Meus passos eram lentos. Mas queria chegar logo a diretoria. Pe Antony estava carimbando alguns papéis.
-Posso entrar? - Disse , batendo a porta.
-Claro, algum problema?
-Sim. Quem é Raphael? -Gosto de ser direto.
- Lincon, esse assunto não é com você!
- Claro que é comigo Padre! Afinal, porque ele apertou meu pulso com tanta força?
-Ele é doido!
-Doido? Hahaha, eu preciso saber quem é ele!
-Lincon, desde quando essa escola foi fundada, ele vaga por aí. Se você for ajudar, te conto uma história.
- pois conte!
-Você irá ajudar?
- Como eu poderei ajudar Pe?
-Levando ele até a luz. Ele está no caminha das trevas.
-Essa história tá me deixando maluco!
- você vai ajudar?
- Irei ajudar sim, me conte a história!
-Amanhã, você irá sair cedo. Venha até minha sala, Vou te mostrar certas coisas. Você irá ficar mais confuso. Mas você não precisará ficar assustado. Agora vá em paz.- Disse ele me levando até a Porta.
- Até padre, já estou curioso!
- Eu sei, agora vá!
Saio e vou seguindo para o portão. Tenho a impressão de estar sendo seguido.
Chego em casa, não falo com minha mãe. Corro para o quarto, queria saber de tudo. Eu espera que Anabella pudesse me explicar a história toda.
Minha mãe grita lá de baixo, logo minha ansiedade acaba. Ela me chama para o almoço. Filé de fritas. Minha mãe sabe o que eu realmente gosto.
-Como foi o primeiro dia de aula? -Ela era curiosíssima
- Legal! - respondi de boca cheia
- Legal? Só isso?
-A Senhora queria que eu dissesse o que??
- Fez amigos?
-Ainda não mãe, é meu primeiro dia!
-Tá bom, me desculpa se eu quero participar da vida do meu filho.
-Mãe, foi mal. Só to um pouco cansado.
- Tudo bem, lava a louça. - Nesse momento ela sai da cozinha, e vai rumo ao quarto. Tive que ficar com a louça, não tinha como escapar.
Logo mais tarde, subo para meu quarto, era final de tarde.
-Ana, você está aí?
(Silêncio)
Não iria perguntar de novo, pois não sentia cheiro de Jasmim.
Ela não estava lá.