Samurai Host

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 10

    Estrangeiro

    Violência

    Acordei, já devia se quase meio dia, a fome me assolava, estávamos parados na frente de uma linda pracinha, o clima do local era frio e as casas aconchegantes, em estilo Finlandês, aquele lugar não me era estranho, Vitor dormia como um bebê, como pode? Abri a porta do carro e sai. Caramba estávamos em Penedo, não acreditei. Andei mas um pouco, seguindo o cheiro de uma deliciosa comida. Então senti alguém puxando o meu braço, o susto foi muito grande, virei, era apenas Vitor. Respirei fundo:

    ___Vamos nos esconder aqui?

    ___Não, Manú__ Disse ele fazendo biquinho __Vim encontrar um amigo, ele vai pegar carona com a gente.

    ___Ele sabe que você está fugindo?

    ___Eu fugindo? Nós estamos fugindo!

    ___Nós nada!___disse eu indignada.

    ___Nós sim, amor. Estamos fugindo para o paraíso __ Ele me apertou em um abraço forte, e sedutor. Eu tentei sair, mas era difícil. Ele era muito...

    __Cadê seu amigo?__perguntei entre um aperto e outro.

    ___Ele tem uma lojinha aqui em Penedo. Ele é estrangeiro!

    Caminhamos até a praça central, a lojinha dele ficava perto da casa do papai Noel.Vendia um monte de bunginganga, comprada certamente na 25 de março em São Paulo. Mas eram bunginganguinhas caras. Safado, lucrava muito e gastava pouco, eu não compraria nada.

    ___Hi-mi-tsuuuu__ Gritou o cara num sotaque estranho quando viu o japonês, chamando a atenção dos outros vendedores ,___ Você veio até mim, sabia que estava sentindo falta.___ Essa ele falou afetadamente.

    O camarada era loiro, maior que Vitor, mais forte, poxa vida, lindão mesmo.

    Tipo um loiro alto, bonito e sensual.

    __Estrangeiro, vamos embora, agora! Fecha tudo!

    __Mas porque? Não poder fazer isso___ Sinceramente o sotaque dele era uma mistura de espanhol, inglês , Frances, russo , alemão. Algo indecifrável, que deixava as suas palavras saírem muito engraçadas.

    __Temos que ir, depois eu falo, ainda temos que buscar o outro.

    __Nem conhecer, este, Vitor.__ o loirinho falava tão bonitinho.

    ___Vai conhecer.

    Neste meio tempo, o telefone da loja tocou, o estrangeiro atendeu, disse meias palavras. Desligou!

    __Himitsu, eles já estar aqui, Carro, onde estar?

    __Esquece o maverick, vamos com o seu!

    __Vai deixar seu carro, Vitor?__ Perguntei sem entender nada da conversa.

    __Claro, que não, amor__ Vou deixar com alguém pra cuidar, Já esta tudo esquematizando, eu tive que trabalhar muito pra tê-lo.

    __É, ele dar muito suor no seu trabalho! __ Falou o loiro , alto bonito e sensual, ironicamente __Desculpe, eu não me apresentar , eu sou Estrangeiro.__ Ele devia ter frequentado a mesma escola de pornografia de Vitor. Eles se olhavam de um modo estranho. Isso estava ficando muito Yaoi.

    ___Uhhhhh, eu sou Manoela, e qual seu nome?

    ___Estrangeiro.

    ___Como assim?

    ___Ele chama estrangeiro mesmo amor!

    ___Só, você sabe meu nome né?!__ O estrangeiro disse isso abraçando afetadamente o japonês, que não recuou e o abraçou de volta.

    ___Vocês são namorados? Perguntei em um tiro.

    Eles olharam como se quisessem me metralhar.

    __Não! Não somos. Nunca fomos, e jamais seremos. Somos sensíveis ao amor. Só isso! Manu-chan

    __Tá, né se você diz, Vitor. __ Eles continuavam abraçados.

    Ouvimos um tiro, sem pensar, Vitor puxou a gente pelas mãos, e fomos correndo passando pelas vielas até chegar no outro lado, os capangas estavam atrás de nós.

    Escondemos atrás de uma barracaquinha.

    ___A minha lojinhaaaa__ choramingou o Estrangeiro.

    __Estrangeiro, tome conta dela, eu vou pegar a Ticha.

    ___Ticha, que ser isto Himitsu?

    __A outra uéh! Mas olha, ela vai seguir viagem com a gente, e um doce de pessoa, não riam dela.

    ___E por que, riríamos dela, Vitor?

    Ele foi andando despreocupadamente, enquanto eu e o loiro pornosensual ficávamos ali, no cantinho.

    ___Achar melhor nós ir para moita.__ disse ele dando uma piscadela, e como o japonês, passando a língua por entre os lábios,

    __Não diga!? __ Eu já estava me acostumando com isso. Não pensando bem, não estava não!

    __Verdade, não preocupar, eu não ir agarrar você, agora não! Eu estar , como dizer em português?

    ___Chateado?

    ___Não. Esta não ser a palavra.

    ___Broxa! __Eu sei, falei besteira, para o homem, tão perigoso quanto o japonês.

    ___Não, tocar aqui pra ver se eu estiver broxa.__Ele disse puxando a minha mão para lá,na parte onde pode ficar broxa ou não.

    ___Não, tá , tudo bem eu acredito em você! Vamos mudar de assunto de onde você é? ___ Puxei a minha mão, que perigo!

    ___Do estrangeiro;

    ___Sim mais de qual país?

    ___Estrangeiro__ Ele disse num sorriso, de deixar qualquer um ou uma pensando um monte de...

    Fui cortada no meu pensamento, Vitor corria, e atrás dele uma mulher, mas o capanga foi mais rápido e pegou a mulher. O estrangeiro e eu ficamos parado, olhando, escondidinhos.

    __Larga a Ticha!__ Gritou Vitor, numa voz máscula, de matar cachorro!

    ___Por que ele estar a gritar larrgarrtixa? Não ser aquele bichinho, Significar o que?__ perguntou o estrangeiro.

    ___Ele não está gritando lagartixa, ele esta falando para eles soltarem a Ticha, a moça, esqueceu que ele se chama Ticha? Vamos ajuda-lo?

    ___Não deixar ele se virar. Não se preocupar, me abraçar e cuidar de você! hum?__ Este é pior que o japonês? Será? Pensei.

    Dito e feito, Vitor se lançou para cima do capanga que nem deu tempo de reagir. Mas a moça não ficou atrás deu uns pontapés no cara caído e correu junto com Vitor. Chegaram até nós, no cantinho.

    ___Vamos, onde está seu carro, Estrangeiro?

    ___Perto de onde você estacionar o seu!

    Vitor me puxou para si. Segurando-me pela cintura. A moça não parecia nada diferente, estava com uma mochila, calça jeans e blusa.

    ___Agora como vamos pegar o carro. Estão todos lá, em volta do Maverick.

    Merda! __ Vitor estava bastante preocupado desta vez.


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