm..." E se dirigiu para Iruka, meio envergonhado. "Ah, desculpe-me, conversamos e acabei esquecendo de perguntar seu nome... Hmm..."

    "Yuka!" Tobi se adiantou, apontando para o jovem sensei, que não parava de rir.

    "Iruka Umino, prazer em conhecê-los."

    Sakura chegou mais perto. "E você?" E deu uma risadinha envergonhada. "A gente tem que saber quem é o dono desse sorriso..." A garota corou. "Quero dizer, quem são vocês dois..."

    "Ah, eu sou D... Daisuke, hmm!" Deidara não sabia onde pôr a cara. "E este é meu irmãozinho, Tomi... Mas ele me chama de senpai porque, bom, sou responsável por ele, hmm..."

    "Vocês esperem aqui um minuto, vou buscar algo para comermos." Iruka saiu em direção às barracas de comida, deixando Deidara, Tobi e as meninas conversando animadamente. Ino segurava Tobi e trocava figurinhas com Deidara sobre cosmética e flores, e Sakura se juntava ao bate-papo alegremente, enquanto, de vez em quando, seus olhos encontravam os do jovem artista.

    O dia transcorria de modo perfeito, como se podia ver nas expressões de todos.


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