Athena e Palas: Reminiscências da Gigantomaquia

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    Capítulo 4

    Reforços de Prata

    Itália ? Sicília ? Pés do Monte Etna

    Assim que Athena havia se teleportado, Jabu e Nachi sentiram três cosmo-energias violentas vindo das entranhas da terra. Sem hesitação nenhuma, elas avançavam em direção aos cavaleiros de bronze. Então o chão ruiu e três entidades surgiram das rachaduras. Uma voz poderosa, grande e rústica, falou:

    - O senhor Palas deseja que nós, guerreiros de Gaia, lidemos com esses patéticos humanos? Não vejo nenhuma ameaça nesses frágeis seres de carne e osso. Eu me recuso! Se quiserem, Coríndon e Idócrase, são seus.

    - Não ouviu direito o que disse o senhor Palas, Prásio? Quer ir contra a vontade divina do senhor Palas?

    - Prásio, escute Idócrase. Não menospreze os Cavaleiros do Zodíaco, como disse nosso mestre...entretanto...

    Em poucos segundos que durara esse dialogo, Jabu e Nachi, em choque, perceberam que estavam erguidos do chão, presos pelas golas de suas camisas, na mão de Coríndon, que disse, com um meio sorriso no rosto:

    - Era de se esperar que você não fosse fazer o que deveria fazer. Matá-los-ei rapidamente, para que possamos ir ao encontro do senhor Palas. Sinto que seu cosmo esta se intensificando...Não iremos permitir que a filha de Zeus o derrote, como da ultima vez. Ainda mais em sua atual forma, ela não conseguirá nos deter.

    - O que tem Athena? O que são vocês? Me solte, seu maldito!!!

    Gritou Jabu, tentando se libertar das mãos de Coríndon. Essas três entidades possuíam formas humanas. Trajavam uma espécie de armadura, com formatos cristalinos e rochosos, duras, firmes, inquebráveis. Eram grandes, deveriam ter perto de 2,50m de altura, todos com cabelos curtos e revoltosos. Contudo, se diferenciavam na cor dos olhos, cabelos e vestimentas. Prásio tinha os cabelos ligeiramente esverdeados, olhos de tom esmeralda e sua armadura tinha tons verdes que brilhavam dependendo do ângulo em que era visto. Idócrase, nas mesma características, tinha por cor um amarelo metálico, com alguns tons verdes. Coríndon, que segurava Unicórnio e Lobo nas mãos, tinha o roxo como cor, com diversas tonalidades do azul. Embora tivessem a aparência humana, suas peles eram semelhantes à pedra polida, seus cosmos eram desproporcionais e suas vozes pareciam o relâmpago batendo contra o chão. Contudo, vindo de algum lugar, uma luz branca se chocou contra Coríndon, fazendo-o tombar para frente, soltando Jabu e Nachi.

    - Ora ora, mas que covardia é essa? Nem deram chances para esses dois ai usarem suas armaduras! Que indecência...hahahaha

    - Você...um cavaleiro?

    Perguntou Nachi, para um homem trajado de uma armadura prateada, com um peculiar desenho no peitoral, os pontos cardeais, de cor vermelha, elmo azulado, e uma capa cumprida, branca por fora, vermelha por dentro, que esvoaçava no vento forte do Monte Etna. Ele sorriu e disse:

    - Lobo, Unicórnio, viemos em auxilio à Athena e a vocês, por ordem do Grande Mestre. Sou Seth de Bússola, cavaleiro de prata...era de se esperar que uma figura asquerosa como Palas não teria capacidade de agir sozinho, não é? O Mestre, apesar de jovem, não nasceu ontem não. Hahahaha

    -... é, obrigado, eu acho.

    Nesse momento, Coríndon havia levantado e lançado um soco na direção de Seth, que pulou um mortal para trás, desviando-se do golpe, que abriu uma grande fenda no lugar. Idócrase perguntou à Seth:

    - "Nós"? Quem seria o "nós" se apenas você, Bússola, está aqui?

    - Aquilo que derrubou o grandalhão de azul era outro cavaleiro que, alias, já deve estar chegando para ajudar Athena.

    - Hum... hahahahahahaha, que piada! Ajudar Athena?! Como se um de vocês pudessem fazer algo contra nós ou Palas! Hahahahaha

    - Prásio esta certo, cavaleiro de prata. Nós, filhos diretos de Gaia, somos conhecidos em algumas civilizações como Golens, ou, na alquimia árabe, de humunculos. Assumimos essa forma graças ao poder de Palas, mas somos, como esses nomes significam, a ?matéria-prima? primordial. Somos seres divinos também, apenas privados do que éramos graças a tirania olímpica que deverá cair em breve.

    - Ora, pensem o que quiserem...Depois que despedaçarmos suas bocas sujas, faremos vocês voltarem ao pó, que é o seu devido lugar!

    - Seu insolente! Vamos mata-los, um a um! Vamos mostrar que esses seres patéticos devem temer nosso poder!

    Falando isso, Coríndon, juntou as duas mãos, e Prásio e Idócrase fizeram o mesmo. Então a terra começou a tremer novamente. Nisso, muros gigantes, escuros como o ébano, começaram a se erguerem, como se estivessem formando um labirinto. Lobo, Unicórnio e Bússola ficaram separados. Os três golens também. Coríndon ficou no mesmo local em que Bússola estava. Prásio ficou com Unicórnio e Idócrase, com Lobo.

    - Acha mesmo que isso será o suficiente, ô de verde? Não subestime os cavaleiros de Athena!

    - Meu nome é Prásio garoto, e tenho certeza, você não vai durar 5 segundos quando eu me mover...nem armadura você tem, como o outro de prata.

    -...UNICÓRNIO!!!

    Exclamou Jabu, e então sua urna se abriu, saindo uma grande luz roxa/azulada. Sua armadura foi em sua direção, vestindo-o. Jabu notou que sua armadura estava mais leve, a parte do peito e cintura haviam aumentado a superfície de proteção, seu elmo, antes capacete, havia tomado a forma de uma tiara. Ele sentia a armadura transbordando vida. Logo do outro lado, uma luz verde era vista. Era Lobo, provavelmente pelo mesmo motivo que Jabu, vestindo sua armadura. Lobo notou também que as partes do peitoral e cintura de sua armadura haviam aumentado a superfície de proteção, e seu elmo tomara a forma mais impressa de um lobo.

    Meio do Monte Etna

    Palas olha para as pesadas nuvens negras e começa a rir.

    - Hahahaha, esse trovão é teu pai, oh Athena? Ele pressente a morte da preciosa e imprudente filha? Desapareça deusa Virgem, que ousas me renegar!

    Palas abre a sua mão direita, lançado uma poderosa onda de energia contra Athena. Porém, Athena, por sua vez, rebate, com seu cosmo, outra esfera de energia que, chocando-se com a de Palas, cria uma grande cratera no chão.

    - Ora, não pretende me matar apenas com isso, não é Palas? E... o que são esses cosmos? Jabu e Nachi!?

    - Não te preocupas Athena. Eles estão sendo bem cuidados por meus servos. Agora tu, insistes em me insultar pelo visto. Queres uma morte dolorosa, oh, deusa dos olhos sagazes? Pois tu terás!

    Palas ergue seu braço direito para atacar Athena. Entretanto, de repente, ele o vira para seu lado esquerdo, detento uma bola de energia branca que fora lançada nele. Entao olha para sua frente e vê um cavaleiro de armadura prateada, com detalhes azuis e amarelos. No cinturão, três cristais brilhavam muito. De seu elmo, alguns fios de cabelos loiros saiam, e seus olhos eram castanhos. Sua capa, igual à de Bússola, agitava-se muito naquele vento. Tinha determinação no rosto.

    - E tu, quem serias? Outro dos vermes do zodíaco?

    - Sim, oh gigante rejeitado. Sou Marcus de Órion, vim a mando de Yana, para ajudar Athena a matar você, Palas!

    - ...quanta pretenção para um mortal...

    Marcus chegou perto de Athena, que olhou para ele e nada disse, e entao, olhando para Palas, falou:

    - Sim...Yana está certo. Você se lembra, não Palas? Na Gigantomaquia...a única maneira de se matar um gigante, é ele sendo atacado por um deus e um mortal simultaneamente.

    Palas os observou em choque. Longe, nas bases do Monte Etna, barulhos indicavam que uma grande batalha começara.


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