Just Pure Happiness and Romance - Story 01

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    Capítulos:

    Capítulo 12

    Bitter Chill

    Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Violência

    A claridade do sol fez-me acordar lentamente, como é bom acordar sem ouvir aquele despertador irritante, pela amanhã. Abri os estores do meu quarto, um vasto manto branco pintava a paisagem. Reparei que as pessoas andavam todas encolhidas, por causa do frio.

    Saí do meu quarto, reparei que a porta do quarto dos hospedes ainda estava fechada, não é de admirar, agora que estamos de ferias há que aproveitar ao máximo em acordar mais tarde. Decidi dar uma volta pelo bairro, pois ainda não eram 8:30 vesti o que estava mais á mão. Cá fora o frio sentia-se pelo corpo todo. Pelos parques e cafés que passava encontravam-se quase desérticos. No caminho ainda encontrei varias pessoas conhecidas, estas perguntavam sempre o mesmo, como ia e se o curso estava correr bem, respondias-lhes sempre afirmamente. Segundos depois o meu telemóvel toca, era Toyo.

    ? Sim?

    ? Oi Taro? Acordei-te? ? Preocupado.

    ? Não, nem por isso. ? Tranquilizando-o.

    ? Ainda bem. ? Aliviado. ? Olha já tomas-te o pequeno almoço?

    ? Não, ainda não.

    ? Queres vir toma-lo comigo?

    ? Claro que sim, é de maneira que pomos a conversa em dia.

    ? Encontramo-nos no sitio do costume?

    A frase dele fez-me recordar os velhos tempos da secundária com alguma nostalgia.

    ? Sim claro.

    Encontramo-nos no restaurante aonde eu e Seiji janta-mos ontem á noite. Reconheci-o ao longe por causa do gorro escuro dele na cabeça, vestia um casaco grosso de cor castanho, tinha as mãos dentro dos bolsos, bem como estava todo encolhido à entrada do restaurante.

    ? Toyo!!! ? Chamei-o.

    ? Então, como vais? ? Sorrindo-me.

    ? Bem. Estás aqui a muito tempo á minha espera?

    ? Nem por isso. Vamos? ? Abrindo a porta.

    No restaurante sentamo-nos nos nosso lugares antigos de quando vinha-mos da escola, eram na ultima mesa com vista para a rua. A proprietária saudou-nos, com uma certa nostalgia.

    ? A quanto tempo, que não vos via juntos.

    Eu e Toyo rimo-nos. Pedi-mos o que costumava-mos pedir nos tempo da secundaria, um sumo de laranja com uma tosta mista. Enquanto esperava-mos olhava pela janela, um pouco pensativo, mas com uma certa nostalgia. Reparei que o movimento dentro do restaurante ainda era pouco.

    ? Taro há uma coisa que quero contar-te. ? Num tom serio.

    ? O que se passa?

    Toyo ficou um pouco hesitante.

    ? O Yuzo ? Iniciou. ? trabalha no hospital aonde a tua mãe foi internada.

    Senti um ligeiro aperto no meu peito, apertei as minhas mãos com força.

    ? Taro... ? Preocupado. ? Talvez não devia ter-te dito nada. ? Arrependido.

    ? Não Toyo!!! Fizeste bem. Assim é de maneira que o evito, se o vir. ? Olhando para ele.

    A proprietária torce-nos o nosso pedido.

    ? Tenham um bom apetite.

    Agradecemos e ela afastou-se.

    ? Já contas-te a Seiji, sobre Yuzo? ? Diz Toyo dando uma dentada na tosta.

    ? Não ainda, não. Mas também não pretendo dizer-lhe. ? Dando um golo, no meu sumo.

    ? Compreendo.

    ? Desde que aconteceu aquilo, deixei de confinar nas das pessoas. ? Olhando fixamente para bebida com olhos semicerrados.

    Toyo observou-me durante algum tempo.

    ? Já faz algum tempo que não saiamos.

    ? Sim é verdade...que novidades tens para mim, Taro? ? Com o cotovelo sobre a mesa poisando o rosto na mão esquerda.

    ? Novidades...deixa-me pensar ? Pensativo. ? Já sei!!! Fizemos um mini torneio de kyujutsu na faculdade, e ganhamos.

    ? A serio?! ? Espantado. ? Fixe!!!

    ? A principio ainda pensei seriamente se iria juntar-me ao clube ou não, mas no final acabei sempre por juntar-me.

    ? Ainda bem que o fizeste, porque tens um talento natural. Conta-me mais.

    ? Hum....Ah!!! De um rival fiz um amigo. ? Rindo-me.

    ? Rival?! Tinhas um rival?

    ? Sim, chama-se Jiro. A principio éramos mais ou menos cão e gato.... ? Lembrando-me. ? Mas depois, ele arrependeu-se, basicamente foi isso.

    ? Ok.

    ? Ah!! Verdade também conheci uma rapariga um pouco invulgar. Ela adora coisas fofas bem como coisas violentas.

    ? Nem acredito. ? Espantado. ? Sempre pensei que as raparigas fossem do tipo, mais envergonhadas, tímidas e fanáticas por cor de rosa.

    ? Mas olha que a Aiko, não preenche muito esses requisitos. Ela é a irmã mais nova de Seiji, mudou-se para Tokio para abrir uma loja de peluche. ? Dando uma trinca na minha tosta.

    ? Vejo que já conheces-te muita gente em Tokio. ? Pegando na bebida.

    ? Sim é verdade, desde que Seiji chegou, a minha vida social tem andado muito activa. ? Olhando para Toyo.

    ? Afinal como conheces-te Seiji? ? Poisando a bebida.

    ? É uma longa história, mas vou tentar resumi-la. Ele ficou a morar comigo a pedido do director da faculdade, foi ele quem salvou-me de Jiro quando éramos rivais, houve uma ocasião em que tive doente e ele ficou bastante preocupado comigo, no outro dia houve trovoada e ele faltou ao trabalho para ficar ao meu lado e acho que estes foram os acontecimentos que marcaram-me mais.

    Toyo nada disse apenas sorriu-se com os olhos semicerrados. Lá fora o sol quis aparecer, para reconfortar um pouco as pessoas lá fora.

    ? Então e tu que novidades tens? ? Perguntado-lhe.

    ? Nada de mais, a mesma coisa do costume, carros avariados, clientes impacientes, clientes que tem a mania que sabem todo, ou então uma rapariga boa que passa por lá. Basicamente é isso.

    ? Hum.... Então e os teus desenhos de esboços de carros?

    ? Continuam lá na secretaria. ? Mexendo no copo.

    ? Mas isso não pode ser, porque não entras num curso de design?

    Toyo olha-me sem grande interesse.

    ? Eu acho um desperdício em deitares fora o teu talento.

    ? Talvez tenhas razão, vou pensar nisso.

    ? Prometes-me? ? Incentivando-o.

    ? Sim prometo. ? Fazendo juramento no peito.

    ? Hoje vou visitar a minha mãe depois da hora de almoço.

    ? Fazes bem, eu vou lá mas só depois do trabalho.

    Pôs as minhas mãos dentro dos bolsos um pouco pensativo.

    ? O Seiji vai contigo?

    ? Sim vai.

    ? Fico mais descansado assim. ? Acabando a sua tosta mista.

    Após Toyo saber o que Yuzo-senpai fizera-me, eles os dois tiveram uma briga de tal maneira violenta, que Toyo passou uma semana inteira no hospital a recuperam bem como Yuzo-senpai.

    Quando olhei para o relógio do restaurante já marcavam 9:25. Fui ver também no telemóvel as horas para ver-se estavam certas, tinha uma mensagem de Seiji, li-a.

    ?Bom dia Taro, o que queres para o almoço??

    Reparei que a mensagem tinha sido enviada á poucos minutos atrás. Respondi-lhe.

    ?Hayashi raisu? (arroz acompanhado de carne ao molho)

    E ainda acrescentei.

    ? Vim tomar o pequeno almoço com Toyo, desculpa-me por não ter dito nada.?

    Envie-lhe.

    ? Era Seiji? ? Olhando para mim.

    ? Sim ele apenas queria saber o que queria para almoçar. ? Com um pequeno sorriso.

    ? Ele bem diferente de Yuzo, ele era muito protector, quase não deixava-te respirar, e quando via-te comigo.... ? Rindo-se.

    ? Por favor Toyo não compares Seiji a Yuzo-senpai. ? Um pouco irritado. ? Ele não tem nada haver com ele.

    ? Ainda chamas-lhe senpai? ? Com os olhos um pouco semicerrados para mim.

    É verdade apesar de não estar mais na secundaria ainda continuo a chamar-lhe senpai. Olhando para baixo. A vibração do telemóvel surpreendeu-me, retirei-o do meu bolso era uma mensagem de Seiji abria.

    ? Taro por mim é na boa ^_^ Espero que estejas a gostar da companhia de Toyo.?

    Dei um pequeno sorriso.

    ? Gosto ver que estás bem, Taro. Faz-me ficar feliz.

    ? Toyo...

    ? Não suportaria ver outra vez a sofrer. ? Olhando pela janela durante algum tempo quando de súbito a expressão facial muda para espantado.

    ? Taro, aquele não é o Seiji? ? Apontando.

    Olhei.

    ? Sim é? Mas o que faz aqui? ? Não percebendo. ? Vou ter com ele, espera aqui.

    Sai do restaurante, bem agasalhado ao seu encontro.

    ? O que fazes aqui, Seiji?

    ? Bem como sabes foi ás compras, e pelo a caminho lembrei-me que não tinha maneira de entrar em casa. ? Explicando-se.

    Pois é esqueci-me por completo que eu sou o único a ter a chave de casa da minha mãe.

    ? Desculpa-me Seiji. ? Tirando a chave de casa do meu bolso. - Não tinha-me lembrado desse pequeno pormenor. Aqui tens. ? Um pouco envergonhado.

    ? Não te preocupes com isso Taro. ? Guardando a chaves no bolso.

    Antes de me ir embora fiquei intrigado com Seiji.

    ? Mas, como sabias que estaria aqui?

    ? Não te lembras do que disseste-me ontem ao jantar? Que este restaurante era o teu sitio preferido nos tempos de escola. ? Olhando para mim.

    A única reacção que tive foi de supressa, nunca pensei que ele fora lembrar-se de tal coisa.

    ? Taro, passa-se alguma coisa?!

    ? Não de tudo. Há é verdade depois de almoçar-mos vamos visitar a minha mãe, ok?

    ? Claro. ? Com largo sorriso. ? Então vemos em casa?

    ? Sim, até já.

    Seiji desaparece no horizonte, e eu entro de novo no restaurante.

    ? Afinal o que aconteceu? ? Pergunta Toyo intrigado.

    ? Nada demais, é que quando sai de casa esqueci-me que só havia uma chave de casa. ? Rindo-me um pouco envergonhado.

    ? É mesmo típico teu, mas num bom sentido. ? Rindo-se também.

    ? Para dizer a verdade não esperava que ele viesse aqui procurar-me.

    ? Porque dizes isso?

    ? Ontem viemos cá jantar e contei-lhe que este restaurante era o meu sitio favorito no tempo da elementar e secundaria. ? Sorrindo-me. - O que me espantou foi ele de se ter lembrado disso.

    ? A presença dele faz feliz, não?

    ? De certo modo sim, afinal somos amigos.

    Toyo nada disse apenas sorriu-se com o rosto apoiado na mão direita a olhar lá para fora. De algum modo a expressão dele deixou um pouco intrigado. O relógio do restaurante marcava já quase 10:15.

    ? Bem tenho que ir para oficina, trabalhar. ? Levantando-se, com alguma preguiça.

    Por insistência da proprietária nós não pagamos a conta. Agora o restaurante começava a ficar um pouco mais movimentado que de manhã. Toyo despede-se de mim bem como ele.

    O calor do sol continuava a aquecer um pouco mais o dia de hoje, o que é reconfortante. A caminho de casa os parques vazios que estavam de manhã, agora estão preenchidos pelas crianças. Toquei á porta de casa da minha mãe para entrar. Seiji recebeu com largo sorriso dizendo-me ?bem vindo a casa Taro? . Perguntei se precisava de alguma ajuda este disse que não. Fui para o meu quarto, lembrei-me que na estante do meu quarto tinha um calendário, foi busca-lo. Reparei que tinha fica no mesmo ano quando fora para Tokio. Nele marcava sempre as datas de aniversario dos meus amigos daqui. Reparei que o dia de natal estava cada vez mais próximo e ainda não tinha comprado nada para a minha mãe, para Seiji ou mesmo para Toyo. A minha mãe nunca ligou muito a presentes de natal , ela diz sempre a presença da família já era um grande presente. Mas de qualquer forma tinha de comprar algo para Seiji e Toyo. Para Toyo já sabia o que oferecer-lhe, estava a pensar numa pulseira da amizade a ele e a Seiji....ainda não faço a mínima ideia.

    ? Ei!!! Taro vamos comer? ? Diante da porta do meu quarto.

    ? Comer? Mas já são horas? ? Olhando para o relógio do telemóvel. Já marcavam 12:30. Nem me apercebi do tempo a passar. ? Vamos a isso.

    Como sempre a comida de Seiji estava óptima. Ajudei-o a lavar a louça. Preparamo-nos para irmos visitar a minha mãe. Pelo caminho comprei-lhe um ramo de rosas brancas, a flor favorita da minha mãe, admito que estou ansioso por vê-la. Pelas montras de roupas e bijutarias que passava-mos dava sempre uma olhadela para ver o que tinham. Notei que Seiji intrigava-se um pouco com a minha acção.

    ? Taro, sentes-te bem? ? Voltado para mim com as mãos dentro dos bolos.

    ? Sim não te preocupes.

    Tenho de ser mais discreto, talvez seja melhor vir cá um dia a estas lojas quando tiver sozinho.

    ? Se o dizer. ? Começando a caminhar.

    Por fim chegamos ao hospital, comecei a sentir um aperto no peito franzindo ligeiramente o sobrolho.

    ? Taro ? Pondo a sua mão no meu ombro tirando daquele estado. ? não te preocupes eu estou aqui contigo e tudo correra bem. ? Sorrindo-se.

    Como a pequena frase dele fez-me sentir muito mais calmo e tranquilo. Dirigimo-nos á recepção perguntei-lhes em que quarto estava a minha mãe. Disseram-me que estava na ala B no quarto 45. Agradeci-lhes. A medida que passava-mos pelos vários quartos olha por todos os lados para ver se via Yuzo-senpai, mas nada. Por vezes via algum doutor a passar pelo corredor com uma certa rapidez.

    ? É aqui quarto 45. ? Diz Seiji olhando para o numero e nome da pessoa.

    Quando entramos a minha mãe via TV, sem muito interesse.

    ? Mãe? ? Disse.

    Ela olha-me espantadíssima, as lágrimas começam a correr-lhe pelo rosto abaixo.

    ? Taro, meu filho. ? Com as mãos no rosto ainda não acreditando.

    Dei-lhe um abraço forte que perdurou alguns minutos.

    ? Toma isto é para ti. ? Dando-lhe o ramo de rosas brancas.

    ? Oh!!! Filho não precisavas de ter gastado dinheiro a tua presença já é o suficiente. ? Pegando o ramo.

    ? Mãe queria apresentar-te o meu colega de quarto. ? Aproximando-me de Seiji.

    ? Este é Seiji Noburo.

    ? Prazer. ? Disse minha mãe fazendo uma pequena vénia.

    ? Seiji é a minha mãe Mayumi Yamato.

    ? O prazer é meu senhora Yamato . ? Retribuindo também com uma vénia.

    ? Como tens passado? ? Olhando-a com sorriso.

    ? Bem, as minhas amigas tem vindo visitar-me, com regularidade.

    ? Ainda bem, fiquei um pouco preocupado contigo. ? Agarrando uma das mão dela com gentileza.

    ? Não era a minha intenção, filho. ? Pondo a sua mão por cima da minha. ? Desculpa-me.

    ? Agora o que interessa é recuperares o mais rápido, possível. ? Num tom confiante.

    A minha mãe apenas sorriu-se com largo riso nos lábios.

    ? É verdade quase esqueci-me de dizer-te, na semana passado tivemos um tornei de kyujutsu e ganhamos.

    ? Como fico feliz, por ti meu filho, Toyo nunca se enganou a teu respeito.

    ? Já sabes quando te dão alta?

    ? Pelas previsões deles só depois do natal.

    Fiquei um pouco desapontado com a resposta dela, por que não queria que passa-se sozinha o natal.

    ? Não fiques assim meu filho, para mim o natal é todos os dias, só basta queres-mos, não é? ? Acariciando-me o rosto com a delicada mão dela.

    ? Sim é verdade.

    No corredor ouço passos de alguém aproximar-se, do quarto.

    ? Talvez seja o meu médico. ? Disse minha mãe. ? Sempre dia sim e dia não o médico tem de vir cá ao meu quarto ver como estou. ? Explicando-se.

    ? Compreendo.

    Os passos da pessoa aproximavam-se cada vez mais, até que por fim pararam, sentir um leve arrepiou na espinha.

    ? Taro-kun?

    A voz dele fez-me congelar todo o meu corpo por momentos, está voz não pode ser, os minutos que demorei a voltar-me para entrada para ver o rosto dele pareciam uma eternidade.

    Não pode ser....O meu maior receio tinha concretizado-se.

    ? Yuzo-senpai.... ? Sem reacção.


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