Nada podia dar errado

Entro em casa. Eu estava sozinho. Pelo o que eu conheço minha mãe, ela ia passar a morar no trabalho.

Pedi um sanduíche e comi. Subi para meu quarto. O perfume dela estava Forte.

-Ana?

-Eu to aqui Lincon!

-Seu perfume é tão bom!

-Era o mesmo perfume da minha mãe. Vi a garota com quem vai sair!

-Ana, você anda me seguindo?

-Só ando te protegendo. Pois com meu noivo por perto ele pode fazer qualquer coisa com você. Ele sabe que você está morando aqui, no meu quarto!

-Então, se anda me seguindo, já deve saber de tudo, já deve saber o tipo de cara com quem quase se casa.

-O que disse Lincon? Saber do que?

-Ué, da merda que ele fez com você!

-O que ele fez comigo? - Ela pergunta. "Droga, ela não sabia", pensei!

- Nada, ele não te abandonou no altar?- Invento uma mentirinha.

- Não, nem chegamos a casar. E eu nunca entendi o porque.

-Devo ter entendido mal então.

-Ela é bonita.

- Quem?

- A moça com quem vai sair. Mas ela é um pouco estranha, tem mechas vermelhas... É engraçado!

-É, ela é linda mesmo! Ah, e aquilo Ana, é moda!

- Moda... Ridícula! E eu, não sou bonita?- Ela pergunta, acho que ela se sentiu pra baixo. Ana era linda demais, mais linda que Glay e Seleny juntas, mas Ana era um fantasma!

- Você é linda!- Respondo sem olhar para o rosto dela.

-Verdade?

-Sim, agora você pode me dar licença? Eu quero tomar um banho! Ou quer que eu fique pelado na sua frente!?

-Credo! Eu já vou te deixar em paz. Até logo.- Ela diz meio vermelha.

Ana passa o dia todo longe. E eu não parava de pensar no sábado.

"Seleny, Seleny, Seleny", era tudo o que vinha na minha cabeça.

E passaram os dias, Glay já era minha melhor amiga. Me dava dicas e conselhos para o meu primeiro encontro.

O sábado Chega, nada podia dar errado. Uma camisa de marca, uma calça jeans, um tênis caro. Queria impressionar.

Marcamos um Cinema.

Quando cheguei ao local marcado ela já estava lá.

-Você demorou! Não gosto quando os homens me fazem esperar.

-Desculpe Seleny. Isso não vai se repetir.

Ela trajava um vestido colado no corpo, onde definia suas formas. Era preto. Um salto fino feito agulha.

Fomos para o cinema. o filme estava chato. Mas mesmo assim fiquei prestando atenção. Percebi que para Seleny o filme estava um saco!

-Lincon, eu vou lá fora pegar um ar.

-Sim, pode ir...- Eu queria ir atrás dela, o que ela realmente queria era isso.

-Pensei que você não iria vir! -Dizia ela passando a língua sobre os lábios.

-É, acho que adivinhei o que você queria! -Disse meio sem graça, mas eu sorri.

-Sabe o que eu disse para os meus pais?

-Não!

-Que eu iria passar a noite na casa de uma amiga.

-Eles não perceberam quando você saiu toda arrumada?

-Eu disse que a gente iria numa festa primeiro.

-E eles te deixam ir pra festa?

-Meus pais são liberais. Que tal a gente ir pra sua casa fazer um coisa bem legal?- Ela disse, cheia de malícia.

-Tipo o quê?

-Ah, não sei. Você decide!- Ela provocava

Pegamos um táxi e fomos para minha casa, eu estava torcendo para Anabella não estragar tudo!