"Se você colocar esse vídeo na internet, Kisame no Danna, vou fazê-lo experimentar um pouco de arte, e não estou falando de uma volta no museu! Hmm!"
À noite, Pein determinou as missões para todos, mas, como ele havia já planejado, alguém teria que ficar de olho em Tobi, para o caso de Orochimaru voltar.
Sasori acabou sendo escolhido para a tarefa, e não se importava em cuidar do bebê. Ele sabia o que era sentir falta do amor dos pais, e não queria que Tobi se sentisse só.
No dia seguinte, bem cedo, Pein, Konan, Kisame, Itachi e Zetsu, antes de rumarem para suas missões, foram ao quarto de Tobi, que ainda estava dormindo... Ou melhor, roncando.
"Ele parece estar bem...", sussurrou Pein. Konan ajeitou o cobertor em cima de Tobi e beijou-lhe a testa.
"Tobi me faz lembrar de Sasuke quando era bebê...", disse baixinho Itachi.
"Que sono pesado, hein?", comentou Kisame, rindo.
"Até logo, Tobi...", despediu-se Zetsu Branco.
Duas horas mais tarde, Sasori foi ao quarto de Tobi, que já estava acordado e sentado na sua cama.
"Bom-dia, nenê...", disse, abraçando Tobi.
Depois de banhá-lo, trocá-lo e de dar-lhe a comida, Sasori deixou-o sentado no tapete da sala e foi pintar algumas peças de suas marionetes que estavam espalhadas em cima de uma mesa. Tobi brincava com um ursinho de pelúcia (que Kakuzu achou melhor comprar "para o moleque não encher o saco de ninguém"). Como fazia frio naquela manhã, o bebê estava com um macacão felpudo laranja e um casaco preto de lã.
"Fique brincando e não saia da sala, certo, Tobi?", disse Sasori, calmamente.
"Gaaga-gu!" Tobi, que no dia anterior havia conhecido o sentido da palavra "não", obedeceu.
Kakuzu entrou na sala e se abaixou para falar com Tobi:
"Fique longe do meu quarto, moleque." Depois acrescentou, segurando uma de suas mãozinhas: "E cuide-se."
"Pestinha-chaaaan!!", disse Hidan, com uma voz engraçada e um sorriso bobo, para Tobi, que imediatamente caiu na gargalhada.
Sasori suspirou. "O bebê tem nome, Hidan, sabia?"
Deidara pegou Tobi no colo e disse-lhe, enquanto lhe dava um "beijo de esquimó":
"Senpai tem que ir agora, Tobi, hmm. Seja um bom menino e obedeça o titio Danna."
Sasori virou-se de sua mesa de trabalho para lançar um olhar mortificado para Deidara.
"Eu não vou ser chamado de 'titio Danna'..."
Deidara só pôde dar um sorriso e perguntar para o bebê. "Tobi, cadê o titio Danna, hmm?"
"Nanna!", disse Tobi, apontando para Sasori. Todos riram.
"Escutem, vocês não têm um trabalho a fazer? Então vão logo." Sasori estava meio constrangido.
Hidan voltou-se para Tobi novamente: "A gente se vê..." E Tobi olhava atentamente para Hidan, até este abrir um sorriso cômico. "...Pestinha-chaaaan!!"
Novamente Tobi gargalhou, até cair para trás de tanto rir; ele realmente gostou da nova brincadeira.
Sasori sacudiu a cabeça lentamente, pensando em como era ridículo um bando de marmanjos ? incluindo ele mesmo ? se derreter por um bebezinho. Parou um pouco o que fazia para observar as ações de Tobi: o bebê estava tentando ficar de pé. Primeiro, ajoelhou-se e agarrou o braço do sofá, e ficou finalmente sobre os dois pezinhos, mas sem sair do lugar. Sasori sorriu e se pôs na frente de Tobi e não muito perto dele, agachado e abrindo os braços:
"Venha, Tobi, tente andar um pouquinho, venha com o tio Sasori..."
"Nanna, hihi, Nanna!"
Uma gotinha de suor estilo mangá apareceu na testa de Sasori:
"Está bem... Venha com o titio Danna..."
Tobi estava um pouco inseguro, as pernas roliças tremiam, mas ele largou o braço do sofá. Tentou arriscar um passo, mas caiu de bumbum no chão. Sasori ajudou-o a se levantar e se pôs na frente de novo:
"Venha, Tobi, você consegue!"
Desta vez Tobi deu dois passos... para depois cair de cara no chão. Frustrado, começou a chorar, e Sasori imediatamente o pegou no colo.
"MMBUÁÁÁÁÁ! NANNAAAA..."
"Shhh, não chore, nenê, titio Danna (ugh...) vai pensar em algo..."
Sasori estava tão distraído confortando Tobi que nem presenciou um chacra estranho alguns segundos antes de a campainha tocar.
"Fique brincando aqui, Tobi, já volto.", disse, colocando Tobi de volta sobre o tapete.
Quando abriu a porta, deparou com uma mulher pálida, de cabelos pretos presos num coque, que estava segurando uma câmera fotográfica.
"Olá! Sou fotógrafa de bebês, gostaria de ter um lindo álbum inteiramente grátis?", disse a mulher, com um sorriso largo. Largo até demais.
"Já esteve aqui antes?" Perguntou Sasori, desconfiado.
"Não, eu não sou Chimari-chan... Ops!" Pronto. A farsa havia sido descoberta. Sasori fechou a porta na cara da mulher, fez os devidos selos com as mãos e disse:
"Satetsu Kaihou!"
Alguns gritos e um "EU VOLTAREI!!!!" foram ouvidos. Sasori riu baixinho, pensando no apuro que Orochimaru estava passando, enquanto foi ver como estava Tobi.
"Muito bem, nenê, vou ajudar você a dar seus primeiros passos."
Ao fim da tarde, todos já estavam de volta de suas missões, cansados e famintos. A comida já estava preparada desde a hora do almoço, então não teriam tanto trabalho. O único inconveniente foi a fila do banho. Konan foi a primeira a entrar: primeiro as damas, claro.
"Ei, Pein, não pode furar a fila...", protestou Kisame, com seu roupão de estampas de peixinhos.
"Claro que posso, eu sou o líder, não sou?", respondeu Pein, segurando seu patinho de borracha.
"Itachi, me empresta seu xampu? O meu acabou ontem... Hmm...", pediu Deidara, desmanchando o seu rabo-de-cavalo.
"Tudo bem, você pode me emprestar seu creme para pentear?", disse Itachi, segurando uma toalha.
"C*****o, Konan, é pra hoje ou pra amanhã?", gritou Hidan, impaciente.
"Gente, por favor, banho de cinco minutos, tá? Não quero saber de conta d'água alta por aqui!" Kakuzu, como sempre, estava controlando os gastos, enquanto esperava sua vez.
Zetsu resolveu tomar banho no lago, era mais agradável e quieto.
Terminada essa confusão, todos foram jantar. Sasori sentou-se à mesa não para comer, mas para dar a papinha para Tobi.
"Orochimaru apareceu por aqui, de novo.", disse, dando uma colherada para o bebê. "Mas não se preocupem, botei o cara pra correr..."
"Nunca se sabe quando ele vai voltar... Bom trabalho, Sasori.", elogiou Pein, dando um pedaço de maçã para Tobi.
"Meu lindo bebê não vai ser raptado por aquela serpente horrorosa...", disse Konan, morrendo de amores por seu "filhinho". Bem, na verdade todos estavam encantados com Tobi.
Depois do jantar, Sasori levou o bebê para seu quarto, e logo em seguida chamou Hidan.
"Psiu, Hidan, lembra-se de quando você sugeriu que eu amarrasse o Tobi com fios de chacra?"
"P**a que o pariu, Sasori, eu estava brincando, hehe...", disse Hidan, meio desajeitado.
"Pois você me deu uma grande ideia, venha ver...", Sasori chamou Hidan para seu quarto.
"Que diabos você quer dizer com isso?" Hidan estava confuso, mas foi logo atrás.
Lá estava Tobi, sentado no chão, chupando sua chupeta ruidosamente e olhando para Hidan, à espera de uma brincadeira. Hidan estava sério, sem olhar para Tobi, e, de repente:
"Pestinha-chaaaan!!!!" De novo o sorriso cômico e a voz engraçada fizeram Tobi cair na risada. "O que você queria me mostrar, Sasori?"
De repente, Tobi se levanta sem esforço algum e caminha com segurança de um lado para o outro. Hidan estava de queixo caído, só de ver o bebê andando.
"S-Sasori! Você viu? O... O Tobi aprendeu a andar! P***a, como foi rápido!"
Sasori riu: "Você não está vendo? Preste atenção nas costas dele..." Havia fios de chacra atrás de Tobi, e, na verdade, Sasori estava controlando esses fios, como se Tobi fosse uma marionete. Claro que Tobi estava adorando essa "mágica", sorria o tempo todo.
"Cumprimente o tio Hidan, nenê...", disse Sasori para Tobi.
"Inainainaan..." Tobi caminhou até Hidan, acenando para ele.
"Awww, Pestinha-chan sabe meu nome..." Hidan riu e pegou uma de suas mãozinhas. "Acabei de ter uma ideia engraçada, acho que você vai gostar, Sasori..." Agora o riso de Hidan era meio malvado.
"E por que não? Explique-me e vamos pôr o plano em prática."