Conflito

Acordei e ele não estava mais na cama, porque ele sempre sumia assim? me estiquei feito um gatinho e soltei um kyaaaa quando ouvi uma risada e me sentei na cama, Gajeel estava sentado no sofá olhando para mim e fiquei sem graça.

- Temos que ir - ele disse indiferente

- Huh? - falei confusa - ah sim - o trabalho é mesmo...

Voltei para o meu quarto para me arrumar para saírmos, tomei um banho rápido e penteava o cabelo quando ouvi alguém bater na porta, atendi e era uma empregada do hotel deixando meu café da manhã e disse que havia sido meu companheiro que havia mandado, sorri para a moça e agradeci.

Olhei para a bandeja e parecia bastante suculento haviam torradas com geléia, bolinhos de arroz e suco natural e ainda havia uma rosa amarela ao lado, imaginei se havia sido Gajeel que a tinha colocado.

Terminei o café e estava realmente bom, peguei a rosa e a cheirei como era bom o seu cheiro mas também senti um cheiro conhecido... realmente havia sido ele que a colocou aqui, pensei e sorri boba.

Coloquei minha bolsa e me aproximei para abrir a porta quando a abri dei de cara com Gajeel.

- E... eu vim ver se já estava pronta - ele gaguejou - dessa vez eu ia bater - eu ri dele

- Não tem problema - falei e me sentia muito bem - a propósito foi você que me mandou essa rosa? - falei cheirando ela

- Nã... não sei do que está falando - tentou disfarçar, era péssimo nisso

Saímos do hotel e pegamos caminho pela floresta, eu carregava o livro nas mãos e andávamos devagar. Andamos durante um tempo e ouvi um barulho e olhei para trás mas não vi nada e continuei a andar, Gajeel também parecia um pouco desconfiado e olhava para os lados enquanto andávamos, ouvi novamente um barulho e olhei para trás novamente quando do nada apareceu uma mulher que me golpeou com um chute que fui parar longe, tive um pouco de dificuldades para me levantar.

- Maldita! - rosnou Gajeel e tentou acertá-la com um soco mas apareceram dois homens que pararam o seu soco apenas com os braços

A mulher era bonita tinha longos cabelos verdes trançados e vestia uma roupa colada com um enorme decote que mostrava até a barriga e deixava parte dos seios e das pernas a mostra, nos pés uma bota alta e carregava um chicote. Mas que pouca vergonha! Os homens também tinham o cabelo verde e espetados e pareciam ser irmãos e também vestiam roupas um pouco estranhas.

- Levy! - ele gritou para mim

- Estou bem - falei me levantando

Gajeel veio para o meu lado e se colocou a minha frente.

- O que vocês querem desgraçados? - peguntou e foi mais um rosnado

- Não é obvio? - disse o primeiro irmão

- O livro - completou o outro

- Tão bonito mas tão burrinho - disse a mulher se insinuando

Cerrei os punhos e fiquei com vontade arrebentar a cara dessa mulher, o que ela pensa que está falando? Gajeel percebeu que eu estava irritada e esticou o braço me impedindo de passar para que eu não lutasse.

- Gajeel - o repreendi

- Você não precisa lutar - ele disse calmo

- Mas... - protestei

- Não - ele encerrou o assunto

E avançou para cima deles, coloquei o livro na bolsa e assisti enquanto ele tentava golpeá-los, enquanto isso a mulher apenas me encarava quase me ferindo com o olhar.

- Vocês não irão nos imperdir - ela disse arrogante para mim - com o livro mágico de Zeref nós a guilda Marine seremos a guilda mais forte de todos os tempos - ela disse fazendo pose, mas que idiota! eu queria muito mas muito bater nela agora, esse livro que estava comigo poderia mesmo ser um dos objetos mágicos de Zeref? então eu não poderia deixá-los levarem

Ela avançou para cima de mim com aquele chicote nojento, enquanto isso eu desviava e pensava em algo para pará-la como eu não usava armas "estava precisando de uma" o jeito eram estratégias. Gajeel viu que eu estava lutando com a mulher e ficou nervoso.

- Levy! - ele gritou

- Você devia... - disse um irmão

- Prestar atenção aqui - completou o outro sarcástico e o golpearam com bastões

A princípio não pareciam fortes mas fizeram Gajeel voar longe e vi que seus bastões brilhavam.

- HAHAHAHAHAH - eles riam e Gajeel levantou enraivecido

- Nós usamos ...

- Magia de eletricidade - completou

- Desgraçados... - rosnou e partiu para cima de novo

A mulher começou a rir e voltou sua intenção a mim, eu tinha que pensar em algo mas ela era muito rápida parecia que estava voando.

- Escrita sólida, óleo! - invoquei minha magia e ensopei o chão para que ela não se movimentasse tanto, isso me daria uma vantagem

- Isso não vai me parar, hahahaha - ela disse

Foi quando ela pulou e flutuou até mim e me golpeou com seu chicote em cheio, não tive tempo de reagir e cai com tudo deixando o livro cair da bolsa ao meu lado.

- Você não tem chance contra mim - ela quase que cuspiu isso para mim - eu uso a magia do vento não preciso ficar no chão o tempo todo

Ela estava me provocando... mesmo que eu não tivesse chance eu tinha que fazer alguma coisa, Gajeel estava ocupado lutando contra dois oponentes eu não podia ser um estorvo... ela se aproximou ainda mais para pegar o livro que estava no chão eu coloquei a mão em cima dele e ela pisou em minha mão com força.

- AH! - gritei de dor e ela se divertia com isso quando tive uma idéia

- Malditos! - Gajeel gritou e tentou correr para mim

Os irmãos fecharam o caminho e apontaram os bastões para ele.

- SHOCK THUNDER! - eles gritaram em uníssono e atingiram Gajeel com um raio tão forte que mal consegui enxergar e era parecido com a magia de Laxus mas os raios eram azuis

- Gajeel! - gritei e ela pisou ainda mais forte em minha mão

- AH! - gritei eu tinha que fazer isso agora

Segurei sua perna e a derrubei no chão ela se surpreendeu por eu ter feito isso e tentei segurá-la ali.

- Escrita sólida, FIRE! - e deixei que o fogo passasse de minhas mãos para o seu corpo eu devia tê-la soltado para não queimar as mãos mas assim ela escaparia, então tive que aguentar para acertá-la.

Ela gritava irritantemente enquanto eu aguentava a dor do fogo silenciosamente a larguei e me levantei cambaleando. Gajeel ainda lutava com os irmãos eles eram muito fortes e rápidos e estavam em vantagem por estarem em dupla, lembrei que o livro ainda estava no chão me virei para pegá-lo e senti algo acertar meu estômago aquela mulher que estava toda queimada já estava acordada e me golpeou com a mão aberta de frente senti uma dor imensa e ofeguei, parecia que seus dedos iriam perfurar minha barriga.

- NÃO! - ele gritou - Escamas do dragão de ferro!

Ele cobriu os braços com escamas de ferro e partiu para cima dando várias sequências de socos e estava acertando todos nos irmãos que estavam surpresos e agora nervosos. A mulher soltou a mão de mim e antes de se levantar se certificou de me dar outro chute para que eu não me levantasse, caí de frente e tentei me levantar mas sem sucesso.

- Não... - falei enquanto ela pegava o livro no chão

- Isso fica comigo huhuhuhu - ela disse sombriamente

- Vadia! - disse Gajeel e corria para atacar a mulher , que se surpreendeu e tentava se afastar

- Não vamos deixar - disse o primeiro irmão

- É isso aí - completou o outro

- SUPER SHOCK THUNDER! - gritaram novamente em uníssono e atingiram Gajeel em cheio, era um raio tão forte que abriu uma cratera no chão e Gajeel desabou

- Não... - sussurrei

- Shermie nee-san vamos não podemos mais perder tempo com eles - disse um que vestia a roupa azul com o desenho de um trovão

- Ele está certo, eles são fortes - completou o outro com a roupa igual mas branca

- Já entendi já entendi - ela disse e olhou para mim - então bye bye - Gajeel já estava de pé - Jya ne - ela disse e piscou para Gajeel que rosnou para ela, então eles sumiram

Eu ainda estava no chão e com dores pelo corpo, Gajeel veio correndo em minha direção e me segurou em seus braços devagar. Ele olhava para mim e via meus machucados e mostrou uma expressão que eu não sabia se era de ódio de nossos inimigos ou culpa mas também preocupação.

- Eu falei que não era para lutar, porque não se escondeu? - ele disse aflito

- Eu não poderia fazer isso... - e soltei um ai de dor minha cabeça estava doendo e senti algo escorrer, também havia sangue em meu vestido por ter machucado a barriga

Ele suspirou e passou a mão em meu rosto.

- O que eu faria se perdesse você? - ele disse

Eu apenas sorri e olhei para seu rosto preocupado antes de afundar na inconsciência.