?Calor; suor; corpos colados; movimentos frenéticos; gemidos abafados pela união dos lábios; palavras desconexas; cabelos umedecidos. Amor e carinho. Prazer e dor. Nomes sussurrados... O ápice.?
Ofegante, o moreno abre os olhos e, subitamente, senta-se na cama em um movimento brusco, tentando, em vão, controlar, não só sua respiração, mas, também, seu coração. Levando as mãos até a face suada, ele joga seus cabelos azulados para trás, suspirando ao ver que seu membro latejava, em decorrência do sonho que tivera.
De novo... Até quando continuaria assim?
Se levantando, direciona-se ao banheiro, teria de tomar um banho frio. Ao entrar no pequeno recinto, segue diretamente ao chuveiro, já se encontrando despido, ao liga-lo sente a água gelada escorregar por entre seus fios de cabelo e deslizarem por toda extensão de seu corpo, provocando-lhe leves arrepios. ?Essa temperatura... Essa frieza... Lembra-me do toque de pele dele...?, divagava. Simplesmente não entendia como um simples briga, provocada pelo bendito ciúme, pode acabar com uma relação que durava há anos. Lágrimas pingavam de seu rosto, se misturando às gotas d?água. Eles se amavam. Eles se desejavam. Eles se entendiam muito bem, mesmo levando tantas diferenças... Mas por causa de uma posse descontrolado, um ciúme chato e uma serva assanhada... Tudo acabou... ?Isso não pode continuar assim!?, decidido, o moreno acaba de se banhar e coloca sua roupa mais provocante, uma calça e camisa que marcavam bem seus músculos e curvas, e fez questão de não colocar peça íntima, tinha tudo planejado (coisa rara, já que normalmente agia por impulso), definitivamente, não iria deixar uma garota atrevida acabar com o relacionamento que mantinha com o homem que amava.
M&C
Subia as escadas com pressa, não via a hora de chegar ao seu destino.
No meio do caminho, mais especificamente entre as casas de Sagitário e Capricórnio, o grego para e pensa: ?E se ele não me quiser de volta??, perguntava-se, ?Ora! Não diga besteiras seu aracnídeo idiota! É claro que ele te quer de volta... Talvez no começo ele resista... Mas existe algo que seu charme não possa fazer??, indaga mentalmente, estampando um belo sorriso arrogante, confiante, em sua face, continuando a caminhada.
Ao por os pés no Templo de Aquário, segue diretamente à biblioteca, à uma hora dessas, ele estaria lá... Lendo aqueles livros mofados sobre física quântica ou química. Chegando à porta que separava o recinto do resto da casa, põe a mão na maçaneta, receoso, virando-a logo em seguida, todavia, antes de abri-la ele ajeitou os cabelos e retirou o suor do rosto, entrando depois. Como ele pensava... Ali estava seu homem, com os olhos fixos nas páginas daquelas ?relíquias?, como Aquário costumava chamar.
_Milo de Escorpião? O que faz aqui? Quer algo? ? Questiona seguidamente, depositando os orbes azulados sobre o deus grego a sua frente, para seguidamente, volta-los ao seu livro, não aguentaria fita-lo, não com aquela roupa.
Aproximando-se de sua presa, o escorpiano responde as perguntas uma a uma: - Não... Imagina! É a Rainha da Inglaterra! ? Exclama com ironia, não podia evitar... Tinha que injetar um ?pouco? de veneno. - Eu vim falar com a tua pessoa e, o que eu quero? Eu quero você, Camus. ? Diz a última frase com malícia presente na voz, agora já bem próximo do aquariano.
Engolindo em seco e suspirando, o francês fecha o livro e deposita-o sobre o criado-mudo. Não esperava por aquilo, não agora. Sabia que Milo não aceitaria a separação, mas não pensou que ele viria tão cedo... Ele próprio não havia aceitado aquela besteira, todavia, precisava de um tempo para pensar! Claro: Milo não tinha culpa de despertar a luxúria, até a mais bem guardada, quando passava, mas, tinha que admitir, era muito ciumento e sentia sua alma ferver quando percebia aqueles olhares sobre seu escorpiano, estava ficando cada vez mais complicado aguentar aquilo.
_Conversar sobre o quê? ? Questiona, ignorando completamente a última resposta do moreno.
_Você sabe muito bem sobre o que. ? Responde rapidamente, vendo o cavaleiro de aquário abaixar a cabeça em seguida.
Felinamente, o grego se aproxima e permite-se sentar no colo do francês... As atitudes deste sempre foram muito claras para ele, aquela barreira de gelo simplesmente se quebrava e sabia perfeitamente o que aquário sentia naquele momento: sentia-se traído e confuso.
Milo depositou a mão esquerda sobre o ombro de Camus e, com a outra, levantou o queixo deste. Não esperava nenhuma reação bruta e, realmente, não a obteve. O francês poderia até ser frio aos olhos de todos, mas ele sabia perfeitamente o quanto aquele homem era sensível, e em uma situação como essa, a tristeza dominava-o.
_Camyu, olhe bem nos meus olhos. Diga-me: Você me ama? Confia em mim? ? Obtendo um balançar afirmativo de cabeça, continua: - Então, por favor, volte comigo... O que sinto não é só falta de sexo, mas... Como você acha que eu possa sobreviver mais um mês sem seus carinhos, seus abraços, beijos e aquelas palavras doces ao pé do ouvido? Durante todo esse tempo em que ficamos separados, sequer dormir direito eu dormia, e quando conseguia, meus sonhos eram lembranças de momentos em que passamos juntos... Não precisávamos ter terminado por causa daquela serva atrevida, como confirmou você confia em mim e me ama... Por que terminar um relacionamento tão saudável e carinhoso como o nosso por causa disso? Você é ciumento, eu sei, alias, eu também sou... Mas por favor... Vamos voltar... Ficar sem você é pior do que receber as 15 agulhas escarlates! Por favor, Kyu, eu te amo... ? Desabafa o grego.
A sua frente, Camus se mostrava surpreso... Nunca o vira tão desesperado daquela forma... Ele estava sofrendo... Não... Ambos estavam... Em seus tempos juntos, o aquariano se apegara muito a ele e, nesse mês, sem a presença do escorpiano, se vira perdido, sem chão... Realmente, foi uma besteira ter acabado o relacionamento por causa de um ciúme bobo, mas, mesmo assim, não aturava ver outra pessoa perto de SEU Milo. Ele só protegia o que era seu. Confiava em no grego SIM! Mas não nos outros...
Segurando, agora, o pulso do grego, Camus acaricia a pele sensível e diz: - Me desculpe... Perdoe-me por tudo Mi, sei que deveria me controlar e não descontar minha raiva em ti e no nosso relacionamento... Mas você sabe como não entendo nada de sentimentos e me senti perdido... ? Respira fundo, olha bem para os belos orbes azulados - Pardon, mon ange!
Sorrindo, Milo apenas diz: - Não precisa se desculpar seu bobo! Mas pode deixar que eu te ensino a lidar com sentimentos...
Colando seus lábios ao do francês, o grego inicia um beijo lento e apaixonante, pedindo passagem para adentrar a boca do outro com a língua. Eles se acariciavam, mãos atrevidas passeando por toda extensão dos corpos... A paixão transbordando e o amor sendo demostrado entre olhares e outros. Camus retirava a camisa do moreno com urgência enquanto direcionava os beijos ao seu pescoço, chupando e deixando marcas, enquanto Milo, entre gemidos, retirava a camisa social que aquário usava. Levantaram-se e o francês guiou-o para uma mesa que se encontrava no centro da sala, deitando o grego e distribuindo beijos pelo peitoral exposto do outro, detendo-se nos mamilos eriçados, mordendo e lambendo-os, enquanto o escorpiano segurava um punhado de cabelos azul-petróleo. O aquariano descia mais e mais, até chegar ao cós da calça, porém, volta a der atenção aos lábios entreabertos do grego e com uma das mãos acariciava o volume por debaixo da calça de Milo, desabotoando e retirando-a do corpo de grego, ao perceber a falta da peça íntima, cessa o beijo e observa o rosto, sorrindo de lado: - Você pensou em tudo... Não foi Milo?
_Eu sabia que você não resistiria. ? Respondeu com certo ar malicioso, cheio de charme, e piscando para Aquário logo em seguida.
Reprovando com a cabeça, Camus se ajoelha e começa a retirar a roupa que faltava. A se ver completamente nu, volta ao seu ?trabalho?. Começa a beijar, chupar e lamber a região pubiana do escorpiano, descendo mais e mais, até abocanhar o membro do grego, chupando-o e degustando-o, matando a saudade que sentira daquele corpo durante o mês.
Camus para ao perceber que se continuasse o moreno gozaria, logo em seguida ouvindo protestos do grego, se direcionando mais para baixo, passando a língua pela entradinha do mais novo, levando, então, três dedos até a boca de Milo, e este os chupava com vontade, sem medo do que viria a seguir, mas sim, ansiedade. Camus passa a prepara-lo, introduzindo os dedos, um a um, enquanto o massageava com movimentos circulares, sentindo aquelas paredes internas fecharem-se em torno de seus dedos.
Quando pensou que ele já estava bem preparado retirou os dedos e posicionou seu pênis na entrada do escorpiano, acariciando seu rosto, até que, pouco a pouco, entrou no corpo de Milo. Ficou imóvel, Camus esperava que o grego se acostumasse com o volume dentro de si para, então, poder se movimentar. Nesse meio de tempo distribuía beijos na face do moreno, distraindo-o da possível dor que ele estaria a sentir naquele momento.
Milo começa a rebolar sob o membro de Camus, mostrando que já estava pronto. Camus, atendendo ao pedido mudo do grego, começa com movimentos de vai-e-vem. Estes começaram lentos, porém, foram ganhando intensidade com o decorrer do tempo. O aquariano agarra as pernas do escorpiano encostando seus joelhos em seus ombros, dando-se mais acesso àquele corpo... Só seu.
_Ca... my... u... ah! ? Gemia Milo insanamente.
_Ah! Mi... lo... Uhn...
Com o objetivo de dar mais prazer ao seu companheiro, o aquariano começa a masturbar o escorpiano com a mão livre no mesmo ritmo das estocadas. Debruçando-se mais e mais sobre Milo, seu suor pingava de seu queixo fino e das postas dos cabelos caindo diretamente naquele abdômen bem definido.
Cada vez ia mais fundo e sempre que o ?ponto mágico? era tocado, gemidos e gritos guturais eram soltos por ambos. O prazer tomava conta dos corpos e da consciência, os olhos se encontravam escurecidos pelo desejo que os assolava. Os movimentos eram frenéticos, os corpos se chocavam. Nada mais importava no momento.
_ Eu... Te a... mo... Ky... u... Uhn... Ah... ? Dizia o grego.
_Eu... Também... Amo-te... Mi... Lo... Oh! ? Diz num ?quase grito? o cavaleiro de aquário.
O ápice fora atingido, uma explosão de prazer. Milo libera seu esperma em Camus, e esse deixa sua semente dentro do corpo do mais jovem ao sentir seu membro pressionado por aquele espaço tão pequeno.
O francês se retirou de cima do grego, se deitando ao lado deste, que, com dificuldade, por causa do cansaço, deixou sua cabeça sobre o peito forte do outro cavaleiro. Sentiam-se entorpecidos pelo esforço físico de pouco tempo atrás, mas satisfeitos. Era incrível como sentimentos podiam ser expressos apenas por atos... Olhares... Palavras e declarações tão simples, mas tão fortes como um ?Eu te amo? sincero vindo de alguém que você respeita, confia e, acima de tudo, ama com todas as suas forças.
Virando seu olhar para Camus, Milo descana mão sobre pito forte desenhando círculos imaginários, provocando cócegas no outros, que solta uma risada sonora.
_E então... Reatamos? ? Perguntou inocentemente Milo.
_Ainda... Restam dúvidas? ? Questiona de volta Camus.
_Ah sim... Muitas e muitas dúvidas. ? Responde.
_Pois bem, se ainda tiver energia podemos esclarecer todas... Hoje, amanhã, depois de amanhã e depois... ? Rebate o aquariano.
E essa foi apenas uma das várias uniões que houve naquela noite, se amavam e acariciavam-se. Isso prova que: Nada, nem ninguém, podem impedir a existência de um amor verdadeiro.
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