I love you, wherever you go

  • Bia08
  • Capitulos 2
  • Gêneros Colegial

Tempo estimado de leitura: 19 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Segundo Capítulo

    Álcool, Heterossexualidade, Violência

    -Han.. Becca?

    Me viro e tenho a confirmação, ele VOLTOU, ele está aqui.

    Nem percebi que tinha me jogado nele e estava chorando, quase o derrubei. E em resposta ao meu choro e meu abraço ele me apertava mais ainda, falando que estava tudo bem agora, que não ia mais ficar longe de mim. E assim foram se passando o tempo, quando eu finalmente arrisquei olhar em volta só encontrei minha amiga Saku com a boca aberta e totalmente espantada, afinal eu nunca fui de demonstrar minha emoções ainda mais, chorando em público.

    Ah merda, eu não devia mostrar para eles minha fraqueza, mas que se danem. Lucas voltou e é impossível controlar o turbilhão de emoções que invadem meu coração. Saudade, amor, raiva, felicidade, e mais saudades. Saudades da minha casa no Rio, era isso que Lucas estava me lembrando agora, além de todos os sentimentos que sinto por ele, ele estava me lembrando a minha casa no Brasil.

    Quando tento me afastar para enxugar as lágrimas, Lucas em vez de me deixar ir, ele só me aperta mais.

    -Lucas... - finalmente consigo falar alguma coisa, nem sei como estou falando, pois o bolo em minha garganta não me deixa falar muito certo.

    -Shh- ele diz tapando meus lábios com seu dedo.

    Depois que consegui me acalmar, me viro pra Sakura.

    -Flor, pode ir pra aula, não quero que se meta em encrencas por minha culpa- e discremente fiz um gesto para ela me deixar a sós com ele.

    Quando ela saí, volto a olhar em seus olhos, ai meu Deus... Eu me perco em seus olhos acizentados, e ficamos assim. Um olhando para cara do outro em silêncio. Mas não era um silêncio desconfortável.. era bom, digamos que não ficamos tão perto assim há muito anos.

    Parecem séculos para mim, e pelos olhos dele, posso supor que também parece. Mesmo eu tendo descoberto que eu estava apaixonada por ele, nunca cheguei a admitir e agora estou morrendo de medo que ele descubra.

    Se ele descobrir como sera? Ele me ama também? Ou só veio aqui por que me ama só como amiga?

    São tantas possibilidades, nem dá pa pensar direito!

    Em vez de ficar dando atenção aos meus pensamentos paranóicos, olho pra ele e resolvo cortar o silêncio.

    -Lucas, o que você veio fazer aqui?

    Ele levantou os braços e se espreguiçou, em seguida ele olhou o céu.

    Agora esse silêncio é desconfortável.

    -Lucas?- o chamei de novo, logo já me arrependi. Ele voltou seu olhar para mim, só que dessa vez é diferente, ele me olha com... será mesmo? Para mim parace que é com amor.

    -Vim aqui para te ver.

    -Você só está de passagem?

    -Infelismente sim. - ele disse e me dá um sorriso triste.

    Retribuo o gesto, não é o que dizem? Tudo que é bom dura pouco.

    Ele começou a se aproximar, o que ele tá fazendo? Será que ele? Não, impossivel, mas será?

    Ele começa a acariciar meu queixo com seus dedos, basta esse simples gesto para eu me derreter, e não agora não me importo com mais nada.

    Sem pensar duas vezes me jogo nele, de novo. Mas agora não é pra um simples abraço, é para um beijo ou até mais, esse beijo que só acontece em meus sonhos. Agora esta acontecendo.

    A principio ele ficou surpreso, mas logo sinto ele relaxar e me puxar pela cintura. Parti meus lábios levemente, ajudando-o. Assim que senti o toque de sua língua -exigente, desesperada- soube que estava perdida para sempre.

    Um de nós- ou ambos, eu nunca teria certeza- gemeu e uma espécie de alívio dolorido. Eu estava ocupada demais sentindo todo o meu ser sendo consumido por deliciosas ondas de lava para me importar.

    Eu nunca fui beijada daquela maneira, e tenho a impressão que serei beijada desse jeito por ninguém apena ele.. Lucas beijava com o corpo inteiro, colocando no ato todo seu ser, e me causando uma sobrecarga de sentidos.

    Puxo seus cabelos com mais força e recebo um gemido dele em resposta.

    Paro para respirar, eu paro. Ele não, ele distribui beijo em meu pescoço e chupando-o.

    Ai, sei que terei que ter bastante maquiagem para cubrir esse chupão.

    -Você não sabe o quanto eu esperei para isso Becca, o quanto sonhei em te tocar, beijar... - ele diz entre um beijo e outro.

    Solto um gemido sem querer, não aguento mais segurar-los. Mas o gemido que soltei não foi por causa de seu toque, foi pelo simples prazer de ouvir essas palavras da boca DELE.

    Rápido demais, me afastei dele, ainda sinto seus lábios nos meus. Devo estar com aparência de quem tava dando uns amassos mesmo, por que quando passei meus dedos em meus cabelos, eles estavam totalmente desarrumados.

    Agora que o desejo passou, sobrou a vergonha, de minha parte pelo menos. Por que ele parece bem avontade.

    -Então, você veio a Tokyo para fazer isso?

    Noto um sorriso de canto começando a surgir, ah como eu amo os sorrisos desse moleque! Já falei que amo sorrisos?

    -Não, na verdade nem esperava isso, mas fico feliz que tenha acontecido.

    -Eu também ? falo, sinto minhas bochechas esquentarem.

    Droga, esse é o ruim de ser ruiva, se você fica corada é muita mais perceptivel do nas outras pessoas.

    -Já te disse que adoro quando você fica corada?- com isso fico mais vermelha ainda.

    Maldita maldição de ser ruiva.

    -Vamos, quero conhecer Tokyo ? ele falou me puxando pela mão.

    -E como você tem certeza que irei com você?- falo, mesmo sabendo a resposta, não me aguento e dou uma provocada.

    -Porque em primeiro lugar, você não gosta de escola e em segundo, você que vai ser minha guia turistica e sei que você não vai me negar isso.

    Safado, está certo.

    -Ok, vamos logo, não quero que a diretora me pegue.

    -Olha você se importando com o que a diretora acha, será que você mudou Becca, virou a certinha?

    -Não! - digo brava, eu sei que é uma simples provocação, mas não consigo não revidar.

    -Então prove- ele susurra no meu ouvido- a sua diretora esta chegando, me prove que não mudou.

    Tabom, em minha defesa, eu digo que não me responsabilizo por meus atos quando escuto essa voz rouca, super sexy dele. Repito : não me responsabilizo!

    Porque o que eu fiz em seguida foi bem.. eu não pensei sobre as consequencias nem nada, só o puxei pela gola da camisa e o beijei com todo o meu desejo que sinto por ele, ele ficou surpreso de novo. Só que dessa vez reagiu mais rapído, me empurrou contra a parede, pressionando meu corpo contra o dele. Bem ali... bem na frente da diretora.

    Eu estava presa entre ele e a parede, sua boca pressionava a minha com tanto desejo que chegava a machucar. Não que eu me importasse muito com isso, pois a dor logo passou, e quem ficou no lugar dela foi o desejo, quente e cru de senti-lo dentro de mim. Meus braços enlaçaram seu pescoço o puxando mais perto.

    Tan tan.

    Esse barulho me tira do transe, onde estou? Estou nos braços do Lucas, pressionada contra a parede na escola, dando amassos na frente da diretora, OMG!

    Tan tan!

    O barulho parece mais irritante, a cada instante. Com muito esforço, reuni forças para sair dos braços dele e ver minha querida e amável diretora vermelha de raiva olhando para nós.

    -Acho que ela ficou um pouco irritada com isso...- Lucas falou me abraçando por trás.

    -Vocês acham que aqui é lugar para se fazer isso? Bando de adolescentes FDPS, não tem educação! E..

    -O que ela está falando? - ele me pergunta.

    -Esqueçi que você não fala japonês, ela está nos xingando.

    -Acho melhor darmos o fora daqui.

    -Você acha? - pergunto provocando-o.

    Adoro provoca-lo.

    -Vamos logo Rebecca ? ele revira os olhos para mim.

    -Claro conheço o lugar perfeito para começar o passeio turistico.

    -Ahh, eu preferia fazer uma passeio turistico pelo seu corpo.. - ele falou sorrindo maliciosamente.

    -Só nos seus sonhos- digo piscando e saio andando.

    -Será mesmo? - ele pergunta de novo com o sorriso malicioso.

    Olhei feio pra ele.

    -Tabom, tabom, parei. Aonde vamos primeiro?

    -Surpresa querido, agora corra.

    Acho que ele entendeu o recado por que enquanto corriamos a diretora nos xingava em japones, e mandando entrarmos na escola.

    Parece que hoje vai ser uma dia interessante.


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