Hidan e Sasori se entreolharam, riram e foram para seus quartos, assobiando. Esta foi uma longa noite... Mas divertida.
Na manhã seguinte, Sasori acordou bem cedo para fazer o café da manhã para todos. Deidara também estava na cozinha, conversando com ele. Dois artistas discutindo, defendendo sua própria arte, mas um respeitando o outro.
"Sasori no Danna... Quantas vezes tenho que dizer? A arte é efêmera, transitória. Hmm.", disse Deidara, segurando uma caneca de chá.
"Acho que já discutimos isso, Deidara... Para mim, arte é e sempre será algo duradouro, eterno." Sasori retrucou, pondo a mesa.
"Vou provar para você o que digo... Hmm..." Deidara apontou para um pratinho que tinha um lindo cupcake. "Está vendo esse delicioso cupcake?"
"Sim. Perfeito, não é?" Sasori olhava para o doce enfeitado e colorido.
"Exato. Hmm. Uma verdadeira obra de arte, certo?" Deidara sorriu.
"Certo. Mas o que isso tem a ver com a nossa discussão?", perguntou Sasori, confuso.
"Observe..." E imediatamente Deidara pegou o cupcake e o abocanhou de uma só vez. "Hmmmm!"
Sasori estava com uma expressão indignada. "Deidara..."
O jovem artista, pondo a mão na frente da boca cheia e suja de creme, disse:
"Entendeu, Danna? Arte é efêmera... Hmm."
"Você tem sorte de eu não precisar comer, seu..." Sasori deu um safanão de brincadeira no rabo-de-cavalo de Deidara, que não parava de rir.
Pouco a pouco todos chegavam; Zetsu iria demorar um pouco mais, porque já estava saindo o sol e ele queria fazer a fotossíntese antes de tudo.
"Bom-dia, pessoal...", disse Pein, entrando de mãos dadas com Konan. "Tobi ainda está dormindo, pelo jeito..."
"Vai ver que o moleque só conseguiu dormir depois de o Hidan parar de cantar.", disse Kakuzu. "Eu não o culpo."
"Vai tomar no c*, Kakuzu!", respondeu Hidan, enfiando uma maçã inteira na boca de Kakuzu. "Ninguém pediu o c*****o da sua opinião!"
"Quais são as missões de hoje, Pein?", disse Itachi, comendo um onigiri.
Tobi acordou e resolveu descer da cama. Engatinhou até a beira, agarrou-se na colcha e caiu de bumbum no chão. Escutou as vozes que vinham da cozinha e engatinhou até lá. O bebê adorava estar com sua "família".
"Olhe só quem vem aí! Vem cá, bebê...", disse Kisame, pegando Tobi no colo e colocando-lhe a chupeta na boca.
"Mamãe vai fazer seu mingauzinho agora... Kawaii!" Konan deu um beijinho amoroso na cabeça do bebê.
"Mamma!!" Tobi estava tentando falar. Pein o encorajou:
"Fale 'papai', Tobi!"
"Pappa!!"
"Muito esperto... E como é seu nome, mesmo?" Pein continuou, sorrindo.
Tobi ficou encabulado, olhando para baixo e fazendo beicinho. Ele era chamado de tantos nomes que não sabia qual dizer.
"Aww, não fique acanhado, nenê..." Sasori fez um carinho no bebê e apontou para si mesmo. "Qual é meu nome?"
"Nanna!!" Tobi apontou para Sasori, que lançou um olhar reprovador para Deidara enquanto todos riam.
"A culpa é toda sua, Deidara..."
"Mas, Danna, 'Sasori' é um pouco complicado para o Tobi falar, hmm. Ele não fala nem meu nome...", disse Deidara, que olhou para o bebê e fez cócegas nele. "Tobiii... Hmm!"
Tobi gargalhou:
"GAHAHAHAHAHA!!! Ten-pai... Hmm!"
Todos riram da tentativa de Tobi de dizer senpai e de imitar o jeito de falar de Deidara.
"Bebês adoram imitar...", disse Konan, rindo e dando o mingau para o bebê.
Tobi apontou para Kakuzu e disse, com a boca cheia: "Gagudu!!"
Kakuzu olhou para Tobi: "Boa tentativa... moleque." E começou a ler um jornal.
Kisame, que estava segurando Tobi, perguntou também: "E eu, Tobi, quem eu sou?"
"Ishame!!" Tobi respondeu, decidido, apontando.
"Vamos, Tobi, coma mais um pouco..." Konan deu mais uma colherada de mingau.
"E eu, Pestinha-chan? Como eu me chamo?" Hidan estava acenando para Tobi, com o sorriso cômico.
"Inan!!" Tobi estava agitando os bracinhos.
Zetsu apareceu para tomar o café com os outros e o bebê imediatamente apontou para ele: "Jeshu!!"
"Que bonitinho! Acertou!", disse Zetsu Branco.
"Acertou nada! E acho que vou vomitar de novo...", disse Zetsu Preto.
Itachi estava sentado em frente a Tobi e arriscou perguntar, também.
"E eu, Tobi? Você sabe meu nome?", perguntou Itachi, com a voz calma e o olhar sereno para Tobi.
O bebê sorriu e disse: "Ita... chi!!"
Konan ficou impressionada: "Tobi conseguiu falar seu nome direitinho!"
"Talvez por ser mais fácil para um bebê pronunciar..." Itachi estava sendo lógico.
"Pois eu ainda prefiro que ele me chame de Inan..." Hidan disse, fazendo pose de orgulhoso.
Ouviu-se um grito rouco que veio do lado de fora do quartel-general:
"E o meu nome, Tobizinho lindo? Você sabe o meu nome?"
Todos com exceção de Tobi ficaram com a gotinha anime de suor na testa. Deidara, modelando um pouco de argila com as bocas de suas mãos, disse para o bebê:
"Olhe isto, Tobi... Hmm..." E de suas mãos saiu uma linda borboleta. Tobi bateu palminhas enquanto viu a borboleta voar até a grade de ventilação para que pudesse ir para fora da casa. Assim que se certificou de que a borboleta estava lá fora, Deidara fez os selos com as mãos e gritou:
"KATSU!!!!!"
Uma grande explosão aconteceu, e alguns gritos vindos de "vocês-sabem-quem" ecoaram, além do tradicional "EU VOLTAREI!!!!"
Terminado o café, Pein definiu as missões; desta vez, Kisame iria sozinho, porque Itachi se ofereceu para cuidar de Tobi. Todos se despediram e partiram; Itachi cuidou da louça, enquanto Tobi, sentado no chão, tentava conversar com ele. "Itachi... Agaga-gugugu..." Bem, para Tobi isso era sinônimo de altos papos.
"Muito bem, Tobi, que tal um banho antes de sairmos um pouco?", disse Itachi, pegando o bebê no colo. Ele sabia que Tobi precisava de um pouco de ar fresco e luz, e um passeio nos arredores da floresta em que o esconderijo se encontrava não iria fazer mal algum.
O dia estava ensolarado; Itachi colocou o chapéu de palha típico da Akatsuki. Carregava Tobi, e este estava distraído pelo tilintar do guizo pendurado no chapéu. Aquele som o acalmava, e a sombra do chapéu o envolvia, também. O bebê olhava atentamente para tudo, as árvores, a grama, o pequeno lago...
Itachi e Tobi passearam por mais alguns minutos, até chegarem a uma lojinha de beira de estrada.
Itachi estendeu um cobertor na grama e colocou Tobi sobre ele.
"Espere aqui, bebê, já volto." Disse, indo para a lojinha por um momento. Segundos depois, voltou segurando uns espetinhos coloridos e ofereceu um para o bebê.
"Coma, Tobi... Mas tome cuidado." Tobi abocanhou um dos bolinhos coloridos que estavam espetados no palito. Mal mastigou o primeiro, comeu o segundo. Agora ele parecia um daqueles hamsters que guardam a comida nas bochechas, a visão era engraçada, no mínimo.
Itachi sorriu para o bebê. "Ei, não coma tão depressa, vai doer a barriguinha."
Tobi estava encantado com o doce; ficou mastigando por um bom tempo, os olhos brilhando de satisfação. "Hmmmmm..."
Itachi estava distraído comendo, quase não percebeu que o bebê estava puxando pela sua túnica. Ele já havia terminado de comer e parecia que queria perguntar algo.
"Itachi... Eeh... Eetee..."
"Ah, este doce? Você quer saber o nome?" Itachi tentou adivinhar a pergunta. E acertou.
Tobi agitou os bracinhos, ansioso. Deveria significar um "sim".
"O nome do doce é... dango."
O bebê parou de agitar os bracinhos e ficou olhando atentamente para Itachi. De repente, um risinho.
"Ehe... Hihihi... Hihi... Ehehee..."
Itachi fingiu estar sério. "Oh, você acha gozado eu falar... dango?"
Tobi teve outro acesso de riso. Itachi estava se achando o maior comediante do mundo.
"Dango, dango!"
"GAHAHAHAHAHAA!" Tobi se desequilibrou e deitou no cobertor de tanto rir.
Itachi falou bem devagar: "Eu acho que o bebê gosta deeee..."
Tobi, deitado, ficou na expectativa da brincadeira.
"...dango!"
O bebê caiu na gargalhada de novo, ainda deitado e segurando a barriga.
"AAAAHAHAHAHAHAGAHAHAHAHA... ITACHI-II-IIII..."
Itachi olhou para o bebê com ternura; a risada era contagiante e muito, muito fofa. Desarmaria até o Ibiki, sinceramente.
Triunfante, disse:
"E o Hidan pensava que só ele conseguia fazer o Tobi rir, hein?"
Ao mesmo tempo, em uma missão com Kakuzu na Vila Oculta da Nuvem...
"AH... AAAATCHIM!!!!" Hidan espirrou de repente. "C*****o! É meio difícil eu me resfriar..."