Chave Do Destino

Tempo estimado de leitura: 25 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo I - O Ninja Perdido no Tempo.

    Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    Notas Iniciais: Gente, um amigo do Facebook me indicou esse site, e eu fico muito feliz por poder participar daqui e ler muitas histórias bacanas, da mesma forma que gostaria de ver o que acham de minhas histórias. ^^

    Lógico, que com esse primeirpo capítulo, só veremos se a fic deverá continuar a ser postada, ou, se devo parar, se vocês não gosterem, então sejam bem sinceros tá?? n.n

    rsrsrsrsrsrs Lá vai :P

    Capítulo I - O Ninja Perdido No Tempo.

    Numa noite escura, com o céu velado de estrelas e os diferentes ruídos dos animais selvagens e dos insetos ecoando a todo instante pelos bosques do País do Fogo, um ser podia ser visto se movendo nas sombras da madrugada. Um elemento com formas um pouco estranhas para ser um ninja, mas pelo hitaiate em seu pescoço e o jeito que saltava velozmente entre as árvores altas, não tínhamos mais como duvidar. A deslumbrosa lua cheia emitia uma luz que nos permitia ver um pouco de sua aparência, mas nada muito nítido.

    Era um rapaz de pele alva, estatura média, cabelos negros, curtos, achatados em sua cabeça por um boné preto com dois riscos laterais brancos na parte de cima da cabeça, olhos acinzentados bem puxadinhos e meio misteriosos, nariz e lábios finos, e boa musculatura, mas esta não ficava muito amostra, pois usava trajes ninjas longos e pesados.

    Sua vestimenta, na parte superior, era um blusão preto super largo e de mangas compridas com uma gola bem alta, parecendo um V na parte da frente, lembrando a parte superior de um kimono, esta tinha um fundo vermelho e estava aberta até a altura do tórax, deixando a camiseta azul-escura e o estranho hitaiate em seu pescoço à mostra. Este tinha uma faixa de pano preta igual aos que vemos no anime original, mas em sua estaca de metal, tinha o emblema de uma Vila que nunca vimos antes. Parecia um pequeno relógio, com apenas quatro dos doze números que indicavam as horas escritos em algarismos romanos, estes eram obviamente aqueles dos pontos cardeais do relógio (12, 3, 6, e 9), e um pontinho no centro da formação circular em que eles se apresentavam, mas não havia o desenho de nenhum ponteiro para indicar qualquer hora. Na parte inferior das roupas, tinha umas calças ninjas cinza-escuras com muitos bolsos para armas e pergaminhos e uma grande bolsa de armas bem recheada em sua cintura, prendendo-se a ela com sua borda em forma de cinto e ficando em sua lateral esquerda. Por fim, calçava um par de sandálias pretas igual a maioria de Chuunins Jounins que vemos. Este rapaz eram bem jovem, com seus mal vividos 16 anos de idade.

    - "Maldição... Nem acredito que alguns deles conseguiram me seguir até aqui! Se eu não pedir ajuda logo, vai ser o fim!" - pensava o garoto nervoso, saltando cada vez mais rápido. Até que ele vê. A uma distância bem considerável ainda, mas ele vê... Aqueles majestosos portões de madeira, com os símbolos do País do Fogo pintados com tinta escarlate vibrante. Aqueles eram os portões principais de entrada da Vila Oculta de Konoha.

    - "Isso! Só mais um pouco...!" - pensou, saltando de mais uma árvore com um giro no ar e depois pousando na estrada de terra seca que o levaria até os portões num extenso caminho reto. Correu por esse caminho, correu o mais rápido que pôde. Ele já estava suado, mais ainda faltavam muitos metros. Antes que pudesse chegar lá, uma saraivada de kunais e katanas saiu das folhagens das árvores as laterais do caminho de repente, chamando sua atenção. Espreitando os olhos atentamente, ele freia bruscamente, levantando rastros de fumaça com suas sandálias ninja, e vai dando pequenos saltos para trás, deixando as armas metálicas lançadas formarem uma trilha no chão.

    - Che... ? sussurrou aborrecido, iniciando uma super rápida sequência de selos de mãos após se recompor.

    - Ninpou, Alfa Key! Chienjikan no Jutsu! - disse conforme tinha as mãos juntas no último selo em frente ao próprio rosto, e depois, separando-as, bateu as duas mãos no chão. Imediatamente, um selo negro (parecido com os de Kachyose no Jutsu) em forma de um detalhado relógio de números romanos (esse tinha todos os 12 algarismos) se formou no chão abaixo de seus pés e começou a brilhar, formando uma capsula de energia hemisférica esbranquiçada ao redor do garoto. O desenho no chão começou a crescer e crescer, e da mesma forma, a capsula de luz formada também aumentou de tamanho. Em poucos segundos, uma grande faixa da vegetação ao redor foi tomada e um clarão de luz cegante apareceu. Instantes se passaram e tudo continuava assim, mas depois, aos poucos, a luz começou a se dispersar, mais uma vez dando lugar às sombras da noite.

    Nota: Tradução não literal - Ninpou, Alfa Key! Chienjikan no Jutsu! ~ Arte Ninja, Chave Alfa! Jutsu de Retardamento Temporal!

    Não havia restado nada, nem mesmo a poeira da fumaça ou restos das árvores. A área tomada agora era só uma cratera gigante, com quilômetros de diâmetro. Mas uma coisa interessante, era que o selo em forma de relógio não desapareceu, e a cratera gigante era preenchida por inúmeros dos tracinhos de seu detalhado desenho, como se fosse um relógio enorme pintado no chão. Aquela era uma visão bem misteriosa.

    O garoto então separa suas mãos do chão e retoma uma posição de luta básica, armando-se com a afiada faca de chakra que tirou de sua bolsa. Nela, também tinha o emblema de relógio simplificado igual em seu hitaiate. Ele olha os arredores com um frio incômodo na barriga, tentando certificar-se de que não havia sobrado nada.

    - "Será que funcionou...?" - perguntava para si mesmo, com gotas de suor escorrendo de sua costeleta esquerda. Até que ele sente o chão começar a tremer do nada. Os tremores ficaram mais fortes, transformando-se em um terremoto.

    - N-Nani?! - exclamou assustado conforme fissuras apareceram na superfície da terra seca a alguns metros à frente, caindo sentado no chão ainda com sua arma de chakra na mão. Duas crateras menores se abriram dentro da primeira que ele criou, levantando dois pilares de fumaça bem a sua frente. Quando a poeira baixou, foram reveladas duas esferas de luz, e dentro delas tinham umas criaturas robóticas esquisitas, como se essas esferas luminosas fossem escudos que as protegessem. Nelas (nas esferas), haviam selos gigantes com o símbolo de Beta (a letra ?b? no alfabeto grego), e os robôs dentro das esferas tinham feições muito bem moldadas, parecendo que eram humanos reais, garotos até bem semelhantes ao menino que estamos acompanhando até. As diferenças eram que suas peles metálicas eram totalmente brancas, que nem a neve, apresentando algumas finas linhas onde as peças se juntavam, os fios de cabelos negros eram ligeiramente mais longos e seus olhos eram amarelos, não tendo pupilas. Eles (os robôs), também usavam túnicas brancas bem largas com contornos pretos nas bordas das mangas, de suas golas altas com zíperes metálicos na frente e nas barras, que eram tão longas que nos impossibilitavam de ver os seus pés. Na altura nas pernas tinha um emblema em forma de relógio de cor preta nessas túnicas também.

    - "Eu conheço essas esferas de luz, são um jutsu de defesa... Beta Shield." - pensou seriamente e colocando-se de pé mais uma vez, agora que o terremoto já tinha acabado. Suas roupas estavam agora um pouco sujas com manchas de terra e poeira, mas ainda podia lutar mais um pouco.

    Nota: Tradução - Beta Shield ~ Escudo Beta.

    - "E esses rostos... Imperdoável...!" - condenava odiosamente conforme os Escudos Betas haviam se desfeito, e agora ele podia ver a face dos robôs com mais clareza. Não os detestava por causa de suas semelhanças com ele, mas sim pelas com as que tinham por uma outra pessoa, que um dia lhe foi muito querida.

    Com os olhos queimando de raiva, encarou as duas máquinas de luta a frente por uns instantes, deixando tudo num impasse. Até que por um único instante, a luz da lua cheia que fazia naquela noite o ajuda um pouquinho, refletindo as cores do pequeno fluxo de chakra em forma de linhas que saiam das costas dos dois robôs. Tais linhas tinham uma coloração azul-cobalto cintilante, porém discreta.

    - "Linhas de chakra... Então são só mais daquelas marionetes especiais... Isso significa que ELE está aqui." - o rapaz pensou, e levantando um pouco o olhar, ele avista uma sombra entre os galhos das folhagens de uma árvore alta. Era uma pessoa, um homem adulto, que estava agachado, e as linhas de chakra que saíam das marionetes estavam conectadas às pontas dos dedos de suas mãos. Quando o olhar dele e o do garoto se encontraram, só faltou sair faíscas de tão grande que foi a pressão. O clima ficou mais pesado num instante. Daí de repente, sem aviso, a ponta do dedo mindinho do cara na árvore mexeu vagamente, e já foi suficiente para uma das duas marionetes vir voando na direção do menino.

    - Oh?! - ele exclamava num susto, vendo a marionete se aproximar após sacar uma enorme katana de dentro de uma das mangas de sua túnica. Ele empunha sua arma de chakra e defende o ataque, deixando o som de metal colidindo ecoar com força.

    Em seguida, o mindinho da outra da mão do ninja escondido na árvore se mexe, e a segunda marionete aponta um de seus braços na direção do garoto, levantando a manga que encobria tal braço com a outra mão, revelando que ali tinha um mecanismo que lançava enormes dardos metálicos, que pareciam arpões. De uma só vez, três arpões foram lançados, todos ligados a linhas de chakra tão espessas que pareciam até turbilhões.

    - "Porcaria... Os arpões estão cobertos de chakra, e o chakra é a única coisa cujo tempo não posso controlar... Mas ainda tenho outros poderes!" - o menino pensou fazendo um selo com uma só mão, e assim desapareceu em uma cortina de fumaça branca, e os arpões se cravaram no chão ao invés de nele.

    - "Ora, ora... Jikkukan Ninjutsu, é? Muito bom, mas você não pode fugir de mim! Posso de rastrear em qualquer lugar!" ? pensava o ninja que continuava nas sombras da árvore, desviando seu olhar sanguinário para uns arbustos que tinham lá em cima, um pouco depois da borda da cratera feita pelo primeiro jutsu do garoto.

    Nota: Tradução - Jikkukan Ninjutsu ~ Ninjutsu de Teletransporte.

    - "Muito ingênuo..." - brincava, mexendo mais um dedo de sua mão direita. Com isso, a marionete que tinha a katana levantou sua outra mão que estava livre e assim, um poderoso lança-chamas saiu de sua palma, mas era diferente, as chamas que ele lançava eram de cor azul-cobalto. O menino pulou fora do arbusto na mesma hora, deixando esse ser queimado pelas labaredas azuladas, causando um pequeno estouro. Conforme pousou agachado no chão gramado após escapar do ataque, pegou um pequeno pergaminho em sua bolsa de armas e invocou uma arma metálica distinta, não era uma shuriken, nem uma espada, mas parecia na verdade os dois ponteiros de um relógio, estes eram ligados por um grande pino de ferro, e suas pontas afiadas serviam como kunais gigantes. Ele se levantou de novo e jogou a arma na direção da marionete com a katana, fazendo com que esta girasse como se fosse um bumerangue. Ainda comandada pelos fios de chakra, a marionete movimentou seu braço com a katana e tentou rebater a arma de ponteiros, mas aí então...

    - Yosh! - o menino exclamou fazendo um selo mão, e a arma de ponteiros foi envolta em um manto de energia branca igual o que tinha no seu primeiro jutsu, mas esse brilho de agora era só uma aura mesmo. Quando a lâmina da katana encostou-se a um dos ponteiros, o metal começou a enferrujar automaticamente, quebrando em vários pedacinhos e virando farelo. Com a katana desmantelada, um dos ponteiros avançou e perfurou o tórax da marionete, abrindo um buraco em sua estrutura metálica.

    - Peguei! - o menino disse com sorriso vencedor no rosto, dando um grande salto até onde estava a marionete mais uma vez. Pegando sua arma de chakra de novo, ele montou na marionete, pisando em seu estômago com brutalidade, removendo sua arma de ponteiros de seu peito e prontamente implantando uma tarja de papel-bomba em sua testa. Depois disso saltou de novo, e usando a arma de chakra, cortou os fios ligados às costas da marionete, fazendo esta agora cair inerte de cara no chão.

    - "Kuso... Kono gaki...!" - o cara nas sombras pensou enfurecido, sentindo o puxão no braço das linhas de chakra dos dedos de sua mão esquerda se rompendo, e também prevendo o que ia acontecer. Quando o garoto pousou no chão de novo, com a arma de chakra numa mão e a de ponteiros em outra, ainda de costas para a marionete desativada, o garoto fez outro selo com uma só mão e finalizou seu ataque.

    - Baku! - bradava, ativando a tarja de papel-bomba. Na mesma hora a marionete explodiu, levantando um baixo pilar de brasa e fumaça, e as peças mecânicas da marionete voaram pelos ares parte por parte. Agora, não passavam de sucata. O garoto ficou de pé de novo, mantendo o seu sorriso sapeca.

    - Uma já foi, agora... - ele raciocinava, olhando para a outra marionete que sobrou. Agora os seus múltiplos arpões, que eram bem mais de três, flutuavam fazendo voltas no ar inacreditavelmente, e tinha arpões vindo dos dois braços. Parece que eles podiam ser controlados livremente. O sorriso do garoto logo foi substituído por uma expressão séria e determinada.

    - "Os arpões de chakra de novo... Não sei como lidar com eles... Acho que agora vai ter que ser no tudo ou nada." - pensou ajeitando suas armas mais uma vez, envolvendo até a arma de ponteiros em uma aura de chakra também.

    - "Ele é muito bom em manobras e Taijutsu, e seu Kinjutsu de manipulação de tempo também é excelente. Não gosto de admitir, mas o pirralho tem os poderes da Chave Alfa, afinal. Se eu pudesse vencê-lo só com mais essa marionete... Arg, maldição!" - o ninja escondido pensava inconformado, e assim passou a controlar sua última marionete com uma só mão, atirando todos os cinco arpões que tinha no braço direito dessa na direção do garoto de uma vez.

    Usando sua arma de chakra, ele cortou os cabos de chakra dos quatro primeiros, que caíram no chão inutilizados, mas quando veio o quinto, ele deu um pequeno espaço para trás, deixando que a ponta de ferro do dardo cravasse no chão e o cabo de chakra deste ficasse esticado, e usando tal cabo como se fosse uma ponte, salto ficando de pé por cima deste e pôs-se a correr em linha reta até a marionete.

    - "Se o jutsu de tempo não vai funcionar, vou cortar as linhas de chakra de comando com minhas armas!" - bolou sua estratégia enquanto corria, e acompanhando a fala de seus próprios pensamentos, levantou sua arma de chakra e a apontou na direção do peito da marionete, embora ainda estivesse muitos metros longe dela.

    - "Hmpf, como se eu fosse deixar!" - o ninja escondido logo percebeu o que ele intencionava, e mexendo os dedos de novo, lançou todos os cinco arpões que tinha no outro braço da marionete em sua direção, fazendo-os vim por cima e depois inclinando-os na direção das costas dele, deixando o garoto sem saída. Se recuasse, seria atingido por trás, e se continuasse à frente, daria de cara com a marionete, que o esperava para atacar de perto.O garoto não teve medo, continuou correndo, e se preparou para atacar com a arma de ponteiros.

    Quando estava cara a cara com a marionete, pronto para cravar a lâmina do ponteiro maior em sua cabeça... BOOF! O peito da marionete se abriu todo, revelando que ali era um compartimento que alojava um monte de katanas longas e afiadas, essas rasgaram as túnicas da própria marionete e, conforme pularam para fora, cortaram profundamente as laterais dos dois ombros do garoto, sua costela esquerda e sua bochecha direita. A dor veio fina e aguda, junto com o susto, pela expressão chocada que ele fez. Por pouco o golpe seria fatal, e ele poderia ter morrido. Obviamente, nos lugares cortados, suas roupas também receberam danos.

    Jatos de sangue esguicharam em várias direções, e perdendo o equilíbrio, ele foi andando para trás todo desengonçado, ficando assim, literalmente, na corda bamba.

    - "Droga, errei!" - o ninja escondido pensou ainda com raiva, e mexendo os dedos mais uma vez, lançou dois dos cinco arpões de chakra que estavam vindo por trás desde aquela hora e prendeu o garoto. Um amarrou suas mãos contra as suas costas e o outro juntou suas pernas, deixando os dardos metálicos pendurados. Com isso, levantou o menino no ar e o bateu no chão com força, sem deixar os cabos desamarrarem, fazendo bater com as costas e a cabeça.

    - AGHT!!! - o jovem shinobi gritou de dor, percebendo suas vistas embaçarem em seguida, mas ele continuava consciente. Levantando a cabeça ligeiramente, após alguns instantes, agora com seu boné tendo ficado no chão, soltando seus curtos cabelos negros, ele viu os três arpões que sobraram se alinharem no ar bem próximos uns dos outros, com os dardos apontados para ele como se fossem serpentes sinuosas.

    - Mas dessa vez, você não vai escapar! - o nas sombras decretou maligno, fechando seus dedos para o que acreditava ser o golpe final. Os três arpões giraram no ar e começavam a se misturar numa combinação giratória, formando um grande turbilhão de chakra azul-cobalto armados com três dardos gigantes para atacar.

    - M-Mazui...! - o garoto gaguejou suando frio, com medo de morrer, seus olhos esbugalharam de medo conforme só uma hipótese desse acontecimento passou pela sua cabeça.

    - SHINEE!!!!!!! - o ninja que manipulava a marionete demandou com insanidade, seu olhar assassino mais vil do que nunca. Seu ataque se aproximou do alvo velozmente, causando destruição por onde passava, fazendo rochas e troncos voarem pelos ares.

    - Oh... - o garoto suspirou, com as imagens do turbilhão chegando perto refletindo nas pupilas de seus olhos cinza-escuros. Mas aí então, quando o ataque estava a poucos centímetros de atingi-lo...

    - Mokuton, Moku Jouheki! - uma voz masculina, grave e adulta ecoou, ao mesmo tempo em que um ninja com um uniforme de Jounin apareceu formando um selo de mãos bem atrás do garoto. No mesmo instante, uma barreira hemisférica feita da mais resistente madeira apareceu encobrindo este repentino ninja e o garoto, e o ataque com os arpões e o turbilhão de chakra foi bloqueado bem na hora. O barulho do metal sendo repelido foi alto, agudo e penetrante, mas não durou muito, e logo depois, um vulto negro passou por entre os cabos de chakra desses arpões, cortando-os, e eles enfim caíram no chão também, inutilizados. Assim, automaticamente, os cabos que amarravam o garoto afrouxaram e ele ficou livre de novo.

    - A-Are...? - também sendo pego de surpresa por tudo aquilo, conforme as cordas de chakra que estavam nele caiam levemente no chão, o garoto flexionou vagamente as pernas e se apoiou no chão com as mãos, fazendo menção de levantar para ver quem o salvou, mas a pessoa o poupou disso, fazendo a gentileza de se ajoelhar e ainda colocar o boné de volta na cabeça dele.

    - Você está bem? - perguntava o Jounin, que tinha cabelos castanhos e olhos pretos. Antes de responder, a primeira coisa que o menino percebeu foi que no rosto do ninja, havia uma máscara metálica que o protegia, e na parte da testa de tal máscara, tinha o símbolo da Vila de Konoha que antes ele tanto procurava. Sim... O ninja era o Capitão Yamato!

    - "K-Konoha...?" - pensou pasmo, realmente não esperando ser salvos por ninjas daquela Vila, sendo que ainda não estava dentro do território oficial desta.

    - Nanda to?! - voltando à luta, o ninja escondido nas árvores inquiriu com mais ódio do que espanto, espreitando os olhos conforme observava a defesa de madeira que Yamato usou para salvar a vida do garoto com quem ele lutava. Já o vulto negro que cortou seus arpões era ninguém menos do que o famoso Kakashi-sensei.

    - Raikiri! - o Hatake exclamava levantando seu hitaiate e deixando seu olho Sharingan à mostra, e com a outra mão, concentrava uma grande porção de chakra Raiton para formar uma concentração de raios azulados, tudo enquanto corria sem parar na direção da última marionete.

    - "Impossível... Esse jutsu... Ele é... Sharingan no Kakashi?!" - agora assim espantando-se, o ninja nas árvores pensava com os olhos arregalados. A Espada Trovão de Kakashi atingiu a marionete em cheio, destruindo todas as suas katanas e resto da carcaça metálica, tudo de uma vez, sem muito esforço. Os raios elétricos causaram um pequeno estouro, fazendo as peças de ferro voarem em todas as direções, e depois, numa questão de segundo, Kakashi usa o Shuishin no Jutsu e sobe a árvore em que o ninja se escondia como um vulto de novo, posicionando-se atrás dele.

    - Huh?! - quase sem tempo de virar a cabeça e olhar pra trás, o ninja controlador de marionetes rola os olhos para o lado, encarando o Sharingan de Kakashi a poucos milímetros de distância numa cena em câmera lenta. Sentiu o corpo gelar, percebendo que não teria tempo de evitar qualquer ataque. Kakashi achou que havia dominado o oponente, então já sacava uma kunai de sua bolsa e colocava na direção da costela do ninja misterioso, mas muito diferente que o Copy Ninja esperava, aquele vilão asqueroso deixou foi um sorriso zombeteiro se formar em seus lábios finos tão bem delineados.

    - Hm?! - Kakashi murmurou surpreso, vendo-o desaparecer da sua frente num instante como se fosse um holograma, e da mesma forma, o sentiu reaparecer de novo, dessa vez atrás dele, com uma katana enorme na mão.

    - R-Rápido demais! Y-Yamato! - Kakashi pediu ajuda, vendo que não conseguiria competir com aquela velocidade tão anormal.

    - Mokuton no Jutsu! - a voz de seu parceiro apenas ecoou pela cena mais uma vez, e os inúmeros galhos de árvores que o cercavam ali na floresta começaram se distorcer e tornarem-se quebradiços, juntando-se todos na direção do ninja inimigo.

    - Tsk! - emburrado, o adversário se viu obrigado a recuar, saltando para fora das folhagens e deixando Kakashi para trás. Do lado de fora das folhagens da árvore, agora com a barreira de madeira desfeita, Yamato, que ajudava o menino a ficar de pé, achou que poderia ver como é que o inimigo era, mas para o seu grande azar, ele estava todo coberto, usando capas negras com um capucho que cobria da cabeça aos pés, deixando realmente apenas seus olhos e suas mãos aparecendo.

    - "Nossa, mas que disfarce... Quem será ele?" - pensava mirando aquela estranha figura com olhos pasmos, suas mãos seguravam o garoto pelos ombros com cuidado. Em seguida, pelo tempo que o inimigo ficou no ar, pôde-se notar que ele de alguma formar tinha a habilidade para voar. Kakashi saiu das folhagens e pousou de volta na cratera com uma posição luta, ainda armado com sua kunai, e passou a encarar o inimigo também.

    Ele (o inimigo) estava bem no centro da cena, com seu corpo sobrepondo a imagem da lua cheia naquele céu enegrecido tão imenso. Um silêncio intimidador se formou conforme ele encarava os inimigos abaixo de si com um olhar menosprezador. Até que então o seu olhar se encontra com o de Kakashi de novo. Os pontos do Sharingan do Copy Ninja começavam a girar lentamente... Ele estava ameaçando ativar o Magenkyou Sharingan.

    - Hmpf... Não tenho tempo pra perder com vocês, seus vermes... - ele dizia com uma voz séria e firme, mas realmente aquilo também era uma desculpa para que pudesse fugir. Depois disso, seu olhar se voltou para o menino agora próximo de Yamato uma última vez.

    - E você garoto, não perde por esperar... Eu ainda vou voltar e ACABAR com você! - decretou com uma expressão assassina no olhar, e formando um selo de mão, desapareceu no ar ainda iluminado pela majestosa lua cheia atrás de si, com uma forma esfumaçada como se fosse um fantasma, deixando tudo ao redor coberto de mistério e espanto.Conforme ele desapareceu, passados alguns instantes de silêncio, Kakashi guardou sua kunai e abaixou seu hitaiate, cobrindo o Sharingan de volta.

    - Ufa... - Yamato suspirou aliviado, fechando os olhos e relaxando seus ombros tensos. Enquanto isso Kakashi caminhou de volta e se juntou a eles (Yamato e o garoto).

    - Erm... M-Muito obrigado, Ninjas de Konoha... - o menino agradeceu meio sem graça, ajeitando seu boné e cruzando as mãos por trás das próprias costas.

    - Não agradeça, é nosso trabalho. Recebemos ordens da Hokage-sama para fazer patrulhas noturnas na floresta ao redor dos portões essa noite... Parece mesmo que algo está sempre prestes a acontecer quando ela tem esses presságios repentinos. - dizia um Kakashi parecendo meio entediado. Ele podia ser um ninja forte, mas tinha um pouco de preguiça de trabalhar até tarde assim.

    - Hokage... Sama? - o garoto repetiu em sussurros quase inaudíveis, piscando os olhos algumas vezes, com uma expressão meio desnorteada no rosto.

    - Isso aí, a Kage governante de nossa Vila Ninja. A propósito, qual o seu nome, filho? E o quê um jovem como você estava fazendo na fronteira de nossa Vila numa hora dessas? - perguntava Yamato, pondo as mãos na cintura.

    - Ah... A-Ah, é! Meu nome é Ryuutarou, e-e eu estava indo até Konoha para pedir ajuda... M-Mas aí aquele homem me atacou e- Ugh! Cof, cof, cof! - não deu para Ryuutarou completar a frase, pois a forte dor dos cortes das katanas voltou a atacar, e ele caiu de joelhos no chão, curvando sua fronte para cuspir um pouco de sangue.

    - E-Ei, ei! Não se esforce muito, rapaz... Pelo visto, aquelas espadas que te cortaram estavam

    envenenadas. Aquele era um usuário de Kugutsu no Jutsu muito habilidoso. - Kakashi alertou se abaixando e pondo a mão nas costas do menino para ajudá-lo.

    - Ele disse que iria à Vila pedir ajuda, e definitivamente está precisando de um cuidado médico mais apropriado... Devemos leva-lo até a Godaime? - interrogou Yamato, enquanto o Ryuutarou continuava tossindo.

    - Aa... Seja inimigo ou aliado, nenhuma informação seria obtida se ele morresse. Vamos dar o tratamento médico necessário e fazer algumas perguntas quando ele se recuperar. Tem que haver uma explicação lógica pra uma luta tão repentina assim, e ainda também pra um ninja tão jovem ter um jutsu desses... - Kakashi dizia olhando ao redor, reparando com mais calma no selo em forma de relógio gigante no qual pisavam bem agora.

    - Dá pra perceber que é um Kinjutsu só de olhar, não é mesmo? Isso é muito estranho... - continuava o Hatake, estreitando os olhos em curiosidade.

    - Eu concordo, então vamos resolver isso logo! Ikuzo! - disse Yamato, passando a carregar o garoto em suas costas, e assim, os dois ex-ANBUS voltaram para Konoha velozmente, indo direto para as salas de emergência do Hospital Geral da Vila. Lá, pediram para Sakura executar seu jutsu de extração de veneno o mais urgentemente possível.

    ~X~

    Na manhã do dia seguinte, em um dos apartamentos do andar mais alto de um prédio da parte residencial de Konoha, um certo ninja de cabelos loiros que dormia profundamente ia acordando aos poucos com as incessantes batidas em sua porta. Mesmo numa cena tão boba, este era ninguém menos do que o herói de Konoha, e o atual ninja mais forte da Vila, Uzumaki Naruto. Ele estava deitado de lado em sua cama, com um cobertor até a altura dos ombros, cobrindo a cara do sol com seu travesseiro por cima do rosto.

    TOC! TOC! TOC! (As batidas continuavam).

    - Hm... Iruka-sensei, nãããããããããooo... A sua aula é... Ela é muito chataaa!! - ele murmurava sonolento e se revirando na cama, botando agora o travesseiro por cima da cabeça com as duas mãos.

    Mais uma vez as batidas na porta, dessa vez estavam bem violentas, e mesmo assim, Naruto não foi atender.

    - Hmm... - remanchava preguiçoso, sem nem dar indício de que ia sair da cama.

    - Ninpou, Choujuu Giga! - foi tudo que se ouviu em depois disso, seguido do barulho da porta sendo arrombada. Da porta do quarto de Naruto dava pra ver os cacos de madeira que antes compunham a porta voando pelos ares.

    - AH! - agora, com o tremendo susto e aquele barulhão, ele acordava, se enroscando na coberta e caindo de cara no chão, com os braços e pernas enrolados. Depois disso, perdendo o equilíbrio, ele caiu deitado e foi se contorcendo para ao menos sentar sobre os próprios joelhos, revelando nós sua cara amassada e vermelha como se fosse uma sola de sapato pisada. Logo depois disso, Sai entra no quarto acompanhado de dois leões que havia desenhado e dado vida com o seu jutsu, um de cada lado. Ele estava vestido com suas roupas costumeiras, aquela blusa curta com as calças e sandálias pretas e uma katana pequena nas costas.

    Ele entra no quarto olhando para os lados, e depois anda para perto de Naruto, deixando seus leões para trás. Sua expressão era meio cômica, ela parecia não entender porque Naruto estava todo desengonçado, mas como ele num sabia interpretar as situações direito mesmo, acabou nem dando importância.

    - Naruto, para de palhaçada! Godaime-sama tem uma nova missão pra gente! Vamos logo! - Sai dizia pegando Naruto pela gola de seu pijama e arrastando-o pelo chão como se fosse um saco de lixo.

    - Oh, oh--! Ch-Chotto, Sai! Sai!!! Matteyo! Eu ainda tenho que me trocar, né?! Matte?ttebayo!!!!! SAI!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - a vizinhança toda foi escutando os berros de Naruto, enquanto o Sai o arrastou de pijamas até a esquina, quando resolveu parar para dar ouvidos a ele.

    Continua...


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