O Mediador Apaixonado

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 15

    O Cheiro dela

    Álcool, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    O domingo não foi o dia mais chato do mundo pra mim. Minha mãe tinha ficado tão chateado comigo, que foi dormir com raiva. Passou o dia praticamente dormindo. Eu aproveitei a situação e fui para o meu quarto novamente. Ana estava sentada na minha cama. Olhei ela com admiração, "Que fantasma gata", pensei. Ela me olha:

    -Lincon, como será que eu morri? -Aquela pergunta me passa com um nó na garganta, pois eu sabia de tudo.

    -Eu.. eu já.. já.. di..disse! Você só pode.. deria estar em coma! -Gaguejo.

    -Eu era linda. Sabe esse vestido roxo que estou usando? Minha mãe fez pra mim um pouco antes de morrer e queria que eu usasse um dia antes do meu maior sonho se realizar! Me casar!-Ela diz sorrindo. Ela tinha um sorriso tão lindo. Então ela me olha, me encara por um tempo e pergunta:

    -Qual é o seu maior sonho Lincon?

    -Sonho?

    -É, você sonha em se casar com uma bela donzela um dia?

    -Ana, casamento não faz parte dos meus planos!- Minha resposta entristece ela.

    -Mas é o sonho de qualquer um Lincon!

    -Nem todo mundo hoje em dia deseja casar Ana!

    -Se eu fosse sua noiva, você se casaria comigo? -Silêncio. A pergunta dela me pegou de surpresa.

    -Depende!

    -Depende do quê Lincon?

    -Se eu te amasse...

    -Você ama aquela garota que passou a noite com você?

    -Conheci ela um dia desses, gosto dela... Mas amar, acho que não! E você amava seu noivo? -Pergunto, mas sabia a resposta.

    -Não. Ele era grosso. Disse que nunca se casaria comigo pois ele amava outra. -Os olhos de Ana se encheram de lágrimas. Ela prossegui. -Mas éramos prometidos um ao outro, tínhamos que casar. Será que foi isso? Será que não cheguei a casar com ele por que ele fugiu com a outra?

    -Só pode ter sido isso, Ana! -Eu odiava mentir.

    -Mas o que será que levou a minha morte?

    -Não será a depressão por ter sido abandonada?

    -Não sei...

    O cheiro de Ana era tão bom. Ela começa a chorar, soluçava intensamente. Eu como não sabia consolar meninas, tentei ser gentil e fui abraçá- la.

    Ela aceita minha tentativa de consolo e me abraça mais forte. Ela odiava o fato de estar morta.Ela era tão gelada. Tão cheirosa.

    Como iria ajudar essa pobre alma aflita? Como iria ajudar aquele babaca do Raphael? Ele nunca mais havia me procurado. Ela encostou sua cabeça em meu ombro e olhou para meus olhos. Nossos lábios estavam perto demais. Ela apenas disse:

    -Obrigada por me compreender.

    Me distraio com o meu celular tocando. E num passe de mágica ela some.

    No telefone era Seleny.

    -Oi gata! -Digo

    -Oi gostoso, boa tarde!

    -Boa tarde minha taradinha.

    -O que você tá fazendo?

    -Nada, vou assistir um filme que vai passar na TV!

    -Só liguei pra saber como você estava. Adorei nossa noite bebê!

    -Eu também minha selvagem. Repetiremos sempre que puder!

    -Eu aguardarei.. Beijo! Tchau!

    -Tchau anjo!

    Desligo o celular e começo a lembrar daqueles seios, daquela bunda e daquela vagina maravilhosa que Seleny tinha. Era perfeita, um pouco atirada, mas era linda. Ela tirou minha virgindade, tanto da boca, quanto de sexo. Aquela safada.

    Queria que segunda chegasse logo, tinha muitas missões pela frente, inclusive em relação á sexo.

    Já que não tinha filme algum passando na Tv, pois eu pensava que iria passar, fui pegar meu notbook. Estava afastado de internet por um tempo. Olhei tudo quanto foi conta de redes sociais, facebook, orkut, Msn, quepasa, Onlyanimes e etc. Não tinha mais nada á fazer. Fui no meu querido google pesquisar sobre o histórico da minha casa. E adivinhem o que eu encontrei? Fotos de Anabella, dos pais dela, mordomo e o antigo modelo da casa.Não consegui muita informação, mas já deu pra saber a idade dela. 16 anos. Linda, e foi morta covardemente envenenada, Acabei adormecendo. Não tinha visto minha mãe durante o dia todo. Só fui vê- la na manhã seguinte, na hora do café. Ela estava tão decepcionada que não falou comigo.

    -Mãe, tô indo pro colégio. Beijo!- Na hora que eu fui beijá- la, ela vira o rosto. Aquilo me deixou tão pra baixo. Mas fui pra escola assim mesmo!


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