Uns três dias se passam desde a volta de Kojiro, nada muda até lá, mas, Kojiro sabe que o clã ataca inesperadamente e que não podem ficar descansados de mais, a qualquer hora eles chegam.
Kojiro: - Sayu-chan, preciso falar com você. - está sério.
Sayuri: - Claro, já vou Kojiro. - Interrompe o que estava fazendo, o que não era algo muito importante, estava tentando achar um Hashi que deixou cair embaixo do futon.
Kojiro: - Sayu, eles vão chegar essa noite. - fala olhando para o chão.
Sayuri: - Que... ah sim, os assassinos.
Kojiro: - Você e seu avô precisam ir, esse é um assunto meu, fujam enquanto podem.
Sayuri: - Não! Já disse que vou lutar com você. Kojiro, eu nunca vou deixar você. - sem perceber, Sayuri passa a mão no rosto de Kojiro enquanto fala, mas interrompe logo quando percebe o que faz.
Kojiro: - Por favor, Sayuri, não diga uma coisa dessas. Não vale a pena ficar do lado de uma pessoa que nem eu, vai por mim, é melhor saírem daqui e deixar que eu resolvo.
Sayuri: - Kojiro, não vou ficar mais 8 anos sem ver você, aliás, eu não mais passar o resto da minha vida esperando por você, eu vou ficar aqui, e não adianta teimar comigo. - desvia o olhar para o chão.
Kojiro: - Não sei o que eu faço se acontecer alguma coisa com você Sayu, a regra é eu morrer antes de você, é eu morrer para proteger você.
Sayuri: - Kojiro, não adianta, eu vou ficar!
Kojiro: - Sayuri... - fita os olhos dela.
O dia foi se passando e vovô Sakamoto foi para a casa de um de seus alunos resolver alguns problemas da vila.
Ao longe, no horizonte, estava Kojiro olhando para o céu, esperando a hora chegar, ele tinha que acabar com aquilo tudo, ele precisava acabar com aquela história. Seu único problema era Sayuri, como mantê-la segura sendo que ela estava no meio daquilo tudo?
Sayuri viu ele ao longe e foi atrás.
Kojiro: - O céu é muito mais azul aqui. - fala com Sayuri que acaba de ficar ao seu lado.
Sayuri: - Provavelmente iremos fazer parte dele, Kojiro... - Sayuri diz com um certo desanimo nas palavras, e uma lágrima escorre em sua face.
Kojiro: - Se for pra alguém estar nele por aqui, serei eu, farei de tudo pra não deixar acontecer nada com você, mesmo estando na briga. - Kojiro olha pra ela - Sayuri, eu...
Sayuri: - Kojiro, eu amo você! - diz abraçando-o forte e chorando.
Kojiro: - Também amo você Sayu-chan, mesmo não devendo. - fecha os braços sobre ela, abraçando-a.
A noite chega e de longe se vê centenas de homens armados com suas espadas, não há mais para onde fugir. A vila está deserta e só Kojiro e Sayuri estão no meio dela.
Pegam suas espadas e se olham, sabem o que irá acontecer, mas sabem que é preciso aquilo acontecer para o pesadelo acabar.
Sayuri: - Infinito... - sussurra para si mesma.
Kojiro: - O que disse Sayuri?
Sayuri: - O céu... É infinito. - olhando para o chão batido.
Kojiro: - Azul e Infinito. - sorri para ela.
Poucos minutos depois já estavam no meio de uma guerra, uma guerra injusta para alguns olhos, onde duas pessoas lutavam contra centenas de homens. Mas apenas aquelas duas pessoas mataram centenas das outras, aquelas duas pessoas eram mais fortes, aquelas duas pessoas tinham desejos mais altos.
Depois de muito sangue escorrido, muitos corpos e muita luta, aquilo acaba, e aparece o tio de Kojiro, o homem que estava por trás de tudo, o homem que causou tudo aquilo.
Tio: - Kojiro, você sabe que não precisava disso tudo, era só me obedecer, era só ser como nós, você era meu melhor aluno. - caminhando em direção a eles.
Kojiro: - Precisava sim, agora acaba tudo. - diz ofegante e exausto com as feridas, muito fraco.
Tio: - Vou ter que matar você Kojiro, e sua amiga, bem... ela está praticamente morta. ? olha para Sayuri que está ajoelhada sangrando muito e muito mais fraca que Kojiro.
Kojiro: - Velho idiota, ainda sei lutar melhor que você! - Kojiro dá um golpe inesperado na cabeça do homem que não consegue se esquivar.
Tio: - Sempre foi meu melhor... aluno... - cai de joelhos e depois deita, morre.
Depois da briga Kojiro vai olhar Sayuri, que está muito ferida, está praticamente morta já.
Kojiro: - Sayuri, você... - cai uma lágrima de seu rosto.
Sayuri: - Kojiro... acabe... com isso... logo... ta doendo - Sayuri tenta forçar um sorriso.
Kojiro: - Não posso... Sayuri... não quero. - Kojiro também está muito fraco, mas ainda tem mais tempo de vida, parece estar um pouco mais forte que Sayuri.
Sayuri: - Por favor, se eu virar o céu... meu amor por você... vai ser eterno e ... infinito...
Kojiro: - Nosso amor... - Kojiro dá um beijo em Sayuri e crava a espada nos dois, o que faz ela ficar atravessada.
E ficam assim, morrem ajoelhados um diante o outro, juntos.
Se passam meses até ficar tudo ao normal outra vez, a vila aumentou, e colocaram mais uma escola, maior, onde o vovô Sakamoto volta a dar aulas.
Kaoru: - Senhor Sakamoto, o senhor parece ter superado a morte de sua neta. ? diz a amiga de Sayuri para o vovô
Vovô Sakamoto: - Aconteceu o que era para acontecer, Kojiro e Sayuri se eternizaram com isso, fiquei triste sim... mas não posso duvidar de nada que a vida faz, destino é algo que não podemos questionar e nem mudar.