Not With These Eyes With Mouth Devour me

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    Capítulo 9

    Capitulo 9: Dia de...Destruições...

    Estupro, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Spoiler, Violência

    ? Se você morre no caminho, não é problema meu, você deveria ter lutado para viver...?

    A manha estava clara, os empregados já estavam de pé, com seus afazeres, e os governantes daquele reino acabavam de se levantar.

    No jardim da mansão, uma mulher morena, alta, olhava para o céu sorrindo. A brisa que passava ali era suave, mas presente, fazendo seu vestido balançar.

    Sentiu ser agarrada pela perna por uma pessoa, logo uma outra pegando em sua mão. Sorriu, olhando para baixo e constatando que eram os filhos da rainha.

    ? O que está fazendo, Matilde?

    ? Apenas observando a manha... E vocês?

    ? Agente estava procurando você... ? disse o mais velho, Roberto, que segurava sua mão.

    ? Eu quero brincar!! ? exclamou Marco, de 12 anos.

    Uma moçinha se aproximou de Roberto, pegando-o pela mão e afastando-o dos dois, correndo com ele pelo jardim. Matilde se sentou, apenas observando os garotos. Roberto foi chamado pela garota, e logo os três brincavam de alguma coisa ali.

    Ouviu passos vindos atrás de si, era a rainha, com um de seus filhos. Este correu até os irmãos, mas não ates de desejar bom dia a empregada.

    Ambas seguiram para um banco que tina ali, e se sentaram, uma ao lado da outra.

    Elizebelle estava grávida de seis meses ? apesar da idade, era uma mulher fértil, como o seu marido queria ? e o país entrava em uma sangrenta guerra. Não queria que seu filho nascesse num ambiente assim, mas não podia fazer nada em relação a isso.

    Matilde não se importava realmente com aquilo, para ela era ?tanto faz como tanto fez?, seu único objetivo era ficar ali, até que chegasse a hora daquela mulher voltar e lhe falar seus verdadeiros planos.

    Se levantou, dizendo que tinha algumas coisas para fazer, e se despediu, dando tchau as crianças. Entrou na casa pela porta da cozinha, dando de cara com Balsmont, o cozinheiro.

    Ele tinha quarenta e um anos de idade, alto e de porte físico atlético. Sorriu ao ver Matilde se aproximando dele, abraçando-o pelas costas.

    ? Hey, bonitão, o que vai cozinhar hoje?

    ? Hun... Estou vendo algumas receitas... O que acha de Fois Gras¹?

    ?Hun... Seria bom... ? se sentou na cadeira, bebendo um copo de água.

    ? Você não deveria estar com os príncipes...?

    ? Estou meio indisposta...

    ? Não me diga que esta grávida também?! ? falou animado.

    ? Idiota, é claro que não...

    ? Então o que te aborrece? Você é linda, carismática e namora um cara muito bonito e talentoso.

    ? Na verdade, não estou aborrecida, estou entediada... É sempre tudo a mesma coisa...

    Balsmont se aproximou dela, colocando-a sentada na mesa de preparo, que por sinal, não havia nada. Ficou entre as pernas dela, encostando sua testa na dela, e encarando-a por longos segundos.

    Matilde levou sua mão até o pescoço do homem, sorrindo e lhe roubando um rápido beijo. Riram juntos; ela balançava os pés suspensos em volta do cozinheiro, mas parou quando sentiu ser beijada carinhosamente por ele. Entreabriu a boca e deixou que a língua dele invadisse sua boca. sem deixar é claro de chupar, e outrora morder, a língua que estava dentro de sua boca.

    Levou as mãos aos cabelos dele, puxando-os de leve, enquanto ele fez o corpo da empregada ficar ainda mais junto ao seu. Separaram-se, apenas um tempo, mas logo voltaram a se beijar, e ela abraçou-o pelo pescoço, tomando a iniciativa de deixar o beijo menos casto.

    Luca, o outro cozinheiro havia acabado de chegar, falsamente brigando com eles, que mais do que rápido se separam, envergonhados.

    Matilde pediu licença e saiu depressa da cozinha, passando direto por Luca. Foi para seu quarto e jogou-se na cama, abraçando o travesseiro e suspirando pesado.

    Conheceu Balsmont quando tinha trinta anos, aproximadamente. Ele tinha chegado como o filho de um parente distante da irmã de sua mãe. Matilde, que era sempre muito reservada, raramente saia de casa, ficando apenas reclusa naquele castelo. Marina achou que se o menino viesse morar consigo no castelo, quem sabe ele não poderia ser uma boa companhia a filha.

    Quando o conheceu, no começo, ele era apenas um rapaz quieto, de vinte e dois anos de idade, que só sabia fazer cozinhar. Mas um dia, quando estava no jardim, sozinha e de noite, ela desamarrou os longos fios castanhos que sob o vendo, dançavam. Ele se aproximou felino, sem ser notado e se colocou ao lado da mulher.

    Não podia negar que se sentia atraído por ele, ele era jovem e bonito. Alegre, simpático e convencido.

    ? Haha... ? riu sem perceber.

    ? Eu acho... ? ele começou, fazendo-a virar-se de súbito para ele ? Que estou apaixonado por você...

    Balsmont não disse isso olhando para o seu rosto, ele encarava o céu, com a face corada. E por longos segundos nenhum dos dois disse nada, ela encarava ele perplexa e ele encarava o céu por medo de olhar nos olhos dela.

    ? E-Eu... Eu... Eu não sei...

    ? Tudo bem... Eu espero até você se decidir... ? ele disse sério, dando-lhe um beijo na testa.

    E virou para sair, mas ela segurou sua mão de leve, o fazendo parar de andar para poder escutar o que ela tinha a dizer.

    ? Você não quer... Ficar aqui... Comigo... Um pouco...? ? e à medida que foi dizendo sua voz foi abaixando-se até ficar muda.

    Ela virou-se de costas, voltando a apreciar a lua cheia. Ele ficou ao seu lodo, sorrindo bobo, olhando para cima junto com ela. Nenhum dos dois dizia nada, apenas o barulho do vento.

    ? Você... É um grande egoísta...

    Ela confessou, inclinando-se nele, e fechando os olhos. O sorriso dele se abriu mais, e ele passou a mão pelo ombro dela, fazendo carinho em sua cabeça. Ele apenas disse ?É eu sou sim...? e colocou-a de frente para si, abraçando sua cintura. E ficaram ali até que Marina aparecesse, chamando os dois para entrarem em casa.

    Anos depois ocorreu o incidente no jardim, na mesma época em que Balsmont foi viajar para ver a família. O que eu Matilde agradeceu verdadeiramente, afinal, descobrira que amava ele.

    Passou-se um ano e meio e o bebe da rainha já havia nascido, ela ficava sempre na sala, com seus filhos mais velhos. Ela estava doente, e não conseguia se esforçar muito, seria capaz de desmaiar, e por essa razão, seu marido havia ido ao reino vizinho, procurar um medico para ela.

    Matilde estava no quarto de sua mãe, distraída, quando aquela mesma mulher antes apareceu para si. Ela não dissera nada com nada, apenas ? Não se esqueça de salvar as crianças...? e saiu. Nem adiantou perguntar o porquê, não saberia.

    Quando passou pelo corredor que dava entrada para a sala, viu um dos empregados, Henry Scollt, mexendo em um compartimento secreto que havia na parede. Ele falava alguma coisa, sobre a entrada de algum lugar, mas quando achou o que procurava parou de falar.

    Era um amontoado de chaves que, logicamente abriam portas, mas não portas comuns, devido ao formato que tinha.

    Ela escutou um estrondo, seguido de gritos e uma suposta cavalaria. O homem fugiu, e ela correu em direção à sala, onde encontrou a rainha e seus filhos.

    ? Tire! Tire-os daqui! Eu imploro, salve meus filhos...! ? ela pedia em prantos.

    Roberto estava com o bebê em uma das mãos e na outra estava o jovem Nathan, amedrontado e chorando.

    ? Onde estão os outros?

    ? Leve os três daqui, rápido!! Você é a única que pode salva-los agora!! Por favor...

    As palavras daquela mulher vieram em sua mente, e rapidamente ela se curvou, pegou o bebê no colo e na mão de Nathan e começou a correr, seguida de Robert.

    Passou direto pela cozinha, Balsmont não estava mais ali, então levou os garotos até uma passagem secreta. Deixou-os lá, e foi correndo procurar por seu amante.

    Contudo, ao virar no corredor, viu, ao longe, ele ser perfurado com a espada do militar e cair morto no chão.

    Ela deu um passo à frente, mas a voz daquela mulher fez-se presente.

    ? Salve as crianças, ele já não pode ser salvo... Ande!

    E sem poder ir contra a mulher, por mais que quisesse estar com seu amado ali, voltou para onde estava, fechando a passagem.

    Eles desceram as escadas e ficaram andando reto por um bom tempo, mas pararam ao ouvir um barulho. Nathan chorava, e tentava não faze-lo alto, caso contrario estariam perdidos.

    Eles começaram a correr, e foi a vez do bebê chorar, gritante. A sorte deles foi que já haviam saído do castelo. Depois de andarem um pouco, entraram no comercio da cidade. Foram até uma casa um pouco mais afastada e ficaram ali, enquanto Matilde ia à procura do Rei, ele deveria estar por ali, ou melhor, esperava que estivesse.

    Por acaso do destino, a carruagem do Rei estava estacionada frente uma funerária, mas ao entrar lá, constatou que o rei não estava ali, apenas um homem estranho de cabelos grisalhos longos.

    Quando saiu, deu de cara com ele entrando na carruagem, e ele se surpreendeu ao ver que ela estava na cidade, já´que o castelo ficava consideravelmente longe.

    ? Matilde, o que fazes aqui?

    ? Meu rei, céus! O castelo foi atacado, a rainha estava lá, e ela me mandou trazer seus filhos... Meu rei, estou tão tão preocupada, eu não sabia o que estava acontecendo! Eu só pude sair correndo c om os filhos dela!

    ? Elizebelle!! Oque? Espera...

    ? Eu... Eu acho... Que eles... Que eles... A mataram... ? começou a chorar falsa.

    Ela não se importava com mais ninguém agora, e estava com tanta raiva que chegou a desejar profundamente que ela estivesse morta.

    Matheu entrou na carruagem e pediu para que o cocheiro rumasse para o castelo o mais rápido possível. Quando já longe ela parou de chorar, tendo um sádico sorriso no rosto.

    ?Você...? riu o agente funerário ? Você é tão má... ? ele falava com um estranho sorriso no rosto.

    Ela ignorou o homem, virando-se e voltando para a casa, encontrando os três encolhidos. Saiu com eles, e pegou uma carruagem também, voltando para o castelo com as crianças.

    Quando chegaram lá, tudo estava destruído, tinham corpos por todos os lados. Passaram por eles, os garotos desviando, mas ela pisava em cada um deles, não se importando quem eram, já estavam mortos afinal. O rei estava caído no chão, abraçando o corpo morto de sua mulher.

    Nathan se aproximou, chamando o nome da mãe, mas esta não lhe respondia. Robert por sua vez, sabia exatamente o que estava acontecendo, Tirou Nathan de lá, arrastando-o para perto da empregada. O rei se levantou com o corpo da mulher nos braços e saiu dali.

    Eles seguiram junto com o pai para um outro local, Matilde passou em seu quarto, pegando o vestido preto de rendas da mãe e colocando-o dentro de uma mala, indo até a Carruagem que lhe esperava. O castelo foi reformado depois daquilo, e um novo estava sendo construído.

    Matheu entrou em depressão e se afundou nos assuntos do reino, e quase nunca via seus filhos. Muito raramente saia de casa, a não ser por alguma assembléia da qual devesse comparecer.

    Cinco anos depois, o rei falecera e quem tivera que assumir o trono foi Robert. Dois anos após, Nathan apareceu com dois hospedes na casa, informando que eles ficariam por tempo indeterminado.

    Quase que no mesmo momento, pode sentir a presença daquela mulher, e parece que não foi a única, já que percebera até que o garotinho que acompanhava o mordomo olhava de um lao por outro, procurando alguma coisa.

    Ela riu, pensando sobre se aquela mulher tinha planejado tudo, e talvez fosse bem verdade, ou apenas tivesse premeditando os passos deles. Matilde não sabia, mas tinha certeza que havia saído esse o porquê de ter sido entregue naquela casa.

    A noite, quando foi ao jardim, encontrou-a novamente. Ela estava parada, ao lado de uma arvore, apenas olhando para a empregada que se aproximava.

    ? Eu vou te mostrar tudo o que precisa saber...

    ? E o que eu tenho que fazer?

    ? Mantenha aqueles dois aqui o máximo de tempo que conseguir...

    A mulher levou a mão aos olhs da empregada e assim, tudo o que deveria saber e um pouco mais, diga-se de passagem, foram transferidos dela.

    ? Pode me dizer o seu nome, mamãe?


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