A Bela Adormecida, o Conto das Princesas.

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    O ínicio.

    Spoiler

    Era uma vez, um rei e uma rainha, ambos muito jovens, poderosos e ricos, mas pouco felizes, pois não tinham filhos.

    ? Se pudéssemos ter um filho... ? suspirava o rei com um ar de tristeza.

    ? E se Deus quiser, uma bela menina! ? animava-o a rainha.

    ? E por que não gêmeos? ? acrescentava o rei.

    E por algum tempo os reis permaneciam em esperançosos, mas a rainha ainda não engravidara. Os amigos, os nobres, os camponeses, os cavaleiros e os bufões tentavam os agradar, mas não conseguiam. Uma era de melancolia caiu sobre o reino, ninguém conseguia anima-los.

    Mas, numa tarde de verão, enquanto a bela rainha estava se banhando no lago atrás do castelo, um sapo, verde e de aparência tenebrosa pulou para fora da água, assustada, a rainha correu pegou uma toalha e uma vassoura e foi em direção ao sapo.

    ? Saia! Saia! ? gritava atacando-o com a vassoura.

    ? Acalme-se minha senhora! Eu vim para avisa-la! ? o sapo gritava fugindo da mesma.

    ? O que você quer? ? Ela ficava parada em frente ao mesmo, ainda olhando para ele com desespero.

    ? Daqui há 1 ano, vocês terão um bebê. Uma bela menina.

    Na mesma noite a rainha informou ao rei sobre o acontecido, e o rei ficou esperançoso, desde então um pouco de alegria desceu por todo o vasto reino. No ano seguinte, pouco após o nascimento do bebê o rei preparou um grande banquete em honra ao nascimento e batizado da mais nova princesa. Súditos, parentes, nobres, cavaleiros, todos foram ao grande festejo. E como convidadas de honra, as fadas que viviam nos confins do reino: treze.

    Os mensageiros saiam do palácio para convidá-las, porém retornou preocupadíssimo o primeiro.

    ? Majestade, as fadas são 13 e nós só temos 12 pratos de ouro, o que faremos? Uma fada que comer em um prato de prata pode se sentir ofendida. E uma fada ofendida...

    O rei refletiu.

    ? Não chame a décima terceira fada. ? disse. ? Talvez, ela nem saiba que nasceu a nossa filha e assim não teremos problemas.

    Partiram então 12 mensageiros, com convites somente para 12 fadas como disse o rei. No dia da festa, as 12 fadas chegaram graciosas cada uma com uma cesta cheia de flores e dentro junto ás flores um presente para a recém-nascida. O rei se levantava e junto a ele sua esposa, ambos levantavam suas taças de vinho.

    ? Meus fiéis súditos e fadas. ? seu timbre de voz se tornava grave. ? Estamos aqui para celebrar o batizado de minha filha, seu nome é Bela! E ela será a mais bela deste reino! - os fiéis se levaram e concordaram com o dito. ? Comecemos as comemorações!

    As fadas se levantaram e voaram até o berço onde estava a pequenina e cada uma entregou seu presente a mesma.

    ? Será a mais bela moça do reino ? disse a primeira fada, debruçando-se sobre o berço.

    ? E a de caráter mais justo. ? disse a segunda fada passando em torno do berço.

    ? Terás riquezas de perder a vista. ? acrescentou a terceira.

    ? Ninguém terá o coração mais caridoso que o teu. ? afirmou a quarta.

    ? A sua inteligência brilhará como um sol. ? comentou a quinta.

    ? Serás tão corajosa quanto os mais nobres guerreiros. - adicionou a sexta.

    Onze fadas já tinham desfilado em frente ao berço; faltava somente a uma (entretida em tirar a mancha do vestido, no qual um garçom desajeitado tinha virado uma taça de sorvete) quando chegou a décima terceira, aquela que não tinha sido convidada por falta de pratos de ouro.

    Estava com expressão muito sombria e ameaçadora, terrivelmente ofendida por ter sido excluída. Lançou um olhar maldoso para a Flor Graciosa, que dormia tranquila, e disse em voz baixíssima.

    ? Aos dezesseis anos a princesa vai se ferir com o fuso de uma roca e morrerá.

    E foi embora, deixando um silêncio desanimador. Então se aproximou a décima segunda fada, que devia ainda oferecer seu presente.

    ? Não posso cancelar a maldição que agora atingiu a princesa. Tenho poderes somente para modifica-la um pouco. Por isso, a Flor Graciosa não, morrerá; dormirá por cem anos. Passados os primeiros momentos de espanto e temor, o rei, considerada a necessidade de tomar providências instituiu uma lei severa: todos os instrumentos de fiação existentes neste reino deverão ser destruídos. E, daquele dia em diante, ninguém mais fiava, nem linho, nem algodão, nem lã. Ninguém além da torre do castelo.

    Bela crescia, e os presentes das fadas apesar da maldição estavam dando resultados. Era bonita, boa, gentil e caridosa. Os súditos a adoravam.

    No dia em que completou dezesseis anos, o rei e a rainha estavam ausentes, ocupados numa partida de caça. Talvez, quem sabe, em todo esse tempo tivessem até esquecido a profecia da fada má.

    Bela, porém estava aborrecendo por estar sozinha e começou a andar pelas salas do castelo. Chegando perto de um portãozinho de ferro que dava acesso á parte de cima do castelo, de uma torre velha, abriu-a e subiu a longa escadaria e chegou, enfim a um quartinho.

    Ao lado da janela estava uma velinha de cabelos brancos fiando com o fuso uma meada de linho. A garota olhou maravilhada. Nunca tinha visto um fuso.

    ? Bom dia, vovozinha!

    ? Bom dia a você, bela menina!

    ? O que está fazendo? Que instrumento é esse?

    Sem levantar os olhos do seu trabalho, a velhinha respondeu com ar bonachão:

    ? Não está vendo? Estou fiando!

    A princesa fascinada olhava para o fuso que girava rapidamente entre os dedos da velhinha.

    ? Parece mesmo divertido esse estranho pedaço de madeira que gira assim rápido. Posso experimentá-lo também?

    Sem esperar resposta, pegou o fuso. E naquele instante, quando tocara no fuso, seu dedo foi espetado pelo mesmo, porém nada acontecera com Bela. Atrás dela, a velha resmungava para si mesma:

    ? O que houve? Como ela não adormeceu?

    ? Ai! ? dizia Bela olhando para o dedo que começara a sangrar.

    ? Tive uma ideia. ? a velha puxava uma adaga de sua roupa.

    A velha com passos leves e silenciosos se aproximava de bela por trás, estava na posição perfeita para mata-la, ao puxar a adaga para apunhala-la Bela olhou para trás e percebendo a situação, levantou-se e corre disparadamente para fora da torre.

    ? Quem é essa mulher? E por que tentara me matar? ? ela não parava de correr, estava agoniada com o acontecido.

    A senhora a seguia, lançava raios em sua direção, pequenas explosões sobre o caminho em que Bela estava seguindo. De repente, sua roupa começava a mudar e suas características físicas mudavam, surgia uma bela moça, que voava.

    ? Venha minha Bela. Por que foges?

    Mais a pouco, era a sacada do castelo. A bruxa a encurralou entre e a sacada, Bela tinha 2 opções, ou se entregava e a Bruxa a matava ou ela pularia.

    ? Ande Bela, venha comigo ou prefere pular? ? disse com uma voz sarcástica.

    ? Com você eu não irei! ? dizia bufando.

    ? Você escolheu a opção errada! ? a mesma se aproximava com velocidade e fazia com que a Princesa se espremesse na sacada.

    Com um pé na sacada e outro escorregando, a bruxa se aproximou tão perto que Bela foi impulsionada a cair da sacada. Tão rápido, ela caia e a bruxa caia em risos malévolos. Convencida de que Bela estava morta, a bruxa desapareceu em fumaça.

    Bela estava caída na floresta atrás do castelo fora do reino, desmaiada.


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