The Game

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    Capítulos:

    Capítulo 8

    Noivas de Lúcifer Parte I

    Já tinha se passado três dias que a boneca caminhava pela estrada, ela estava cansada e com fome, queria logo chegar ao seu destino. Andava desnorteada, algo começou a incomoda-la. Uma presença familiar a chamava para fora da estrada, era tentador, mas não poderia desviar o caminho. Decidiu então continuar, no caminho, na rota da estrada tinha uma cidade. Um vilarejo com o estilo da Idade Média. As casas eram construções de dois andares, feitas de pedra e madeira, sem muitos detalhes. Era normalmente a moradia dos mais ricos, enquanto os outros moradores viviam em casas também feitas de pedra e madeira, porém eram baixas. Afastado do vilarejo, havia uma grande mansão Ali vivia dois irmãos, um menino de cabelos loiros e era muito bonito, e sua irmã mais nova, ela tinha os cabelos castanhos e um dos braços fora cortado pela mãe. A mansão lembrava um castelo dos feudos passados, mas essa era feita de poucas pedras e muita madeira talhada, o telhado era feito de argila escura, como era frágil sempre tinha que passar por reparos.

    Uma mulher boiava. Os olhos da menina estavam vidrados no lado de fora. Nas águas geladas do poço, ela foi mergulhada. Uma figura de cabelos loiros e longos, pele branca e vestido simples, ela boiava. Já afundava, o ar acabou ela afundou. Uma grade dourada fechava a entrada do poço, ninguém irá ajuda-la? Uma mão forte abriu a grade e tirou a mulher de lá, seria seu salvador? Notando que ela estava morta, esperou algum movimento, a água saiu dos pulmões e ela voltou à vida. Repulsa, foi o que a figura sentiu, ela era a Noiva do Diabo, não merecia estar viva, voltou à vida por causa de seu noivo. Mulher amaldiçoada, sim, ela é a noiva de Lúcifer.

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    (Anos antes)

    Na grande casa de madeira talhada, mãe e filho estavam sentados na cama. A mulher contava a história de um cavaleiro.

    ?E então, o Cavaleiro Branco abriu a porta e viu mais ouro e joias do que poderia imaginar. O mago disse: ?Dê-me a princesa e terás todas as riquezas do mundo. ?

    O Cavaleiro Branco olhou para o mago, e viu que era o Diabo que já havia exterminado as esposas dos moradores. Eu disse: ?Dê-me a princesa?. ?Nunca? o cavaleiro gritou. E matou o Diabo com sua lança.?

    Após o termino da história alguém bateu na porta, a criada que estava no quarto foi abrir a porta. Para infelicidade da mãe quem entrou foi seu pai, um homem de cabelos grisalhos e barba longa. Sua querida filha fora acusada de bruxaria e como punição seria queimada em uma fogueira em praça pública. Sabendo que era seu fim, a mulher beijou a testa do filho ?Cuide de sua irmã? murmurou. Minutos depois estava se debatendo nos braços dos guardas querendo fugir, horas depois estava queimando presa a uma cruz sobre a fogueira da Inquisição.

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    Naquela manhã, uma mulher vestindo roupas da nobreza com detalhes dourados foi encontrada deitada sobre uma lápide no cemitério local. Seu rosto fora maquiado, logo rumores foram espalhados no vilarejo. Um rumor que correu como o vento do inverno, uma bruxa estava na cidade. Depois de anos uma nova ameaça estava na cidade, não era de se estranhar o medo na população. Os camponeses, as pessoas mais religiosas dali logo foram procurar abrigo na Igreja. Não existia mais a Inquisições por isso cavaleiros que serviam aos nobres iniciaram uma caçada.

    O chamado ficou mais forte, El notou não controlar mais suas pernas. Passou a sair da estrada, mas não rumou para o vilarejo e sim para um campo de capim alto e de aparência seca que crescia aos arredores da vila. Agora ela sabia que seria difícil completar seus planos. Na hora o vento soprava uma brisa gelada, fazia ruídos estranhos e parecia que o mundo estava vazio. Quando ela elevou o olhar, viu uma figura de preto parada, olhando para ela do meio do campo. Hiver! Agora ela já controlava seu corpo, não pensou duas vezes e saiu correndo na direção do homem.

    - Es... Hiver! ? gritou.

    O homem por trás da máscara sorriu, já tinha notado que a boneca gostava de sua presença. Talvez fora o único amigo dela. Assim como ela notou que a alma de Hiver estava diferente, era um homem de muitas máscaras. Vivia jogando com ela, dizendo coisas que não entendia, sumindo e reaparecendo sem aviso. Em saudação ele abriu os braços.

    - Olá El...

    - Hiver por onde você andou? Abandonou-me sozinha naquele lugar!

    - Hora, conclui que estava bem e que não precisava mais de mim. Afinal, sou seu dono e não você a minha.

    Ela desviou o olhar e abaixou a cabeça logo em seguida, mas Laurant com uma das mãos segurou seu queixo forçando-a olhar para ele.

    - Não notou nada de estranho... El? ? sua voz era maliciosa.


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