Filho de uma Akatsuki!

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    10
    Capítulos:

    Capítulo 4

    A estranha babá e o primeiro "não"

    Linguagem Imprópria

    Quem diria? Tobi era mesmo um bom menino!

    "Já é difícil compreender os bebês, ainda mais um Tobi bebê...", disse Kisame, rindo um pouco. Todos tiveram que concordar.

    Konan, preocupada, perguntou para Sasori:

    "Ele não vai rolar da cama? Tobi não vai parar quieto quando acordar..."

    "Não se preocupe, pus uns travesseiros em volta dele.", respondeu Sasori, tranquilo.

    "O pestinha é muito agitado. Era melhor você amarrá-lo com fios de chacra, Sasori.", disse Hidan, atacando umas costeletas de porco.

    Sasori deu de ombros e foi para seu quarto consertar algumas marionetes.

    "Quieto, Hidan, ou vou pôr você numa dieta zen-budista por uma semana!", ralhou Konan.

    "Ah, c*****o, isso não..." Hidan encolheu enquanto Deidara e Zetsu riam baixinho.

    Pein estava sentindo a presença de um chacra estranho... Foi quando a campainha (com o tema da Akatsuki, claro) tocou. Itachi, que já havia terminado de almoçar, resolveu ele mesmo verificar.

    "Deixe comigo. Estou esperando uma encomenda de uma toalha customizada... Deve ter chegado."

    Quando abriu a porta, arregalou um pouco os olhos diante da figura à sua frente. Uma colegial de cabelos pretos longos, muito pálida, de voz rouca e falar estranho, apresentou-se:

    "Olááá... Eu sou... er... Chimari-chan! Soube que vocês estão com um bebezinho, e gostaria de oferecer meus serviços de babá..."

    "Er... Como você soube do bebê, senhorita?" Itachi estava desconfiado.

    "Aaah, eeh... Eu escutei o choro, hihihi...", disse a mulher de olhos singulares, molhando os lábios de um jeito muito esquisito. "Então? Posso levar o bebê, digo, cuidar dele?"

    "Não, hoje não. Obrigado." Itachi fechou a porta na cara da esquisita mulher e pensou: "Ela vai é assustar o bebê." Voltou a se sentar com os outros na cozinha.

    "Quem era, Itachi, hmm?", perguntou Deidara, enquanto ajudava Konan a empilhar os pratos.

    "Uma mulher chamada Chimari, oferecendo-se para cuidar do Tobi...", respondeu Itachi, enchendo um copo de chá.

    "Opaaa... Como ela era?" Hidan, que bebia uma taça de vinho tinto, ficou interessado. "Bonita? Boa? Gostosa?"

    "Bem... Deixe-me ver..." Itachi estava pensativo. "Ela usava uniforme de colegial... Tinha cabelos pretos bem compridos, pele muito pálida... Voz rouca... Ah, olhos amarelos..."

    "Hummmmm, p**a mulher interessante... Estou gostando, principalmente da cor dos olhos!"

    "...e tinha uma língua comprida como a de uma cobra..."

    Hidan arregalou os olhos e engasgou.

    "PRRRRRRRFFFFFFTTTTTTTTTTTTHHHHHHH!!!!!"

    Zetsu, que estava ao lado, simplesmente tomou uma chuveirada de vinho.

    "Argh, tome mais cuidado, Hidan!", disse Zetsu Branco, chateado.

    "SEU FILHO DA P**A, CHEGUE MAIS PERTO E COMO SUA CABEÇA!!", gritou Zetsu Preto.

    Pein teve que dar uns tapões nas costas de Hidan. "O que aconteceu?"

    "Cof-cof! Argh! Não é uma mulher, p***a!! Cof-cof-cof!! É... É..." O pobre Jashinista tossia como um louco enquanto tentava falar.

    Kakuzu saiu do quarto mais calmo, para levar o prato para a cozinha e viu a cena, confuso.

    "Não me digam que vocês deram suco de tomate pro Hidan..."

    "Obrigada pela ajuda, Kakuzu, esquecemos de agradecer..." Konan disse, piscando um olho, o que fez Kakuzu murmurar um "de nada" tímido. Para quebrar o gelo, Konan pediu:

    "Er... Daria pra você ver se o Tobi está dormindo sem problemas?"

    "Eeeh, já vou falando: se ele abrir o berreiro, arranco o coração do moleque, faço um chaveiro e ponho à venda...", disse Kakuzu, dirigindo-se ao quarto de Tobi.

    Kakuzu entrou, acendeu um abajur laranja (era o quarto de Tobi, afinal) e olhou para o bebê que dormia calmamente entre os travesseiros.

    "Até que é simpático quando está de boca fechada e sem se mexer."

    Notou que o cobertor estava desarrumado e resolveu ajeitá-lo sobre o bebê. Apagou o abajur e saiu do quarto, deixando a porta um pouco encostada.

    "Pronto. Está vivo, está bem, está dormindo. Agora, com licença, vou continuar meu trabalho na tesouraria, e não quero saber de mais gastos, ouviram?" Tendo dito isso, voltou para seu quarto, e o único barulho que se ouvia era o da sua calculadora e de moedas sendo empilhadas.

    Itachi resolveu sentar-se na sala para ler um livro; Zetsu foi passear um pouco, a tarde estava agradável e não muito longe havia umas margaridas e rosas que ele queria observar.

    Konan, mais do que depressa, tirou das sacolas as roupinhas e o resto das coisas de que Tobi precisava, pôs tudo dentro de um baú e foi se sentar na sala.

    "Chimari o c*****o, é Orochimaru! P**a que o pariu, ele quer levar o pestinha!" Hidan continuava ainda explicando para Pein.

    "Hmm... Nesse caso, é melhor ficarmos vigiando. Amanhã será um dia de muitas missões, mas acredito que alguém vá ficar com Tobi enquanto o restante do grupo está ocupado...", disse Pein, recostado ao lado de Konan. Hidan concordou.

    "Vou preparar minha foice tripla, para o caso de esse p**o voltar..." E saiu para fazer seu ritual.

    Kisame estava guardando sua Samehada atrás da estante quando viu algo se mexendo no corredor; era Tobi, que tinha conseguido descer da cama e engatinhar até a sala. Engatinhava com um pouco de dificuldade (talvez por causa do volume da fralda de pano), mas olhava para a frente e sorria com todos os (três) dentinhos, deixando um rastro de baba no chão.

    "Mmmamamama..."

    "Awww, kawaii!!!" Derreteu-se Konan, estendendo os braços para pegar o seu "filhinho" e abraçá-lo. "Você deve estar com fome, mamãe vai preparar sua mamadeira agora...", disse, passando Tobi para Pein.

    "Dormiu bem, Tobi?" Pein segurava as mãos do alegre bebê enquanto o balançava sobre sua perna. Depois, colocou-o sentado ao lado de Kisame, que fingiu estar zangado:

    "Tobi, que susto! Já está treinando para ser shinobi, né?"

    Todos riram. Tobi enfiou toda a mão na boca, mas Deidara puxou-lhe levemente a mão, e, com a voz firme mas contida, disse:

    "Não, Tobi. Não ponha a mão suja na boca. Mau menino. Hmm!"

    Deidara estava com a expressão de reprovação que faria para o Tobi adulto; como o artista explosivo que era, tinha um temperamento imprevisível. Mas... Ele não estava falando com o Tobi adulto. Era com o bebê; e a reação de um bebê diante de um categórico "não" é algo bastante dramático. Pois bem, Tobi não esperava essa seriedade de Deidara assim tão de repente; seu rosto ficou corado, lágrimas começaram a brotar de seus olhos redondos, os lábios começaram a tremer e...

    "BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁ... UH!!! UÁÁÁÁ..."

    Itachi acariciou os cabelos do bom menino e colocou-lhe a chupeta na boca.

    "Pegue, Tobi. É melhor do que ficar comendo os dedos..."

    Deidara suspirou: "O chorão de sempre... Hmm. Desculpe, Tobi..." Resolveu pegar Tobi no colo. "Venha com o senpai, venha..."

    Tobi ainda estava soluçando. Mas olhava para Deidara com uma curiosa expressão; algo da palavra senpai veio-lhe à memória.

    "Senpai está aqui... Não chore, hmm?" Deidara falou suavemente (para espanto de quem estava na sala) enquanto balançava o bebê. Tobi agora parecia estar mais seguro.

    Konan chegou com a mamadeira e tirou a chupeta da boca de Tobi.

    "Quer tentar, Dei?"

    Kisame foi buscar sua câmera, isso não poderia deixar de ser registrado. Lá estava Deidara, dando a mamadeira, sorrindo e fazendo caretas para o risonho Tobi, que segurava um pé enquanto mamava.

    "Bom menino, Tobiii..." De repente, o jovem artista saiu do "transe paternal", olhou para Kisame, rangeu os dentes e gritou, com o "jeito Deidara de ser":

    "Se você colocar esse vídeo na internet, Kisame no Danna, vou fazê-lo experimentar um pouco de arte, e não estou falando de uma volta no museu! Hmm!"


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