O segredo de Diana

  • Bia08
  • Capitulos 2
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 9 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Thingleer

    Heterossexualidade, Linguagem Imprópria

    Andávamos em silêncio. Minha mãe verdadeira? Quer dizer que eu sou adotada? Mas o que...

    -Chegamos- ela disse interrompendo meus pensamentos.

    Eu não consegui falar nada, estava ocupada observando o lugar fascinada.

    O chão era repleto de flores de diversas cores, ao lado praias e florestas nativas. O lugar fervia de gente de todas etnias, você via desde da japonesa tradicional de kimono ao brasileiro de chinelos havaina. Eu não acreditava no que eu via, Edifícios modernos, arranha-céus estavam do lado de casinhas simples da época medieval. E bem na frente tinha um edifício que a cada instante assumia formas das maravilhas do mundo. Crianças passavam correndo por nós, olhei para cima e vi elas também voando inclusive um cachorro junto a elas. Bizarro - pensei. Eu observava tudo de boca aberta.

    -Bem vinda a Thingleer Diana - Aurora disse com seu sorriso radiante.

    -Thingleer?

    -Sim, aonde que as almas vão quando morrem, para reencarnar, e fazer suas tarefas.

    -Tarefas? Han? Agora eu não vou descançar pelo resto dar eternidade? - eu admito que fui meio boba falando aquilo, mas eu só sabia disso da pós-vida.

    -Não - ela disse como se estivesse se divertindo com minhas suposições - Vamos, precisamos chegar rapidamente ao Templo- ela falou apontando para o edifício que tomava as formas das maravilhas do mundo, no momento ele estava como Taj Mahal.

    Ela começou a andar até o Templo rapidamente e eu apertei o passo para acompanha-la. Só me faltava perde-la no meio dessa multidão. Nossa ela parece flutuar em vez de andar.

    Então eu prendo realmente a respiração, ela está flutuando. As pessoas passam do seu lado correndo e ela lá flutuando.

    Como ela pode flutuar?

    Tento ignorar isso, afinal nada faz mais sentido para mim. Cachorro voando, edificios que mudam toda hora , e sem contar que estou morta e pelo visto em um lugar chamado Thingleer. Não, não faço a miníma ideia do que é tudo isso e o que vou fazer agora.

    Paramos em frente ao edifício. Aurora começa uma prece sussurrando, e enquanto ela sussurra a prece eu percebo que apesar de nunca ter ouvido essa língua eu consigo entender perfeitamente o que ela esta falando. Como se fosse minha língua natal, outra coisa bizarra.

    As portas se abrem quando ela termina a prece, subimos nos degraus e entramos. Mais uma vez fico fascinada, entramos em um salão enorme, na qual se desce duas escadas e no meio delas uma porta de madeira enorme rica em detalhes. Aurora pelo jeito já se acostumou com o meu silêncio. Um homem entra no salão. Não, não parece um homem, parece uma montanha de tão grande. Mas era incrivelmente lindo, soltei um suspiro, ele tinha olhos de um tom incrivelmente negro, seus cabelos negros também caiam nos ombros, os traços do rosto eram perfeitos. E o mais bizarro ainda, ele vestia uma toga, que deixava seu peito bronzeado amostra.

    Ao nos ver, ele arregalou os olhos de surpresa.

    -Aurora, Diana - ele fez uma reverência para nós.

    -Agis - ela disse e sorriu para ele.

    Meu Deus, eu sei que minha vida sempre foi meio bizarra, mas homens iguias a montanhas me fazendo reverencias e cachorros voando? Dá um tempo, preciso de ar para pensar.

    -Se você se importa Aurora, queria perguntar o que Diana faz aqui - ele disse franzindo o cenho.

    -Ainda não sabemos, alguma coisa está acontecendo na Terra, não era para ela estar aqui mesmo - logo que ela disse isso seu sorriso se desfez e surgiu uma expressão sombria nela.

    - Han.. desculpe interromper a conversa mas estou aqui, por que não era para eu estar aqui?

    O sorriso de Aurora logo voltou.

    -Perguntas para mais tarde, você precisa conhecer alguém.

    Ela me puxou e instantaneamente as portas de madeira abriram.

    -Vamos não tenha medo - ela me sussurrou enquanto me puxava.

    Entramos em outro salão, só que esse era diferente, as paredes pareciam a própria noite, com estrelas que brilhavam na escuridão que mal dava para saber se eram falsas de tao perfeitas. E uma lua cheia enorme brilhava no final do salão, onde tinha vários deuses gregos que nem Agis protegendo alguém.

    Tentei ver melhor a pessoa que eles estavam protegendo, era uma mulher só que mais linda que Aurora. Seus olhos violetas se destacavam de todos, seu cabelo negro descia em uma enorme trança até as pernas, E o vestido negro se adequava perfeitamente a ela como se fosse parte dela. Prendi a respiração, ela parecia uma deusa. Mas ao ve-la eu senti algo, algo familiar...

    Assim que me viu a mulher abriu um sorriso enorme em minha direção. Veio de braços aberto até Aurora abraçou, e chegou perto de mim pronta aparentemente para me dar um abraço também.

    -Não tenha medo de mim, eu não mordo Diana. - falando isso ela me abraçou.

    Ela começou a chorar quando me abraçou. Eu também tive vontade, mas por que? Nunca tinha visto aquela mulher na minha vida.

    -Onde está A-ya? - Aurora perguntou.

    Ela se afastou de mim e começou a chorar de novo.

    -O que foi querida irmã? -Aurora chegou perto dela.

    -A-ya esta desaparecida - ela disse chorando - Quando ela sentiu que Diana estava morrendo ela foi atras dela - ela disse voltando a chorar.

    -O que? Como? Isso não é possível!

    -Irmã Aurora leve Diana a seus aposentos, depois conversaremos sobre isso, preciso começar o ritual - ela disse finalmente voltando a postura.

    Ainda sem entender melhor segui Aurora, não queria pensar em nada disso, só queria deitar em minha cama e ter pelo menos algumas horas de sono.

    -Sua comida chegara em breve, tem toalhas no banheiro caso queria tomar banho, boa noite Diana- ela disse sem emoção, e então foi-se, me deixando sozinha no quarto enorme.

    O quarto era normal, apesar da cama enorme. Tinha uma varanda, andei até la.

    A vista era espetacular, já estava de noite, nossa como o tempo passa rápido. Mas algo naquela noite, não me fez sentir bem, algo sombrio tinha naquele lugar, eu sentia dentro de mim que algo estava errado, mas não dei importância a aquilo. Simplesmente me joguei na cama.

    Desmaiei e mergulhei no mundo dos sonhos.


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