Nunca pensei o que eu faria se encontrasse um homem morto no banco da praça, mas parecia que eu estava preste a descobrir. Cheguei devagar, olhei para o tal morto. Homem jovem bonito, um semblante oriental, cabelos negros caído-lhe pela face pálida de morte, Achei que os chineses, japoneses, sei lá ,orientais fossem amarelos.Mas esse estava bem branco,que nem mármore.E morto,era até belo de se ver,bizarro, mas belo.
Aproximei-Me devagar, olhei se respirava, parecia que não. Eu respirava mais profundo, com certo receio, peguei um galhinho de uma arvore caído no chão, se tivesse morto teria que chamar os bombeiros, a policia, algum órgão responsável pelo colhimento de defuntos avulsos, cutuquei o suposto morto. Ele realmente estava morto. Cheirava bem, muito bem, certo perfume adocicado-madeiral para um defunto...Ai tomei coragem e o toquei para ter certeza de que estava morto,
Gelado ele segurou a minha mão que estava em seu pescoço, verificando os batimentos cardíacos, abriu os olhos e olhou para mim.Se morto ele não estava , morta ficava eu com tamanho susto.
---Ei, você está louca, garota?Sua mãe não te ensinou que não se deve mexer com gente dormindo não?
Se ela havia ensinado eu não sabia, o susto foi tão grande, com aquele suposto defunto, que eu esqueci até quem eu era! Seus olhos Negros como a noite de chuva com pico de luz. Meu Deus. Se ele fosse um vampiro, que fome que ele não estaria sentindo. E eu tinha acabado de doar sangue!Fiquei parada olhando pra ele. Que se recompôs, Dessa vez mais suavemente disse ainda segurando minha mão!
--Que foi? Porque mexeu comigo? Garota. E dizia isso maliciosamente.
--Achei que estava morto.--- Parecia um tanto morto---Na verdade ainda parece, morto. Disse eu, quase morrendo...
--Não estou morto não! Estava pensando!Estou como fome!
---É mesmo, Chinês?---Ai meu Deus era um vampiro, nunca mais eu mexo com um morto na praça.
---Não sou chinês, sou japonês! Falou ele rispidamente.
----É mesmo japonês?-----Vampiro japonês? pelo menos é bonito!Mas vai ter que morder mais algumas, alem de mim pra saciar a fome, sou magra e estou com pouco sangue, pensei eu .Maliciosamente me olhou.
----Gostaria de matar a fome comigo?
---Está louco, japonês? Nem me conhece, e se eu for uma vampira sugadora de sangue, e quiser sugar todo o seu sangue e... ----Agora eu vou ter que correr me falta sangue nas veias. E agora?
----Ei, andou vendo filme demais, hein!
----Pelo que vejo você, também!
----Ééééé.-----E ele sorriu ,num sorriso perfeitamente perfeito de derreter.----Vai ou não vai matar a fome comigo? Não se preocupe não tenho medo de vampiros, não tenho sangue, acho que nem coração eu tenho, então se for sugar meu sangue é melhor desistir, desde já.
E como não tinha me soltado puxou-me pra bem perto de si .Neste momento eu fiquei pasma,com medo, a pouco tempo o homem na minha frente era um defunto,ai virou um vampiro,e agora era um japonês de 1.80, sei la , grande,perigoso, ele devia ser da Yakusa. E desta vez com carinho, olhou no fundo dos meus olhos, sorriu mais uma vez, E abraçou-me. Num abraço de aço.E ainda no abraço..
----Oi, meu nome é Himitsu Yamashita,mas me chamam de Vitor mesmo.
Ah meu Deus ele disse o nome, Japonês assassino de uma máfia chinesa Quando eles se apresentam e por que a pessoa será aproxima vitima! Igual FREEMAN.Ele se levantou e me puxou.
Foi difícil seguir com o homem recém vivo, Mas com coragem, sendo ali meus últimos minutos de vida...
----Que foi? Não fica tensa, vamos só comer alguma coisa?Porque não me fala seu nome?
----Porque você quer saber?----disse eu rispidamente , me preparando para correr.
Ele sorriu, até que para alguém estranho ele sorria muito.
---Por que sim ué ?-e ria ainda mais uma gargalhada gostosa de se ouvir
----Manoela.
---Hajimemashite, Manoela, Vamos ao cinema?- e me perguntava isso com a cara mais sem vergonha do mundo. Piscando desavergonhadamente!
----AH?-----Perguntei assustada, cara maluco meu, doido varrido, e agora?
-----Vamos ao cinema, ai te deixo em paz! Só um cinema como bons na-mo-ra-dos! Nunca mais vai me ver.
Pedindo no jeito que ele me pedia, não tive nem como recusar. Seus olhos me chupavam como aspirador de pó. É eu sei comparação horrível mais parecida com a situação. Imagina-se sendo chupado, aspirado por um aspirador, era a mesma coisa.
---Que filme, você prefere assistir Manoela?
---Qualquer um que você quiser! Vitor
---AH.ta!
----OTIMO!!----preferia um filme de preferência bem longe desse maluco japonês da Yakusa, recém vivo, ex-morto ,esquisito!Parecido com um vampiro, pálido, feito peixe, pronto pra virar sushi , não sei que peixe se faz sushi, mas se for salmão é albino.Não se deve contrariar pessoas fora de si.Alem disso estávamos em espaço publico, as chances dele me matar, ou sugar meu sangue eram mínimas. Ah meu Deus, quanta besteira surge dentro de uma cabeça aflita, Vai ver que o cara só queria uma companhia. Vai saber? Ou pode ser um psicopata, sociopata, pervertido.
Ele foi a bilheteria, comprou os ingressos, pipoca, refrigerante, segurou a minha mão novamente, pois ,não havia largado ela,nem um minuto exceto para comprar os ingressos.Todo mundo olhava para ele, na verdade para nós.Ele era estranho , eu disse,Pálido , grande, japonês.Era mafioso, no mínimo alienígena.E ainda sim bonitão! Pois é!