Lie Fantasy ~ Deuses do Inferno

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    Capítulo 31

    Despedida Sorrateira 13.2

    Lief ficou de ombros, não sabia o que falar, Seph realmente não sabia o por que de estar chorando, só esperava que aquilo fosse uma mentira. Shely se sentou ao lado de Lief, Allen ficava apenas observando pela porta.

    - No fim perdemos mais um...

    Lief comenta em fim.

    - Lief, ou melhor, Ruy, tente não negar o seu passado...

    Fillip fala tossindo mais, e cada vez ficava pior.

    -Ruy?

    Shely pergunta sem entender..

    - Já não te disse, não me chame pelo meu nome humano...

    Lief fala, deixando apenas uma lagrima escorrer.

    - Apenas não esqueça de quem você já foi amigo!

    Fillip fala enfim, e com essas ultimas palavras, o ultimo fio que o ligava aquele mundo se esvai.

    - O que tem de bom no meu passado para que eu possa lembrar? Que fui um assassino inigualável? Das coisas que Arion me fez passar? O que tem de bom nisso??

    Lief se pergunta tentando entender as ultimas palavras de Fillip, em quando ao redor do corpo dele uma mancha negra ia tomando conta, até sumir e não restar corpo algum.

    - Tem certeza que foi desse passado que ele falou? Você teve apenas esse passado? ? Shely comenta pensando um pouco. ? Mas ei, por que tudo isso de nomes? Eu já to começando a me confundir!

    - Nós esquecemos nossos nomes humanos, todos nós já fomos humanos, e então adotamos um nome dado pela igreja, mas fora dela quando estamos na terra usamos outro nome, para não nos lembrarmos nem da igreja nem de nossa vida humana...

    Seph explica voltando ao normal e se levantando.

    - Mas por um lado voces não esqueceram o lado humano, bem como Fillip falou...

    Shely comenta estendendo a mão para Lief se levantar.

    Ele a segura e se levanta também, quando do nada um enorme barulho vem das ruas.

    - Eles nos acharam...

    Allen diz olhando por um pequeno espelho.

    - Lief, Shely, aqui! ? Seph fala abrindo um alçapão longe da lareira. ? Temíamos que nos achassem quando achássemos voces, então planejamos isso. ? E pulando nela.

    Os dois o seguem em silencio, e numa fração de segundos Allen voltara a ser aquele garoto e Celine a velha idosa.

    Um enorme estrondo na porta no momento em que foi aberta, e a mesma caio com tudo contra o chao.

    - Onde eles estão?!

    Pergunta um garoto de roupa dourada.

    - Onde quem esta?

    Allen pergunta como se não soubesse de nada.

    - O senhor quer carvão???

    Celine pergunta alto como se fosse uma velha um ?pouco? surda.

    - Não é carvão mãe...

    Allen fala colocando sua mão no ombro de Celine por um momento.

    - O homem e a garota de casacos pretos! Onde eles estão??

    O garoto de dourado continua.

    - Nós não temos carvão!!

    Ela fala alto novamente.

    - Não é carvão mamãe... ? Allen fala novamente mostrando uma poltrona para Celine se sentar, e la ela vai. ? Casaco preto? ? Ele diz pensando.

    - Sim, voces dois os pegaram na fonte e foram por alguns becos puxando eles!

    O outro continua.

    - Não estou lembrado.... ? Ele fala pegando um pouco de água e dando para Celine, como se ela fosse uma velha que precisasse de ajuda em tudo. ? Ahhhh! Sei, eles são turistas, estavam atraz de uma mansão mais ao norte daqui! Nós os levamos até la, esse é nosso ganha pão aqui!

    - Vasculhem o lugar! ? Ele grita a outros sete companheiros que o seguiam e se volta a Allen ? E vocês não tentem me enganar!

    - Oque você quer assar?? Nós não temos carvão nem lenha! ? Celine grita se levantando e indo até os dois. ? Não temos nada para você assar!

    - Faça essa velha calar a boca!

    O garoto fala a Allen quase dando um tapa em Celine, mas se segurara por ser uma ?idosa?

    - Mamãe, sente-se lá e deixa que eu resolvo esta bem? ? Allen pergunta com um sorriso carismático, mas um pouco sujo. ? Ela tem problema de audição, esta assim a alguns anos!

    - Acho que isso eu notei!

    O garoto fala bravo, procurando aos lados e olhando seus soldados procurarem.

    Lief, Shely e Seph estavam em total silencio, um dos guardas parou em cima do alçapão mas não os percebeu pelo fato de aquele lado da sala mal iluminada e fedorenta estava escuro.

    - Vamos embora desse lugar fedorento! ? o de armadura dourada fala aos seus companheiros e depois se volta a Allen ? Nós iremos prestar mais atenção em voces!

    - Não se preocupe, não estamos lhe enganando Sr. Soldado!

    Allen fala, pois ainda não sabia o nome dele.

    - Me chamo Felus; sou o guarda costas pessoal de Maxmilius!

    O garoto diz com certo orgulho no que falara.

    - Maxmilius? O rei Maxmilius Van. Valkerin??

    Allen pergunta um pouco surpreso, Celine por um momento também ficara, mas parecia saber do que ouvira.

    - Sim, o soberano! ? Ele diz se virando em direção a porta e chamando seus companheiros com um gesto, então voltou-se para Allen um pouco antes de saírem ? Estaremos de olho!

    - Maxmilius... ? Allen fala se sentando e voltando ao normal após Felus e os outros saírem, Celine faz o mesmo e os outros saem daquele lugar. ? Isso é muito estranho... Por que o rei dessa cidade estaria atraz de nós?

    - Só pode ser ele...

    Shely diz a Lief em quanto se juntavam a Celine e Allen.

    Lief confirma.

    - Ser oque?

    Eles estavam sem entender.

    - Eu e Fley paramos para pensar quando ele estava se recuperando, e pode ser ele que controla tudo de cima, cada jogada dessas só pode ser o rei, mas por que ele?

    Shely continua explicando.

    - Hunn, entendo, como num jogo de xadrez...

    Allen fala pensando um pouco alto.

    - Isso mesmo, mas por mais que tentássemos colocar todos em lugares um pouco óbvios não conseguimos chegar a lugar algum, ao fato de Thona ser apenas um casulo.

    Lief explica se escorando na parede.

    - Como assim casulo?

    Seph pergunta, Celine ficara apenas em silencio.

    - Alguém maior o controla, e esse alguém se chama Lucifer... - Shely fala sentindo um pouco de frio, o cheiro do lugar a deixara quase dormente. - O que me intriga mesmo é o que Arion falou na sala das estátuas.

    - ?Nas antigas histórias sobre céu e inferno, sobre a guerra dos demônios para matarem e os anjos para salvarem, sempre existiu um final, mas nunca foi realmente o final, esse verdadeiro final está próximo, e como naquelas histórias, dois de três seres trarão esse fim, e não será apenas o fim da nossa guerra com os lá de cima, mas sim o fim do mundo em geral. Na verdade, esses dois seres sempre foram a chave para um ser maior nascer, isso aqui em baixo sendo filhos de um humano e do Peregrino, esses são voces dois, e sendo filho de um Arcanjo e um demônio meio humano, a chave que acabara com essa historia de vez, essa garota.? E ?Sim, voces são irmãos, podem não querer que seja verdade, mas o que prova isso é que onde e quando se encontrar só há morte, o verdadeiro jogo está por vir, isso tudo foi planejado a anos! Mas não esqueça Davon, Thona é apenas um casulo?...

    Lief repete com todas as letras o que Arion falara.

    - Mas Lucifer... o único Lucifer que pode ser chamado assim é o Deus do submundo...

    Seph comenta sentindo um pouco de dor no braço.

    - Ai fica a nossa duvida..

    Shely comenta cada vez com mais frio.

    - De um jeito ou de outro temos que sair dessa cidade o mais rápido possível, e teremos que nos desfazer dos casacos, eles nos reconhecem por ele principalmente, mas antes temos que ver isso do rei Maximilius...

    Lief fala ao notar o frio que ela sentia.

    - E vamos para onde? Britania não é um bom lugar...

    Celine comenta, pela primeira vez falando depois de tudo.

    - Temos que passar por Britania para ir a Concar, é o melhor lugar nesse momento.

    Lief comenta pensando um pouco.

    Depois de mais um pouco conversando sobre como ou onde iriam decidiram se desfazer dos casacos e seguirem para Concar como se fossem outras pessoas.

    Seph como estava fraco ainda, estava com problemas com a transformação, então ficou como gato, e para parecer um grupo menor, Celine virara o mesmo tigrezinho branco, Allen e Lief mudaram completamente, de uma maneira que nem Shely imaginou, os dois ambos tinham virados garotas.

    - Isso é um pouco estranho...

    Ela comenta rindo.

    - O nosso corpo é humano, mas também é feito de matéria, e podemos mudá-lo como desejarmos...

    Allen diz um pouco desapontado por ter que se fazer de mulher.

    - Pelo menos voces pensaram em tudo! ? Ela diz rindo mais um pouco mas depois de uns segundos para. ? E eu?

    Lief pegara um pano e duas almofadas rindo também, relembrando de quando eles fizeram algo parecido para passar por alguns guardas. Por um momento Allen riu também, mas já se voltou a Seph que dormia.

    - Por que sempre acabamos fazendo isso?

    Shely pergunta desapontada.

    - Bem, prefere que a gente saia na noite escondidos sem que ninguem nos veja?

    Lief pergunta sendo um pouco sarcástico

    - Finalmente uma idéia boa vinda de você!

    Ela fala e todos começam a rir, voltando ao normal.

    Lief voltara ao normal mas fizera Allen continuar como garota para sofrer mais um pouco.

    Já livres dos casacos iguais, e com duas bolsas, uma nas costas de Shely e uma na de Allen, Seph e Celine ficavam dentro delas.

    Em quanto iam caminhando pelas ruas, Allen observava tudo ao seu redor, como um visitante em uma grande e magnífica cidade.

    Pararam enfim em um pequeno bar onde deixaram Celine e Seph se esticarem um pouco, Allen se levantou e nada falou, apenas foi em direção aos banheiros.

    Uma hora, duas e nada dele voltar. O bar não estava lotado nem vazio, mas no fim Lief foi ver se algo tivera acontecido, mas nada de Allen no banheiro.

    - Ele sumiu...

    Ele fala voltando a mesa.

    - O que devemos fazer?

    Shely pergunta em quanto Seph olhava para os lados tentando voltar ao normal sem que ninguem veja, mas sem sucesso.

    - Ele deve ter achado alguma mulher, vamos continuar, ele sabe onde estamos indo.

    Com isso ele pega uma das bolsas e faz um movimento para que Seph pule dentro novamente, negando ele entra, depois de um tempo Seph e Celine voltam as suas formas originais, andando lado a lado em direção ao centro.

    No fim, todas as cidades estavam tendo algum festival, em Valkerin era um festival um pouco diferente dos outros apesar de festejarem as mesmas coisas, todos usavam fantasias, roupas estranhas e outras bonitas. Por um momento, os quatro pararam, se olharam e riram, pois eram os únicos que estavam chamando certa atenção por serem ?normais?.


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