Nascidos para morrer ao som de um guizo.

Tempo estimado de leitura: 34 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Até mais Abyys.

    Álcool, Estupro, Hentai, Incesto, Linguagem Imprópria, Suicídio, Violência

    Os dois saíram do território de Abyys porem, Brian não podia deixar o lugar aquilo fazia parte do feitiço. Aécio, quando viu que Abyys por mais maravilhosa que fosse era uma prisão. Ele não queria que outros morressem como ele morreu, ligado aquela terra aos pés do salgueiro, por isso alem de ter tirado a forma humana de Brian ele também o aprisionou ali, dando-lhe vida eterna e com a missão de tirar quantos podia no dia marcado. Hidekata olhou para o menino quando ele ficou parado na entrada da caverna. Seus olhos estavam um pouco arregalados, era um ladrão, mas isso não queria dizer nada, nunca iria abandonar um companheiro só em um lugar hostil. Seu coração disparou em desespero, ele estava prestes a voltar e puxar Brian, mas algo em sua mente não o deixou andar. Olhando nos olhos do amigo, o ladrão gritou:

    - Você não vem?!

    - Não posso... ? respondeu o outro desviando o olhar.

    - Por que não? ? perguntou o menino.

    - É uma historia longa e o dia é curto, vá enquanto pode meu amigo. Deixe para trás essa terra maldita...

    Em seguida a entrada da caverna fechou, com Brian ali dentro. Não podia fazer mais nada. O ladrão correu para tentar puxá-lo, mas foi em vão não chegou a tempo. Ficou um tempo dando socos na parede de pedra, ferindo sua mão por causa das pancadas. Desistiu daquilo e resolveu procurar saber onde estava aquela não era a Floresta dos Monges, não era mesmo. Com os olhos bem abertos não pode reconhecer nada, a sua frente tinha um rio e ele achou melhor seguir seu curso para saber onde ia dar. Estava de noite e ele resolveu parar um pouco e comer alguma coisa. Estava com as mãos feridas, por isso não poderia escalar uma árvore e se localizar. Procurou pela bolsa que trazia consigo, mas não achou, chegou à conclusão que esqueceu em Abyys.

    - Ah droga! ? exclamou enquanto olhava ao redor ? Maldita missão, nunca vou achar esse tal de pergaminho alguma coisa!

    Era incrível como ele ainda conseguia lembrar-se do que tinha que procurar, afinal era sua missão para ganhar honra dentro do clã de ladrões. Ele não sabia, mas perto dali ficava a torre onde sua irmã morava. Ela podia ser bem alta porem, era revestido com a magia do guizo, objeto que a menina não via há muito tempo, pois foi tirado dela. Ficou sentado em uma pedra na beira do rio, seu estomago começou a roncar e o menino levantou impaciente.

    - Mas que merda, perdi minha bolsa agora só falta ter perdido minha faca. ? exclamou enquanto procurava pelo objeto e notou não tê-lo perdido.

    Mesmo aquela mata sendo desconhecido para o rapaz, ele sabia que mesmo estando em um lugar estranho caçar era sempre igual, não tinha diferença. Enquanto procurava algo vivo para matar, ele viu algo se mexer ? devia ser algum animal. Sua respiração era calma, seus passos silenciosos, não podia perder aquela presa. Viu o que procurava um coelho. ?Adoro sua carne amiguinha? pensou o homem, em um rápido movimento se jogou em cima do animal que não conseguiu correr.

    - Mais uma vez o rei da caça ganha. ? comentou em meio a risadas divertidas.

    O jovem voltou para a beira do rio que estava. Ele prendeu o coelho com alguns cipós que tinha achado por ali, quando ia abrir o coelho e tirar sua pele uma voz feminina gritou:

    - Hey! Não pode caçar aqui!

    Hidekata olhou para a mulher que estava um pouco distante dele. A menina tinha cabelos brancos iguais aos dele, olhos pretos e vestia um vestido branco ? era sua irmã. Sim, ela estava presa na torre porem aquela mulher não era de carne e osso e sim um tipo de fantasma. Dentro da torre alem de livros de historias, tinha livros de magia e aquela era uma. Como estava presa naquela torre ela não sabia do mundo externo e com isso, agora podia aumentar seu conhecimento. Realizou um feitiço que criava uma cópia perfeita, porém não passava de uma cópia, não podia ser controlada depois que era feita. Apesar de que nunca desobedecia as ordens de seu mestre. Era fiel como um cão.

    O homem levantou-se intrigado com aquilo, pensava que só ele tinha a aparência exótica. Ele largou o coelho que saiu correndo e foi até aquele ser que pairava no meio das árvores.

    - O que é você? ? quando foi tentar tocá-la, sua mão passou por seu corpo.

    O corpo da mulher se misturava com o cenário ao seu redor, em alguns momentos quase não dava para percebê-la ali. O vestido brando contrastava com o marrom escuro do caule das árvores, os olhos pretos eram confundidos com a penumbra da galáxia.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!