Era sábado. Pan havia combinado de ir até a casa de Trunks para almoçarem juntos. A moça foi voando, aproveitando o belo dia que estava fazendo e queria fazer uma surpresa para ele aparecendo diretamente em seu quarto pois, provavelmente, Trunks ainda dormia essa hora da manhã. Pan chegou e desceu até a sacada de Trunks, escutou vozes, achou estranho e decidiu ficar ouvindo para ver do que se tratava, sem se mostrar.
- O que você está fazendo aqui Dafne? ? Trunks irritado perguntava. ? Como você entrou aqui?
- O segurança me conhece, lembra? Foi fácil. E a casa é bem grande! Posso chegar aqui sem me verem! ? Dizia a moça.
-Tá, mas o que você quer aqui? Não poderia ter me ligado se quisesse alguma coisa?
A moça foi aproximando-se de Trunks, passando a mão sobre o peito do rapaz, falando melosamente:
- Não, ligar não teria graça ...Eu vim até aqui para gente conversar! Eu queria tentar de novo ...Nós dois fazíamos um belo casal...Aquilo que aconteceu foi bobagem, eu estava errada. Me perdoa?
-Te perdoar? Você só pode estar louca. Escuta aqui Dafne, para mim pouco importa o que aconteceu. Eu Não gosto nem nunca gostei de você mesmo, se você me traiu, melhor. Estou muito melhor sem você...
A menina começou a se remoer de raiva por dentro, porém não demonstrou.
-Trunks, meu bem, nunca gostou de mim? Não parecia sabe? Lembra-se de nós na cama? Você parecia delirar, gritava pelo meu nome... Eu adorava fazer tudo aquilo que você me pedia. ? Dafne falava sensual, rodeando o rapaz.
Pan ouvia tudo, quieta, mas estava com raiva, muita raiva.
Trunks pegou a moça pelo braço e a segurou firme:
-Escuta aqui Dafne, é melhor você ir embora antes que eu chame os seguranças. Não me interessa o que fizemos ou deixamos de fazer. Foi só passatempo, você sabe, eu não gosto nem nunca gostei de você. Eu estava sozinho, me envolvi, mas pelo que escutei da sua própria boca, só meu dinheiro que importava não é?
-Claro que não, meu amor. ? Dafne falava tremendo de medo ? Eu disse isso em um momento de nervosismo. Eu estava insegura, por isso lhe traí também.
-Bom você já falou o que tinha que falar. Pode ir embora agora.
A moça, então, notou que não iria vencer esse jogo e começou a gritar:
-VOCÊ TEM OUTRA NÃO É TRUNKS? FICA AI ME ACUSANDO, MAS JÁ DEVE TER OUTRA PIRANHA NA JOGADA. OUACHA QUE VAI ENCONTRAR UMA PRINCESINHA QUE LHE AME SEM PENSAR NA SUA GRANA E ESTATUS?VAI SONHANDO. DUVIDO QUE ENCONTRE UMA MELHOR QUE EU. QUE FAÇA TUDO AQUILO QUE VOCÊ GOSTA NA CAMA.
-Dafne!Pare de gritar! Eu já tenho outra sim, e não é piranha, é uma princesinha que NÃO está comigo pela grana não. Pan venha aqui, quero lhe apresentar para essa maluca ? Trunks já havia sentido o aumento de kii da menina escondida na sacada.
-Hunnn? Havia alguém ai? Como ela se escondeu se eu entrei de surpresa? ? Dafne estava confusa.
- Dafne, essa é minha namorada, Pan.
-Saia daqui, você não escutou ele? Trunks eu vou tirar ela daqui....
-Calma Pan, não precisa sujar suas mãos...
-Ah, ela é invocadinha? Luta como você e seu pai? Deve ser uma grossa, além do mais, parece uma criança! Você está pegando para criar Trunks? Ela deve ser tão inexperiente... ? Dafne falou, apelando para provocação.
Pan olhava para baixo, com muito ódio, seu punho estava fechado, e Trunks abraçou-se a ela para acalmá-la.
-Pan, acalme-se, ela está lhe provocando. Não precisamos baixar no mesmo nível dela. Vá embora, ou você quer que eu chame os seguranças da casa, Dafne?
A moça deu de ombros, saiu com o nariz empinado, com seu orgulho ferido, sem ter conseguido atingir seu objetivo.
Trunks abraçou Pan, e a sentou na cama.
-Como você pôde namorar uma mulher vulgar dessas, Trunks?
-Eu não namorei, Pan. A gente só dormiu junto umas vezes. Ela é pistoleira, interesseira. Eu estava carente e queria alguém pra passar as noites.
-Que nojo!O que vocês faziam de tão especial que ela jogou na sua cara?
-Nada Pan, ela não fazia nada de mais. Era vulgar, submissa, escandalosa. Tudo por interesse. Eu me arrependo, não sei onde eu estava com a cabeça.
-Eu sei muito bem! Seu idiot...
Trunks agarrou Pan e a beijou. Deitou-a na cama e passou suas mãos entre os cabelos liso da menina.
-Eu sou um idiota mesmo, um idiota que caiu nas garras de uma menininha...
-Menininha? Então você é pedófilo, Trunks! Pan sorriu de canto.
-É que você me faz perder a cabeça...
Os dois ficaram namorado o resto da manhã, só descendo para o almoço.
Pan teve que ir embora. Tinha trabalhos a fazer, e seus pais não queriam que ela passasse o dia todo na Corporação Cápsula. A menina estava saindo da casa, iria caminhar um pouco até o shopping da cidade, que era grande e tinha várias lojas interessantes. Ela não imaginava que logo no início do caminho, bem na saída da Corporação Cápsula, perto a uma fábrica abandonada, Dafne e mais duas mulheres esperam por ela.
Dafne a puxou para um canto isolado segurou-a pelas costas, encostando a lâmina de um canivete no pescoço da menina.
-Olha se não é a menininha do Trunks? ? Dafne falava ironicamente ? Toda delicadinha, está com medo boneca? Está vendo essas duas outras meninas ali? Elas são lutadoras, assim como seu namoradinho...
Pan voltou a fica com raiva. Precisava se controlar. Estava difícil.
As duas outras mulheres apareceram. Uma estava com um cano e outra tinha uma soqueira encaixada nos dedos e uma corda que usou para amarrar os braços de Pan para trás de seu corpo.
O Kii de Pan começou aumentar muito. Trunks pôde sentir e voou em direção onde ela estava. Quando chegou, viu as três mulheres ameaçando Pan, mas ficou escondido, esperando para ver o que iria acontecer.Pan sabia que ele estava lá, mas não olhou em direção ao namorado.
Dafne cuspiu no rosto da Saiyajin:
-Admita bonequinha...Você só quer a grana dele também. Olhe para você... Que roupinhas são essas não é? Eu conheço vagabundas de longe, meu amor! ? Dafne passou o canivete pelo rosto de Pan, provocando um corte que fez umas gotas de sangue correr pelo rosto da menina.
A mulher que estava com o cano aproximou-se de Pan e lhe deu um soco no estômago enquanto dizia:
-Bonequinha, melhor você se afastar do bofe, ele é da Dafne, ela viu primeiro. Se você quiser continuar tendo esse rostinho bonito, é melhor prometer que vai obedecer a gente.
Pan cuspiu, e olhando nos olhos da mulher disse:
-Eu não prometo nada.
A outra mulher que estava com a soqueira se aproximou levantando a mão, preparando-se para dar um soco no rosto de Pan. Pan soltou-se das cordas, rompendo-as e segurou o braço da mulher no ar. Imediatamente a outra que estava com o cano, veio em direção a Pan pronta para acertá-la com a ferramenta e, mas Pan derrubou-a com uma rasteira rápida, pisando, em seguida, no rosto da bandida.
Dafne, correu, sendo parada por Trunks que a segurou pelo punho.
-Trunks, eu tentei, eu tentei me conter, mas eu não vou mais. ? Disse Pan, com raiva.
-Pega leve, Pan.
A menina então deu um soco na cara da mulher que ela segurava pelo braço, fazendo-a cuspir dois dentes e cair de cara no chão. Em seguida, Pan deteve-se na mulher que ela havia dado a rasteira. Ela levantou-a pelos cabelos, fazendo a mulher gritar de dor, para em seguida, girar e torcer seu braço esquerdo, causando uma pequena fratura abaixo do cotovelo.
-Vocês não têm nem vergonha, obedecerem a essa delinqüente da Dafne! Porque vocês fazem isso? Por amizade? Ou porque ela paga vocês? Acho que vocês não passam de umas coitadas.
Pan dirigiu-se até Dafne que estava ainda presa por Trunks. A Saiyajin segurou no braço dela com força, dando a impressão a Dafne, que seu braço seria esmigalhado.
-Você é um mostro menina! Socorro....Socor...
-Eu sou um monstro? Eu que armo emboscada para outros?Você não pensou que fosse perder essa não é?Não é sempre que se ganha tudo queridinha ...- Pan apertava mais forte,a mulher estava perdendo o fôlego de dor.
-Chega Pan, ela não merece nem isso...
Pan puxou Dafne contra seu corpo, e com uma joelhada no estômago fez a moça cair desmaiada no chão.
Trunks ligou para polícia pedindo para falar com o comandante, que era amigo de seu falecido avô. O rapaz explicou que havia parado uma briga de rua com três mulheres, e pediu para que a polícia mandasse uma ambulância ao local. Os dois Saiyajins esperaram lá até a polícia chegar.
Depois de tudo resolvido, Trunks voou com pan até a casa da menina. Pan foi todo caminho quieta emburrada. Chegando lá, Videl e Gohan estranharam o mau humor da menina e notaram a mancha de sangue no rosto.
-O que foi isso no seu rosto filha? ? Videl perguntou.
-Foi uma demonstração de amizade da ex namorada maloqueira desse senhor sem noção aqui, e da gang de rua dela.
-Sua fama está boa, heim Trunks! ? Debochou Gohan.
Trunks contou o que aconteceu, enquanto Pan tomava um banho. Gohan ria enquanto Videl dava um sermão em Trunks:
-Você tem que escolher melhor suas companhias, Trunks. Essa moça poderia ter roubado coisas da Corporação Cápsula.
-Eu sei Videl. Foi mal.
-Hahahaha, essas meninas se deram mal mesmo! Bem feito pra elas. Quem manda se meterem com a Pan? ? Gohan se divertia com o acontecimento. ? Alguém tinha mesmo que ter dado uma lição nelas.
Pan saiu do banho e Trunks pediu licença a Gohan se para subir até o quarto para falar com a menina.
-Pan, você não está brava comigo não é?
-Hunft! Eu estava, mas como pude dar uns socos nelas estou mais calma.
Trunks levantou Pan e colocou-a sobre seus ombros. Carregou a moça e a jogou sobre a cama, deitando-se sobre ela, segurando seus braços acima dos ombros:
-Você quer lutar? Tente lutar comigo então...
Pan esperneou e tentou soltar seus braços, mas sabia que nunca iria conseguir, então prendeu suas pernas na cintura de Trunks trazendo-o para mais perto dela.
-Pan ...Nós estamos na sua casa...
-Você me deixou irritada Trunks ...Tem que me compensar por hoje...
-Com seu pai lá em baixo nos cuidando....?
Trunks levantou-se da cama, pegando Pan no colo. Os dois saíram do quarto e o Saiyajin arrastou a menina pra rua dizendo para Gohan:
-Ela está com muita energia acumulada, nós vamos treinar aqui fora, pra raiva dela passar....
Os dois treinaram a tarde toda. Pan realmente estava com raiva.