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Tempo estimado de leitura: 1 hora
18 |
Aviso:
Recomendável para maiores 18 anos, devido à descrições detalhadas de cenas de sexo e violência, para evitar quaisquer exposição de menores a conteúdos inapropriados para suas respectivas idades. Não me responsabilizo pela leitura de menores.
Esta é uma história homosexual gay, então evite mensagens preconceituosas, basta apenas não ler a historia.
Ela também contém spoiler, visto ser a continuação minha da segunda temporada do anime em questão, então é preferível que não leia caso não tenha terminado o anime por completo, pois também podem aparecer fatos da 1ª temporada.
Os personagens não me pertencem, mas o enredo desta fanfiction sim. FanFiction sem fim lucrativo, feita de fã para fã.
Agradeço desde já a leitura da historia, como também deste aviso. Amai.
Notas do capítulo
Espero que aproveitem ao máximo a leitura. Os capítulos não tem uma ordem cronológica a serem lançados, mas tentarei faze-los o mais rápido possível para vocês. E lembrem-se, todos os personagens que tem nome são importantes, uma hora ou outra eles serão de extrema importância na historia, uns menos, e outros mais, mas todos tem sua função aqui.
(Cap. 1) Capítulo 1: Dia de... Acordar...
Eu não vi por quanto tempo dormi, quando acordei já estava em casa.
Em casa não... Em outra casa...
Era uma enorme mansão, com um lindo campo de margaridas atrás da mesma, o sol sempre brilhava ali, o lugar era aconchegante. Os milhares de empregados que serviam os príncipes sempre acharam aquele lugar um paraíso. Mas para todo paraíso existe um inferno, e enquanto que para alguns, tudo estava belo, para outros, a vida naquela casa era apenas um martírio. Sebastian Michaelis, nome que lhe fora dado ao fazer o pacto com o jovem Ciel Phantohive, que por sinal, abandonou este sobrenome há muito tempo, não queria mais lembranças do passado além do moreno, seu servo; agora servia ao jovem Nathan Fhörx, um dos príncipes daquela mansão. Ele seria o próximo a suceder o trono no castelo, e mesmo assim sua insatisfação era constante.
Ciel nem sequer sabia o porquê de ter feito um contrato com aquele ser, ele era tão estúpido aos olhos do pequeno, tão frágil como uma vida humana, e seu rancor era tão promiscuo que não acreditava que aquele tinha sido escolhido por Sebastian.
Mas Ciel sabia o porquê daquilo, ele precisava se alimentar, já o mordomo não, era acostumado a viver anos sem sequer uma alma, já era algo natural, visto que todos que pediam sua ajuda eram alguns que nem sequer tinham o que pedir. Porém, maldita hora que aquele de olhos azuis chamou sua atenção. Se não fosse por ter encontrado alguém tão viciante e ao mesmo tempo tão repugnante, quanto aquele garoto, ele teria vivido mais cem, duzentos, milhares de anos sem estar preso por um eterno contrato.
O jovem Nathan chegava à sala, Sebastian ia ao seu encontro logo atrás do menino que tinha em seu rosto um sorriso. Por quê? Ninguém sabia, nem mesmo Sebastian que lia o menor como o mais interessante livro.
Sebastian curvou-se em reverencia, porém Ciel permaneceu impassível, olhando para o olhar desgostoso de seu ?mestre?
? ? Seja bem vindo de volta, mestre...? ? disse Sebastian voltando a posição normal, ereta, e encarando o jovem.
Nathan era loiro dos olhos azuis claros, os cabelos eram em um liso anelado que ia até a nuca, era mimado e arrogante. Nunca fora com a cara de Ciel, que sempre o tratava como se fosse inferior ao menor, como se ele fosse alguém mais importante, contudo adorava Sebastian, que sempre cumpria suas vontades como um mordomo deve fazer. Ele passou pelos dois, indo para seu quarto acompanhado de Ciel, enquanto Sebastian seguia para a cozinha buscar algo para ser ?mestre? comer.
Ele abriu a porta do quarto e fechou-a na cara de Ciel, ou assim deveria. A porta batera com força contra a parede do quarto antes que se fechasse no cara dele, ele sorriu vendo o olhar furioso do príncipe direcionado à si.
? ? Deveria ter mais cuidado, Nathan... Eu posso facilmente acabar com a sua vida...?
? ? Não, você não pode...? disse sentando-se na cama e esperando Sebastian ? Temos um contrato se esqueceu...?
? ? Huhuhu foi tu quem esqueceu-se de que Sebastian serve a mim e não à você... eu poderia facilmente manda-lo mata você e eu não teria culpa de nada...?
? ? Então por que não o faz??
? ? Por que o Sebastian ficaria furioso se eu acabasse com mais uma comida que ele preparou com tanto cuidado pra mim...? ? disse rindo.
Depois de alguns segundos Sebastian chegou ao quarto com uma bandeja com chá e um pedaço de bolo. Ele levou até o príncipe sendo seguido pelos olhos azuis tanto de Ciel quanto de Nathan. Ciel foi até ele, e pegou o garfo, levando o talher ao bolo e pegando um pouco dele e colocando em sua boca, logo depois fazendo uma careta.
? ? Isso é horrível... Não entendo como consegue comer algo assim, ah me esqueci que já esta acostumado com porcaria...? ? alfinetou-o recebendo um olhar de ódio do príncipe.
Ele se virou e começou a andar em direção a porta, mas parou em frente á ela, virando-se para encarar Sebastian, tomando o rosto serio.
? ? Quando terminar, venha até meu quarto Sebastian...? ? ele olhou para o príncipe e voltou seu olhar para Sebastian ? ? E isso é uma ordem! ?
Sebastian o encarou com raiva, eram sempre esses joguinhos, ele só queria mostrar ali, que era que era dono de quem.
?Yes, my lordy? ? disse como sempre, vendo os olhos azuis demoníacos sorrirem em satisfação e os outros olhos azuis formarem um sentimento de ódio.
Se pudesse Nathan acabaria com a vida de Ciel, mas ele sabia que tinha conseqüências, se bem que, o que poderia matar um demônio, não é mesmo. O que o demoniozinho havia dito era verdade, seu contrato em consigo e não com Sebastian, logo, como um garoto mimado, Ciel não fazia nada, ordenando para que seu mordomo fizesse o que lhe era ordenado. Porém, sempre viu nos olhos do Mordomo, um ódio extremo por aquela criança. Ele queria saber do passado, mas parecia que eles não tinham tido um passado, que eles não tinham uma vida.Nathan não sabia nada a respeito dos demônios, Sebastian fora privado de lhe revelar quaisquer resquícios sobre eles, e como um mordomo, acatou a ordem de seu mestre, mesmo que este não fosse de forma alguma contar algo.
Sebastian estava com raiva, ainda não havia se conformado de ter perdido a alma de Ciel, e de forma tão imprudente, ele se culpava por não ter visto antes os planos de Allois, ele se culpava por ter ficado preocupado demais com Ciel e não ter prestado atenção que era Hannah à verdadeira mestra ali, que não era Cllaude, que ele era apenas uma peça de um jogo muito maior por parte da Bainha¹, fora tão inconseqüente; a mulher aproveitou-se de seu deslize e o usou contra si. Idiota!
O jovem Ciel estava na porta de seu quarto, sem nenhum movimento, a porta se abriu, mas não por parte de algo feito pelo menor e sim pelo mordomo que estava, agora, ali, atrás de si abrindo a porta. Ciel olhou para o rosto do moreno, rindo e adentrou ao lugar.
? ? Prepare meu banho Sebastian... E depois alguns doces... Estou com uma repentina fome...? ? riu ao final, sentando-se em uma poltrona que tinha no quarto.
O lugar era amplo, tinha uma janela ao lado da cama de casal, ela era revestida com uma cortina em três panos, a primeira transparente e fina, a do meio era que tinha o pano mais grosso e pesado, em tom branco amarelado com bordas douradas na sua extensão exterior, e a ultima era um pano não tão fino, mas também nem tão pesado quanto o outro, mas cobria uma forte luz vinda do sol. A cama também tinha acolchoado branco, com detalhes vermelhos em suas extremidades, em forma de rosas, os travesseiros eram dispostos um em cada lado, contendo apenas dois na cama. Tinha um tapete aveludado no chão, em tom vermelho escuro, quase preto, havia ao lado esquerdo da janela, uma mesa e duas cadeiras. Uma sala levava ao grande banheiro, que tinha tanto um chuveiro, quanto uma banheira. Também havia uma poltrona, a que Ciel sentava, em tom azulado escuro.
Ciel encarava Sebastian, que ia em direção ao banheiro, sorrindo; depois que se tornou um demônio mudou muito. E quem mais percebera essa mudança fora Sebastian, ele que sempre via o pequeno ex-conde como um livro aberto, agora parecia indecifrável, ele fazia coisas que fugiam do normal dele, mas o que ele podia esperar da criança que descobriu sozinho como usar seus ?poderes? de demônio sem sequer pedir ajuda a ele. Porém, ele começava aos poucos a entender o jeito de seu ?novo? mestre, porém seus pensamentos sempre o levavam para conclusões ilógicas, ele não achava que poderia ser verdade, então sempre tentava levar seus pensamentos ?impuros? para outro rumo.
? ? Quando foi que isso começou?? ? pensou, enchendo a banheira.
Ele sentia o olhar do menor em si, e podia ver claramente o quão lascivo era ele, ou bem, pensava isso. Os lábios róseos ainda sorriam, apesar de aparentar ser tímido, ele era mais selvagem que qualquer outro.
Ciel também sabia que o mordomo já havia percebido seu olhar em si, e era por este motivo que continuava a olhar para ele. Ele mudou depois que o jovem se tornou demônio.
Onde estavam as sátiras? Os sorrisos falsos? As palavras sussurradas de forma rouca e repreensiva, e ao mesmo tempo, também, ofensivas e agressivas?! Eram estas as perguntas que Ciel ainda tinha, porém, ele sabia que com o tempo, conseguiria quebrar a mascara de Sebastian e te-lo para si, como uma posse de muito apreço, ou seria o contrario?
Ciel estava sentado em sua poltrona, encarando Sebastian, que voltava do banheiro, Ciel se levantou e foi para a cama, sentando-se e esperando o mordomo ir ao seu encontro.
? ? A água esta quente Sebastian??
? ? Esta como sempre, bocchan...?
? ? Hun...?
Sebastian se aproximou, tirando o blazer dele, vendo que ele fazia sempre o mesmo gesto, fechava os olhos e sorria, com a face levemente corada, quase imperceptível. Os olhos do moreno estavam sempre atentos à criança, que se sentia atraída pelo olhar demoníaco de Sebastian. A segunda blusa foi retirada, revelando o peito magro e liso, sem forma definida do menor; enquanto descia o tecido, sua mão do mordomo roçou na pele quase Albina, recebendo um tremor e uma contração nos olhos, que logo foram abertos, e encararam o demônio.
Sebastian pareceu interessado na reação do pequeno, mas deixou isso para depois, já que parecia ter irritado o menor.
? ? Desculpe, Bocchan...?
? ? Tu-tudo bem...? ? disse em um resquício de voz, que saiu falho ? ? Continue...?
? ? ...?
Ele começou a retirar a roupa dele novamente quando o ex-conde voltou a fechar os olhos, que todas as vezes que a sua mão, coberta com a luva, encostava-se à pele dele, ele tremia, outrora pode escutar uma respiração um tanto anormal, mas nada significativo.
Ele cobriu o corpo franzino com uma toalha felpuda, e acompanhou-o até o banheiro, ficando lá, observando o seu bocchan se banhar. Um suspiro pesado, ele soltou, ao entrar na água quente, o dia era frio, para os humanos, pelo menos.
Nathan estava no quarto de seu irmão mais novo, contando-lhe uma história, a criança tinha dez anos de idade. Porém, Nathan não estava realmente ali, estava pensando no mordomo, em sua vingança, em Ciel e no que aconteceria depois de completá-la.
Ah, aquela seria uma ótima tarde, para todos, exceto para aquele mordomo, que acreditava ter mais trabalho. Além de cuidar do mimado e arrogante Ciel, ainda tinha que lidar com o gênio difícil de Nathan, sem contar é claro com os empregados, lhe importunando e outrora alguns príncipes; certas vezes, até gostava de ser chamado por Ciel, pelo menos, do menor, quem cuidou praticamente a vida inteira, sabia como entreter, e ele nunca era tediante, não, ele não podia ser. Ciel às vezes pedia para ele fazer pesquisas sem cabimento, averiguar se havia algum anjo com quem pudesse brincar, ou mesmo leva-lo de volta para ?casa?, mas isso raramente acontecia.
Já com Nathan era diferente, ele só queria acabar com um reino. Ah... Uma questão tão nobre, mas que era banalizada tanto pelo Mordomo, quanto por Ciel. Escolhera justamente aquele, por ser uma tarefa fácil, até mesmo para seu bocchan, mas como já sabia aquela criança não moveria um músculo para fazer algo que não fosse de seu interesse. Realmente, só mais trabalho. Mas como sendo mordomo de Ciel, o que ele faria se não pudesse fazer uma simples tarefa como esta?