Soul Trigger

Tempo estimado de leitura: 31 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Minha vida, um Pesadelo

    Mutilação, Violência

    Em toda minha vida eu sempre sofri, desde que eu nasci, recebendo o peso da rígida família Kuchigawa...

    Meu nome, Rose Isurugi Kuchigawa , nasci no dia 1° de Novembro, e foi nesse dia que começou meu pesadelo.

    Meu pai, Hikari Kuchigawa, é o fundador e chefe da K design, uma grande desenvolvedora de jogos e softwares, ele mal fica em casa, e quando está sempre fica resolvendo coisas da empresa pelo computador. Minha mãe, Carol Isurugi Kuchigawa, filha de um soldado americano com uma gueixa japonesa, e agora é uma atriz famosa no Japão. Por ter sido criada de uma maneira muito severa ela não aceita muita coisa que as pessoas fazem, e nunca aceitou que eu fizesse, foi difícil ela me deixar sair de casa pra estudar, muito menos pra outras coisas. Esses são meus pais.

    Aos meus sete anos, eu comecei a estudar com um professor particular que minha mãe contratou. Fiquei aprendendo com ele até meus treze anos, quando convenci minha mãe de me deixar estudar numa escola normal. Desde então eu tenho estudado em escolas normais, mas sempre discutia com meus pais que nunca me deixaram sair pra nada além da escola, e sempre acabava apanhando dela por causa disso. Mesmo estando fora de casa, eu nunca deixei de me sentir prisioneira, pois sempre quando dava o horário da saída, havia sempre algum guarda costa me esperando pra me levar para casa, nem que seja a força, por ordens da minha mãe. Aos 16 entrei no Colégio Mizukami onde estudo até hoje. Dois anos depois após minha entrada lá, consegui escapar dos meus seguranças uma vez após o horário de atividade dos clubes....

    Entro em um pequeno beco para me despistar dos seguranças, vejo que esse beco leva a um lugar diferente da rua onde estava e decidi ir pra lá. É um restaurante bem bonito, ?Harmony?, decidi ficar um tempo lá pra me acalmar antes de voltar pra casa. Entro e me sento numa mesa perto da janela para apreciar a paisagem calma que aquele lugar tinha e ver o por do sol entre os prédios. Um dos garçons me pergunta se eu quero alguma coisa, mas não estava com muita vontade de fazer nada naquela hora, além de poder sumir do mundo de uma vez, mas mesmo estando com essa vontade, aquele rapaz me interessou por algum motivo. Depois de algum tempo ali decido voltar pra casa antes que fique mais escuro.

    Alguns dias depois, no colégio, era hora do almoço, estou com pressa pois a presidente do clube de literatura tinha me pedido pra pegar uns papeis pra ela na sala da diretora, mas acabo esbarrando em um menino mas ele não me parecia estranho, eu já havia visto ele em algum lugar. Depois de fazer o que a presidente pediu, fiquei pensando de onde eu já vi ele, mas não importa o quanto eu pensasse eu não conseguia lembrar.

    No dia seguinte, eu estava meio distraída comendo meu almoço no terraço, sozinha como faço quando quero pensar na vida, mas de repente entra o mesmo menino em que esbarrei no dia anterior, ele se desculpa por ter me feito tropeçar e me pergunta se ele pode comer junto comigo, de momento eu nem me importo, mas depois de olhar um pouco pra ele me lembro de onde eu tinha visto ele, do restaurante que eu estava a um tempo atrás. Eu fico com vontade de conversar com ele, mas quando eu vou dizer alguma coisa ele se levanta e vai em direção ao beiral, e olha lá para baixo. Curiosa pra saber o que ele estava olhando, fui ver também. Quando vejo meus dois seguranças fazendo confusão no portão da escola me procurando, isso pra mim é pior que um banho de agua fria antes de acordar, sem muita opção do que fazer, vou até eles, que rudemente me colocam dentro do carro.

    Nesse dia eu acabei brigando com meus pais quando cheguei em casa por causa da falta de liberdade, eu não posso conversar com minhas colegas de clube ou de sala no horário da saída, não posso encontrar minhas amigas nos finais de semana para me divertir, não posso nem pensar em me relacionar com algum menino que eles não considerem digno. Mas brigar com eles não me adiantou nada, minha mãe me bateu de novo e desconfiada da minha demora eles me proibiu de ir pra escola o resto daquela semana, ainda bem que era quarta e não perdi tantos dias assim.

    Me surpreendi quando Jin perguntou se eu estava bem e por que eu tinha faltado, geralmente ninguém liga pra isso, apesar de realmente parecer estranho. Acho que foi dai em diante que eu comecei a perceber que minha vida estava começando a melhorar. Nesse dia, discuti com meus pais de novo, mas dessa vez eu tomei a decisão de ir morar sozinha, já que já era de maior, falei para eles que não precisavam mais me sustentar ou se preocupar comigo porque eu já podia viver a minha vida sozinha. Minha mãe queria negar de inicio, mas depois de um tempo conversando a sós com meu pai eles deixaram. Pelo menos agora posso começar a fazer as minhas próprias escolhas.

    Demorou um tempo, mas eu consegui um emprego, e alugar um apartamento perto da escola. Agora, eu estava trabalhando num escritório do pai de uma das minhas amigas, não ganhava muito, mas era o suficiente para pagar o aluguel, que não era muito caro, fazer as compras, e pagar a escola. Estava tudo indo bem, fiquei amiga do Jin, até comecei a gostar dele. Ele é foi muito corajoso indo salvar o chefe quando o Harmony pegou fogo. Muitas pessoas também ficaram impressionados também com esse feito. Mas, no dia em que Emily, uma das melhores amigas dele do serviço, foi assassinada na própria casa, Jin ficou arrasado, não queria sair do seu apartamento, ele só abria a porta para as investigações da policia, então foi quando eu decidi tentar anima-lo. Fui visita-lo, e percebi que ele não tinha se alimentado nem dormido bem desde que aquilo aconteceu. Tento fazer ele comer alguns pedaços de maça, mas ele se nega a comer qualquer coisa, e aos choros pede que a amiga volte. Entendo a situação em que ele se encontra, nesses momentos ele só está precisando de alguém pra cuidar dele, ele precisa de alguém para fazer esse sofrimento diminuir, então abraço ele e digo que ele pode contar comigo pra qualquer coisa que ele quiser, e depois dou um beijo nele. Depois de ficarmos conversando um pouco para fazer ele relaxar, e ele acaba dormindo no meu colo no sofá, chamo um dos seguranças do lado de fora pra me ajudar a colocar ele na cama sem acorda-lo, e logo depois disso durmo ao lado dele.

    Apesar de uma tragédia ter acontecido, ele acordou no outro dia bem mais disposto. Nos dois estávamos mais animados, afinal, estou indo pra escola com meu primeiro namorado, e ele nem parecia ter acabado de perder alguém precioso. Aquele dia estava começando muito bem, mas foi no caminho da escola que outra desgraça acontece na minha vida, um desconhecido encapuzado tenta me matar, mas Jin entra na frente e acaba morrendo......... Foi nesse dia que outro pesadelo da minha vida começa, mas estou decidida a virar esse pesadelo a meu favor, começando a encontrar que matou meu amado Jin.....


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