The Snake Bite

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    The Fear

    Mutilação, Suicídio, Violência

    Vejo muitos gatos a minha frente. Gatos pretos, alguns com os olhos verdes, outros amarelo, e o maior deles tinha olhos vermelhos, todos brilhando a luz da lua cheia. Os gatos miavam de um jeito estranho, como se estivesse com raiva, e aos pouco vinham andando em minha direção. O que eu faço, corro, grito??? Mas o que eu posso fazer, eu sou muda, não posso gritar, e ainda sou uma criança, não consigo correr muito bem. Seja lá o que eu fizer não vai adiantar muito, e diante de tantos gatos, não sei se vou sair ilesa. Mas por algum motivo os gatos pararam. Parece que ficaram com medo de alguma coisa atrás de mim. Estou com medo de ver o que é, mas de alguma forma, tenho que ver o que é para saber o que me deu um fim. Vou virando lentamente para ver o que é. Não consigo parar de tremer de medo.

    Quando viro o suficiente para ver o que é, vejo uma grande silhueta de uma pessoa, mas, seu rosto esta com uma forma diferente, parece que lhe falta alguma coisa. Ele estende a mão até mim. Com medo, eu corro pra debaixo da luz fraca de um poste velho. Conforme aquele vulto se aproxima da luz, eu vejo que ele está mancando, mas por quê? Segundos depois, vejo que lhe falta um pedaço de uma das pernas. Aquele estranho vulto continua a se aproximar lentamente, quanto mais perto ele está, mais dele eu consigo ver. Ele está com uma roupa branca, toda manchada de sangue e rasgada, me pergunto porque ele estaria assim. Cada vez mais perto começo a enxergar seu rosto, me parece um rosto de um homem, mas está diferente, possui cortes bem profundo e aparentemente recentes, seus olhos estão escuros, e um deles está quase saindo do lugar, parte do seu cabelo parece não existir e com ele parte do crânio, deixando a mostra seu cérebro. Diante daquela visão horrível, tento correr o máximo que posso.

    Depois de um tempo correndo, escorrego em alguma coisa, mas pelo tanto que corri acho que já estou à salva. Mas quando olho em volta vejo vários cadáveres. Quando olho para trás para saber o que me derrubou, me deparo com o meu próprio cadáver, mutilado e em uma poça de sangue. Se eu pudesse gritar perante aquela visão horrível eu gritava, mas não podia. Quando me levanto, me pergunto: o que poderia ter feito algo tão horrível, e por que o meu cadáver também está aqui, sendo que eu ainda estou viva? Quando recupero um pouco mais de força para continuar andando diante daquele mar de corpos ensanguentados e mutilados fico cada vez mais aterrorizada. Quando começo a escurar um som de respiração. Quem será. Será algum sobrevivente? Será que é uma pessoa querendo salvar quem está aqui? Ou será que é quem causou tudo isso?

    Meu medo fica cada vez maior quando essa respiração começa a ficar mais próxima e mais forte. Não sei se tento sair dali com medo do que possa ser, ou se espero para saber quem é. Mas para o meu azar, o dono daquela respiração não era ninguém agradável para os meus olhos: era uma serpente branca, de tamanho colossal, com olhos amarelos como a lua naquela noite, com sangue saindo de sua boca e parte de corpos preso em suas presas. Suas escamas estão manchadas de sangue por se arrastar em meio a tantos cadáveres e mutila-los ainda mais com o seu peso. Diante de tal animal, não adiantaria correr, pois comparado ao morto-vivo que estava atrás de mim, essa serpente me alcançaria em poucos segundos e com certeza me devoraria. Mas então o que posso fazer? Meu medo de tudo aquilo foi tão grande que minha mente não aguentou tanto nervosismo, então desmaiei...

    Quando eu abro os olhos, estou deitada numa cama, vendo o teto de um quarto, sento na cama para olhar em volta. Não vejo nada assustador, na cômoda ao lado da cama eu vejo alguns frascos que parecem de antibióticos, e através da janela eu vejo a luz do Sol no quarto. ?Então tudo aquilo não passou de um terrível pesadelo? eu penso, mas ao me levantar, meu joelhos começam a doer e quando puxo a barra da calça pra cima, vejo grandes marcas roxas nos meu joelhos, é quando me lembro de quando tropecei. ?Tudo aquilo realmente aconteceu? Então, como sobrevivi depois de ter desmaiado?? Essas duas frases me passam pela cabeça antes de ouvir passos vindos de trás da porta. Meu coração que já estava acelerado acelera mais ainda quando ouço a porta abrir. Acabo ficando paralisada de medo e não consigo me esconder. Mas meus medos eram desnecessários, pois que vinha de trás da porta eram um homem de estatura media, aparentando uns 25 anos, de cabelos negros e curtos, olhos castanhos e óculos. Ele dizia que se chamava Dr. Cold e que me encontrou inconsciente no meio do parque durante a madrugada enquanto caminhava. Então eu me perguntei: ?Mas e a cobra e os cadáveres, será que ele os viu também??. Eu fiz gestos para ele me dar um pedaço de papel e algo para escrever nele e escrevi a pergunta. Segundo ele, não havia nenhum corpo, mas tinha umas estranhas mascas de algo que foi arrastado perto dela, uma marca avermelhada. Nessa hora meu coração quase parou, então realmente eu vi aquela criatura, mas pra onde foram os corpos e como aquele bicho conseguiu levar tantos corpos de uma só vez e em tão pouco tempo, pois quando tudo isso aconteceu já eram 1 da manhã.


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