O Mediador Apaixonado

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    Capítulo 18

    Quase fui pro inferno

    Álcool, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Entro em casa, estava exausto. Sento no sofá da casa, Lembro que minha mãe não estava, começo a lembrar dos beijos de Seleny, da noite que passamos juntos. Sinto um nojo ao lembrar que ela era apenas um corpo sendo usado por uma alma, que eu tinha que mandar pro inferno junto com Raphael. Confesso que lágrimas brotaram do meu rosto porque eu estava me apaixonando por um cadáver.

    A cada lembrança, uma lágrima, uma vontade imensa de morrer! Eu estava ficando irado. Lembro de Anabella. Subo para o quarto, eu tinha que contar tudo á ela, tinha que impedir que coisas piores que um roubo de cadáver acontecer.

    Chego no meu quarto, não sinto o cheiro dela, mas eu tinha que chamar ela, precisava falar com ela. Imediatamente!

    -ANA! ANA!- Eu gritava pelo nome dela, como se quisesse se despedir! Eu estava desesperado!

    Ela não aparece, Raphael deve ter feito algo com ela, não podia ser, além de ter ficado com fama de otário para aqueles dois fantasmas idiotas, vou perder minha melhor amiga fantasma. Anabella.

    Eu esperei ela por um bom tempo, passou 2, 3, 4, 5 horas e ela não apareceu. De tanto esperar acabei dormindo. Dormi, Sonhei, o mesmo sonho de sempre: 'Uma garota chorava e dizia para eu não chegar perto, e várias pessoas me enfrentavam no jardim' .O que será que aquilo poderia significar? Já estava ficando puto com isso!

    De repente, sinto algo me incomodando, como se eu estivesse me afogando. Falta de ar. Na realidade eu estava sendo sufocado. Asfixiado, Pelo meu travesseiro. Acordei, e vi que alguém estava tentando me matar. Apesar de não ter fôlego, tive força para reagir. Levantei, era ele, Raphael tentando me matar. Eu estava confuso e irado com ele, Parti pra cima do merda e fomos ao chão, acertei ele com um soco na cara, ele era um fantasma nao sentiria dor nenhuma, mas eu estava tentando me defender, estava demonstrando a raiva que sentia dele, e da putinha dele também! Ela não conseguia me atingir. O cheiro dela invade o quarto.

    -Parem com isso! -Diz Anabella, não me surpreendendo. E fazendo o desgraçado sumir num piscar de olho

    -Apareceu tarde, né Dona Ana? -Digo eu ofegante, meio decepcionado. Eu tinha acabado de sair de uma briga!

    -Tarde?

    -Sim, eu chamei você hoje cedo.

    -Chamou? Ah sim eu estava ocupada. Resolvendo os problemas do Raphael.

    -Vem cá, você fala com esse desgraçado?

    -Sim, porque?

    -Eu não sei mais se devo confiar em você!

    -Por que Lincon? Somos amigos!

    -Você fala com ele, então deve saber o que ele aprontou comigo!

    -O que ele fez?

    -Ah não se faça de desentendida... Ele e você são farinha do mesmo saco!

    -Ele foi meu noivo antes de morrermos, sabia?

    -Sim, você já me contou!

    -Lincon.. -Ela começa a chorar- Por que me ofende sem eu ter feito nada pra você?

    -Eu não sei mais em quem eu devo confiar! -Olho para o rosto tristonho dela. -Desculpe , por ter te magoado.

    -Você deveria pensar no que falar!

    Nesse momento Pe Antony liga para meu celular.

    -Lincon, ela está aí?

    -Sim padre, Está aqui do meu lado!

    -Olha eu não acho uma idéia agradável um fantasma mulher morar no seu quarto!

    -É melhor ela ficar lá pela escola por um tempo!

    -Vou falar com ela. Ah Raphael esteve aqui em casa, tentou me matar!

    -E você diz isso com a maior naturalidade? Me conte em detalhes amanhã na escola!

    -Sim Padre, amanhã estarei na sua sala, cedo!

    Desligo o celular. Volto a olhar para Anabella , ela tinha parado de chorar. Ela sorri.

    -Lincon?

    -Sim, Ana!

    -Eu gosto muito de você!

    Gostava? Como assim?

    -Também gosto muito de você Ana!- Digo com aquela incerteza.

    -Você não vai me contar o que Raphael Aprontou?

    -Deixa pra outra hora. Tenho que ir dormir. Amanhã cedo tenho colégio.

    -Na minha época, só os homens frequentavam colégios! -Depois que ela me diz isso, meu sono desaparece.

    -Ana, me conte sobre você...

    -O que você quer saber?

    -Tudo!

    Ela me olha nos olhos.

    -Dorme, você tem colégio cedo.- Ela desaparece

    Me deito meio desconfiado, mas eu sabia que Ana ficaria me protegendo a noite toda!


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