? Eu não acredito que ela aceitou assim... Tão facilmente. Eu pensei que... Que ela fosse tentar fugir de casa, ou algo mais imprudente. ? Senji estava surpreso pela reação de Yuri. Não sabia como a irmã havia aceitado o relacionamento dele e de Kurenai tão pacificamente. Ela estava sendo ?um anjo? e aquilo já fazia três semanas. Senji estava seriamente preocupado, mas já havia notado o clima tenso quando Kurenai ia posar em sua casa, Yuri deitava-se sedo e não falava uma palavra durante o jantar ou qualquer outra hora, além de agradecer pela comida e desejar boa noite.
? Vou me deitar, boa noite. ? disse Yuri aparecendo e desaparecendo rapidamente da sala. Senji levantou-se e correu atrás da menina que estava com uma aparência pálida e cansada.
? Yuri-nee-chan, espere. ? Senji sentiu um calafrio percorrer sua coluna vertebral quando seus dedos tocaram o pulso de Yuri. A pele da menina estava fria. ? Yuri, eu acho que você está com anemia. Você se sente bem? ? Yuri olhou para o irmão com um meio sorriso no rosto.
? Não poderia estar melhor, não é mesmo Kurenai-chin? ? Kurenai enrijeceu-se no sofá, pensou que Yuri iria abrir a boca.
? O-o que...? ? Yuri continuava sorrindo.
? Me solte Senji.
? Mas você não está bem, está pálida, não come direito há dias.
? Já assistiu o anime Shiki? Vai ver um ?Shiki? está se alimentando de mim. Daqui a uns dias eu morro vocês me enterram e eu volto para sugar o sangue de um de vocês, e pelo visto, não irei pensar duas vezes. ? Yuri falou sem parar até perder o fôlego. Respirou fundo e soltou seu pulso dos dedos de Senji. ? Vou dormir.
? Espere ?
? Senji! ? Senji virou-se para olhar Kurenai que estava encolhida no sofá de joelhos, olhando para o corredor onde os irmãos estavam parados. Ela quis ir até a cozinha e alcançar uma faca, então correr em direção a Yuri e cortar sua garganta. Até imaginou a cena, mas manteve-se calma e falou em tom bondoso. ? Sua irmã está cansada. Ela precisa descansar e você está a pressionando. ? Na verdade, Kurenai é quem estava sendo pressionada e Yuri era quem estava fazendo isso, mesmo sem perceber. Ela tinha medo de deixar os dois sozinhos. Tinha medo de seu blefe não funcionar mais com aquela criança estúpida que aparentava ser Yuri. Senji virou-se para a irmã, Yuri estava com os olhos fixos em Kurenai que estava sentada no sofá com um sorriso assustador a fitando.
? Sim. Desculpe. Durma bem.
? Eu vou. ? disse Yuri em tom de desprezo e ironia. Senji caminhou até o sofá, depois de sentar-se, ouviu a porta do quarto da irmã bater-se. Ele inspirou e expirou como se estivesse cansado.
? Não a entendo.
? Às vezes isso pode ser bom... Talvez ela queira amadurecer sem precisar de você, talvez como vocês são órfãos, ela queira ser independente. Vai por mim, sou menina, sei disso. ? Kurenai deslizou a mão por baixo da calça de Senji que se encolheu como se estivesse desconfortável. ? O que foi?
? Só não estou me sentindo bem para isso. Desculpe. Acho que já está tarde, vou levar você para casa.
? Mas não são nove horas.
? Kurenai... Não me sinto bem, por favor, só hoje. ? agora foi a vez de Kurenai suspirar ironicamente e concordar com Senji, depois de muito esforço psicológico.
? Tudo bem Senji-kun, eu entendo você. ? Senji levou Kurenai até sua casa e despediu-se, no caminho de volta para casa Senji pensou naquele dia, há três semanas, no beco, em tudo o que Yuri havia lhe dito. Senji sentia nojo dele mesmo, por ter se divertido com Yuri e depois ter voltado para Kurenai. Ele tinha de tomar uma decisão. Mesmo amando Kurenai, Yuri era sua irmã mais nova, seus pais tinham morrido e agora ele tinha de cuidar dela, não a fazer sofrer como ele estava fazendo ultimamente.
Enquanto isso Yuri estava deitada em sua cama, agarrada ao travesseiro de plumas que agora estava molhado por suas lágrimas, ela queria que aquilo acabasse, queria poder ser feliz com Senji, mesmo que fosse só como irmão, mas Kurenai estava lá, como uma parede entre os dois.
? Por que ela não é atropelada por um caminhão?! ? exclamou Yuri. Estava com medo, estava frustrada. Ficava impressionada com o cinismo de Kurenai, como ela conseguia ser tão falsa. Fingir gostar de Senji para poder machucar Yuri.
Yuri ouviu a porta e levantou-se. Queria conversar com Senji. Vestiu o roupão e saiu do quarto. Chegando à cozinha, viu Senji sentado na cadeira, com uma caneca azul na mão que soltava vapor.
? Senji... ? Senji virou-se, calmamente, os olhos pequenos e estreitos. Esfregou a testa e olhou para o relógio.
? Você não tem aula amanhã cedo?
? Sim...
? E o que está fazendo acordada? ? Yuri permaneceu em silencio. Queria chorar e contar tudo o que Kurenai estava fazendo, mas havia sessenta e cinco porcento de chances de Senji acreditar em Kurenai e não acreditar nela, então tudo o que ela conseguiu fazer no momento foi correr para os braços do irmão, que mesmo ela não esperando a abraçou com tanta força que chegou a sufocá-la. Yuri pensou se aquilo seria um bom sinal.
? Estou com tanto medo de te perder.
? Você não vai.
? M-mas nada está bem. As coisas estão de pernas pro ar. Eu não sei o que fazer. Não sei se fico de mal com você ou se ? Senji segurou o rosto de Yuri e a beijou, foi um selinho longo, mas com tantos sentimentos que chegaram a doer, não fisicamente, mas no coração de Yuri. Tanta coisa misturada que fazia com que os dois ficassem confusos, tantos desejos e desafios. Coisas que nem mesmo eles conseguiam acreditar que era possível acontecer. Mas enfim, Yuri rendeu-se e passou os braços em torno do irmão que a segurou firme pela cintura a colocando sentada em cima da mesa. Senji tirou a camisa que estava suada e jogou no chão, logo em seguida tirou o roupão e a camisa de dormir de Yuri.
? Senji-kun... O que você está fazendo? Por que tão de repente assim?
? Eu tomei uma decisão quando estava vindo para cá. Vou terminar com Kurenai, vou dar o que você quer assim você não irá mais chorar, não irá mais sofrer. ? Yuri estava feliz por aquilo, claro. Era tudo o que ela mais queria, mas e quando Kurenai descobrisse? Quando soubesse que seu orgulho tinha sido ferido? Do que ela seria capaz? Mas Yuri decidiu deixar aquilo de lado por hora. Foi tomada por sensações incríveis que ela só conseguia sentir quando Senji a tocava e explorava cada centímetro de seu corpo. Os dedos do menino deslizaram para dentro de seu sutiã e acariciaram seus mamilos com gentileza. Yuri deixou-se levar pelo prazer que estava sentindo, decidiu pensar em todos os problemas depois. Estava com tanta saudade daquelas sensações.
Senji abaixou o pijama da irmã que já estava corada e molhada, Yuri encaixou as coxas macias e rosadas na cintura do irmão que a penetrou com sutileza, soltando gemidos abafados perto de seu ouvido, o que a deixava mais louca por ele e com mais vontade de nunca mais largá-lo ou deixá-lo encostar daquela maneira em outra menina. Senji aumentou o ritmo e parecia mais voraz do que nunca. Como se aquilo fosse uma droga e ele fosse o usuário viciado. Yuri não podia estar se sentindo mais feliz. Com as mãos nas costas de Senji, arranhou das omoplatas até as costelas de Senji que gemeu um pouco alto por causa da dor, mas sem perder o ritmo. Segurou Yuri e a levantou, prensou a menina contra a parede, com os corpos colados e suados, Yuri fechou os olhos e gemeu... gemeu até perder totalmente o controle de si e entregar-se totalmente ao irmão mais velho.