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Notas do capítulo
Bem gente, neste capitulo não acontece nada de mais, é só pra completar o que vai acontecer no próximo. Ou seja, não tem nada de "interessante" por assim dizer. Desculpem a demora na postagem, é que eu realmente não estou acostumada com este tema, então está sendo um pouco difícil de escrever. Desculpem qualquer erro.
Apreciem a leitura...
(Cap. 5) Capitulo 5: Dia de... Voltar...
Por que você é um inútil? Não consegue nem lembrar do seu passado... Um covarde inútil príncipe...
O dia se seguiu sem a aparição do príncipe pela casa, às 16h30min, que fora quando o mesmo acordou, estava deitado em sua cama, com dores pelo corpo. Ao seu lado esquerdo estavam Sebastian e Ciel. Quando os viu, em surpresa agarrou-se ao lençóis e moveu-se para trás com certa dificuldade, cobrindo a cabeça.
? ? Descubra-se, príncipe. Temos assuntos a tratar e agir como uma criança agora não vai adiantar de nada.? ? Disse ríspido Ciel, olhando para o garoto na cama.
? ? Sa - saia...? ? disse em um resquício de voz, Nathan.
Ciel bufou, olhando para o garoto com desdém. Sebastian mantinha-se impassível ao lado de seu jovem mestre; não que estivesse esperando uma outra reação do príncipe, mas quanto mais ficava ali, esperando a boa vontade do jovem, mais via a paciência de seu mestre esvair.
? ? Descubra-se logo! ? ? ordenou Ciel, mas o príncipe não se moveu. ? ? Não o fará??
O príncipe continuou onde estava. Queria sair dali, mas não conseguia se mover normalmente, queria gritar, mas sua voz estava muito fraca; tremia incontrolavelmente e ouvir a voz do garoto só fazia se lembrar da noite anterior, onde o garoto fora brutalmente violentado pelo mordomo.
Ciel se virou para Sebastian, e depois virou-se novamente para Nathan, sua sobrancelhas estavam levemente frisadas e seu descontento era visível.
? ? Escute bem, príncipe. Você pode tentar ignorar isso e fazer seu dever, ou pode me fazer tomar medidas drásticas. Adivinhe, agora, qual é a sua melhor opção...? ? disse preparando-se para sair do quarto.
Nathan viu um frio subir-lhe a espinha, e mesmo com receio, abaixou a manta, acomodando-se, de forma desajeitada, na cama e fitando seus convidados. Seus olhos expressavam medo, e ele agarrava a manta com força para não chorar.
? ? O ? o que foi?? ? disse ainda inseguro.
? ? Temos que falar sobre uma pessoa...? ? começou Ciel, sentando-se em uma cadeira que ficava ao lado da cama. ? ? E essa pessoa é Henry Scollt.?
? ? Quem é esse?? ? perguntou o príncipe.
? ? Explique tudo para ele, Sebastian...?
? ? Henry Scollt é um ex empregado desta casa, atualmente ele vive em Amateu, porém esteve presente na invasão do exercito que ocorreu há 7 anos e causou a morte de sua mãe, e rainha, Ângela Fhörx.? ? começou Sebastian ? ? Dentre os sobreviventes da casa, restaram apenas os três príncipes, Matilde, a empregada, Luca, o cozinheiro e Henry, o mordomo de vossa majestade. Logo após o atentado, Henry foi demitido e foi morar sozinho em um pequeno vilarejo perto de Galtie, porém, há dois anos mudou-se para Amateu, onde vive atualmente. Segundo as pesquisas realizadas na época, nada fora comprovado em relação há alguém da família real estar envolvido no atentado, como também como o fato eles saberem os lugares de fuga e esconderijos da casa. As pessoas que possuíam tais informações eram Rainha, Henry, Matilde, e o mais velho dos príncipes.? ? Sebastian fez uma pausa, e neste momento, Ciel se pronunciou.
? ? Está entendendo?? ? perguntou Ciel, vendo a face avoada do príncipe. Não recebera resposta dele, fazendo com que o garoto o chamasse novamente. ? ? Nathan!?
? ? Ah, oi, sim? ? ? disse meio sem saber do que estavam falando.
? ? Está nos acompanhando?! Sebastian não irá repetir!?
? ? Estou, estou... Eu só, estava lembrando de algumas coisas...?
? ? Lembre-se depois, estamos tratando de coisas serias aqui.? ? disse impaciente Ciel.
? ? Na verdade, é bom que se lembre... Queria saber o motivo pelo qual ele foi demitido. Você se lembra? ?
? ? Hun... Eu não me lembro...? ? disse pensativo ? ? Nem sequer me lembro dele, talvez Matilde saiba, por que não pergunta à ela??
Sebastian suspirou o que chamou a atenção dos outros dois garotos. Parecia, para eles, que o mordomo já tentara aquilo, mas não dera certo. Ciel estava já desconfiado de Sebastian, desde a ultima noite que ele estava estranho.
? ? Tudo bem, era só isso...? ? começou Ciel ? ? Sebastian e eu vamos ficar fora por algum tempo, príncipe, portanto, portanto procure manter-se longe de problemas...?
Ciel levantou-se e acompanhado de Sebastian, fora em direção á porta. Os dois saíram do quarto deixando o príncipe sem explicar nada. Ciel e seu mordomo foram para o quarto. E quando chegaram, Ciel fez-se presente.
? ? O que há com você??
? ? Como assim jovem mestre?? ? perguntou sem, realmente entender.
? ? Não se faça de desentendido, Sebastian. Quando Nathan pediu para falar com a empregada você suspirou. De duas noites pra cá você esta estranho. O que está acontecendo??
? ? Não esta acontecendo nada, bocchan...? ? disse Sebastian indo em direção ao seu mestre, e mudando de assunto ? ? Para onde você vai, bocchan??
? ? Do que está falando?? ? perguntou enquanto se dirigia para a cama, para que o mordomo começasse a despi-lo.
? ? Você disse ao príncipe que não estaria presente...?
? ? Ah, isso... Eu quero voltar para o nosso mundo, estou com saudades do meu bichinho de estimação...? ? disse sorrindo.
Sebastian torceu levemente o rosto em desgosto. Não sabia como seu mestre gostava de uma criatura tão grotesca e repugnante como aquela que habitava o mundo dos demônios, e era vista como um animal de estimação.
Já sem roupa, o ex-conde dirigiu-se para a banheira, que para a sua surpresa estava pronta e com a água quente, já que havia colocado um dos pés lá dentro.
? ? Quando você...?!? - virou-se para o mordomo, que tinha um largo sorriso, um pouco cínico talvez, no rosto.
? ? Está de seu agrado, bocchan?? ? perguntou, quando ele finalmente afundou o pé.
? ? Sim... Apesar de que poderia estar melhor...? ? pensou alto até demais a segunda parte, de modo pervertido.
? ? Perdão...?
Ciel começou a afundar-se na água, remexeu-se na banheira, acomodando-se, e relaxando logo depois. Sempre gostou de tomar banho quente, o pequeno demoniozinho.
Depois de alguns minutos, Ciel saiu da banheira, indo para o quarto para trocar-se. Já vestido, os dois, mordomo e mestre desceram as escadas, recebendo olhares atentos da empregada e do jovenzinho que brincava na sala. E sem falar com ninguém, os dois saíram da casa. Do lado de fora, Sebastian pegou Ciel no colo, como o mesmo adorava que o mordomo o fizesse, e saíram dali em uma velocidade, subumana, em direção ao destino de ciel. Deixado o pequeno lá, foi para o outro reino, afinal, ainda precisava fazer seu trabalho, ou melhor, o trabalho que deveria ser de seu mestre.
No restante da noite, os dois não foram vistos como também o príncipe não saiu do quarto. Jantaram apenas, como de costume, os dois príncipes restantes. No outro dia, Nathan já conseguia se mover, apesar de ainda ser acometido de dor nos quadris, não era nada insuportável, como estava antes. Seu primeiro destino foi a biblioteca, ler alguma coisa sempre o fazia espairecer.
Keelh estava mais sorridente, depois do aviso do príncipe que os hospedes haviam se ausentado por alguma razão, o menino sentiu realmente liberdade naquela casa. Desejava para que os dois nunca mais voltassem.
Passaram-se um dia, dois dias, três dias, e nada. Eles não voltavam. O príncipe já começara a ficar preocupado, outrora chamando Ciel para ver se este lhe escutava, mas nada surtia efeito. Talvez fosse melhor esperar, afinal, eles não sumiriam assim, pois seu contrato com aquela criança ainda estava de pé, ou melhor, Nahan acreditava que sim.
Talvez os desejos do pequeno Keelh possam finalmente ter se realizado.