O Mediador Apaixonado

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    Capítulo 6

    Pra mim foi um sonho

    Álcool, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Não tomei café, vi minha mãe arrumar as coisas, saí.

    -Até logo, mãe!

    -Filho você vai em jejum? Você tem que comer alguma coisa! Ah, arrumou sua cama?

    Minha mãe era neurótica com camas, não suportava ver o cobertor jogado, nem toalha molhada em cima dela, afinal qual a mãe que gosta de ver bagunça na cama do filho?

    Fiquei em silêncio, depois soltei um:

    -Humhum!

    -O que significa "Hunhum" Lincon?

    - Eu não sou adivinha! Arrumou ou não?

    -É, mais ou menos!- Na verdade eu nem me lembrava disso, só ficava tentando lembrar da noite que tive, se era um sonho ou conversei mesmo com aquele ser lindo!

    -Tá bom, eu sei que você não arrumou porcaria nenhuma. Te conheço Lincon! Depois eu arrumo. Vai e compra um lanche no caminho.

    Minha mãe não tinha tempo algum de me levar em escola. Eu iria cursar o ultimo ano. Quando fechei a porta, Anabella estava me olhando da janela do meu quarto, lá de cima ela me fazia gesto de adeus. E agora eu tinha compreendido. Não era um sonho.

    Meu caminho Foi curto. O colégio era grande. As pessoas eram sociáveis. Aquele lugar não me deixou muito á vontade. Finalmente entendi. Minha mãe me colocara num colégio Católico. Tinha Imagens de Santos para todos os lados. Fui até a sala do diretor. E para minha não surpresa, o diretor era um Padre.

    -Bom dia, você deve Ser Lincon.- Disse ele levantando as mãos para me cumprimentar.

    -Sim, sou eu!

    -Sua mãe acabou de me ligar, avisando que você ia chagar dentro de instantes.

    -Minha mãe gosta de ser pontual.

    -É, a Sra Cely deve ser uma ótima mãe pra você.

    -Sim ela é.

    - Eu sou o diretor do colégio, Pe. Antony, me acompanhe para conhecer sua sala.

    Fomos direto a um corredor enorme. Quando estávamos no meio do caminho um garoto, aparentemente da minha idade, me segura pelo pulso.

    -Me larga! quem é você?

    O padre simplesmente abaixa a cabeça, respira devagar e diz:

    -Raphael solte ele!

    -Quem é esse? Me solta Raphael!- Eu disse, já sem paciência.E num piscar de olho o "Raphael" sumiu.

    -Sua mãe me contou desse terrível... Dom?

    -Que dom?

    -Você fala com os mortos!

    - O Sr. sabia o nome dele! O Sr consegue ver. Ainda bem que não é só eu!

    - Você é médium Lincon, médium não. Mediador.

    -Mediador? Como assim?

    -Você consegue ver eles e conversar. Pode ajudar eles seguirem o caminho de alguma forma!

    -Ajudar?

    -Sim, se eles estão vagando por aí é porque ainda não encontraram o caminho para a outra vida.

    - E porque não encontram

    - Por que eles pensam que não morreram.

    O sinal bate, mais minha curiosidade era tanta que não queria entrar naquela sala. Mas ele insistiu.

    Fomos em direção á porta, tudo estava silêncio como se ninguém estivesse lá!

    Ele abriu a porta da sala.


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