calidum sanguinem

  • Ryu
  • Capitulos 6
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 24 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Jornada em familia

    Violência

    - Eu vou me entregar ao Sefiron...

    - Cara, se você for, eu vou junto... Nao perco minha primeira batalha de campo por nada! Haha!

    - Nao Kenji... Você não pode....

    - Nao pode mesmo Kenji... Por isso eu vou com vocês dois...

    - O que sensei? Nao, eu não posso deixar a tribo sofrer por minha causa....

    - Eu te entendo Arashi, e por saber que não posso te impedir, eu vou te guiar. Essa é a oportunidade de me vingar do homem que matou meu amigo.... eu jurei que ele ia pagar... e ele vai pagar...

    - Nos vamos também Sensei! - Touya e Yukito se manifestaram em meio a multidão se prontificando a lutar pelo amigo - Se for a oportunidade de ajudar nosso amigo, então vamos sim...

    Os olhos agora cobertos de lagrimas de alegria e preocupação evidente, eram adornados pelo sorriso que trazia consigo a frase:

    - Obrigado... e me perdoem pelo que pode acontecer nessa viajem... Mas se vamos lutar como família, essa família não sera desfeita... Se querem ir, não vou impedi-los... hora de arrumar as malas....

    No quarto do Arashi no fim da tarde...

    - Ei...!

    - Nossa cara! Que susto! Hahaha... Ja arrumou suas coisas? - Pergunta Arashi

    - Claro!... Eu não vou levar muita coisa não... só comida de sobra pra um mês haha...

    Mais uma vez, os amigos se tomam pelas risadas que enchem os corredores quase fúnebres da instituição, que tomada pelo silencio, carregava um ambiente de tristeza e apreensão pela jornada que estava por vir.

    - Prontos pra partir? - A voz estrondosa rompeu o silencio e as risadas... - Nao vão querer perder a carona pro principio da sua primeira grande jornada não é? Haha...

    - Carona? Como assim Sensei? O Arashi aqui tem medo de drunds... - A risada solta por Kenji no fim dessa frase depois de dize-la, é fruto de uma lembrança que se perpetuou na mente dos amigos, tudo por causa de um dia no pasto quando drunds enraivecidos perseguiram os dois amigos, que durante a madrugada roubavam pelos da cauda desse cavalo de luz, cujo as pelagens da cauda emitiam um brilho que quando em movimento fazia com que esses senhores da noite no campo, se assemelhassem a cometas rasgando o céu...

    - Nao Kenji.. Nos vamos em uma charrete normal que nos levará até o porto. De lá o Arashi vai nos guiar, afinal, é ele quem sabe o que fazer para encontrar o Sefiron. E... Arashi...

    - Sim sensei!

    - É preciso que você entenda... você esta indo atras do homem responsável pela morte de seu pai... Então você precisa estar preparado pra fazer o necessário ...

    - Entendo sensei... e ... eu farei o que for preciso...

    - Ótimo... então vamos...

    O caminho do ultimo andar até a saída da escola pareceu muito mais longo e solitário... os alunos todos trancados em seus quartos e os nervos prestes a explodir por causa do turbilhão de medos e expectativas da viajem pareciam puxar Arashi de volta ao seu quarto e desfazer o que estava fazendo... Mas já era tarde demais, pois seu coração já se decidira, e sua mente o impulsionava a fazer o certo...

    Ja no lado de fora da instituição, a densa neblina ainda permanecia, e parecia muito mais assustadora a noite, um medo agravado pelo silencio que tornava o cenário tétrico: casas apagadas, apenas as luzes da lamparina da charrete, um vento frio sobre os ombros e a frente uma jornada sem destino definido ou ao menos conhecido.. a não ser pelo próprio Arashi.

    Touya e Yukito ja estavam na charrete. Kenji correu e saltou ao lado dos amigos, trazendo Arashi que suspirou fundo, e por mais incrível que pudesse ser, abriu um largo sorriso ao se sentar. Luken-sensei tomou as rédeas, e o sinal para o cavalo marcou o inicio dessa viajem que mudaria a historia de uma nação e de todo o mundo.

    Galope a galope os agora "irmãos" se afastaram da sua escola, ate passar o portão da vila, de onde os quatro passageiros e seu mentor puderam ouvir o som estrondoso das portas da entrada que fechavam atras deles.

    - Conte-nos mais sobre os cristais sensei... - perguntou Yukito com sua voz grave e até medonha as vezes

    - Como voces já aprenderam, os cristais tinha como objetivo, permitir que os homens regessem parte de sua vida e de seu destino. Quando o dragao se foi junto com Sefiron e seu exercito, os cristais se desfizeram e se espalharam pelo mundo todo... os clãs começaram uma caçada para encontra-los. Alguma tribos encontraram quase tudo, outras, apenas uma parte, e o que não foi encontrado começou a ser contrabandeado no mercado ilegal. Até hoje, algumas pessoas procuram partes desse cristais, que dão alguns poderes aos seus donos... enfim... chegamos.

    O porto estava lá, e agora o único caminho era seguir em frente...


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