A Lenda de Hellsing

Tempo estimado de leitura: 9 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    A Carta de Ninguém

    Spoiler

    Era uma noite de festa no castelo do Sr. e da Sra. Hellsing. Haviam muitos convidados ?tanto humanos quanto vampiros? para eles, não importava, afinal, o Sr. Hellsing, um vampiro, trabalhava para um tipo de comunidade secreta, a Corporação Hellsing, caçando vampiros assassinos e sem piedade; A Sra. Hellsing, humana, porém conhecida por Deusa Demônio da Destruição, fugira de seu mestre, que era realmente perverso, para casar-se com o Sr. Hellsing.

    Estavam fazendo dez anos de casamento e, nesse dia também, estavam comemorando o sexto aniversário de sua filha, a pequena Usagilly Kathellyn Hellsing, uma garotinha muito baixa pra idade, porém, muito inteligente.

    -Mamãe... Não o estou vendo em lugar nenhum! Tem certeza que você o convidou?

    -Claro, querida... Tenho certeza que daqui a pouco seu primo vai estar aí!

    -Tá!

    Usagilly, em todas as suas festas de aniversário, não poderia de maneira alguma cantar o ?Parabéns a Você? sem que seu primo estivesse presente.

    -Usagi...

    -Sim papai! Eu vi! Ele chegou!!!

    Usagilly correu para a porta muito sorridente, e ali estava seu primo; A garota pulou no colo do mesmo e ouviu um ?Parabéns priminha! Está ficando velha!?, seguido de um presente. Quando olhou para o lado, estava sua tia, Lisa Tepes, uma vampiresa muito bonita, loura, que sorriu para a menina lhe desejando felicidades e, ao lado dela, um vampiro alto com um olhar severo e uma expressão séria; Conde Vlad Dracula Tepes é o maior de todos os vampiros do mundo, o mais poderoso. É irmão de Hellsing, porém, odeia humanos. Mas uma coisa que ele não sabe, é que a Deusa Demônio da Destruição é metade humana e que seu irmão trabalha para humanos. Porém, ninguém nunca iria adivinhar que, bem no dia em que a pequena Usagilly estava se sentindo tão contente, algo muito ruim aconteceria...

    -Dracula, meu irmão, veja só minha filha! Tão pequena, porém, tão linda... E hoje completando seis anos de idade...

    -É... Diga-me, você pretende casar sua filha com meu filho?

    -Como assim? Eu nunca disse nada!

    -Olhe para eles, meu irmão... Sua filha pode não ter idade, mas sua cabeça já é muito madura! O que essa menina sente por meu filho não é um sentimento entre primos...

    -He, he! Quem sabe, não é!? Juntaremos nossas famílias um dia!

    O filho de Dracula era dez anos mais velho que Usagilly. Cabelos claros, longos e um pouco ondulados, olhos negros e pele quase pálida. Tinha a personalidade da mãe e a força do pai.

     

    A noite estava boa. O céu estava estrelado. Mas Hellsing jamais imaginaria que ali aconteceria uma tremenda confusão. Depois do parabéns, Dracula acabara descobrindo sobre a parceria do irmão com humanos, o que o deixou com ódio do próprio irmão.

    -TRAIDOR!!! VOCÊ NÃO DEVERIA VIVER!!!

    -Vlad, entenda! É melhor aliar-se a eles do que viver fugindo!

    -BASTA! NÃO QUERO MAIS CONTATO COM SUA FAMÍLIA! Um dia, meu irmão, nós vamos lutar, pois, para mim, traidores tem que ser punidos para sempre!

    Dracula estendeu a mão na direção de seu filho, que estava com Usagilly nos braços, e a fez cair longe; Subitamente, a mãe da menina se jogou para pegá-la e, as duas, se chocaram contra a parede.

    -JÁ BASTA, CONDE DRACULA! TENHA ÓDIO DE MIM, NÃO ENVOLVA MINHA FAMÍLIA!!!

    Usagilly abriu os olhos devagar. A mãe lhe sussurrou de leve:

    -Está bem, minha menina...?

    Usagilly balançou a cabeça confirmando, mas, ao olhar na direção da briga, viu seu primo se afastando com sua família.

    -NÃO! ?gritou- NÃO VÁ! POR FAVOR, NÃO!!!

    Ele parou e ficou olhando-a. Os olhinhos da menina começaram a lacrimejar. Quando seu primo dera um passo em sua direção, Dracula interviu e a olhou com severidade, dizendo alto:

    -Eu jamais vou permitir que... meu filho se misture com uma... humana como você! ?e desapareceu.

    Usagilly deixou lágrimas caírem de seus olhos; Ficou olhando para o chão por alguns segundos e, em seguida, disse baixo:

    -Ele... Não... Não... ALUCARD!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Dali em diante, Usagilly nunca mais vira o primo.

    Então, onze anos se passaram e Usagilly, agora uma garota crescida e madura, acordara de um estranho pesadelo em sua casinha, numa vila pequena e calma.

     

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    A Lenda de Hellsing

     

    Ø   Capítulo Um ? A Carta de Ninguém

     

    Usagilly acordou, mas nem estranhou tanto o seu pesadelo, afinal, já era o terceiro dia consecutivo que a garota tivera tal sonho: uma garotinha, muito pequena, correndo num lugar escuro e frio; Ouvia alguém falando com ela ?Correr não vai adiantar...?, mas a menininha corria, corria e parecia que queria alcançar alguma coisa muito importante. Claro que Usagilly sabia muito bem quem a garotinha era; Cabelos vermelhos, olhos verde-acinzentados e uma expressão de pura inocência, ela própria estava correndo em direção a alguém... Só que esse ?alguém? era o mais difícil de descobrir quem era.

    A garota levantou-se e bocejou; Seus cabelos vermelhos, longos, estavam um tanto bagunçados e sua franja recaia sobre os olhos verde-acinzentados. A garota andou até o banheiro e lavou o rosto para ver se acordava de vez, afinal, eram sete da manhã e Usagilly ainda estava morrendo de sono. Assim que voltou ao quarto, abriu o guarda-roupa e vestiu-se sem pressa; Colocou uma blusinha preta, uma calça branca e botas de cano curto pretas, logo depois, arrumou seus cabelos como de costume, partidos ao meio e presos na parte de trás com duas tranças, uma de cada lado, presas com fitas pretas. Depois de se arrumar, começou a andar procurando suas luvas pretas.

    -Onde coloquei minhas luv... Ah...

    Ao passar pela estante da sala, Usagilly deu de cara com um retrato, e que ela gostava muito, onde o porta-retrato era muito detalhado, parecia ser feito a mão, sua cor era azul com detalhes em prata, e a fotografia era a preferida entre qualquer outra que a garota tinha: Alucard, seu primo, com mais ou menos uns quinze anos, e ela própria, Usagilly, com apenas cinco anos de idade.

    -Nossa... Parece que foi ontem que você me deu essa foto... ?e sorriu. Quando a garota ganhara a foto, os dois estavam na festa de aniversário de Alucard, assim que ele ganhara seu presente de Usagilly, dera um outro a ela, uma fotografia de quando eles foram a um parque.

    Usagilly ficou ali por alguns minutos observando a fotografia, cada vez que passava por ali e olhava para seu primo, seus olhos se enchiam de lágrimas e, desta vez, não foi diferente e, alem disso, a garota começou a se perguntar como estaria Alucard hoje, talvez vivo ou, talvez, não...

    -Acho que não é hora para isso... ?disse a garota secando as lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos ?Hora de comer... Ah é, as luvas...

    Ao encontrar suas luvas, colocou-as junto com a mochila que levaria na viagem, em seguida, foi para a cozinha para tomar o café da manhã.

    Usagilly recebera, há uma semana atrás, uma confiável notícia de que sua mãe, Ifurita Hellsing, mais conhecida como ?Deusa Demônio da Destruição? por possuir incríveis poderes, estaria viva e em algum lugar da Inglaterra. Um tanto longe para quem mora numa vila pequena e pouco conhecida, como Hokkaku, porém, muito tranqüila. Fica nos arredores do Canadá, é uma vila realmente escondida; Habitada por vários tipos de seres: elfos, humanos e até mesmo vampiros, como Usagilly.

    -A viagem vai ser longa... ?disse Usagilly olhando um pequeno mapa e, ao mesmo tempo, tomando um gole de café ?Talvez precisarei de um barco ao chegar na...

    DING DONG!

    -Huh?

    A campainha tocara. Usagilly se levantou, deixou o mapa em cima da mesa e se dirigiu para a porta.

    -Quem seria a essa hora? Sakura não costuma levantar muito cedo... Ahn?

    Ao tocar na maçaneta, Usagilly ouviu um barulho aos seus pés, quando olhou, viu um envelope preto no chão, onde nele estava escrito ?Abrir com cuidado?.

    -Ué... Por que ?abrir com cuidado?? Espera... essa carta me faz lembrar alguma coisa... AH! Tenho que escrever para Sakura, vou avisar que vou sair!

    E jogando a carta no sofá da sala de estar, Usagilly correu escrever uma carta para sua amiga e vizinha, Sakura. Aproveitou para contar sobre a notícia que recebera e também sobre a pequena evolução de seus poderes, só umas três vezes, Usagilly repetira a mesma frase: ?...E eu aprendi a levitar!! Finalmente!...?.

    -É, hora de ir... É mesmo, ainda tem aquela carta...

    Usagilly se dirigiu a sala de estar e sentou-se no sofá com a carta em mãos. Ignorou totalmente o aviso de ?abrir com cuidado? e tirou um outro papel preto de dentro, escrito:

    -Hum... Prepare-se para ver a pessoa que te é tão especial, Adrian está viv... ADRIAN O QUE!?!?!?

    Usagilly deixou a carta cair. Seus olhos corriam pelo chão e seu coração acelerara; Acabara de ler que seu primo, Adrian, ou melhor, Alucard, estava vivo. Não soube o que pensar, podia ser uma brincadeira, mas também podia ser verdade! E, pegando a carta novamente e relendo-a, Usagilly respirou fundo, guardou a carta com cuidado e disse a si mesma:

    -Hora de sair...

    Foi até seu quarto e pegou tudo o que precisava levar, as armas e os suprimentos na mochila, vestiu seu sobretudo branco e colocou as luvas; Colocou também um crucifixo de prata que, ganhara de seu pai, no pescoço, segundo Usagilly, ele sempre dá sorte.

    Com todas as coisas prontas, Usagilly seguiu para a porta, mas, ao passar pelo lugar onde se encontrara a foto de Alucard, a garota fitou-a e lembrou-se do que havia lido na tal carta que nem remetente havia.

    -Alucard... Se você estiver vivo...

    Usagilly sentiu um aperto no peito no qual nunca sentira antes. Seu coração mais uma vez acelerou e a garota sentira seu rosto quente, mas por quê? Sentiu uma enorme vontade de abraçar forte aquele retrato, mas, ao invés disso, a garota o pegou com cuidado e retirou a foto, guardando-a em seguida em sua mochila. Ao, mais uma vez, respirar fundo, Usagilly pegou a carta de Sakura e resolveu acrescentar um ?P.S.?:

     

    P.S. Recebi uma notícia de que meu primo, Alucard, está vivo! Se isso for verdade, prometo traze-lo para você finalmente o conhecer!

     

    Em seguida, saiu de casa, passou a carta pelo vão da porta de Sakura e seguiu andando para sair de Hokkaku.

     

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