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Era um dia frio típico londrino. Ou para alguns O Dia, enterro da Dama de Copas. Tão inocente, ou nem tanto, mesmo assim não merecia o destino que teve.
Chega a grande hora quando, chuva e frio predominavam, todos de preto e alguns choravam, mas, tão falsamente que se a Dama pudesse levantar-se daquele caixão ela teria o feito e mandando todos se calaram.
Mas o que não sabiam era que estavam enterrando um caixão vazio... Onde estava minha menina? Alguém a viu? Minha menina... O caixão descia rosas vermelhas eram jogadas e seu querido amigo, o rei de copas, parecia saber algo, pois não demonstrara emoções durante todo aquele ?evento?.
Logo todos se foram e ficou a lápide escrita ?Dama de Copas ? A mais bela flor vermelha? oh se ela visse tamanha asneira, sentiria seu estomago embrulhar e ânsia de vômito por tantas besteiras.
10 anos após, tais acontecimentos a pacata vila de Londres fora novamente agitada com a chegada de certa dama. ?Que bela!? exclamava um homem tirando a cartola para uma moça que passava naquela rua molhada. Ela tinha cabelos brancos acinzentados e seus olhos, oh seus olhos, negros e opacos, corpo magro e cintura definida pelo corpete, parecia deslizar ao caminhar pelas aquelas vielas.
Rei de copas recebe a moça e todos lhe olham curioso afinal, rei de copas era conhecido por sempre estar com belas donzelas para seu ?divertimento?, era o que ele dizia.
Mas, era curioso, seus olhos lembravam outros olhos, os olhos daquela que um dia morreu por um amor venenoso... Seus olhos marcados pelo sofrimento e cicatrizes de dores eternas... Minha doce menina, só queria ser amada e amar.
?Acham que notaram alguma semelhança rei?? Perguntara a moça de cabelos cinza. ?Não minha dama, estás inconfundível? ele respondera com sua voz rouca e já embargada pelo vinho que dividira com ela. ?Assim espero? ela sorriu, aquele mesmo sorriso, daquela mesma noite.
No fim do dia aquela pequena vila já sabia sobre aquela misteriosa moça que apareça no começo do dia a Dama Cinza de Copas. Logo todos se lembraram da Dama de Copas.
?Ainda sem remorsos minha dama?? estavam sentados vendo o Sol se por, estava lindo, ela sorriu e olhou para o horizonte ?Sim, deveria está com remorso meu rei?? disse num tom desafiador. O que fizeram com a minha menina?! Seu ódio a transformou... A corrompeu!A enlouqueceu! ?Não sei minha dama, não sei...?. Amigos de longa data, tanto ela quanto ela sabia da dor um do outro, afinal, rei também tinha sua história de armagura.
Ao anoitecer aconteceu um grande baile de mascarás na casa do grande Rei de Copas. Todos estavam lá, vários coringas que adoravam ter as mais belas da festa ao seu redor. Rei de ouro que estava com sua dama de ouro dançando pelo salão, parecia flutuar!Onde estava minha garotinha?Ah ela mudou agora é só a Dama cinza... Onde estará a Dama cinza? Ela descera as escadas majestosamente e longo um dos Coringas, o mais ambicioso, fora oferecer o braço aquela dama no fim da escada, ela o ignorou e virou de costas. Coringa sentiu a raiva subiu quando a Dama Cinza fora em direção ao rei de copas, coringa já tinha um ódio guardado envolvendo o rei, agora... Apenas piorou! Dama e Rei começaram a dançar alegremente, seu vestido chegava a levantar pelos rodopios e dispersão, era o mais lindo casal naquela festa.
?Aquela moça... Lembra-me alguém.? ?Que lindo eles dois!? ?Fazem um casal perfeito! Quanta harmonia? Vários murmurinhos se formavam a respeito daquele casal, que no fundo, eram apenas amigos.