O prédio que havíamos entrado era bem antigo. Nele já haviam funcionando quase todo o tipo de estabelecimento possível que possa funcionar em um prédio. Agora muito abatido pelo tempo seus primeiros andares, funcionavam como uma casa de luz vermelha, ou assim chamando prostíbulo de Homens. Na verdade era um clube para mulheres solitárias ou que queriam um pouco mais de emoção na vida. La todas as noites homens despindo fantasias dançavam e ganhavam um suado dinheirinho usando seus corpos másculos e sarados.
Não tive duvidas ao olhar para o Japonês a minha frente, que me encarava, quanto a sua profissão. Mas como que adivinhando meus pensamentos ele logo me disse:
__ Não, eu não tiro a roupa como profissão não.
__ Não falei nada!
__ Mas pensou!
__ Adivinha pensamento?
Ele apertou um botão do elevador, eu não sei qual, logo o elevador parou.
Se aproximou tanto de mim, que podia ouvir seus batimentos cardíacos. O elevador era pequeno, mais se tornou menor ainda. Colocou ambas as mãos na parede atrás de mim. Movimentou a cabeça para um lado e para o outro. Eu agora estava realmente perdida, talvez a loura pet fosse uma boa pessoa, por que o japonês na minha frente não era.
__Não, eu não sou um garoto de programa!
__Não!Disse eu em uma voz embargada por puro terror. E o que então! E nesta hora eu já não mais sabia se era terror intenso ou tesão que eu sentia.O negocio estava ficando feio pra mim.
Ele olhou para um lado, olhou para o outro demorou a processar a informação.
___Sou...
Neste momento a porta do elevador se abriu, e então ele puxou-me pelo braço enquanto uma senhora de meia idade e um garotão entravam se agarrando, de um jeito censurado, para dentro do elevador.
Incrivelmente aquele ambiente ao qual me encontrava não se parecia nada com o que eu tinha em mente quando via aquele prédio por fora. E de um requinte só. Cada espaço, cada mobília parecia ser encomendada só para aquele lugar. Era como o isopor que vem protegendo as geladeiras quando se compra nova dentro da caixa. Só serve para aquele tamanho e modelo e geladeira e para a caixa da geladeira.
Muitas pessoas de boa aparência freqüentavam o ambiente, senhoras, jovens e etc. enquanto no palco dançava homens seminus. Que homens! Coitados, tendo que tirar a roupa para ganhar a vida. Se eu pudesse eu ajudaria...
Passamos por entre as mesas e entramos em um outro ambiente, cheio de portas e corredores e em um desses entramos.O quarto era simples havia uma cama no lado direito e um guarda roupa no esquerdo. A janela ficava no meio do quarto com vista para outra janela do mesmo prédio. E em frente a janela havia uma escrivaninha e nada mais.
Vitor fechou a porta do quarto e me puxou para cama.
__Vamos ficar aqui por hoje, vamos dormir.
Realmente, quando sai de casa tive um pressentimento não muito bom de como terminaria meu dia, achei que fosse coisa da minha mente perturbada pelos programas sanguinolentos de jornalismo, sei lá achei que seria roubada, atropelada ou coisa e tal. Mas isso! Não! Tava fora do meu pensamento!
__Ei, Vitor. Disse eu levantando-me desajeitadamente da cama.Olhei bem pra ele? Que bagulho que você anda fumando cara? Me diz por que assim também quero. Você é doido?
Ele sentou na cama ai ficou de quatro, olhando pra mim assim tipo um gato preste a pular. Olhou-me demoradamente, passou a língua por entre os lábios, saboreando algo, e sensualmente me disse, baixo e calmo.
__Senão ficar comigo, vou escrever seu nome no meu Death Note!
__Wtf? Death Note? Você ta brincando comigo? Olha só você é grande mais não é dois!
Ele sentou-se novamente e riu. Meu Deus onde eu fui me meter. Agora já era tarde. Estava completamente ferrada. Como pude confiar?
E agora, o que aconteceria.Sim, o que eu faria?