A PROSTITUTA

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    Capítulo 3

    O PRIMEIRO ENCONTRO

    Álcool, Adultério, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    (PV por Deidara ON)

    Vi a bela rosada ir embora, já eram aproximadamente 4 horas da tarde, tomei meu café, paguei e me retirei do estabelecimento, fui até minha casa, herdada de minha família, me preparei, estava bem elegante para um encontro deste tipo, estava com uma roupa para encontros chiques, não para sair com uma prostituta, se bem que os olhos dela não me diziam que ela era uma prostituta, e sim uma pessoa bondosa e inocente.

    Passei um perfume caro e desci as escadas para o primeiro andar, disse para minhas criadas que estavam dispensadas por hoje.

    Saí de casa e peguei meu carro, uma Ferrari, entrei no carro e coloquei o cinto de segurança, me preparando para uma volta de carro até chegar a hora de encontrar com ela na praça. Perambulei por pelo menos uma hora até achar que já tinha esperado tempo suficiente para poder ir até a praça

    (PV por Deidara OFF)

    (PV por Sakura ON)

    Após tomar certa distância do café, deixei que a tristeza rondasse meus olhos, afinal eu sou mulher e como tal, ainda sonho com uma história de amor.

    Como fui capaz de pensar que alguém se apaixonaria por mim?

    Mas agora não era hora de pensar, com o dinheiro que iria ganhar poderia começar a pagar minha tão sonhada faculdade.

    Entrei em uma dessas lojas de conveniência, comprei um pequeno caderno de anotações e uma caneta esferográfica azul, passei no caixa e paguei, me dirigindo agora para a pensão em que estava hospedada.

    Ao chegar, tomei um longo banho, olhei para meu corpo em frente ao espelho, ali existiam algumas marcas e antes que pergunte, sim eu tive clientes masoquistas, eles pagavam mais, não sei explicar ao certo, mas eu sentia prazer na dor, na humilhação, na servidão.

    Abri minha mala, não estava tão frio assim, então coloquei um longo vestido negro de mangas e arrumei meu cabelo em um coque. Ao espelho, passei apenas um lápis em meus olhos, um pouco de rimel e um batom vermelho.

    Peguei o caderno e a caneta, coloquei em uma pequena bolsa preta que tinha as alças prateadas, passei meu perfume adocicado com aromas de cerejeira, coincidentemente ele carregava o mesmo nome que eu, Sakura, e era da marca Kagami.

    Olhei novamente para meu quarto frio e vazio, o mais engraçado de tudo era que, é assim que eu me sentia.

    O tranquei e caminhei até a praça.

    Ao chegar a praça olhei o relógio, ainda faltava algum tempo para a hora marcada, então me sentei em um banco e comecei a fazer as anotações, fazendo planos com o dinheiro que ganharia.

    (PV por Sakura OFF)

    (PV por Sakura OFF)

    Cheguei à praça e vi a bela garota que se dizia prostituta sentada em um banco, tranquei meu carro e me aproximei dela

    ?Olá Sakura.

    ?Olá Deidara.

    ?Que belo cheiro, por acaso esse seria um perfume da marca Kagami?

    ?Sim, ele leva o mesmo nome que eu, Sakura.

    ?Que lindo, bom, não temos mais tanto tempo assim, vamos para meu carro ? Eu destranquei o carro e abri a porta para que ela entrasse ? O que acha?

    ?É um belo carro Deidara, vamos para onde agora?

    ?Para minha casa, onde poderemos ficar mais à vontade ? coloquei o cinto de segurança, assim como ela ? Preparada?

    ?Sim ? disse ela com um olhar doce para mim.

    Acelerei até estarmos chegando próximos a minha casa.

    (PV por Deidara OFF)

    (PV POR SAKURA ON)

    Enquanto estava dentro do carro meus pensamentos corriam livres como cavalos selvagens, ele estava realmente levando isso para o lado profissional. Estava um tanto quanto frio.

    Em pouco tempo, chegamos a uma luxuosa casa, um sobrado para ser mais exata. Adentramos o recinto, indo em direção a garagem, ele parou o carro, desceu e talvez como forma de cavalheirismo abriu a minha porta, me ajudando a descer do luxuoso carro.

    Entramos pela porta da garagem, talvez ele estivesse com medo de alguém me ver ali, como se adivinhasse meus pensamentos ele falou.

    ?Pode ficar tranqüila não há ninguém além de nós dois em casa.

    Me dirigiu a um local onde parecia ser a cozinha.

    ?Eu vou adega, me acompanha algumas taças de vinho?

    Sorri tentando ser simpática como forma de aceitação.

    Ele se retirou e em pouco tempo voltou com uma taça de vinho em mãos.

    Comecei a andar pela casa, de fato esta era decorada com extremo bom gosto.

    Cheguei a uma sala, onde havia uma lareira, pelo estado que se encontrava, fazia muito tempo que não era utilizada.

    Sentei-me num tapete felpudo em frente ao sofá, ficando de frente à lareira.

    Ele se aproximou e sentou ao meu lado, me estendendo uma taça vazia e enchendo uma taça para si e a minha com um líquido vermelho. Levei minha taça até a boca, o vinho deveria ser caro, pois estava divino.

    Ele colocou a garrafa do lado esquerdo, fora do tapete e disse.

    ?Vinho do Porto 1920, a melhor safra de vinhos portugueses.

    Eu havia fixado a minha visão naquela lareira como se não estivesse ouvindo o que ele acabou de falar.

    ?Quer que eu a acenda?

    Fiz que sim com a cabeça Ele se levantou e em pouco tempo acendeu a lareira.

    Agora minha visão hipnotizava com a chama crepitando, ele se sentou do meu lado e perguntou.u de falar. ?Quer que eu a acenda? ?Fiz que sim com a cabeça Ele se levantou e em pouco tempo acendeu a lareira.

    ?Qual o próximo passo?

    Ele estava certo, era como se fosse um ritual.

    Tudo na vida era um ritual, como uma cerimônia que deveria ser seguida ao pé da letra. Homens e mulheres se conheciam, se apaixonavam, se desapaixonavam, garotas se deitavam com os namorados pela primeira vez, era como uma peça de teatro e tudo deveria ser seguido como mandava o script, mas o que de fato significava a palavra ?SEXO?? Levando em conta a experiência que tinha era um drinque na casa onde eu trabalhava, uma rápida dança, um taxi e um frio quarto de motel. Depois, ter ou a esposa fiel ou a amiga leal ou a mãe coruja ou a mulher fatal ou a namora carinhosa. Era exatamente isso que um homem procurava em uma garota de programa. Todos se encaixavam em alguma dessas categorias, mas o ato em si durava apenas 11 minutos, mas o mais engraçado era que o mundo girava em torno desses 11 minutos.

    ?Então Sakura ? Disse ele me tirando dos pensamentos.

    ?Um presente ? Falei

    ?Como? ?Uma maneira de nos conhecer. O primeiro encontro. Um presente assim manta o ritual ? Abri minha bolsa, achando lá dentro a caneta que havia comprado. Qualquer coisa servia

    ? Isso é pra você ? Digo ?Quando comprei, pensava em anotar algo sobre minhas idéias sobre a faculdade de medicina, usei enquanto esperava você, escrevi até ficar cansada. Ela tem um pouco do meu suor, da minha vontade e do meu sangue, que estou dividindo com você agora -Depositei a caneta na mão dele sorridente - Ao em vez de estar compartilhando algo com você que gostaria de ter, estou lhe dando algo que é meu, um presente, um sinal de respeito à pessoa diante de mim. Um pedido para que ela compreenda o quanto é importante estar ao lado dela. Agora você tem consigo uma pequena parte de mim mesma, te entreguei de livre e espontânea vontade, e não por que você contratou meus serviços.

    Ele se levantou e foi até uma estante e voltou com um objeto em mãos e estendeu para mim.

    ?Este é um vagão de um trem elétrico que ganhei quando era menino. Não tinha autorização para brincar com ele sozinho, por que meu pai dizia que era muito caro, importado dos Estados Unidos, então só me restava esperar que ele tivesse vontade de montar o trem no meio da sala, mas geralmente ele passava os domingos escutando opera. Por isso o trem sobreviveu a minha infância, mas não me da nenhuma alegria, lá em cima tenho guardado todos os trilhos, locomotivas, casas e até mesmo o manual, por que eu tinha um trem e não era meu, com o qual eu não podia brincar. Teria dado graças a Deus, se tivesse sido destruído com os outros brinquedos que ganhei que nem me lembro mais porque essa paixão de destruir faz parte da maneira com que as crianças descobrem o mundo, mas este trem intacto me lembra sempre uma parte da minha infância que não vivi, por que era precioso de mais ou trabalhosa de mais para meu pai, ou talvez porque cada vez que montasse o trem tivesse medo de demonstrar seu amor por mim.

    Voltei a me fixar no fogo da lareira, algo estava realmente estava acontecendo e não era o vinho e nem o ambiente acolhedor.

    Era a entrega dos presentes.

    Deidara também se virou para a lareira, ficamos calados escutando o fogo crepitar. Bebemos vinho como se não fosse importante dizer nada, falar nada, fazer nada, apenas estar ali, um com o outro, olhando na mesma direção.

    ?Tenho muitos trens intactos na minha vida ? Disse depois de algum tempo ? Um deles é meu coração, também só brincava com ele quando o mundo colocava trilhos e nem sempre era o momento certo.

    ?Mas você amou?

    ?Sim, eu amei. Amei muito. Eu amei tanto que quando meu amor me omitia um presente, eu tive medo e fugi.

    ?Não entendo

    ?Não precisa, estou lhe ensinando, por que descobri algo que não sabia. O presente, a entrega de uma coisa que é sua. Dar, antes de pedir algo que seja importante. Você tem meu tesouro: A caneta que escrevi alguns de meus sonhos. E eu tenho seu tesouro: O vagão de trem, parte da infância que você não viveu. Eu agora carrego comigo, parte de seu passado e você guarda consigo um pouco do meu presente. Que bom.

    Falei tudo isso sem planejar, sem estranhar meu comportamento, como se soubesse que aquela era a única e melhor maneira de agir.

    Levantei-me com suavidade e dei um beijo no rosto de Deidara, que nenhum momento fez menção alguma de levantar de onde estava.

    Hipnotizado pelo fogo, possivelmente pensando em seu pai

    ?Nunca entendi direito por que guardava este vagão, agora ficou bem claro. Para entregar-lhe em uma noite com a lareira acesa. Agora a casa ficará mais leve. Amanhã doarei o resto do trem para um asilo ou coisa assim.

    ?Talvez hoje esse trem seja uma raridade, que não fabriquem mais. E que vale muito dinheiro. ? Adverti a ele, para logo depois me arrepender. Não se tratava disso, mas sim de livrar-se do que custa ainda mais caro para o coração.

    Antes que ele disse-se mais alguma coisa que não cabia ao momento, dei-lhe outro beijo no rosto e me dirigi até a porta.

    O loiro continuou olhando o fogo e eu pedi-lhe delicadamente que viesse abri-la.

    Deidara levantou-se e veio até mim, que expliquei, embora estivesse muito contente em velo contemplar o fogo. Os brasileiros têm uma estranha superstição: Quando visitam a casa de alguém pela primeira vez. Não se deve abrir a porta na hora da saída. Por que se fizer isso, jamais voltarão aquela casa.

    ? Eu quero voltar.

    - Embora não tenhamos tirado a roupa, eu não tenha entrado em você, nem sequer tenha a tocado, nós fizemos amor, irei vê-la no café amanhã.

    Eu sorri, ele se ofereceu para me levar de volta à pensão, mas recusei, precisava de um pouco de ar.

    Andei pelo frio e pela escuridão da noite, como já tinha feito tantas vezes na minha vida, normalmente essas caminhadas estavam associadas à tristeza, solidão, vontade de voltar para minha casa, no interior do Brasil, saudade da minha família, cálculos financeiros, horários.

    Hoje, porém, caminhava para encontrar a mim mesma.

    Encontrar aquela mulher que durante 40 minutos, estava diante do fogo com um homem, que era cheio de luz, sabedoria, experiência e encanto.

    Andei calmamente até chegar à pensão. Procurei não pensar muito no que havia acontecido apenas me deitei em minha cama e fiquei observando o teto, hoje, pela primeira vez na minha vida, eu havia entregado a minha alma a alguém.

    (PV por Sakura OFF)


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